O que você entende por Choque de civilização

  1. 1. Choque de Civilizações<br />
  2. 2. Introdução<br /><ul><li>O trabalho que será apresentado a seguir tem como objetivo explorar as idéias de Samuel Huntington, a respeito do choque entre as civilizações e suas conseqüências no atual cenário mundial. </li></ul>O trabalho que será apresentado a seguir tem como objetivo explorar as idéias de Samuel Huntington e suas conseqüências no atual cenário mundial. <br />
  3. 3. Samuel Phillips Huntington nasceu em Nova Iorque. <br />Cientista e Político Influente, tornou-se mundialmente <br />conhecido por sua polêmica teoria: <br />
  4. 4. “Choque de Civilizações”<br /><ul><li>Após a publicação de seu artigo em uma revista em 1993, gerou tanta polêmica que em 1996 foi lançado o livro onde sua tese foi ampliada.</li></li></ul><li><ul><li>Choque de civilizações é uma teoria segundo a qual as identidades culturais e religiosas dos povos serão as principais fontes de conflito no mundo pós-guerra fria.
  5. 5. Alguns teóricos e autores argumentavam que os direiros humanos, a democracia liberal e a economia capitalista de livre mercado se haviam tornado a única alternativa ideológica após o fim da Guerra Fria. Para Huntington, nesse mundo, os conflitos mais abrangentes, importantes e perigosos não se darão entre classes sociais, ricos e pobres, ou entre outros grupos definidos em termos econômicos, mas sim entre povos pertencentes a diferentes entidades culturais.</li></li></ul><li>Vermelho escuro:Civilização sínica ou chinesa - Seria civilização baseada principalmente na cultura da China e regiões.<br />Vermelho:Civilização nipônicaou japonesa - Seria a civilização centrada na região do Japão, e única civilização com somente um país, possui cultura autônoma. Laranja:Civilização hindu- Seriam os países que tem o hinduísmo como religião predominante, como a índia.<br />Amarelo:Civilização budista - Seria composta pelos países asiáticos na qual o budismo é a religião predominante.<br />Verde:Civilização islâmica - Seria a civilização constituída pelos países que têm o Islã como religião predominante, e que por vezes falam a língua árabe. Localiza-se principalmente na península arábica e norte da África.Azul escuro:Civilização Ocidental - Provavelmente seria a maior das civlizações, consiste nos países na América e na Europa ocidental, e outros países que têm o Cristianismo como religião predominante.<br />Roxo:Civilização latino americana - Seria uma subdivisão da civilização ocidental, constituída pelos países independentes da América Latina que tem uma pequena distinção cultural e social. <br />Azul claro:Civilização ortodoxa - Seria a civilização de países que têm como religião predominante a doutrina ortodoxa do Cristianismo, constituída principalmente pela Rússia e pelo Leste Europeu.Marrom:Civilização subsaariana - Seria uma civilização relativamente grande, formada pelos países africanos localizados ao sul do deserto do Saara, predominamente cristãos.<br />
  6. 6. <ul><li>Se nos basearmos nesta teoria, veremos que vários eventos recentes evidenciam as imensas diferenças de valores e práticas do chamado mundo ocidental e do universo regido pelo Islã fundamentalista. O choque revela que, em determinados momentos, pessoas e culturas não reconhecem mais as crenças alheias e, em caso extremo, nem mesmo o direito de existência dos demais. No caso da intransigência islâmica, os choques são facilmente reconhecíveis em situações recentes, como o 11 de Setembro e os violentos protestos em países do Oriente Médio contra uma simples declaração do papa Bento XVI ou contra charges representando o profeta Maomé.
  7. 7. O que leva a isso? Em geral, o fundamentalismo torna-se um problema porque exige que seus seguidores vivam conforme suas leis rígidas. Essas normas devem ser seguidas à risca e aplicadas a todas as dimensões da vida. O problema é que o contato com fatos novos e com pessoas que carregam ideologias diferentes exigem transigência e flexibilidade.
  8. 8. As religiões promovem a separação em relação às demais religiões. É claro que as pessoas também se dividem em torno de crenças políticas e ideológicas. Mas, quando tratamos de crenças políticas, podemos ao menos discuti-las. Com a religião não é assim. Por definição, a religião é baseada na fé. Você apenas diz: "Eu acredito porque acredito". E logo surgem aqueles que acrescentam: "Se você acredita em algo diferente, então vou matá-lo".</li></li></ul><li>Conclusão<br /><ul><li>As civilizações Ocidental e Islâmica, seriam as únicas com intenções de expansão e pretensões universalistas e por isso encontram-se constantemente em confrontos e disputas culturais, políticas e ideológicas.
  9. 9. Huntington sustenta que a história da humanidade seria a história dos choques de civilizações que estaria ainda longe de terminar.
  10. 10. Porém, com a globalização hoje podemos encontrar hindus, confucionistas, ortodoxos, etc. em praticamente todos os países do mundo. De fato, embora as concentrações geográficas sejam evidentes, as civilizações são maiores e mais complicadas do que isso. Em verdade estão espalhadas pelo mundo todo de maneira ideológica e histórica não respeitando muito fronteiras nacionais.</li></li></ul><li>Integrantes<br />Aline Pereira dos Santos Nº 01<br />Deborah Januario Alves Nº 13<br />Lucas Ramilo Nº 28<br />Wellington dos Reis Nº 39<br />William Tad Nº 40<br />
  11. 11. <ul><li>http://pt.wikipedia.org/wiki/Choque_de_civiliza%C3%A7%C3%B5es
  12. 12. http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/choque_civilizacoes/perguntas_respostas.html
  13. 13. http://professorttavares.blogspot.com/2011/05/vamos-entender-islamismo-e-terrorismo.html
  14. 14. http://www.editoras.com/objetiva/130-6.htm
  15. 15. http://colegioparthenon.blogspot.com/2010/08/roteiro-de-estudos-de-geografia.html
  16. 16. http://www.rascunho.net/critica.php?id=1515</li></ul>Bibliografia<br />

A teoria elaborada pelo cientista político Samuel P. Huntington e denominada Choque de Civilizações postula que as identidades culturais e religiosas dos povos serão as principais fontes de conflito no mundo pós-Guerra Fria. Para Huntington os conflitos de grandes proporções não ocorrerão entre as classes sociais e sim entre os povos pertencentes a diferentes entidades culturais e religiosasA estarrecedora expansão das ações terroristas do Estado Islâmico para além do Oriente Médio neste ano, como foram a explosão do avião comercial russo em 31 de outubro e os simultâneos ataques ocorridos em Paris em 13 de novembro, faz ressurgir o pavor do mundo ocidental com o fantasma do radicalismo islâmico e atualiza as advertências de Huntington sobre o Choque de Civilizações. Na teoria formulada por Huntington, havia o risco iminente de uma colisão entre as nove civilizações, classificadas como Ocidental, Islâmica, Confuciana,Budista, Africana, Eslavo-Ortodoxa,Xintoísta-Nipônica, Hindu e Latino-Americana. O conflito entre estas culturas tão distintas seria inexorável em razão das profundas diferenças entre as civilizações, especialmente quanto aos valores e princípios de cada uma destas sociedades. Huntington, no entanto, enfatiza o abismo cultural entre a civilização Ocidental e a Islâmica, contexto no qual se insere o califado proposto pelo Estado Islâmico.O califado aspirado pelo Estado Islâmico reivindica um território que não se resume ao mundo árabe, é um projeto que se alastra até o Mediterrâneo, abarca Roma -o centro do cristianismo- e se estende para o resto do mundo.Não há dúvidas: a agenda política jihaddista é um programa teocrático-absolutista extremamente perigoso para a humanidade pois não reconhece a existência do outro. Nesta concepção ultraortodoxa, o Califa é o sucessor da autoridade política e religiosa do profeta Maomé, e o único legitimamente reconhecido pelo ‘Al Corão’ a governar.É esta doutrina, denominada salafista-wahabita, que tem sido a corrente de inspiração dos terroristas da Al-Qaeda, Frente Al-Nusra e Estado Islâmico. O que parece ser o aspecto mais grave e assustador sobre o Estado Islâmico é que vários europeus foram convertidos ao extremismo e estão colaborando como terroristas dentro e fora do continente europeu, o que impõe um desafio gigantesco para os aparatos de inteligência. É precisamente esse contingente de extremistas que está sendo utilizado em ataques terroristas como os que ocorreram em Paris na sexta feira 13 de novembro. Em realidade, os atentados em Paris inauguraram uma nova fase de atuação do Estado Islâmico, que passa a realizar ‘ataques grandiloquentes’, como aqueles perpetrados pela Al-Qaeda quando derrubou com aviões de cruzeiro as Torres Gêmeas em Nova Iorque na data de 11 de setembro de 2001. O choque Islã-Ocidente é um risco cada vez mais considerado em razão das minorias fanáticas e de uma profunda ignorância mútua que predispõe à desconfiança. A sensação de desolação e medo causadas pelos gravíssimos ataques na capital francesa nos levam a indagar: Huntington estaria certo?

Daniel Almeida de Macedo é Mestre em Direito Internacional pela Universidade do Chile e pesquisador na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.

Choque de civilização Vamos estudar as origens, o contexto de surgimento e o significado da regionalização do mundo, com base na teoria do “choque de civilizações” de Samuel Huntington, criando uma visão crítica sobre seus fundamentos a partir de outros autores, principalmente Edward Said, e por que a aceitação da visão de Huntington representa certo reducionismo (reduzir os fenômenos) no entendimento da geografia do mundo atual, em virtude de se desconsiderar fatores geopolíticos, históricos, as disputas econômicas etc. A discussão sobre o assunto será iniciada a partir de acontecimentos relevantes e recentes no cenário mundial e, sem abandoná-los, estudaremos o paradigma (padrão) que modela a política internacional de hoje, principalmente após o término da Guerra Fria (1947-1991). Uma vez que pesquisadores considerem diferentes eventos como delimitadores do período da Guerra Fria entre Estados Unidos (EUA) e União Soviética (URSS), vale esclarecer que assumiremos aqui a aplicação da Doutrina Truman pelos EUA, em 1947, como o início efetivo da guerra velada entre estas duas superpotências, que perdurou até o fim da URSS, em dezembro de 1991. Sua origem Em um artigo intitulado “Choque de civilizações: na origem de um conceito”, Alain Gresh explica que a idéia de “choque” foi freqüentemente retomada para explicar os conflitos entre Ocidente e Oriente. Ainda em 1964, Bernard Lewis, um professor universitário britânico pouco conhecido, lançou a expressão que ficaria famosa. Se, por um lado, esta passou despercebida durante a década de 1960, de outro foi relançada por ele vinte e cinco anos depois na forma de um artigo, “As raízes da cólera muçulmana”. Gresh ressalta que: “a visão de um ‘choque de civilizações’, contrapondo duas entidades claramente definidas, o ‘Islã’ e o ‘Ocidente’ (ou a civilização judeo-cristã’), está no centro do pensamento de Bernard Lewis, um pensamento essencialista que restringe os muçulmanos a uma cultura petrificada e eterna.”

GRESH,