DescriçãoEste plano contempla atividades que permitirão aos estudantes identificar as práticas corporais de aventura urbana e os espaços onde acontecem, investigando as opções para realizá-las na própria escola e nos arredores, além de discutir novas formas de utilização de espaços públicos com diálogo, responsabilidade e segurança de todos durante as práticas. Show
Habilidades BNCC:Objeto de conhecimentoPráticas corporais de aventura urbana Objetivos de aprendizagem
Competências gerais1. Conhecimento 8. Autoconhecimento e autocuidado 9. Empatia e cooperação 10. Responsabilidade e cidadania Tenho pensado muito sobre o patrimônio comum de uma cidade. Na semana passada, realizei uma audiência pública para debater a utilização de nossos espaços públicos, como praças e parques. Sobre este tema já falei em artigo anterior. Hoje abordo sobre o patrimônio urbano, principalmente dos bens tombados, como prédios, monumentos, estátuas e locais como a nossa Pampulha. Participei ativamente de todo processo para que ela recebesse o título de Patrimônio da Humanidade e tenho cobrado e acompanhado as ações para sua preservação. Mas, infelizmente, o que tenho observado é a falta de cuidado com nossos bens comuns. Recentemente, a tradicional estátua do tigre, na Praça da Estação, foi destruída, o histórico viaduto Santa Tereza, que foi recentemente reformado, já está todo pichado. Assim também vários prédios, estátuas e monumentos. Embora exista legislação contra os pichadores e vândalos, sei que é muito difícil, em uma cidade das dimensões de Belo Horizonte, pegar flagrantes para que a Lei seja cumprida. Por isso, volto a frisar a importância da educação para construir na população um sólido conhecimento sobre a importância de preservar o patrimônio comum de uma cidade. Preservar é defender, conservar, resguardar, atitude de cuidado e respeito. Preservar é, também, dar relevância, destaque, importância, utilidade e publicidade. Por que preservar? Cada indivíduo é parte da sociedade e do ambiente onde vive e constrói, com os demais, a história dessa sociedade. Com isso, transmite às gerações futuras a história daquela localidade. A destruição dos bens herdados das gerações passadas acarreta o rompimento da corrente do conhecimento de uma época específica. É o caso da estátua do tigre na Praça da Estação, que foi totalmente destruída. Será que ela conseguirá ser reconstruída como anteriormente? Assim, penso que o caminho é mesmo a educação para a cidade, que deve contribuir para preparar cada um para o exercício de convivência no espaço público. As Escolas precisam mostrar aos estudantes a necessidade de se ter um olhar coletivo e sensível sobre o patrimônio público. A educação também deve indicar que o trabalho de educar para a cidade envolve a adoção de uma postura de preservação do patrimônio público, uma meta a ser seguida em benefício de todos. Certamente, mais um momento importante para a educação na formação de cidadãos críticos, conscientes de seus deveres, bem como da valorização, respeito e promoção dos espaços urbanos que marcam as vivências do tempo. Compartilhar
Atividades de aventura e educa��o ambiental: possibilidades nas aulas de Educa��o F�sica escolar Actividades de aventura y educaci�n ambiental: posibilidades en las clases de Educaci�n F�sica escolar *Licenciado em Educa��o F�sica pela Faculdade Governador Ozanam Coelho � Ub�, MG **Doutorando em Ci�ncia do Desporto pela Universidade de Tr�s-os-Montes & Alto Douro, Portugal Camilo Jos� dos Santos Soares* Jairo Ant�nio da Paix�o** (Brasil) Resumo As modalidades que comp�em as atividades de aventura na natureza se apresentam como uma nova possibilidade de lazer, turismo e competi��o e recentemente como conte�do das aulas de Educa��o F�sica escolar. Nesse sentido, a partir de uma pesquisa bibliogr�fica, buscou-se discutir possibilidades de se trabalhar atividades de aventura na
natureza com vistas � educa��o ambiental nas aulas de Educa��o F�sica escolar. Dado ao fato dessas pr�ticas f�sicas ocorrerem nos diferentes meios naturais e tamb�m pela exist�ncia do tema transversal meio ambiente contido nos Par�metros Curriculares Nacionais - PCNs para a Educa��o B�sica, nos fornecem subs�dios suficientes para se estabelecer projetos em diferentes anos que compreendem a Educa��o B�sica.
Unitermos Abstract The circumstances that make the adventure activities in nature are presented as a new possibility of leisure, tourism and competition and recently as the content of physical education classes at high school. In this
sense, from a literature review aimed to discuss possibilities of working adventure activities in nature with a view to environmental education in physical education classes at high school. Given the fact that these physical practices occur in different natural environments and also by the existence of cross-cutting theme environment contained in the National Curricular Parameters - PCN for Basic Education, the grants provide sufficient evidence to establish projects in different years which
comprise the Basic Education. Keywords 1 / 1 Introdu��o A contemporaneidade vem evidenciando o surgimento ininterrupto de novas possibilidades de pr�ticas f�sicas, dentre elas aquelas ligadas � natureza. Nesse sentido, as atividades de aventura surgem em decorr�ncia de uma s�rie de fatores no contexto social como a racionaliza��o do tempo, configura��o atual do trabalho, necessidade de express�o e mudan�as no ser humano, (re)encontro com o meio natural, pr�tica f�sica, contempla��o, supera��o dos pr�prios limites, lazer, experimentar sensa��es de prazer e ou libredade, enfim atributos relacionados � promo��o da sa�de e qualidade de vida (PAIX�O, 2009). As diferentes modalidades que comp�em as atividades de aventura na natureza configuram-se como possibilidades de lazer, turismo, competi��o e mais recentemente como propostas de temas nas aulas de Educa��o F�sica escolar. Dado ao fato dessas pr�ticas f�sicas ocorrerem em diferentes ambientes naturais e pela preocupa��o atual com as quest�es ambientais, fornecem subs�dios suficiente para pensarmos uma abordagem da educa��o ambiental no �mbito da Educa��o F�sica escolar por meio das atividades de aventura. Com base no tema transversal meio ambiente contido nos Par�metros Curriculares Nacionais - PCNs para a Educa��o B�sica torna-se poss�vel a transmiss�o de comportamentos de respeito e de preserva��o do meio natural, bem como da aprendizageme viv�ncias diferenciadas do esporte convencional que ainda mant�m sua hegemonia nas aulas de Educa��o F�sica escolar no pa�s. Nessa perspectiva, o presente estudo objetivou discutir possibilidades em se considerando a rela��o entre as atividades de aventura na natureza, bem como a viabilidade da educa��o ambiental por meio desta pr�tica f�sica no �mbito escolar. Atividade de aventura: pr�tica f�sica no meio natural As atividades de aventura na natureza apresentam crescente n�mero de adeptos nas mais variadas modalidades. Estas apresentam as mesmas caracter�sticas positivas da pr�tica desportiva, como os conhecidos benef�cios para a sa�de, a capacidade de promover a socializa��o e a consci�ncia comunit�ria, al�m de oferecer a sensa��o de prazer (TUBINO, 1992). Caracterizam-se por serem praticados em espa�os naturais permeados pelas no��es de aventura, risco calculado, adrenalina, prazer. Trazem consigo diferentes terminologias como, por exemplo, Novos Desportos, Esportes Radicais, Esportes em Liberdade, Californianos, Selvagens, Extremos, Atividades F�sicas de Aventura, na Natureza, Esportes de Aventura e Risco na Natureza entre muitos outros dentre (BETR�N e BETR�N, 1995; MARINHO, 2007). Essas atividades f�sicas na natureza adotam concep��es f�sicas recreativas diferentes do esporte tradicional, variando tanto o grau de motiva��o, quanto �s condi��es e meios utilizados pelo praticante em sua realiza��o. Existe uma perda das emo��es nos esportes tradicionais devido as diversas regras, e a grande disputa acima de tudo entre os atletas, fatos que tendem a canalizar as emo��es. Dessa forma, as atividades de aventura na natureza ganham cada vez mais adeptos, devido ao fato de serem imprevis�veis e excitantes, e estarem abertos a qualquer pessoa seja qual for idade ou sexo (ELIAS e DUNNING, 1990). N�o se pode negar que o contato com a natureza, atrav�s das pr�ticas de aventura, apresenta um vi�s positivo e outro negativo. Por um lado, pode, por exemplo, aumentar a consci�ncia ecol�gica dos envolvidos com a pr�tica esportiva, pode inibir a a��o predat�ria em seus locais de pr�tica e contribuir para a melhoria da qualidade de vida. No entanto, quando n�o planejadas, essas mesmas pr�ticas esportivas podem interferir negativamente nos fatores ambientais, podendo ocasionar danos aos ambientes onde s�o praticados. Costa (2000) menciona que embora divulguem que essas pr�ticas junto � natureza s�o preservacionistas, pode haver um desequil�brio nos ecossistemas, devido � constru��o de infra-estruturas de apoio � sua realiza��o. Acrescenta-se ainda a polui��o sonora e ambiental, lixo, devasta��o e eros�o nos locais utilizados para a pr�tica. Atividades de aventura, educa��o ambiental e Educa��o F�sica escolar Os PCN�s (1998) recomendam uma Educa��o F�sica que extrapole suas atividades curriculares, e que vise a constru��o de uma escola comprometida com a transforma��o social que favore�a o conhecimento cr�tico da realidade. � nesse sentido que o trabalho com as quest�es ambientais nas aulas de Educa��o F�sica escolar a partir das atividades de aventura se apresenta como uma proposta instigante no curr�culo da Educa��o B�sica. Ao se pensar as atividades de aventura como parte integrante dos conte�dos da Educa��o F�sica escolar, tomaremos �s id�ias de Darido (2005, p.65) ao afirmar que �... quando nos referimos a conte�dos, estamos englobando conceitos, id�ias, fatos, processos, princ�pios, leis cient�ficas, regras, habilidades cognoscitivas, modos de atividade, m�todos de compreens�o e aplica��o, h�bitos de estudos, de trabalho, de lazer e de conviv�ncia social, valores, convic��es e atitudes�. A organiza��o did�tico-pedag�gica de um determinado conte�do � neste caso, a �nfase recai sobre as atividades de aventura e suas diferentes modalidades � ir� demandar do professor conhecimentos e habilidades que se configuram no dom�nio deste no processo instrucional, haja vista a sua completa assimila��o e compreens�o1 por parte do(a) aluno(a). Nesse sentido, o conte�do, na perspectiva de Coll, Pozo, Sarabia e Valls (2000), organiza-se a partir de tr�s dimens�es classificadas como conceitual, procedimental e atitudinal. A dimens�o conceitual refere-se ao que o aprendiz dever� aprender em termos de conceitos e fatos relacionados a um determinado conte�do, como por exemplo: compreender a evolu��o das atividades de aventura como possibilidade de lazer e competi��o na natureza, contextualizar as modalidades existentes, enfocando, por exemplo, sua evolu��o, potencialidades e poss�veis impactos no meio natural na contemporaneidade; conhecer as diferentes denomina��es atribu�das as atividades de aventura e especificidades para a sua pr�tica em diferentes ambientes naturais; e perceber as pr�ticas de aventura no meio natural como espa�o para diferentes manifesta��es expressivas humanas. A dimens�o procedimental diz respeito ao que se deve saber fazer diante de uma situa��o concreta da pr�tica de um determinado conte�do, como: executar os procedimentos espec�ficos de uma modalidade de aventura e relacion�-los com fatores de ordem cultural, social e emocional ligados a ela; vivenciar fortes emo��es, vertigem, sensa��o do risco e adrenalina propiciados pela pr�tica de uma modalidade nos diferentes ambientes naturais em que se efetiva; e adquirir os princ�pios essenciais para a pr�tica de uma modalidade, como procedimentos de seguran�a, utiliza��o correta de equipamentos, entre outros. A dimens�o atitudinal refere-se ao que se deve ser, efetivada pela atitude do indiv�duo em seu meio. Tem-se a compreens�o da natureza numa perspectiva que ultrapassa a vis�o de simples cen�rio no qual ocorrem as atividades de aventura, mas tamb�m na urg�ncia de valores e atitudes no sentido de preserv�-la como bem comum; respeitar os limites corporais quando na realiza��o das pr�ticas f�sicas de aventura no meio natural; e vivenciar as modalidades tendo como princ�pios balizadores da pr�tica atitudes de intera��o, solidariedade e companheirismo. Embora o profissional possa priorizar uma dimens�o em rela��o �s demais, nota-se que no decorrer do processo ensino-aprendzagem, essas dimens�es muitas vezes ocorrem de forma imbricada, o que dificulta a distin��o entre elas. No entanto, o seu conhecimento e sua considera��o s�o essenciais para a assimila��o dos aspectos e valores referentes a uma dada modalidade pelo(a) aluno(a). Conclus�o Concluiu-se que essa proposta de aliarmos atividades de aventura e educa��o ambiental nas aulas de Educa��o F�sica apresenta possibilidades significativas. N�o se pode negar o potencial motivador interveniente na busca por fortes sensa��es, no novo, no desconhecido e no n�o convencional que as atividades de aventura exercem sobre as pessoas, principalmente sobre o p�blico jovem que se encontra inserido na Educa��o B�sica. Apesar do custo elevado de alguns equipamentos espec�ficos para a pr�tica de determinadas modalidades de atividade de aventura, h� aquelas que poderiam ser inclu�das na escola. Mais especificamente, t�m-se, como exemplo, o trekking, corridas de orienta��o, skate, caminhadas ecol�gicas, por serem atividades esportivas que se adaptam bem a realidade da maioria das escolas. Tratam-se de modalidades que n�o requerem equipamentos espec�ficos, o que por sua vez, facilita sua inclus�o. � importante a �nfase na a��o cr�tica dos alunos nas rela��es que estabelecem com a natureza, apropriando-se de valores ambientais na pr�tica das atividades de aventura junto � natureza, buscando certificar que essas pr�ticas n�o estejam agredindo o meio no qual elas s�o realizadas. E que a natureza seja mais que um mero palco para as atividades, mas que haja uma rela��o de troca, de saber conviver e respeitar. Acreditamos que a a��o de erigir junto aos alunos(as) uma rela��o consciente com a natureza faz-se necess�ria frente � tentativa de garantirmos a pr�pria vida humana. Este estudo reconhece que o sistema no qual estamos inseridos se caracteriza por in�meras contradi��es, uma delas � a necessidade de pensarmos na natureza, elemento por ele destru�do e danificado, entretanto a garantia dos recursos naturais para nossa sobreviv�ncia nos faz pensar pr�ticas alternativas por dentro do pr�prio sistema, mas sem perder de vista as possibilidades tamb�m de mudan�as. Nota
Refer�ncias bibliogr�ficas
Outros artigos em Portugu�s
Qual a importância da conscientização da preservação ambiental para as práticas corporais de aventura?Ao realizar a preservação o meio ambiente tem-se a garantia do espaço adequado para realização das práticas corporais de aventura. Por exemplo, se as árvores fossem derrubadas em grande escala, não seria possível realizar o do aresporteborismo, pois não existiram árvores para serem escaladas.
Qual a principal importância das práticas corporais de aventura?O autor aponta que as práticas corporais de aventura conduzem a sensações positivas, como o prazer e bem-estar, além de participar de uma (re)construção da identidade, por meio de uma relação consigo, atrelado em um contexto individual.
Qual a relação entre esportes de aventura e preservação ambiental?Esporte de Aventura estimula a preservação ambiental e o desenvolvimento Um calmo ambiente natural ao invés da vida agitada e urbana; trilhas de terra no lugar do asfalto; montanhas a serem escaladas e não os imensos prédios. É o esporte de aventura ganhando cada vez mais adeptos entre os amantes da natureza.
Qual a importância que as práticas corporais de aventura tem para a inclusão social?Estabelece novos elos sociais
Confiança, inclusive, que é a palavra-chave para definirmos a sua relação com os instrutores das atividades. Tudo isso ajuda a melhorar o seu desempenho e, ainda, a estimular um laço de respeito e de comunidade com os outros participantes e profissionais do ramo.
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