Graduado em Geografia (Centro Universitário Fundação Santo André, 2014) Show
Ouça este artigo: A Teoria populacional Malthusiana foi uma teoria demográfica criada por volta de 1789 na Inglaterra pelo economista e sacerdote protestante Thomas Robert Malthus (1766 – 1834), em sua principal obra, Ensaio sobre o princípio da população. A importância dessa publicação nesse momento histórico, final do século XVIII, foi devido os problemas em que o país passava com a Primeira Revolução Industrial, como o êxodo rural, o desemprego e o aumento da população, onde em períodos curtos de tempo havia um crescimento elevado do número de habitantes nos países europeus que acompanharam a implementação da Revolução. Na publicação onde estaria a teoria, Malthus atribui a culpa ao crescimento da população pobre, sendo fundamentada entre duas ideias:
Nessa teoria o crescimento populacional seria 28 vezes maior que o de alimentos disponíveis em um período de dois séculos, ou seja, não haveria alimento para suprir as necessidades de toda a população, gerando uma grande calamidade mundial, onde a humanidade morreria de inanição (estado de debilidade provocada pela falta de alimento), além da propagação de doenças, guerras por territórios para expansão de produção alimentícia, desestruturação da vida social e outros problemas. Malthus acreditava que esses problemas gerados pelo crescimento seriam associados principalmente aos mais pobres, e que a solução estaria em uma política antinatalista, chamada de Controle Moral, onde persistia o controle da natalidade, abstinência sexual, aumento da idade média dos casamentos, diminuição do número de filhos, entre outros fatores que tendesse a diminuir as taxas de natalidade principalmente entre as populações mais carentes economicamente, mas por ser religioso Malthus era contra a utilização de métodos contraceptivos, seguindo apenas com as normas para a diminuição do crescimento populacional, forçando a população pobre a redução. Dessas maneiras acreditava haver um paralelo de expansão na produção de alimentos, não gerando as catástrofes previstas. A Teoria Malthusiana não imaginava os avanços tecnológicos que estariam por vir, como a mecanização do campo que aumentou o número de produção alimentícia, a emancipação da mulher ter sido decisiva no controle da fertilidade, a entrada das mulheres no mercado de trabalho, as políticas de bem-estar social nos países europeus, que de certa forma, serviram para o controle da natalidade. Com isso é possível compreender que não é o crescimento populacional o principal fator do estado de miséria encontrado em alguns países, principalmente no continente africano, mas se encontra como fator condicionante a má distribuição dos alimentos e não sua incapacidade produtiva. Fatores como esses, que contrapõem as ideias vindas de Malthus levaram a formulação de outras teorias demográficas, como a Neomalthusiana e a Reformista, que vem para explicar e compreender os condicionantes do crescimento populacional em todo o mundo. Bibliografia: ALMEIDA, Mauricio de – Geografia Global 2 – São Paulo: Escala Educacional, 2010. Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/geografia/teoria-populacional-malthusiana/ Teoria malthusiana: a 1° teoria do crescimento populacional
Hora de entender tudo o que você precisa sobre essa teoria para arrasar no Enem O texto de hoje é sobre a teoria malthusiana, conceito muito importante dentro da Geografia. Ela aborda a demografia impactada na ocupação do espaço. Esteja preparado para a prova de Ciências Humanas, tire todas suas dúvidas sobre malthusianismo agora mesmo. Durante o século XX, os países mais pobres apresentavam altas taxas de fecundidade e, consequentemente, de crescimento vegetativo. Esse fenômeno fez ressurgir a teoria desenvolvida por Thomas Malthus no século XVIII. Mas você sabe realmente o que é a teoria malthusiana? No ano de 1798, foi publicado o livro chamado “Ensaio sobre o princípio da população“, escrito por esse economista britânico. A teoria de que a fome e a pobreza no mundo eram perenes foi defendida, e de acordo com sua leitura, a população mundial crescia e continuaria crescendo a um ritmo mais acelerado do que a produção alimentícia. Malthus concluiu esse argumento baseando-se na ideia de que o crescimento demográfico ocorreria em progressão geométrica (1, 2, 4, 8, 16…) e dobraria de tamanho a cada 25 anos, em contrapartida da produção de alimentos que cresceria em progressão aritmética (1, 2, 3, 4, 5…). Essa teoria deu segmento a diversos estudos em demografia e economia no século XVIII e nos seguintes. Pobreza e fomeNo contexto dessa teoria, a pobreza era relacionada a algo “natural e inevitável”, porque a imposição exercida pelo aumento populacional sobre o planeta era uma “lei inquestionável”. A partir daí, as políticas aplicadas para reduzir a pobreza seriam ineficazes, pois levariam ao crescimento da população e, consequentemente, ao aumento da destruição dos recursos naturais. Atribuía-se à elevada taxa de fertilidade nas classes mais pobres a culpa da sua pobreza, evidenciada pelas doenças, pelas moradias precárias e pela fome. Essa linha de pensamento defendia as elites econômicas e políticas, que eram isentas de suas obrigações para com a dificuldade dos mais pobres. Não era culpa da falta de empregos, da política de desapropriação de terras ou do elevado custo dos alimentos, era simplesmente o crescimento populacional. Critica a teoria malthusianaA teoria demográfica malthusiana sofreu algumas críticas, entre as quais se destacam:
As correntes de pensamento do Iluminismo criticaram as ideias de Malthus. Porém, na metade do século XX, houve uma explosão demográfica, ela trouxe novamente a ideia de que o crescimento populacional é o responsável pelos problemas sociais e da pressão sobre os recursos do planeta. NeomalthusianismoO neomalthusianismo foi criado nas décadas de 1950 e 1970, época que apresentou altas taxas de fecundidade nos países do então chamado Terceiro Mundo. Foi desenvolvido por governantes e intelectuais dos países capitalistas ricos e, na visão dos neomalthusianos, as nações pobres da América Latina, África e da Ásia apresentavam essa condição exatamente pelo elevado índice de crescimento demográfico. Os teóricos descartavam a Divisão Internacional do Trabalho vigente na época. Ela manteve os países ricos e industrializados acumulando a maior parte do capital, além de dominarem todo o processo produtivo e tecnológico. Já os países pobres eram exportadores de produtos primários ou produtos industrializados com baixo valor agregado. Os setores econômicos e políticos dos próprios países subdesenvolvidos mantiveram esse mesmo discurso para justificar a ineficiência das suas políticas públicas e das iniciativas privadas. Controle da natalidade e o neomalthusianismoO neomalthusianismo deu margem para a aplicação de políticas governamentais de controle da natalidade. Essas práticas pretendiam frear a explosão demográfica e, consequentemente, o subdesenvolvimento. Entretanto, deve-se ressaltar o contexto desse fato que aconteceu durante a Guerra Fria, quando a elite capitalista temia que a situação de extrema pobreza dos países subdesenvolvidos os levassem a buscar soluções no socialismo. Dessa maneira, o controle da natalidade era formulado pelos países de primeiro mundo que disponibilizavam pílulas anticoncepcionais, além de incentivar a realização de vasectomia e laqueadura na população dos países subdesenvolvidos. O subdesenvolvimento permaneceu em dezenas de países no final do século XX e início do XXI, provando que a tentativa de conter o crescimento demográfico não solucionava a pobreza. Isso mostra que as raízes histórico-econômicas desse problema são muito mais complexas e ele deve ser enfrentado por meio de projetos que promovam o acesso de toda a população aos bens essenciais à vida humana. As políticas governamentais voltadas para o controle da natalidade ganharam destaque em alguns países, seja para aumentar a população ou mantê-la reduzida. No primeiro caso, por exemplo, estão os países europeus. No segundo caso, destaca-se a China, que possui a maior população do planeta (cerca de 1,34 bilhão de habitantes, de acordo com censo de 2010) desde o fim da década de 1970. A lei chinesa determina que as famílias do meio rural tenham dois filhos caso o primeiro nasça mulher, já as famílias que moram nas cidades podem ter apenas um filho. Agora que você já sabe tudo sobre a teoria malthusiana, pode respirar aliviado de ter revisado a matéria completa. Debata com seus amigos e professores para tirar as dúvidas que restaram. Fique atento ao nosso blog para mandar bem no Enem e entrar na universidade que deseja. O que você acha de fixar bem essa matéria? Resolva alguns exercícios e mantenha o seu foco para a prova de Ciências Humanas! É só clicar nesses dois links: exercício 1 e exercício 2. CADASTRE-SE E GARANTA O STOODI AGORA! Acesse gratuitamente por 14 DIAS mais de 6 mil videoaulas, 30 mil exercícios, resumos teóricos e materiais complementares pra download!
Como Malthus relaciona o crescimento da população e os alimentos?A teoria malthusiana diz que a população cresce em progressão geométrica, enquanto a produção de alimentos cresce em progressão aritmética, havendo um descompasso entre elas. A teoria malthusiana versa sobre o crescimento populacional acelerado e a produção de alimentos desproporcional.
Por que Thomas Malthus fez uma previsão equivocada sobre a população e os alimentos?Críticas ao Malthusianismo
Este fez que a produção de suprimentos fosse suficiente ou maior do que o crescimento populacional e possibilitasse que todos pudessem ser alimentados. Na sua época, Malthus não poderia saber que uma das consequências da Revolução Industrial seria a entrada da mulher no mercado de trabalho.
Qual a posição de Malthus em relação ao amparo aos pobres?Parece que Malthus entende que a distribuição de renda conseqüente da ajuda aos pobres redundaria necessariamente em malefício para o conjunto da sociedade e, portanto, todas as leis de amparo aos pobres deveriam ser abolidas em benefício de todos.
Quais foram as propostas de Malthus para reduzir o crescimento populacional?O Malthusianismo estabelecia que era preciso realizar a contenção do crescimento populacional, que acometia a população inglesa no século XIX. Segundo Malthus, apenas controlando a taxa de natalidade seria possível evitar o avanço da miséria no mundo.
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