Qual e a principal causa da acidificação dos oceanos explique sua resposta?

Entenda o que é acidificação dos oceanos e seus impactos

Os oceanos, por conta das ações humanas, principalmente, estão passando por inúmeras mudanças. Esses fenômenos alteram as águas do mar e toda sua biodiversidade de diferentes maneiras. Hoje, falaremos a respeito de um dos problemas mais recorrentes e pouco citados: a acidificação dos oceanos. 

A acidificação dos oceanos é um problema que surge de forma gradativa. Ou seja, é um fenômeno que existe devido a hábitos insustentáveis mantidos por longos períodos. 

Estima-se que o processo de acidificação começou no início da Revolução Industrial, nos séculos XVIII e XIX, entre 1760 e 1840, devido ao aumento contínuo das emissões antropogênicas de CO2 na atmosfera. 

Basicamente, podemos dizer que a acidificação dos oceanos consiste no processo em que a água dos oceanos torna-se mais ácida (redução do pH). Esse fenômeno é oriundo do aumento de emissões do gás carbônico (CO2) na atmosfera.

Mediante essa afirmação, uma pergunta pode vir à tona: como o CO2 na atmosfera deixa os oceanos mais ácidos?

A resposta é simples. Os oceanos têm a capacidade de absorver esse tipo de gás, sendo inclusive o principal responsável por amenizar os impactos do efeito estufa. Contudo, uma vez na água, o CO2 acaba passando por uma série de reações, de maneira a culminar no aumento da concentração de íons de hidrogênio na sua composição. Como resultado, observa-se a diminuição do pH da água, tornando-a, assim, mais ácida.

Portanto, ao mesmo tempo em que os oceanos absorvem o CO2 e diminuem os efeitos de sua emissão na atmosfera, infelizmente passam pelo processo de acidificação, que a cada dia prejudica mais o maior ecossistema do planeta. 

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Impactos da acidificação dos oceanos

Os impactos da acidificação dos oceanos são diversos, afetando desde a fauna marinha até sua flora. 

Qual e a principal causa da acidificação dos oceanos explique sua resposta?

Entre os seres-vivos mais afetados, podemos destacar os corais, por exemplo. 

Isso porque os corais, quando expostos a esse tipo de acidificação, podem não conseguir formar seus esqueletos. Logo, ao reduzir os carbonatos do ambiente, outros tipos de animais, como ostras e mexilhões, também são impedidos de calcificarem suas conchas.

Uma vez afetado os corais, poderemos observar impactos nos recifes onde estão, bem como na vida marinha que depende deles para sobreviverem, como peixes, aves, crustáceos, moluscos e muito mais.

Além disso, os humanos que dependem dos oceanos como fonte de renda também podem ser afetados, uma vez que a biodiversidade na qual dependem está sendo destruída. 

Por fim, algumas espécies de peixes, como o peixe-palhaço, estão perdendo sua capacidade de detectar predadores ou de encontrar abrigo.

Todos esses impactos, quando juntos, acabam causando um grande problema à vida marinha, gerando um grande risco a médio/longo prazo. 

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Diminuir o CO2 antropogênico = diminuir a acidificação das águas dos oceanos

Tendo tudo o que foi dito em mente, torna-se mais fácil compreender porque é tão importante criar hábitos mais sustentáveis, de maneira a diminuir a emissão de gás carbônico antropogênico e preservar o meio ambiente e sua biodiversidade. 

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Processo, que começou a ser estudado recentemente, pode acabar com toda vida marinha

Qual e a principal causa da acidificação dos oceanos explique sua resposta?
Quando pensamos nas emissões de dióxido de carbono (CO²), fatores como o efeito estufa e o aquecimento global já vêm à cabeça. Mas as mudanças climáticas não são os únicos problemas causados pelo excesso de CO² na atmosfera. O processo de acidificação dos oceanos é extremamente perigoso e pode acabar com a vida marinha até o fim do século (veja o vídeo no fim da matéria).

A acidificação começou desde a primeira revolução industrial, em meados do século XVIII, quando a emissão de poluentes aumentou rápida e significativamente graças à instalação das indústrias por toda Europa. Como a escala de pH é logarítmica, uma leve diminuição neste valor pode representar em porcentagem, variações de acidez de grandes dimensões. Dessa forma, pode-se dizer que desde a primeira revolução industrial, a acidez dos oceanos já aumentou em 30%.

Mas como se dá esse processo? Estudos demonstram que, ao longo da história, 30% do CO² emitido pela ação do homem vai parar no oceano. Quando a água (H²O) e o gás se encontram, é formado o ácido carbônico (H²CO³) que se dissocia no mar, formando íons carbonato (CO³²-) e hidrogênio (H+).

O nível de acidez se dá através da quantidade de íons H+ presentes em uma solução – nesse caso, a água do mar. Quanto maior as emissões, maior a quantidade de ions H+ e mais ácido os oceanos ficam.

Vida marinha em risco

Qualquer tipo de mudança, por menor que seja, pode mudar drasticamente o meio ambiente. As mudanças de temperatura, do clima, do nível de chuva ou até o número de animais podem causar o total desequilíbrio ambiental. O mesmo pode ser dito sobre a alteração do pH (índice que indica o nível de alcalinidade, neutralidade ou acidez de uma solução aquosa) dos oceanos.

Estudos preliminares apontam que a acidificação dos oceanos afeta diretamente organismos calcificadores, como alguns tipos de mariscos, algas, corais, plânctons emoluscos, dificultando sua capacidade de formar conchas, levando ao seudesaparecimento. Em quantidades normais de absorção de CO2 pelo oceano, as reações químicas favorecem a utilização do carbono na formação de carbonato de cálcio (CaCO3), utilizado por diversos organismos marinhos na calcificação. O aumento intenso das concentrações de CO2 na atmosfera, e consequente diminuição de pH das águas oceânicas acaba por alterar o sentido destas reações, fazendo com que o carbonato dos ambientes marinhos se ligue com os íons H+, ficando menos disponível para a formação do carbonato de cálcio, essencial para o desenvolvimento de organismos calcificadores.

A diminuição das taxas de calcificação afetam por exemplo o estágio de vida inicial destes organismos, bem como sua fisiologia, reprodução, sua distribuição geográfica, morfologia, crescimento, desenvolvimento e tempo de vida. Além disso, afeta também a tolerância a mudanças na temperatura das águas oceânicas, tornando-os mais sensíveis, interferindo na distribuição de espécies mais sensíveis. Ambientes que naturalmente apresentam altas concentrações de CO2, como regiões vulcânicas hidrotermais são demonstrações dos ecossistemas marinhos futuros, apresentando baixa biodiversidade e elevado número de espécies invasoras.

Uma outra consequência, advinda da perda de biodiversidade de ecossistemas marinhos é a erosão de plataformas continentais, que não apresentarão mais corais que ajudam a fixar os sedimentos. Estima-se que até 2100, cerca de 70% dos corais de águas frias estarão expostos a águas corrosivas.

Por outro lado, outras pesquisas apontam para a direção oposta, afirmando que alguns microrganismos se beneficiam com esse processo. Isto se deve ao fato de que a acidificação dos oceanos possui também uma consequência que é, para alguns micro-organismos marinhos, positiva. A diminuição do pH altera a solubilidade de alguns metais, como por exemplo o Ferro III, que é um micronutriente essencial para o plâncton, tornando-o assim mais disponível, favorecendo um aumento da produção primária, que acarreta em uma maior transferência de CO2 para os oceanos. Além disso, o fitoplâncton produz um componente chamado dimetilssulfeto, que ao ser lançado para a atmosfera contribui para a formação de nuvens, que refletem os raios solares controlando o aquecimento global. Este efeito é positivo até que sejam reduzidas as absorções de CO2 pelo oceano devido à saturação deste gás nas águas, situação sob a qual o fitoplâncton , pela menor oferta de Ferro III, produzirá menos dimetilssulfeto.

Mais prejuízos econômicos

Em suma, podemos dizer que o aumento da concentração de dióxido de carbono na atmosfera termina por aumentar a acidez e temperatura das águas oceânicas. Até certo ponto, como vimos, isso é positivo, pois aumentará a solubilidade do Ferro III que é absorvido pelo fitoplâncton para a produção de dimetilssulfeto, que contribui na redução da minimização do aquecimento global. Ultrapassado esse ponto, a saturação de CO2 absorvido pelo ambiente marinho somado ao aumento da temperatura das águas altera o sentido das reações químicas, fazendo com que menores quantidades deste gás sejam absorvidas, prejudicando organismos calcificantes e aumentando a concentração do gás na atmosfera. Por sua vez, esse aumento contribuiria para intensificar os efeitos do aquecimento global. Dessa forma, é criado um ciclo vicioso entre a acidificação dos oceanos e o aquecimento global.

Além de todos os impactos já descritos, com a diminuição do pH oceânico haverá também o impacto econômico, já que comunidades que se mantém à base de eco-turismo (mergulhos) ou de atividades pesqueiras serão prejudicadas.

A acidificação dos oceanos pode também afetar o mercado global de créditos de carbono, uma vez que prejudicado o depósito natural de CO2 nos oceanos, maiores quantidades deste gás se concentrarão na atmosfera, fazendo com que os países arquem financeiramente com as consequências.

Ainda sobre o depósito natural de carbono, a formação de conchas de organismos calcários é interessante economicamente pois com a morte destes organismos, elas são depositadas no leito oceânico, armazenando carbono por longos períodos de tempo.

Tecnologia de mitigação

A geoengenharia desenvolveu algumas hipóteses para acabar com esse problema. Uma delas é usar o ferro para “fertilizar” os oceanos. Dessa forma, as partículas desse metal estimulariam o crescimento dos plânctons que, por sua vez, absorveriam o CO² que, ao morrer, levaria o gás carbônico para o fundo do mar.

Outra alternativa proposta foi a adição de substâncias alcalinas nas águas dos oceanos para equilibrar o pH, como pedra calcária esmagada. Porém, segundo o Professor Jean-Pierre Gattuso, da Agência Nacional de Pesquisas da França, este processo poderia ser eficaz apenas em baías com troca limitada de água com o mar aberto, o que daria um alívio local, mas não é prático em escala global pois consome muita energia, além de ser uma alternativa cara.

Na realidade, as emissões de carbono deveriam ser o foco da discussão. O processo de acidificação oceânica não afeta apenas a vida marinha. Povoados, cidades e até mesmo países são totalmente dependentes da pesca e do turismo marítimo. Os problemas vão muito além dos mares.

Atitudes incisivas se fazem cada vez mais necessárias. Por parte das autoridades, leis sobre níveis de emissão e fiscalizações cada vez mais rigorosas. Pelo nosso lado, diminuir nossa pegada de carbono com pequenas medidas, como utilizar mais transporte público, principalmente em veículos os movidos a fontes de energia renováveis ou optar por alimentos orgânicos, que sejam provenientes da agricultura de baixo carbono. Mas todas essas escolhas só são possíveis caso a indústria altere suas formas de lidar com os recursos naturais e também priorize a produção de bens que utilizem matérias-primas sustentáveis.

Assista a baixo um vídeo sobre o processo de acidificação (em inglês):

Fonte: eCycle

Qual é a principal causa da acidificação dos oceanos?

CAUSAS DA ACIDIFICAÇÃO DOS OCEANOS Se nos detivermos nas explicações dadas anteriormente, poderemos afirmar que a principal causa da acidificação dos oceanos é o CO2 liberado na atmosfera.

Qual é a principal causa da acidificação?

Entende-se por acidificação a redução do pH dos oceanos por longos períodos de tempo (décadas ou mais). Esta redução do pH é causada principalmente pela dissolução do CO2 atmosférico nos oceanos.

Como ocorre a acidificação dos oceanos Brainly?

A principal causa da acidificação dos oceanos é a crescente quantidade de gás carbônico neste meio, que é consequência das ações humanas. Desta maneira o dióxido de carbono contido nos oceanos alteram sua química, aumentando a a concentração de íons H+ e aumentando sua acidez.

Como acontece o processo de acidificação dos oceanos?

Quando a água (H2O) e o gás se encontram, é formado o ácido carbônico (H2CO3), que se dissocia no mar, formando íons carbonato (CO32-) e hidrogênio (H+). O nível de acidez se dá por meio do aumento da quantidade de íons H+ presentes em uma solução – nesse caso, a água do mar.