Uma das principais medidas de controle do Schistosoma mansoni, causador da esquistossomose é

Questão 5

(Enem-2015) Euphorbia mili é uma planta ornamental amplamente disseminada no Brasil e conhecida como coroa-de-cristo. O estudo químico do látex dessa espécie forneceu o mais potente produto natural moluscicida, a miliamina L.

MOREIRA. C. P. s.; ZANI. C. L.; ALVES, T. M. A. Atividade moluscicida do látex de Synadenium carinatum boiss. (Euphorbiaceae) sobre Biomphalaria glabrata e isolamento do constituinte majoritário. Revista Eletrônica de Farmácia. n. 3. 2010 (adaptado).

O uso desse látex em água infestada por hospedeiros intermediários tem potencial para atuar no controle da

a) dengue.

b) malária.

c) elefantíase.

d) ascaridíase.

e) esquistossomose.

Respostas

Resposta Questão 1

Alternativa “b”. O agente causador da esquistossomose é o Schistosoma mansoni.

Resposta Questão 2

Alternativa “c”. OSchistosoma mansoni é um verme parasita classificado como platelminto.

Resposta Questão 3

Alternativa “b”. Os ovos do Schistosoma mansoni são eliminados pelo homem por meio das fezes. Em contato com a água, liberam uma larva ciliada que penetra no caramujo. No caramujo, as larvas desenvolvem-se até o estágio de cercária, que é eliminada pelos moluscos na água. É a cercária que contamina o homem. A presença de cercárias só ocorre em locais com a presença de caramujos.

Resposta Questão 4

Alternativa “b”. Comumente o Schistosoma mansoni fixa-se nas veias do fígado. Dependendo do grau de infecção, o figado pode aumentar muito de tamanho.

Resposta Questão 5

Alternativa “e”. Como o hospedeiro intermediário da esquistossomose é um molusco, esse moluscicida ajuda no controle da doença.

No mundo: a esquistossomose mansoni é uma doença de ocorrência tropical, registrada em 54 países, principalmente na África e Leste do Mediterrâneo, atinge as regiões do Delta do Nilo e países como Egito e Sudão.
Nas Américas: atinge a América do Sul, destacando-se a região do Caribe, Venezuela e Brasil.
No Brasil: estima-se que cerca de 1,5 milhões de pessoas vivem em áreas sob o risco de contrair a doença. Os estados das regiões Nordeste e Sudeste são os mais afetados sendo que a ocorrência está diretamente ligada à presença dos moluscos transmissores.

A esquistossomose está presente no Brasil de forma mais intensificada em 19 Unidades Federadas. São áreas com transmissão endêmicas que compreendem os Estados de Alagoas, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe, Espírito Santo e Minas Gerais, com predominância no norte e nordeste deste estado. No Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás e no Distrito Federal, a transmissão é focal, não atingindo grandes áreas.

No período de 2009 a 2019, segundo dados do Sistema de Informação do Programa de Controle da Esquistossomose (SISPCE), o percentual de positividade para S. mansoni nas áreas endêmicas apresentou variações de positividade de 5,20% em 2009 e 3,22% em 2019. Neste período foram realizados na rotina em torno de 9.867.120 exames e detectados 423.117 casos e um percentual médio de positividade de 4,29%.

A esquistossomose é uma doença infecto-parasitária provocada pelo platelminto Schistosoma mansoni. O homem é o hospedeiro definitivo de maior importância epidemiológica desse platelminto, enquanto caramujos de água doce, do gênero Biomphalaria, são os hospedeiros intermediários. Isso significa que, para completar seu ciclo de vida, o Schistosoma mansoni necessita do caramujo. A esquistossomose é uma doença relacionada com saneamento básico precário e pode acometer pessoas de qualquer idade, cor e sexo.

Leia mais: Malária – doença febril causada peloparasitado gênero Plasmodium

Resumo sobre esquistossomose

  • A esquistossomose é causada pelo Schistosoma mansoni.

  • O homem é o hospedeiro definitivo de maior importância epidemiológica do platelminto.

  • O caramujo do gênero Biomphalaria é o hospedeiro intermediário.

  • O ciclo inicia quando o homem doente elimina fezes e elas atingem o ambiente aquático. Em contato com a água, o ovo libera o miracídio, o qual infecta o caramujo. O caramujo libera a cercária, forma capaz de infectar o homem.

  • O paciente com esquistossomose pode apresentar sintomas como suores, fraqueza, tosse, diarreia, sangue nas fezes a aumento do volume do abdômen.

  • O exame de fezes é utilizado para confirmar o diagnóstico da doença.

  • O tratamento é feito com o medicamento chamado Praziquantel.

O que é a esquistossomose?

A esquistossomose é uma doença infecto-parasitária também chamada de barriga d’água, doença do caramujo e xistose. Ela acomete pessoas que entram em contato com a água que contenha cercárias. O homem é responsável pela contaminação desses ambientes, quando o doente elimina suas fezes contendo ovos do parasita e estes entram em contato com o ambiente aquático. A doença pode acometer pessoas de diferentes cores, sexos e idades.

  • Ciclo de transmissão da esquistossomose

Um indivíduo doente inicia o ciclo de transmissão ao eliminar suas fezes contendo ovos do parasita. Esses ovos, em ambiente aquático, absorvem água e rompem a casa, liberando uma forma larval do Schistosoma mansoni denominada miracídio. O miracídio busca ativamente pelo caramujo do gênero Biomphalaria,seu hospedeiro intermediário.

No interior do hospedeiro intermediário, o miracídio sofre uma série de modificações, transformando-se em cercárias. As carcárias são liberadas do corpo do caramujo para o ambiente aquático, no qual nadam ativamente. A liberação da cercária é influenciada pela luz solar e a temperatura da água, ocorrendo geralmente entre 11 h e 15 h, período que coincide com quando mais pessoas buscam se refrescar nos ambientes aquáticos.

As cercárias são as formas larvais que infectam o hospedeiro definitivo. Elas penetram ativamente na pele do homem, dando origem a uma irritação no local da penetração que varia de intensidade de uma pessoa para outra.

No hospedeiro definitivo, as cercárias perdem a cauda e se transformam em esquistossômulos, os quais caem na circulação sanguínea e/ou linfática e seguem em direção ao coração e pulmão, nos quais permanecem por certo tempo. Os parasitas retornam ao coração posteriormente e são levados pelas artérias para diferentes partes do corpo, sendo seu local preferencial de localização o fígado.

No fígado, as formas jovens se alimentam e se diferenciam sexualmente. Os parasitas migram para as veias do intestino, nais quais eles se acasalam. Ocorre então a postura dos ovos, e estes migram para a luz intestinal. Os ovos do parasito são eliminados pelo doente com as fezes. Uma fêmea pode produzir cerca de 300 ovos diariamente, sendo metade desse número eliminada pelas fezes.

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Agente causador da esquistossomose

Uma das principais medidas de controle do Schistosoma mansoni, causador da esquistossomose é
Schistosoma mansoni é o agende causador da esquistossomose.

O agente etiológico da esquistossomose é um verme platelminto, de coloração esbranquiçada, da classe dos trematódeos, chamadoSchistosoma mansoni. Macho e fêmea podem ser encontrados acasalados, com a fêmea alojada no canal ginecóforo do macho.

O macho possui de 6,5 mm a 12 mm de comprimento e corpo achatado. Nele se observa o enrolamento ventral de suas bordas corporais, responsável por formar o canal ginecóforo. Esse enrolamento faz com que o macho adquira um aspecto cilíndrico. A fêmea é cerca de duas vezes maior que o macho, apresentando cerca de 15 mm. Diferentemente do macho, ela é cilíndrica e com a extremidade afilada.

Sintomas da esquistossomose

A esquistossomose provoca diferentes sintomas a depender da quantidade de parasitas que o paciente apresenta e também da localização deles no organismo. Inicialmente a doença pode ser assintomática. Na fase aguda, o paciente pode apresentar sintomas como febre, dores de cabeça, calafrios, suores, perda de apetite, tosse, dores musculares, diarreia e fraqueza.

Já na fase crônica, observa-se que a diarreia se torna mais constante e pode alternar com prisão de ventre. O paciente pode apresentar sangue nas fezes. Outros sintomas que podem ser observados nessa fase são tonturas, palpitações, aumento do fígado e emagrecimento. O volume do abdômen pode aumentar devido ao acúmulo de líquido, situação conhecida como barriga d’água. Se não tratada adequadamente, a doença pode provocar hipertensão pulmonar, hemorragia digestiva e até mesmo a morte.

Diagnóstico da esquistossomose

O diagnóstico da esquistossomose é feito pela análise dos sintomas do paciente e a realização de exames laboratoriais. O exame de fezes permite observar a presença de ovos do parasita, o que confirma o diagnóstico.

Tratamento da esquistossomose

O tratamento da esquistossomose é feito com a administração de um medicamento de baixa toxicidade chamado Praziquantel. Esse medicamento é disponibilizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde. Sua administração é feita por via oral, e a dose será estabelecida de acordo com a idade e o peso do indivíduo.

Os efeitos colaterais são geralmente leves e incluem, por exemplo, dor de cabeça, tontura e gosto metálico na boca. Não se recomenda o uso do medicamento durante a gravidez e algumas situações específicas, como insuficiência hepática. Todo medicamento só deve ser utilizado após recomendação médica.Casos graves da doença podem exigir internação hospitalar.

Prevenção da esquistossomose

A esquistossomose é adquirida quando entramos em contato com ambiente aquático contaminado, portanto, é importante, como forma de prevenção, não entrar em ambientes aquáticos onde exista o hospedeiro intermediário do parasita. Em locais onde o saneamento básico é precário, a atenção deve ser redobrada.

Qual a principal medida de controle do Schistosoma mansoni?

A prevenção da esquistossomose consiste em evitar o contato com águas onde existam os caramujos hospedeiros intermediários infectados. O controle da esquistossomose é baseado no tratamento coletivo de comunidades de risco, acesso a água potável e saneamento básico e educação em saúde.

Qual a medida mais eficiente para o controle da esquistossomose?

Como a esquistossomose é transmitida pelo contato com água contaminada com larvas do parasito, para sua prevenção e controle, o mais importante e necessário, entre outras ações sanitárias, é uma disposição adequada dos esgotos, incluindo coleta e tratamento, visando interromper o ciclo de transmissão.

Quais são as estratégias de controle podem ser usadas na esquistossomose?

Estratégias de controle da esquistossomose para áreas endêmicas incluem programas de saneamento de água, tratamento em massa e desenvolvimento de vacinas. Essas e outras medidas facilitaram a erradicação da esquistossomose no Japão e foram adotadas como uma estratégia nacional na China.

Qual foi a primeira estratégia adotada no controle da esquistossomose?

A quimioterapia é, no entanto, a arma mais eficaz no controle da endemia, tanto no caso da esquistossomose intestinal como da geniturinária.