Quem é marcola do pcc

Quem é marcola do pcc

Líder do PCC, Marcos Herbas Camacho, conhecido como Marcola, após receber assistência médica, em Brasília, em 21 de janeiro de 2020 (Foto: AFP via Getty Images / Sergio Lima)

Publicações nas redes sociais têm creditado o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) pelo pedido de transferência de chefes do PCC, incluindo Marco Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, para presídios federais.

No debate do último domingo (16), Bolsonaro chegou a sustentar que ele e Sergio Moro (União Brasil), então ministro da Justiça e Segurança Pública, seriam os responsáveis pela transferência do criminoso: "Teve que eu chegar em 2019, juntamente com o ministro Sérgio Moro, para que nós então tirássemos o Marcola de presídio estadual aqui em São Paulo e mandasse para um presídio federal".

A informação, porém, é falsa. O responsável pelo pedido de transferência foi Lincoln Gakiya, promotor do MP-SP (Ministério Público de São Paulo) e não o governo federal.

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Captura de tela de uma publicação afirmando que Jair Bolsonaro seria responsável pela transferência de Marcola, chefe do PCC' para um presídio federal (Foto: Twitter / Reprodução)

A lei 11.671 de maio de 2008 – que regulamenta a transferência e a inclusão de presos em presídios federais de segurança máxima – estabelece que podem fazer essa solicitação de transferência: "a autoridade administrativa, o Ministério Público e o próprio preso".

Em uma entrevista dada por Gakiya à ConJur em 2019, afirmou ser "uma inverdade" que o governo Bolsonaro pediu a transferência de líderes do PCC.

"Elaborei, planejei e fiz o pedido ainda durante o governo de [Márcio] França, em 2018. E quem deferiu a ordem foi um juiz estadual. Não o governo federal. O juiz federal que recebe esse preso nem pode analisar o mérito do pedido. Só analisa se o pedido está formalmente em ordem. Não houve nenhuma participação seja do governo federal, seja do ex-ministro Moro, do presidente Bolsonaro ou de qualquer outra pessoa. Foi feito por mim, por conta e risco. Ao governo federal bastava apenas cumprir", afirmou.

Em outra entrevista, concedida por Gakiya à época ao Datena, ele também falou sobre o pedido feito pelo MP:

Ao Uol, fontes do MP-SP reforçaram que o governo federal não seria o responsável pelas transferências, mas sim o MP, especificamente o promotor Gakiya.

AFP

Putin ordena cessar-fogo na Ucrânia para Natal ortodoxo

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou, nesta quinta-feira (5), a aplicação de um cessar-fogo a suas tropas na Ucrânia nos dias 6 e 7 de janeiro, por ocasião do Natal ortodoxo, a primeira trégua desde o início do conflito há quase um ano. O anúncio acontece depois que o patriarca da igreja ortodoxa russa Kirill, de 76 anos, pediu uma pausa nos combates na véspera do Natal ortodoxo, que será comemorado no sábado. Em uma conversa por telefone com Putin, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, também pediu a aplicação de um "cessar-fogo unilateral" para iniciar negociações de paz com Kiev. "Em vista do chamado de Sua Santidade, o patriarca Kirill, instruo o ministro da Defesa da Rússia a introduzir um regime de cessar-fogo ao longo de toda linha de contato entre as partes na Ucrânia", anunciou o Kremlin em nota. A trégua terá início às 12h locais (6h em Brasília) de 6 de janeiro e vai até as 24h locais (18h em Brasília) de 7 de janeiro, acrescentou. Putin pediu às tropas ucranianas respeito à trégua para que os que professam a fé ortodoxa - majoritária na Ucrânia e na Rússia - possam "assistir aos serviços religiosos na véspera de Natal, assim como no Dia do Natividade de Cristo". Este seria o primeiro cessar-fogo desde o início da invasão russa da Ucrânia em 24 de fevereiro. Até agora, só foram alcançados acordos locais, como em abril, quando os civis foram evacuados da siderúrgica de Azovstal em Mariupol, no sudeste do país. Por sua vez, o assessor da Presidência ucraniana, Mykhailo Podoliak, classificou o anúncio russo de "hipocrisia" e insistiu em que as tropas de Moscou deveriam abandonar seu país. "A Rússia deve deixar os territórios ocupados. Somente então haverá uma 'trégua temporária'. Fique com sua hipocrisia", tuitou. Em uma mensagem anterior enviada à imprensa, Podoliak denunciara o cessar-fogo como um "mero gesto de propaganda". - Turquia como mediador? - Em sua conversa telefônica com Putin, o presidente da Turquia pediu que as negociações com a Ucrânia fossem retomadas. O russo respondeu que está pronto para um "diálogo sério" com a Ucrânia, desde que as autoridades de Kiev aceitem "as novas realidades territoriais" que surgiram após a invasão do país. Em setembro, Moscou reivindicou a anexação de quatro oblasts (províncias) que ocupa parcialmente na Ucrânia, assim como já havia feito com a península ucraniana da Crimeia em março de 2014. Erdogan, que se postula como mediador no conflito, também falou por telefone com o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky. O presidente ucraniano, no entanto, recusa-se a negociar com a Rússia enquanto Putin estiver no poder, insistindo em que o objetivo é recuperar todos os territórios ocupados. Além disso, o pedido de cessar-fogo do patriarca Kirill, que é próximo de Putin, corre o risco de ter pouco impacto na Ucrânia, onde sua influência entrou em declínio nos últimos anos. Ente 2018 e 2019, estabeleceu-se na Ucrânia uma igreja independente da tutela religiosa russa. Já em maio, pouco depois do início da invasão russa, a igreja ortodoxa ucraniana rompeu seus laços com Moscou. Os apelos de cessar-fogo ocorrem dias depois de um ataque ucraniano na véspera do Ano Novo com pelo menos 89 soldados russos mortos em Makiivka, na província anexada de Donetsk. Em um fato pouco comum desde o início do conflito, o Exército russo admitiu este trágico balanço após o bombardeio, o que lhe rendeu duras críticas. - 'Deixaremos a cidade' - Na frente de batalha, os combates continuam intensos, especialmente em Bakhmut, no leste, que as tropas russas — apoiadas por mercenários do grupo Wagner — tentam controlar há meses. Segundo o balanço diário da Presidência ucraniana, cinco pessoas morreram, e oito ficaram feridas nas últimas 24 horas. Em Chasiv Yar, uma localidade situada a menos de 20 km de Bakhmut, os moradores disseram à AFP que um míssil russo havia atingido um edifício, ferindo um homem e uma mulher. A explosão destruiu as janelas de um edifício contíguo e de um hospital, deixando muitos escombros pelo chão. "Quando ficar muito difícil, vamos deixar a cidade", declarou Olena, uma moradora, à AFP. "Tenho três cachorros. Já teria partido se alguém aceitasse levá-los, mas ninguém quer", explicou. Mais ao sul, em Berislav, cidade próxima a Kherson, os bombardeios causaram a morte de duas pessoas, segundo o chefe adjunto da administração presidencial, Kirilo Timochenko. Outras duas morreram um ataque no oblast de Zaporizhzhia, também no sul, segundo o governador Oleksandr Starukh. bur-pop/bds/es-sag/an/rpr/mvv