Quantas vezes a seleção Brasileira de futebol ganhou a Copa Americana

A Copa do Mundo de 2022 no Catar está chegando e como forma de ficar antenado no assunto você vai poder relembrar como foram as cinco copas que o Brasil ganhou. Antes disso, entenda ainda mais sobre as copas do mundo.

Vale lembrar que nem sempre foi organizada pela FIFA, mas a empresa entrou no ramo oficialmente no ano de 1930. Assim, depois desse primeiro evento, a organização feita pela Federação Internacional de Futebol passou a ser a oficial, concentrando-se então de quatro em quatro anos. No primeiro ano da copa oficial da FIFA, a seleção do Uruguai saiu campeã. A seleção do país jogou em casa e comemorou bastante sua vitória. 

A primeira edição, por ser muito nova, foi a única que aconteceu sem o devido processo de qualificação dos times. Isso porque todos os países que eram filiados à FIFA, naquela época, foram convidados a participar do evento e deveriam responder até o dia 28 de fevereiro de 1930. No entanto, não foi bem isso que aconteceu. Sendo assim, muito do interesse foi demonstrado pelas nações americanas, uma vez que Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Estados Unidos, México, Paraguai e Peru participaram de forma fervorosa. 

Ao total, jogaram sete equipes sul-americanas e elas puderam disputar a competição, o que nunca tinha chegado a acontecer antes. Porém, por conta de uma longa e cansativa viagem de navio no meio do Oceano Atlântico e, também, pela ausência de vários jogadores para os seus clubes originais, poucas equipes europeias estavam disponíveis para participar da Copa.

É importante ressaltar, ainda, que o evento já acontecia alguns anos antes, mas a primeira que se tem registro oficial na FIFA foi a de 1930.

Agora, depois de saber um pouco mais sobre a copa do mundo do ano de 1930, relembre bem como foram as vitórias do Brasil nas finais das copas do mundo. 

Como já se sabe, o Brasil já sagrou-se pentacampeão em 2002 e sonha, desde então, em conquistar o hexa. A seleção brasileira é a única a já ter conquistado o título cinco vezes, o que causa grande orgulho e, também, medo aos seus adversários.

A geração atual de jogadores de futebol se inspiram bastante naqueles que já conseguiram conquistar a taça para o Brasil, mas a vitória dessa nova geração ainda não chegou. Mesmo 20 anos após a última glória da seleção brasileira em uma competição de copa do mundo, o Brasil se propõe a conquistar o seu sexto título mundial. Caso consiga, esse feito entrará para a memória e para a história, já que seriam seis títulos para a conta. 

A festividade, nos dias de hoje, é bastante intensa e, também, muito celebrada, porém esse ano talvez seja um pouco diferente. As celebrações às quais as pessoas estão acostumadas podem não acontecer devido às regras do país sede, isto é, o Catar. Claro que, tais ordens só valem para esse país específico e quem não estiver lá não precisa cumprir. 

Inclusive, uma das questões que está movimentando a copa deste ano é em relação a escolha da FIFA pela realização do evento no país, pois desde a escolha do Catar como sede, em 2010, uma série de polêmicas surgiram, por exemplo: acusações de fraude nos votos, exploração de trabalho migrante e opressão contra membros da comunidade LGBTQIA+.

Esse fator já deu muito o que falar, mas só poderá ser visto quando a copa começar, em novembro. Sabe-se que é feito um sorteio para escolher, mas todo o processo de escolha prévia pode ser questionado.

Copa de 58

Em 29 de junho de 1958, o Brasil conseguiu conquistar a sua primeira Copa do Mundo de Futebol. Mas quem fazia parte da equipe nessa época? Quem não era nascido ou não era muito ligado em futebol, provavelmente não saiba quem são essas pessoas, veja a seguir: De Sordi, Dino Sani e Mauro. O técnico da seleção na época era Vicente Feola e tinha como apoio o psicólogo João Carvalhaes. O chefe da delegação brasileira era Paulo Machado de Carvalho.

Esse título além de ser o primeiro, foi considerado como um dos mais importantes do futebol nacional e você vai entender o motivo abaixo.

Em 50, Copa disputada no Brasil, a seleção brasileira teve uma das maiores decepções de sua história, perdendo para o Uruguai no Maracanã, diante de sua torcida, evento que ficou conhecido como “Maracanazzo”. 

A vice-liderança elevou as expectativas para a edição de 54, porém, o Brasil acabou saindo ainda nas quartas de finais ao perder para a Hungria. 

A Copa de 58, portanto, tinha um gostinho de “a gente merecia esse primeiro título mais do que qualquer outro”. Foi a primeira Copa a acontecer sem a pessoa que idealizou o projeto, isto é, Jules Rimet, pois ele faleceu dois anos antes do evento. 

O país escolhido para ser a sede do mundial foi a Suécia, por motivos que transcendem o futebol. Isso porque ela conseguiu se manter neutra durante a Segunda Guerra Mundial. O mesmo fato ocorreu com a Suíça, quatro anos antes. 

Ao todo, 53 seleções chegaram a ser inscritas para as partidas eliminatórias que acontecem antes do evento final. Para a realização delas, tanto a Suécia, quanto a Alemanha Ocidental, que era a atual campeã, já tinham a vaga assegurada para a próxima competição. 

O Brasil, nessa primeira fase de eliminatórias, enfrentou a Venezuela e o Peru, mas a primeira acabou abandonando a etapa eliminatória, restando, dessa forma, apenas a equipe peruana.

O Brasil iniciou a Copa do Mundo no grupo 4 da competição e tinha uma chave bastante difícil a ser batida, a qual era contra a Inglaterra e a União Soviética. A seleção, então, empatou com os ingleses em um placar de 0 a 0, sendo esse o primeiro empate sem gols na história das copas.

Mas, ao notar que não estava dando muito certo, a equipe brasileira precisou fazer uma mudança radical. Por isso, Feola tirou Dino Sani, Joel e Mazzola e no lugar entraram Zito, Garrincha e Pelé. Dessa maneira, com a “nova equipe” em campo, o Brasil conseguiu fazer uma goleada em cima da Suécia e levou a taça de campeão para casa. 

Copa de 62

Essa é a Copa que completou em 2022, 60 anos desde a conquista. Há um ditado popular que diz que “em time que está ganhando não se mexe”. Foi justamente essa a ideia adotada pela seleção brasileira em 1962. A ideia, então, era que a maior parte do que tinha funcionado antes fosse mantido para a fervorosa campanha do bicampeonato. Sendo assim, Paulo Machado de Carvalho continuou sendo o chefe da delegação brasileira, mesmo com a mudança da copa para o Chile.

Na comissão técnica houve mudanças. Vicente Feola foi substituído por Aymoré Moreira, mas a maior parte do elenco campeão, em si, optou por continuar jogando. Com essas informações, é possível avaliar que dos 11 jogadores que atuaram na final anterior, apenas 2 ficaram de fora do grupo que estreou no dia 30 de maio, contra o México. 

Nessa copa, no entanto, houve uma defasagem mega importante. Isso porque Pelé, o Rei do Futebol, se machucou e precisou deixar imediatamente a competição. Na ausência do Rei, quem brilhou foi Mané Garrincha que levou a seleção brasileira rumo ao apogeu. Conhecido com o “gênio das pernas tortas”, Garrinha tinha o futebol brasileiro em sua essência: dribles espetaculares e chute potente. Reinou na ausência do Rei!

A seleção enfrentou os seus adversários de igual para igual, levando a melhor na final contra a equipe da Tchecoslováquia. 

Copa de 70

Por muitos considerada a melhor geração de jogadores de uma Copa do Mundo. Após o grande fracasso na copa de 1966, a seleção brasileira teve alguns anos seguidos de instabilidade. Ela ocorreu devido ao grande número de trocas feitas. Aymoré Moreira entrou no lugar de Vicente Feola, mas logo passou a ser substituído por Osvaldo Brandão. Esse último não conseguiu trazer bons resultados e caiu rapidamente. Em 1968, Zagallo assumiu o comando técnico pela primeira vez, porém, não sustentou por muito tempo e acabou perdendo a vaga importante para o jornalista João Saldanha.

Assim que deu início na na copa de 1970 como favorito ao prêmio, o Brasil teve uma estreia tida como difícil. Isso porque, mesmo com a vitória, a equipe da Tchecoslováquia chegou a sair na frente no começo, mas os jogadores Rivellino, Pelé e Jairzinho conseguiram virar o placar e deixá-lo favorável em 4 a 1. Essa partida contou com um dos lances mais bonitos da Copa: o chute de Pelé do meio do campo na tentativa de fazer o gol no goleiro Viktor, mas a bola terminou passando a poucos centímetros da trave tcheca.

Na grande final deste ano, Brasil e Itália disputaram o título mundial mais uma vez e, também, a grande chance de ser o primeiro tricampeão do mundo. Vale dizer que a Itália, conhecida com Azurra, não estava em totais condições físicas para jogar a final contra o Brasil, porque no jogo anterior eles haviam enfrentado a Alemanha Ocidental de Beckenbauer (um dos maiores jogadores da história) e já estavam exaustos. O primeiro tempo terminou, no entanto, empatado para o desespero de todos, mas a agonia ia ser pior caso Pelé não tivesse aberto o placar. No fim, mesmo com todas as preocupações, deu Brasil. 

Copa de 94

A Copa de 94 é icônica tanto pelo jejum de 24 anos desde a última conquista do Brasil, quanto pela final que é eletrizante. Foi disputada nos Estados Unidos e a participação brasileira não começou nem um pouco bem. Isso porque a seleção sofreu para passar, de fato, pelas eliminatórias sul-americanas, e a vaga só foi preenchida de última hora, no fim da rodada, que aconteceu contra o Uruguai, no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. 

Assim, sem apresentar um futebol bonito nos jogos das eliminatórias e, também, nos amistosos disputados fielmente, o Brasil chegou aos Estados Unidos bastante desanimado e sem expectativas de ganhar. 

A final colocou Brasil e Itália que tinha o melhor jogador do mundo no momento, Roberto Baggio, contudo, o Brasil de Romário e Bebeto era igualmente envolvente. O duelo ia dizer quem seria o único país a ganhar a Copa do Mundo quatro vezes. A Itália tinha o melhor jogador do mundo no momento, Roberto Baggio, contudo, o Brasil de Romário e Bebeto era igualmente envolvente. 

Não bastou para nenhum dos lados, o jogo terminou empatado sem gols e tivemos a primeira Copa do Mundo da história a ser decidida nos pênaltis. 

Lembra daquele que era o melhor jogador do mundo naquele momento? Pois bem, foi ele quem errou o último pênalti da Azzurra, fazendo com que a seleção brasileira se consagrasse campeã pela quarta vez e, evidentemente, entregando ao torcedor do Brasil novamente a fé na seleção.

Copa de 2002 (Pentacampeão)

Em 2001, um ano antes da única vitória na copa do mundo após os anos 90, o Brasil foi eliminado na Copa América de forma desastrosa. Mas, depois que passou a pior parte do pesadelo das eliminatórias. A equipe foi reconstruída de pouco em pouco, mas não nutriu altas expectativas de vê-la conquistar o título. Uma curiosidade, inclusive, é que o melhor jogador da seleção brasileira, Ronaldo Fenômeno, corria o risco de não disputar essa competição devido a uma lesão grave no joelho em que ele teve que fazer até mesmo cirurgia.

O elenco desse time passava por muita desconfiança também, porque Luiz Felipe Scolari, o Felipão, não havia convocado o Romário. No entanto, segundo documentos e reportagens da época, a sorte da seleção brasileira já apareceu no sorteio das chaves. Isso porque o país caiu no grupo C, grupo mais fraco que era formado por: Turquia, Costa Rica e China. Dessa forma, o técnico Felipão teve ainda mais tempo para preparar a equipe para os verdadeiros confrontos. 

A final foi um encontro épico e inédito entre dois gigantes do futebol: Brasil e Alemanha. Esse evento não traz boas lembranças após a copa de 2014, mas ao contrário do que aconteceu nesse ano, em 2002, o Brasil levou a melhor.

O jogo já estava quase acabado quando Ronaldo fez 1 a 0, pois pouco depois, ele marcou o segundo e conseguiu definir, no segundo tempo, a conquista do pentacampeonato. 

Hoje, quem assistiu ao título de 2002 fala que foi a melhor seleção brasileira da história, mas na época a esperança de um título foi sendo conquistada aos poucos após boas partidas contra Turquia, Inglaterra e, por fim, contra a Alemanha do grande goleiro Oliver Kahn. Por coincidência ou não, foi de uma falha dele após chute de Rivaldo que surge o gol que abre o placar de Ronaldo. Depois, vem o segundo e o resto é história.

Agora que você já sabe sobre algumas copas do mundo, que tal ficar ligado nas trilhas sonoras que embalaram as edições do evento? No site da Novabrasil, você confere cada uma delas e a história por trás de suas composições.