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DefiniçãoA Malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários transmitido pela fêmea infectada do mosquito Anopheles, ou seja, é uma doença infecciosa não contagiosa. A Malária pode ser causada por 4 principais espécies de Plasmodium, dispostas a seguir, por ordem de letalidade:
Morfologia:É bastante variada, tendo em vista a grande diversidade de formas evolutivas e de localidades que podem habitar, seja no hospedeiro vertebrado seja no hospedeiro invertebrado. Essas variações podem ser sintetizadas de acordo com a seguinte tabela:
Epidemiologia da maláriaA Malária é a sexta colocada entre as principais causas de morte no mundo, sendo a primeira entre as doenças infectoparasitárias, mesmo sendo uma doença tratável. Não existem mecanismos de prevenção completamente eficientes (como a vacinação), dessa forma, qualquer pessoa está sujeita a contrair malária, especialmente nas REGIÕES ENDÊMICAS, onde há grande concentração de vetores e de pessoas infectadas. A nível global, a Malária está presente em mais de 90 países, embora com prevalência diferente, sendo que os mais comprometidos são Índia, Brasil (cerca de 300 mil casos/ano), Afeganistão e países asiáticos, incluindo a China. Ou seja, de acordo com o CDC, a Malária ocorre principalmente em áreas economicamente desfavorecidas, tropicais e subtropicais do mundo, conforme ilustra o mapa abaixo. Isso porque aspectos climáticos estão diretamente correlacionados com a reprodução e disseminação do vetor. No Brasil, a maioria (cerca de 99%) dos casos de malária se concentra na Região Amazônica, composta pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Na região extra-Amazônica, composta pelas demais unidades federativas e o Distrito Federal, apesar das poucas notificações (responsável por 1% do total de casos notificados no Brasil), a doença não pode ser negligenciada, pois se observa uma alta letalidade que chega a ser 128 vezes (dado preliminar de 2019) maior que na região Amazônica. Um dos fatores que influencia esses dados é o seguinte: INDIVÍDUOS QUE TIVERAM VÁRIOS EPISÓDIOS DE MALÁRIA PODEM ADQUIRIR UMA IMUNIDADE PARCIAL, apresentando sintomas leves ou ausentes em casos de novas infecções Fisiopatologia da maláriaCenters for Disease Control and Prevention: https://www.cdc.gov/parasites/malaria/index.html Período de incubação: Varia de acordo com a espécie de plasmócito, da seguinte forma:
Período de latência: Os esporozoítos P. vivax e P. ovale podem originar HIPNOZOÍTOS (“formas dormentes”) latentes no fígado, que provocam as recaídas da doença dentro de 3 a 9 semanas após o tratamento. Período de transmissibilidade: Caso não sejam adequadamente tratados, pacientes infectados por P. vivax ou P. malarie podem permanecer com capacidade infectante para o mosquito por até três anos, já no caso de P. falciparum esse período é de 1 ano; Patogenia básica:Um dos pilares que determina a gravidade da Malária é a DESTRUIÇÃO DOS ERITRÓCITOS com a liberação de CITOCINAS, podendo levar a um possível quadro de toxicidade. Assim, a sintomatologia clássica está diretamente correlacionada com os acessos maáricos, que ocorrem em períodos regulares. É válido ressaltar que esses acessos nem sempre são regulares, especialmente nas áreas endêmicas, quando as chances de infecção por diferentes espécies de plasmodiun são maiores. Os acessos maláricos: Os picos febris dos acessos maláricos estão relacionados com a finalização do Ciclo Esquisogônico do parasita, com consequente rompimento das hemácias e liberação de seu conteúdo. Sendo dividido nas seguintes fases:
Todos os paroxismos são acompanhados por cefaleia, mialgias, náuseas e vômitos. O intervalo de tempo entre os picos febris depende da espécie de plasmódio causadora da infecção. Pigmento malárico: eles ocorrem devido a ruptura das hemácias, sendo formados por produtos oriundos do metabolismo do parasito, mais especificamente pela HEMOZOÍNA, um composto altamente tóxico. Esse composto é liberado na corrente sanguínea e se deposita em alguns órgãos, onde desencadeia uma série de respostas do organismo, justamente por conta de sua toxicidade. Quadro clínico da maláriaDe maneira geral, a patogenia da malária permite sua distinção em duas categorias: Malária não complicadaPode ser causada por todas as espécies de plasmódio, com exceção de P. falciparum. Nesses casos os acessos maláricos estão associados a anemia (devido a ruptura dos eritrócitos). Além disso, podem apresentar vômitos e intensa debilidade em decorrência desses acessos. Recapitulando sobre os acesos maláricos: A crise aguda da malária caracteriza-se por episódios de calafrio, febre e sudorese. Tem duração variável de 6 a 12 horas e pode cursar com temperatura igual ou superior à 40º C. Contudo, nem sempre se observa o clássico padrão de febre a cada dois dias (terçã). Portanto, não se deve aguardar esse padrão característico para pensar no diagnóstico de malária. Em geral, os paroxismos são acompanhados por cefaleia, mialgia, náuseas e vômitos. Malária complicada:Causada essencialmente pelo P. falcipaum, ou seja, é a forma mais grave da doença. O grupo de risco é constituído por grávidas e crianças menores de 5 anos, para os quais a doença geralmente é fatal; Essa forma da doença é marcada por uma GRANDE deposição de HEMOZOÍNA nos tecidos, assim como pelo SEQUESTRO CAPILAR DE ERITRÓCITOS, agravando o quadro geral dos acometidos e aumentando a probabilidade de comprometimento cerebral; Manifestações clínicas e laboratoriais indicativas de malária grave e complicadaManifestações clínicas
Manifestações laboratoriais
Diagnóstico da maláriaO diagnóstico exato da Malária só é possível pela demonstração do parasito ou de antígenos relacionados, no sangue periférico do paciente, pelos seguintes métodos de diagnósticos:
A determinação de densidade parasitária é uma ferramenta extremamente útil para a avaliação prognóstica dos pacientes;
Representam novos métodos de diagnóstico rápido de malária e são realizados em fitas de nitrocelulose contendo anticorpo monoclonal contra antígenos específicos do parasito. São extremamente úteis para a confirmação diagnóstica, no entanto seu uso deve ser restrito a situações nas quais não é possível a realização dos demais testes. No Brasil, conforme recomendações do PNCM, deve-se priorizar o uso dos TDRs em localidades onde o acesso ao diagnóstico microscópico é dificultado por distância geográfica ou incapacidade local do serviço de saúde (região extra-amazônia). Comercialmente estão disponíveis em kits que permitem diagnósticos rápidos, entre 15 e 20 minutos
Tratamento da maláriaOs principais objetivos do tratamento para Malária são:
Para esses fins, os seguintes esquemas terapêuticos podem ser utilizados: Drogas antimaláricas:
É válido ressaltar que o esquema terapêutico é bastante variado, dependendo de inúmeros fatores, como a faixa etária dos hospedeiros, a espécie dos patógenos e a disponibilidade das drogas;
É realizado pela LVC (lâmina de verificação de cura), através de um esfregaço sanguíneo, que deve ser realizado com a seguinte periodicidade:
Mapa mentalAutores, revisores e orientadores:
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Qual o principal vetor da malária na Amazônia?Em um dos resultados, Chaves mostrou que as mudanças causadas pelo homem na vegetação da Floresta Amazônica diminuíram a biodiversidade de mosquitos e levaram o anopheles (Nyssorhynchus) darlingi a se tornar o principal vetor da malária na Amazônia, aumentando o risco de transmissão da doença.
Quais são as principais espécies causadoras de malária no Brasil?No Brasil, três espécies estão associadas à malária em seres humanos: P. vivax, P. falciparum e P. malariae.
Qual a principal espécie de Plasmodium causador de malária do Brasil?Agente Etiológico
No Brasil, as espécies Plasmodium vivax, Plasmodium falciparum e Plasmodium malariae apresentam maior importância epidemiológica nos casos de malária em humanos. O Plasmodium ovale está restrito a determinadas regiões do continente africano e a casos importados de malária no Brasil.
Qual tipo de malária mais comum no Brasil?No Brasil, a principal forma da doença é a vivax, mais branda, que oferece pouco risco de morte, ao contrário da forma mais comum nos países africanos. Por aqui, 99% dos casos são registrados na Amazônia.
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