Os seres vivos possuem mecanismos fisiológicos que permitem sua sobrevivência como e o caso da dor

Os seres vivos mantêm um ambiente interno estável mesmo quando as condições ambientais externas apresentam variações. Essa estabilidade, denominada homeostase, é garantida por um conjunto de reações químicas ordenadas, que constitui o metabolismo. Assim, cada ser vivo mantém sua própria vida e, por meio do processo de reprodução, garante a sobrevivência de sua espécie.

A Fisiologia é o ramo da Biologia dedicado à compreensão do funcionamento de um organismo, sendo responsável por desvendar todos os processos físicos e químicos envolvidos na manutenção da vida. Estudar a fisiologia dos seres vivos é extremamente importante, pois não basta saber, por exemplo, quais são os órgãos que compõem um organismo, é fundamental compreender todo o seu funcionamento e as atividades desenvolvidas por cada uma dessas estruturas.

Para compreender a Fisiologia é necessário ter conhecimento básico de várias áreas da Biologia, tais como Anatomia, Morfologia, Biologia Celular, Bioquímica, Ecologia e Biofísica. Isso se faz necessário, pois todas essas áreas estão interligadas, e o funcionamento de um organismo está relacionado com processos que ocorrem em vários níveis de organização.

Os seres vivos possuem mecanismos fisiológicos que permitem sua sobrevivência como e o caso da dor
Na Fisiologia, estuda-se como o organismo funciona. A circulação sanguínea é um dos temas abordados nessa área.

Tópicos deste artigo

→ Fisiologia humana

A fisiologia humana preocupa-se com o entendimento do funcionamento do corpo humano, integrando, desse modo, conhecimentos químicos, físicos e, é claro, anatômicos. Essa área estuda desde as células até os sistemas que compõem o corpo. Dentre os processos estudados nessa área, podemos citar a digestão, a excreção, a circulação e a respiração.

Os seres vivos possuem mecanismos fisiológicos que permitem sua sobrevivência como e o caso da dor
Na fisiologia humana, estuda-se o funcionamento do corpo humano.

Quando compreendemos a fisiologia humana, entendemos o funcionamento correto do organismo e, com isso, torna-se mais fácil entender alterações nesse funcionamento e criar métodos que façam com que o corpo retorne ao equilíbrio. Podemos concluir, portanto, que essa área é extremamente importante no campo da medicina.

Leia também o texto Corpo humano para aprender mais sobre as células, tecidos, órgãos e sistemas que formam o nosso organismo.

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→ Fisiologia vegetal

A fisiologia vegetal é a parte da Botânica que estuda todos os processos que ocorrem em um vegetal, permitindo, desse modo, o entendimento de como as plantas funcionam. Nessa área são analisados todos os eventos químicos e físicos que ocorrem na planta e garantem seu crescimento e desenvolvimento.

Os seres vivos possuem mecanismos fisiológicos que permitem sua sobrevivência como e o caso da dor
A fotossíntese é um dos temas abordados na fisiologia vegetal.

Dentre os fenômenos estudados na fisiologia vegetal, podemos destacar a fotossíntese, respiração, ação dos hormônios vegetais, movimento de água e nutrientes pelo corpo da planta e os movimentos vegetais.

Leia também: Conceitos botânicos

→ História da Fisiologia

O estudo da fisiologia iniciou-se na Grécia por volta de 2500 anos atrás. O termo fisiologia é oriundo das palavras gregas phýsis e logos, que, juntas, significam literalmente “conhecimento da natureza”.

Uma das figuras mais influentes no campo da fisiologia da Antiguidade foi Cláudio Galeno (129-200 d.C.), um médico conhecido por tratar gladiadores. Galeno realizou diversos trabalhos com animais e seguia uma doutrina conhecida como “quatro humores”. Essa doutrina partia da ideia de que o corpo era formado por quatro diferentes fluidos: sangue, fleuma, bile amarela e bile negra. Segundo esse médico, o coração, o fígado e o cérebro eram os principais órgãos do corpo humano.

Outra figura que merece destaque é Andreas Versalius (1514-1564), que publicou, em 1543, a obra intitulada De Humani Corporis Fabrica. Esse trabalho ficou conhecido como um grande marco tanto no estudo da anatomia como para a fisiologia moderna, iniciando uma nova forma de compreender o funcionamento do corpo.

Outro estudo que merece destaque é o de William Harvey (1578-1657). Ele propôs a teoria de que o sangue circulava por todo o organismo graças ao bombeamento garantido pelo coração. Até esse momento, a teoria mais aceita afirmava que o sangue era constantemente produzido, e não que ele circulava pelo corpo. O trabalho de Harvey, sem dúvidas, foi fundamental para a compreensão de diversos outros processos fisiológicos.

O maior avanço dessa área da Biologia aconteceu, no entanto, ao longo do século XIX, em especial na Alemanha e na França. Nessa época, houve o entendimento da teoria celular e o desenvolvimento da fisiologia experimental. Nesse último caso, devemos destacar os trabalhos de Claude Bernard, que é considerado o pai da fisiologia experimental contemporânea e destacava a importância da experimentação.

No século XX, diversos processos foram desvendados, e o entendimento da bioquímica e da biologia molecular foi fundamental para o aprofundamento do conhecimento em fisiologia. Com os avanços tecnológicos, essa área continua a crescer e muitos processos ainda serão entendidos.

Qual o mecanismo fisiológico da dor?

Os mecanismos fisiológicos da dor envolvem conceitos de sensibilização periférica e neuroplasticidade na perpetuação da dor, com ação através de mediadores bioquímicos nas vias nociceptivas. Pode-se estabelecer correlações entre inflamação, dor e status psicológico.

Quais são os mecanismos da dor?

Portanto, a dor compreende três mecanismos básicos: a transdução, caracterizada pela ativação dos nociceptores; a transmissão, o conjunto de vias sensitivas e mecanismos que permitem o impulso nervoso, gerado ao nível de nociceptores e conduzido para estruturas do sistema nervoso central (SNC) comprometidas com o ...

Quais os mecanismos de controle da dor?

A dor tem inicio com a estimulação dos nociceptores que, através das fibras nervosas mielinizadas (tipo Aδ) ou amielinizadas (tipo C), transferem esse estimulo ao sistema nervoso central, onde ocorre à consciência da dor e a reposta do organismo a esse estímulo.

Qual o receptor da dor e como pode ser estimulado?

Os receptores específicos para a dor estão localizados nas terminações de fibras nervosas Ad e C 10,11 e, quando ativados, sofrem alterações na sua membrana, permitindo a deflagração de potenciais de ação.