Brasília, urgente
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, atribuiu nesta quarta-feira (27) a queda nas coberturas de vacinação no Brasil como uma questão mundial, informou o jornal O Globo. O país tem registrado redução ano a ano na taxa de pessoas que são imunizadas contra uma série de doenças. Como O GLOBO mostrou, as baixas nos índices colocam o país em risco para o ressurgimento da poliomielite e para o avanço de surtos de sarampo.
Dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) mostram que a média da taxa de cobertura de vacinas no Brasil está em 40,72%, segundo dados parciais de 2022. O valor vem em queda vertiginosa desde 2018, quando atingiu 77,18%. Em 2021, atingiu 59,84%. Para a pasta, a meta de cobertura fica entre 90% e 95%. — ‘Ah, o Brasil é um dos piores em vacinação no mundo, porque o Brasil está com as coberturas vacinais muito baixas’. É um fenômeno mundial. Só em relação à Covid, nós distribuímos mais de 535 milhões de doses — afirmou Queiroga. As declarações foram dadas nesta quarta-feira durante lançamento de campanha de conscientização e boletim epidemiológico sobre as hepatites virais A, B, C, D e E, na sede da pasta.
Os números da poliomielite, que registrou o primeiro caso nos Estados Unidos em 10 anos na última semana, chamam atenção: só 45,38% do público-alvo se vacinou em 2022, mostra o SI-PNI, gerido pelo Ministério da Saúde. A última vez que a imunização contra a doença que causa paralisia infantil, erradicada no Brasil, rompeu a barreira dos 95% foi em 2015, ampliando o risco de retorno.
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Notícias Externas sexta-feira, 22 de julho 2022, às 16h24 atualizado em segunda-feira, 25 de julho 2022, às 14h21
Após dois anos de pandemia, o mundo registra a maior queda nas taxas de vacinação infantil nos últimos 30 anos. E o Brasil está entre os 10 países que têm mais crianças com a imunização atrasada. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em todo o mundo, 25 milhões de crianças perderam uma ou mais doses da vacina DTP por meio de serviços de vacinação de rotina somente
em 2021. Esse imunizante protege contra difteria, tétano e coqueluche e é usado como um marcador de cobertura vacinal dentro dos países e entre eles. A abrangência da DTP caiu cinco pontos percentuais entre 2019 e 2021, para 81%. A cobertura da primeira dose da vacina contra o sarampo, por exemplo, caiu para 81% em 2021, o nível mais baixo desde 2008. Isso significa que quase 25 milhões de crianças em vários países perderam a primeira dose dessa vacina no ano passado, 5,3 milhões a mais do
que em 2019. Outras 14,7 milhões não receberam a segunda dose necessária. Da mesma forma, em comparação com 2019, mais 6,7 milhões de crianças perderam a terceira dose da vacina contra a poliomielite. Pensando na situação brasileira, em apenas três anos, a cobertura da Tríplice Viral D1, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, caiu de 93%, em 2019, para 71,5%, em 2021. Além disso, a cobertura da vacinação contra poliomielite caiu de cerca 84%, em 2019, para 67,7%, em 2021.
Isso significa que três em cada dez crianças no país não receberam as vacinas necessárias para protegê-las de doenças potencialmente fatais. os dados estão no site do Unicef Brasil. Embora já houvesse quedas nas coberturas vacinais de rotina antes da pandemia de covid-19, a situação se agravou com a chegada dela. Em termos de imunização contra a covid-19, no público de 5 a 11 anos, quase 64% das crianças tomaram a primeira dose e cerca de
40% apenas foram contempladas com a segunda dose, de acordo com o Consórcio dos Veículos de Imprensa, que compila dados das secretarias estaduais de saúde. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na última semana a CoronaVac para crianças de 3 a 5 anos e algumas capitais brasileiras já iniciaram a aplicação. Belo Horizonte começou hoje a vacinação desse público com imunossupressões, Para acompanhar o calendário de imunização e endereços dos postos de aplicação,
acesse o site da Prefeitura.Brasil está entre os 10 países que têm mais crianças com a imunização atrasada
O programa Conexões conversou com a farmacêutica Bianca Cata Preta, mestre em epidemiologia, pesquisadora do Centro Internacional de Equidade em Saúde e membra do comitê científico para enfrentamento da covid-19 da Universidade Federal de Pelotas, para entender a dimensão desses dados, as causas por trás deles e como reverter o quadro. Bianca Cata Preta analisou os efeitos da baixa da vacinação tanto no Brasil quanto no mundo, destacando as doenças que mais preocupam. Ela discutiu como a covid-19 foi um fator de destaque na queda das imunizações, mas também considerou outros elementos, como a falta de informação e a falta de contato com doenças graves, justamente por causa das vacinas.
Ouça a conversa com a apresentadora Luíza Glória:
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