Qual foi o período da história da humanidade que o exercício físico não foi incentivado?

Joseph Pilates (1883-1967) foi o inventor do �Pilates� - conjunto de exerc�cios f�sicos, executados com o aux�lio de equipamentos, destinados a dar equil�brio, flexibilidade e fortificar os m�sculos.

Pilatos deixou in�meros disc�pulos em v�rias partes do mundo que ajudaram a disseminar seus ensinamentos.

Joseph Hubertus Pilates nasceu em M�nchengladbach, Alemanha, no dia 9 de dezembro de 1883. Seu pai, de ascend�ncia grega, era um ginasta e tinha um gin�sio familiar. Sua m�e, dona de casa, tinha descend�ncia alem�. �

Inf�ncia e juventude

Quando crian�a, Joseph Pilates sofria com a asma, o raquitismo e a febre reum�tica. Na adolesc�ncia, desejando melhorar sua for�a f�sica, come�ou a estudar a anatomia, a fisiologia humana e os fundamentos da medicina oriental.

Origem do Pilates

Incentivado por seu pai, come�ou a fazer gin�stica, muscula��o e artes marciais como box e jiu-jitsu. Pilates passou a observar os malef�cios da m� postura e da respira��o ineficiente. Come�ou a elaborar uma s�rie de exerc�cios e projetou equipamentos r�sticos adequados para realiza-los.

Praticando esses exerc�cios, Pilates criou seu pr�prio m�todo e tornou-se obcecado em superar suas limita��es f�sicas. Com essa pr�tica, ele desenvolveu um enorme n�mero de exerc�cios que o ajudavam na sua carreira de ginasta e fisioculturista, nessa �poca, come�aram a surgiu seus primeiros seguidores.

Pilates estudou yoga e os movimentos dos animais e mais tarde, ele disse que os movimentos intuitivos dos gatos inspiraram muitos aspectos de seu m�todo de condicionamento f�sico.

Com 19 anos, Pilates mudou-se para a Inglaterra. No in�cio, ganhava a vida como boxeador profissional e como artista de circo. Em seguida, tornou-se treinador de autodefesa da Scotland Yard, o departamento de Investiga��o Criminal da Pol�cia Metropolitana de Londres.

Pilates e a Primeira Guerra Mundial

Com o in�cio da Primeira Guerra, Pilates e outros cidad�os alem�es que moravam na Inglaterra foram considerados inimigos e levados para um campo de interna��o no Castelo de Lancaster. Nesse per�odo, Pilates ensinou luta livre e outros exerc�cios de autodefesa, aos interessados, que estavam no campo de interna��o.

Em seguida, Joseph Pilates foi transferido para outro campo de interna��o na ilha de Man, onde estavam os prisioneiros alem�es feridos de guerra. Ele passou ent�o a empregar intensamente seu conceito de um sistema integrado e abrangente de exerc�cios f�sicos que ele chamou de �Contrology�.

Pilates removeu algumas molas das camas e as fixou em locais que permitissem que os soldados pudessem fazer movimentos, criando assim m�quinas de resist�ncia para ajudar�na recupera��o.

Ap�s a guerra, Pilates voltou para a Alemanha, onde continuou a trabalhar com seus v�rios tipos de exerc�cios f�sicos. Foi preparador f�sico para a pol�cia militar de Hamburgo e colaborou com importantes especialistas de exerc�cios f�sicos e dan�arinos, entre eles, Rudolf Laban.

Mudan�a para os EUA e casamento

Em 1925, Pilates mudou-se para os Estados Unidos. Durante a viagem de navio ele conheceu �Clara�, uma enfermeira, sua futura esposa. Logo ao chegar em Nova Iorque, Pilates abriu seu primeiro gin�sio. Junto com Clara, Pilates se especializou no que ele chamava de Contrology, mais tarde denominado �Pilates.

A pr�tica de exerc�cios estava relacionada ao incentivo do uso da mente para controlar os m�sculos, focando a aten��o nos m�sculos posturais centrais que ajudam no equil�brio e fornecem sustenta��o para a coluna. Os exerc�cios ensinam a consci�ncia da respira��o e do alinhamento da coluna como tamb�m fortalecem os m�sculos do tronco e abdominais.

O trabalho de Pilates e de sua esposa logo se propagou entre os norte-americanos principalmente entre os dan�arinos, core�grafos que come�aram a praticar os exerc�cios, para adquirir flexibilidade, for�a e resist�ncia. Dan�arinos conhecidos como a americana Martha Graham e os core�grafos George Balanchine e Ted Shawn enviavam seus alunos para o Pilates para treinamento e reabilita��o.

Uma dessas bailarinas foi Romana Kryzanowska, que come�ou a frequentar o est�dio aos 16 anos para se recuperar de uma les�o no tornozelo e tornou-se a protegida de Pilates. Por sua dedica��o, foi nomeada ajudante e come�ou a dar aulas ao lado de Pilates e de sua esposa.

Morte

Joseph Pilates faleceu em Nova Iorque, Estados Unidos, no dia 9 de outubro de 1967, ap�s inalar muita fuma�a ao tentar salvar seu est�dio de um inc�ndio.

Ao morrer, Pilates estava com 83 anos e n�o deixou herdeiros. Criou diversos aparelhos para execu��o de seus exerc�cios e registrou mais de 26 patentes.

Ap�s a morte de Pilates, Clara assumiu a dire��o do est�dio e deu continuidade ao trabalho do marido, que deixou in�meros disc�pulos que abriram seus pr�prios est�dios em v�rias partes dos Estados Unidos o que ajudou a disseminar o Pilates pelo mundo.

Obras de Joseph Pilates

Sua Sa�de (1934)
Retorno � Vida Atrav�s da Contrologia (1945)

Frases de Joseph Pilates

• �Realize seu exerc�cio com o m�nimo de esfor�o e o m�ximo de prazer.�
• ��Um corpo livre de tens�o nervosa e fadiga � o abrigo ideal fornecido pela natureza para abrigar uma mente bem�equilibrada, totalmente capaz de atender com sucesso todos os complexos problemas da vida moderna."
• �Os Benef�cios do Pilates�s� dependem da execu��o dos exerc�cios. As instru��es devem ser seguidas com fidelidade.�
• �Pilates desenvolve um corpo uniforme, corrige�posturas�erradas, restaura a vitalidade f�sica, vigora a mente e eleva o esp�rito.�
• �N�o interessa o que voc� faz e, sim, como voc� faz.�
• �Com 10 sess�es voc� perceber� a diferen�a, com 20 sess�es os outros ir�o perceber a diferen�a e com 30 sess�es voc� vai ter um novo�corpo.�
• ��Assim�como uma tempestade sacode a �gua de um pequeno c�rrego e o leva a imediata a��o, o mesmo acontece com o M�todo Pilates purificando sua corrente sangu�nea."
• �Poucos movimentos bem feitos realizados de forma correta e equilibrada valem por muitas horas de gin�stica.�
• �H�bitos incorretos s�o respons�veis pela maioria de nossas�doen�as, se n�o por todas elas.�
• �A aptid�o�f�sica�� o primeiro requisito da felicidade. Nossa interpreta��o da aptid�o f�sica � a obten��o e manuten��o de um corpo uniformemente desenvolvido com uma mente s� plenamente capaz de, natural e facilmente, realizar satisfatoriamente as nossas muitas e variadas tarefas di�rias com entusiasmo espont�neo e prazeroso."

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