Qual é a influência dos familiares para a escolha de um curso superior?

O que você vai ser quando crescer? Essa é a pergunta a que as crianças e adolescentes sempre respondem durante a fase escolar. E, é claro, os pais sonham e se preocupam com esse assunto desde quando seus filhos são pequenos. Contudo, é importante manter em mente que a escolha da carreira deve ser decidida pelos jovens.

Os pais desejam sempre o melhor, mas não devem decidir qual profissão é a mais indicada. Cada pessoa tem sua própria expectativa sobre a vida e os pais devem respeitar as decisões tomadas. Porém, é claro que você pode ajudar seu(sua) filho(a) na hora da escolha da carreira, afinal, é bastante complicado para um(a) jovem de 17 ou 18 anos ter que decidir o que quer fazer pelo resto da vida.

Quer saber como ajudar seu(sua) filho(a) a escolher uma profissão? Continue a leitura do texto e veja algumas dicas para essa fase tão importante para toda a família!

Os jovens e as profissões

Os jovens precisam escolher uma profissão que querem seguir ainda muito cedo. Com isso, é comum que a indecisão ronde os pensamentos antes dos vestibulares e que uma faculdade seja abandonada ainda nos primeiros semestres. Contudo, os pais devem interferir o mínimo possível nesse momento.

Muitas famílias depositam em seus filhos alguns sonhos ou frustrações pessoais e a criança acaba crescendo com o peso de ter que seguir uma profissão que não lhe agrada. Com certeza você já conheceu alguém que se tornou advogado ou contador porque os pais impuseram tal decisão. Essa é a forma mais fácil de fazer com que um(uma) jovem siga uma carreira que não trará sucesso pessoal.

Ainda, a família sempre forma o grupo de pessoas que mais influencia o(a) adolescente na hora da escolha da carreira. O que os pais podem fazer, acima de tudo, é apoiar, conversar e contar experiências que viveram ao longo da vida, esses são alguns pontos importantes. Cada família vai encarar esse momento de uma forma.

Ajuda dos pais para o filho escolher uma profissão

Os pais podem — e devem — ajudar na hora da pesquisa com aconselhamentos, diálogo e apoio, sem impor qualquer carreira ou decisão em relação aos vestibulares e faculdades. É o(a) jovem que tem que tomar a decisão final sobre a escolha da carreira.

É comum que muitos jovens possam ficar indecisos, como já falamos — principalmente, se eles são, por natureza, pessoas mais introvertidas e indecisas, que sempre precisam de aconselhamento. Em casos assim, a opinião dos pais é ainda mais importante para que os filhos se sintam mais seguros na hora de decidir.

A orientação vocacional deve começar muito antes, desde a infância. Mas a escolha efetiva só acontecerá quando seu(sua) filho(a) realmente tiver que entrar em algum curso superior.

O apoio dos pais é fundamental, desde que não haja pressão direta ou velada, para que o(a) filho(a) siga essa ou aquela carreira. Ele(a) deve escolher uma profissão, a carreira que vai seguir — a palavra final deve ser da pessoa!

Dessa forma, é importante evitar a “represália” injusta, ou seja, quando o(a) jovem segue a opinião do pai ou da mãe e não consegue ser bem-sucedido(a) no curso. Isso pode ser muito comum em filhos indecisos, que dependem bastante do incentivo dos pais. Eles acusam os pais pelos seus fracassos, o que é errado e gera um conflito familiar desnecessário.

Elaboramos algumas dicas para esse momento tão especial! Veja como os pais podem, de maneira efetiva, contribuir para o(a) filho(a) escolher uma profissão!

Incentive seu(sua) filho(a) a fazer o que gosta

Você deve incentivar seu(sua) filho(a) a fazer o que gosta, sem se importar se essa é a carreira que você sonhou para ele(a) ou não. O trabalho ocupa uma grande parte da nossa vida e com seu(sua) filho(a) não será diferente. Por isso, é importante que ele(a) atue em uma área de que goste verdadeiramente. Essa é a única forma de alcançar o sucesso profissional e pessoal!

Acompanhe as pesquisas sobre carreiras

É bem provável que seu(sua) filho(a) passe um bom tempo pesquisando sobre as carreiras, profissões, cursos e faculdades. Então, participe desse momento! Ajude-o(a) a analisar o que parece ser mais interessante e faça com que ele(a) reflita sobre todas as opções. As conversas e exemplos serão fundamentais durante as procuras.

Explore alternativas práticas

Caso você tenha um tio, cunhado ou vizinho que atua em uma área de interesse do(a) seu(sua) filho(a), não custa nada incentivar o(a) jovem a acompanhar de perto o trabalho dessa pessoa. Assim, na prática, pode ser que ele(a) tome uma decisão mais acertada. Ler sobre determinada carreira pode ser bastante diferente de vivenciar aquilo no dia a dia.

Mantenha o equilíbrio

Os palpites da família e os gostos do(a) jovem devem se manter em equilíbrio. Ou seja, o que você deseja para o(a) seu(sua) filho(a) não pode pesar mais na hora da escolha da carreira do que o que ele(a) realmente deseja. A família acaba influenciando, é claro, mas essa relação deve ser positiva e construtiva. É importante respeitar os interesses do(a) estudante.

Ajude seu(sua) filho(a) a desenvolver o controle emocional

Desde pequenas, as crianças devem desenvolver o controle emocional. Afinal, todos enfrentam algum tipo de decepção ou frustração ao longo da vida, principalmente no campo profissional. Por isso, é importante que nesse momento o(a) jovem esteja pronto(a) para encarar qualquer tipo de resultado negativo, como uma reprovação no vestibular, por exemplo.

Ensine seu(sua) filho(a) a superar desafios

Os desafios precisarão ser superados desde o início da carreira profissional, já na escolha da faculdade. Os filhos precisam ter base e apoio para enfrentar os desafios que a vida impõe e, ainda, é interessante que eles se sintam motivados pelas dificuldades. Isso faz parte da evolução de todas as pessoas.

Crie um(a) jovem com liberdade

Os pais precisam ter consciência de que seus filhos não são extensões de si mesmos — mas, sim, outros seres humanos, dotados de gostos, dons e vontades distintas. Por isso, deixe que seu(sua) filho(a) tenha liberdade na hora da escolha da carreira. Você queria que ele(a) fosse médico(a), porém ele(a) quer programar videogame? Não o(a) repreenda, permita que ele(a) seja feliz com a decisão que tomar.

Demonstre confiança

Vale destacar que também pecam os pais que não apoiam ou não participam de forma alguma nesse momento de decisão. É importante que a família apoie o(a) adolescente que, com certeza, está nervoso(a) e cheio(a) de dúvidas. Demonstre confiança, faça com que seu(sua) filho(a) perceba que está sendo apoiado(a), independentemente de qual seja a sua decisão.

Seja flexível com as desistências

É fundamental também que o(a) jovem compreenda que, caso não goste da faculdade ou carreira escolhida, isso não é o fim do mundo. As pessoas podem mudar de opinião o tempo todo e, é claro, podem mudar de gostos e ambições também. Caso seu(sua) filho(a) queira trocar de profissão, não o(a) critique, isso pode fazer com que ele(a) tome outra decisão precipitada ou equivocada.

Seja paciente

Tenha paciência com as dúvidas e incertezas dos jovens. Não “force a barra”, como eles mesmos dizem. Não os pressione a escolher uma profissão que não desejam, nem os pressione a tomar de imediato alguma decisão. Se for preciso correr algum risco, permita que eles tentem algum curso para ver se dá certo.

Claro que eles não podem esperar a vida toda, cheios de indecisões ou correndo riscos, pois o tempo passa e eles perderão boas oportunidades. Mesmo assim, dentro dos limites, seja paciente e nunca deixe de estimular. Gradualmente, eles vão aprender a encarar os riscos e as suas consequências.

Incentive as novas descobertas

O mercado de trabalho se renova com rapidez, está em constante transformação. O desenvolvimento de novas tecnologias digitais dá espaço para o surgimento de novas profissões. Vale a pena incentivar os filhos a conhecer e se familiarizar com essas inovações — talvez, eles se interessem em trilhar algum desses novos caminhos.

Observe as aptidões e as habilidades do jovem

As discussões sobre como escolher uma profissão são muito comuns durante o Ensino Fundamental II. Tornam-se mais intensas durante o Ensino Médio, à medida que se aproxima o encerramento do curso médio e torna-se iminente a prestação de vestibular. Com o ENEM, antecipa-se a necessidade de uma resposta (ainda que temporária) à pergunta sobre qual carreira seguir.

Os pais podem dialogar com os filhos e saber que disciplinas eles preferem: Biologia, Física, Matemática, Português e assim por diante. As disciplinas se dividem em três categorias básicas: Humanas, Exatas e Biológicas. Identificar uma dessas categorias já limita o espectro de cursos superiores disponíveis em uma faculdade.

Jovens que gostam de Ciências Exatas podem fazer um curso de Engenharia (Civil, Mecânica, Elétrica, de Produção) ou uma licenciatura em Matemática ou Física. Os que preferem as Biológicas podem se dedicar à Medicina ou Enfermagem. Se um jovem gosta especialmente de Química, uma boa opção é Farmácia ou Engenharia Química. O campo de Humanas também é amplo: Direito, Sociologia, Filosofia, Antropologia, Teologia, História e Geografia são algumas das opções disponíveis.

Não faça comparações

Para jovens indecisos, não ajuda em nada ficar ouvindo que o irmão já sabia desde o 6º ou 7º ano qual carreira seguiria. Não adianta ficar fazendo comparações com outros irmãos, primos ou outros familiares ou amigos.

Muitos pais podem fazer comparações com eles mesmos, caso tenham se formado. E isso geralmente não oferece bons resultados — deixa os jovens mais frustrados e indecisos.

Respeite as decisões deles

Em alguns casos, os pais podem se sentir tentados a não encorajar os filhos a escolher uma profissão porque a julgam inadequada ou muito limitada, que não oferece horizontes mais abrangentes. A questão da remuneração é importante, mas é ainda mais importante que seu(sua) filho(a) seja um(uma) bom(boa) profissional. Como profissional que gosta do que faz, as chances de gerar uma renda maior também aumentam.

Não existe uma receita para que seu(sua) filho(a) faça a escolha da carreira de forma mais correta. Cada pessoa tem suas próprias características, que vão influir no momento de escolher uma profissão. Cada jovem tem seu tempo e suas preferências e, por isso, os pais precisam respeitar as decisões tomadas. A pressão só vai fazer com que o(a) estudante fique mais indeciso(a), ansioso(a) ou, ainda, infeliz.

Vamos aproveitar e falar sobre orientação vocacional. Trata-se de um método valioso de avaliação que ajuda o jovem a tomar uma decisão sobre a carreira que deve seguir conforme seu perfil! Que tal saber um pouco mais sobre o assunto?

Como a família pode influenciar na escolha profissional?

Composição e dinâmica familiar Alguns fatores relacionados à composição e à dinâmica familiar também podem influenciar negativamente a escolha profissional dos filhos, como separação dos pais, ausência paterna/materna, comportamento violento dos pais, número de filhos, classe social e renda.

Qual o peso da influência da família no momento da escolha profissional?

De acordo com uma pesquisa do LinkedIn, rede social de negócios, os pais ainda estão entre as maiores influências na vida de uma pessoa na hora de escolher a carreira. Cerca de 26% dos respondentes confirmaram o peso da família sobre essa decisão.

Quais os fatores que podem influenciar na escolha de sua profissão?

Fatores tais como aptidões, habilidades, interesses, motivações e competências pessoais, são exemplos de fatores psicológicos que influenciam na escolha profissional. Mas os fatores físicos também influenciam! Por exemplo: um problema grave de visão pode impedir que alguém siga carreira nas forças armadas.

Que tipo de influência a família exerce nos jovens?

Para ele, os pais podem exercer influência no processo de escolha profissional dos filhos por intermédio de ações práticas, como apoio financeiro, formação educacional, diálogos e ações subjetivas como aprovação/reprovação, expectativas, cobranças, valores sobre o mundo do trabalho, sonhos, projetos que tem para os ...