O que podemos fazer para diminuir ou acabar com a violência escolar?

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A violência e os mecanismos de dominação do mais fraco pelo mais forte sempre estiveram presentes em nossa sociedade. Entretanto, os discursos vêm se modificando ao longo das décadas, e a aceitação das diferenças assim como o exercício da empatia têm se tornado parte do planejamento escolar. Assim sendo, o combate ao bullying na escola tem seguido essa linha de mudança.

Com a modernização dos canais de comunicação e com a proliferação das redes sociais, as informações têm chegado a um número maior de pessoas. Com isso, reflexões que incentivam a aceitação de quem é diferente duelam com os discursos de ódio de grupos extremistas. Por isso, é muito importante que a escola seja um lugar de livre debate e construção do pensamento crítico.

Pensando nesse grave problema e em suas possíveis soluções, trouxemos neste post 7 ações que podem ajudar na redução desse comportamento agressivo. Continue sua leitura para se informar melhor a respeito do bullying!

O que você vai encontrar nesse artigo:

  • 1. Reconheça a existência do bullying na escola
  • 2. Crie um comitê de prevenção
  • 3. Incentive pais e professores a abordarem o tema com seus filhos
  • 4. Crie projetos periódicos de prevenção ao bullying com o envolvimento dos alunos
  • 5. Fique atento ao comportamento dos alunos
  • 6. Identifique possíveis alvos e abra diálogo
  • 7. Defina uma política de ação em caso de bullying

1. Reconheça a existência do bullying na escola

A primeira ação a ser desempenhada diz respeito à identificação do problema. Estar ciente de que o bullying acontece em todas as escolas, sem exceção, é o primeiro passo. Estamos acostumados com histórias terríveis sobre grandes massacres cometidos por estudantes que se diziam vítimas de violência, e essas histórias acabam formando uma ideia muito restrita de violência.

Na maioria das vezes, o abuso acontece ao nível psicológico por meio de piadinhas, apelidos pejorativos e exclusão social. Em um momento delicado em que a criança ou o adolescente se sente particularmente vulnerável quanto à sua aparência, qualquer situação de vergonha recorrente pode ser um gatilho para problemas mais profundos.

2. Crie um comitê de prevenção

A luta por uma comunidade estudantil que seja mais igualitária e empática deve envolver não apenas os alunos e equipe docente, mas o esforço deve ser conjunto e contar com a presença dos pais e da comunidade mais ampla, afinal, abusados e abusadores fazem parte de um ciclo de práticas viciosas que se autoalimentam.

Sendo assim, chamar os interessados para palestras, debates e divulgação de informações pode ser a ação mais indicada para acabar com o problema. Quebrar essa corrente de práticas interligadas significa, portanto, atacar o ponto central.

3. Incentive pais e professores a abordarem o tema com seus filhos

Promover uma ação conjunta entre a escola e a família é fundamental. A correria do dia a dia torna, por vezes, a conversação entre pais e filhos escassa. Juntamente aos horários despendidos no trabalho, tem-se também a internet, a televisão, ou outros afazeres que reduzem um diálogo saudável quase que a zero. No entanto, é de grande importância reservar um tempo para conversar com os filhos sobre o que está acontecendo em suas vidas.

Mostrar-se presente e disponível para qualquer problema é essencial para que o aluno que esteja sofrendo qualquer tipo de abuso se sinta seguro o bastante para compartilhar. É importante também que os pais despertem a empatia em seus filhos, que saibam exercitá-la olhando o outro e entendendo a sua vivência enquanto ser humano, que sente dor, alegria, amor, felicidade.

4. Crie projetos periódicos de prevenção ao bullying com o envolvimento dos alunos

Trabalhar junto aos próprios alunos as maneiras de prevenir o bullying é uma forma interessante de fazê-los sentirem-se ativos na construção de algo importante, além de aproximá-los de informações que podem mudar suas opiniões acerca de suas próprias ações. Muitos adolescentes não imaginam que aquilo que fazem possa ser considerado abuso, simplesmente acreditam que se trata de brincadeiras sem qualquer consequência.

Por isso, despertar a consciência dos jovens para os possíveis desdobramentos de seus atos é ajudar na criação de um indivíduo mais empático, mais justo, que compreende seu lugar no mundo em relação aos demais semelhantes.

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5. Fique atento ao comportamento dos alunos

A prática do bullying na escola deixa rastros identificáveis, portanto, saber reconhecê-los pode fazer toda a diferença. Esteja sempre atento a mudanças bruscas de comportamento, afinal a vítima pode não se sentir à vontade para compartilhar seus problemas, mas o afastamento social, o silêncio, a queda no desempenho escolar e as flutuações de personalidade se tornam sintomas muito comuns.

Existe um entendimento tácito entre os alunos que permite a proliferação desse problema, que é a ideia de que os adultos não vão compreender o que eles estão passando, ou que vão minimizar o problema. Para que isso não ocorra, é importante que os professores e a equipe escolar se mostrem disponíveis, acolhedores e confiáveis. Apenas assim o bullying na escola pode ser combatido.

Infelizmente, algumas crianças parecem ter as características certas para se tornarem alvos imediatos de abusadores. Os professores e a equipe de funcionários devem estar sempre atentos a essas possíveis vítimas. Alunos com notas altas podem se tornar vítimas daqueles que não se dão tão bem nas matérias; alunos com alguma deficiência física ou mental; os tímidos e mais isolados, assim como estrangeiros.

O indivíduo, em seu período de formação, busca emular conhecimentos que ele vê em seus pais e conhecidos, ou seja, pessoas do seu entorno. Dessa forma, a maioria dos agressores possui uma experiência desagradável relacionada à violência física ou psicológica e passá-la à frente é uma forma de autoproteção. Portanto, esses alunos também devem ser acompanhados por psicólogos.

7. Defina uma política de ação em caso de bullying

É importante não se deixar pegar desprevenido pela situação. Reconhecer o problema é o primeiro item da lista exatamente porque, após essa etapa, a próxima é o trabalho nos planos de contingência. Saber o que fazer quando o problema se apresentar é evitar outros ainda maiores como pais irritados, crianças machucadas, processos contra a escola.

Disponibilizar palestras, atendimento com psicólogos e conversas informais entre adultos e crianças podem ser maneiras eficazes de prevenção. Ao mediar esse diálogo, a escola também se coloca como um lugar de vivência e impacto social.

A prática do bullying na escola é um assunto sério que deve ser tratado como um risco à integridade física e emocional dos envolvidos. Criar um ambiente seguro e propício ao conhecimento é enfrentar o problema de frente e buscar soluções de ordem prática.

Agora que você aprendeu algumas formas práticas para reduzir esse tipo de ocorrência na sua escola, o que acha de aprofundar o seu conhecimento nesse assunto? Confira uma lista que preparamos com 8 filmes para alertar você sobre esse problema. Vamos lá?

O que fazer para diminuir a violência nas escolas?

10 iniciativas para prevenir e lidar com a violência nas escolas.
Mediação de conflitos. ... .
Aplicar cultura de paz. ... .
Comunicação não violenta (CNV) ... .
Incentivo à afetividade. ... .
Grupos de ajuda formados por estudantes. ... .
Gestão democrática. ... .
Incentivar que alunos não sejam indiferentes ao bullying. ... .
Jogos cooperativos..

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