Qual e o problema ambiental comum no verão em algumas regiões do continente?

Relatórios de geocientistas mostram
poluição das águas e dos lençóis freáticos no mundo


Qual e o problema ambiental comum no verão em algumas regiões do continente?
Os graves problemas ambientais que afetam a América Latina são, com algumas exceções, semelhantes aos dos demais continentes. A diferença está apenas no nível de degradação, bem mais pronunciado nos países desenvolvidos. A constatação foi feita durante a reunião anual da Comissão de Ciências Geológicas para o Planejamento Ambiental (Cogeoenvironment), ocorrida entre 16 e 22 de novembro em Tóquio, no Japão. A comissão faz parte da União Internacional de Ciências Geológicas (IUGS), cuja missão é trabalhar para ampliar a consciência da sociedade e dos governantes para a importância da Geociência no planejamento e na gestão do meio ambiente.

O encontro reuniu uma dúzia de especialistas d

o mundo todo, entre eles o professor Bernardino Ribeiro de Figueiredo, do Instituto de Geociências (IG) da Unicamp, que passou a integrar a entidade este ano e que foi ao Japão para representar a América Latina. De acordo com ele, os membros da Cogeoenvironment apresentaram relatórios detalhados sobre a situação ambiental de seus continentes. Exceto por algumas questões pontuais, as regiões enfrentam praticamente os mesmos problemas (veja quadro). Uma dificuldade comum, conforme Figueiredo, é a escassez de água. "A poluição dos rios e das águas subterrâneas estão presentes em todos os lugares", afirma.

As coincidências, entretanto, não param por aí. Segundo o relatório referente à África, o continente amarga problemas como inundações com deslizamentos, períodos de seca e fome e impactos provocados pela indústria petrolífera, cenário muito parecido com o encontrado, por exemplo, no Brasil. O professor Figueiredo divulgou aos seus pares um levantamento completo sobre a questão ambiental brasileira. O trabalho, também apresentado na Rio + 10, realizada entre 26 de agosto e 4 de setembro em Johannesburgo, na África do Sul, foi elaborado conjuntamente pelo Ministério do Meio Ambiente e organizações não-governamentais.

A coincidência de problemas entre os continentes, afirma o professor do IG, sugere a busca de soluções cooperadas, o que deveria envolver blocos inteiros de nações. Uma iniciativa brasileira bem-sucedida nesse aspecto, esta no âmbito supramunicipal, são os comitês de bacias hidrográficas, que têm feito um ótimo trabalho no que se refere à proteção e uso racional da água. Atualmente, Figueiredo está empenhado em se inteirar se a preservação do meio ambiente está contemplada nos acordos multilaterais como a Área de Livre Comércio das Américas (Alca) e Mercosul. "O desenvolvimento de um país ou de uma região não pode ser definido apenas com base na economia e no mercado", diz.

Óleo na água - Além das reuniões de trabalho propriamente ditas, os especialistas que estiveram em Tóquio participaram de outras atividades. Uma delas foi uma excursão geoambiental a várias localidades do distrito de Kanto. Lá, os pesquisadores constataram uma série de problemas ambientais. Um fato que chamou a atenção do grupo foi a contaminação das águas subterrâneas por resíduos originários de postos de combustíveis e outras fontes similares. Os japoneses mantêm poços de monitoramento em vários pontos da capital do País. Quando amostras do lençol freático são retiradas, a água vem misturada a uma densa camada de óleo. "Nós, no Brasil, estamos caminhando para a mesma situação", adverte o professor do IG.

Eventos na AL - Figueiredo aproveitou a sua primeira participação na Cogeoenviron-ment para divulgar eventos de interesse da comunidade científica que serão realizados na América do Sul em 2003. Em julho, ocorrerá uma Escola de Verão sobre Ciências da Terra, na Universidade Federal de Ouro Preto. No mês seguinte, a Unicamp sediará um curso de Geologia Médica. Ainda em agosto, em Londrina, ocorrerá o Congresso Brasileiro de Toxicologia. Por fim, em outubro, será a vez do 9º Congresso Brasileiro de Geoquímica, marcado para Belém. Fora do Brasil, no Chile, também em outubro, será realizado o 10º Congresso Chileno de Geologia e o Simpósio Internacional de Geologia Médica. "Serão eventos em que estaremos refletindo sobre a necessidade de criarmos modelos de desenvolvimento sustentado para o planeta", afirma o professor Figueiredo.

 Os Problemas Ambientais da Europa    

 Introdução 

          A Europa é o berço da civilização ocidental  onde surgiram o  capitalismo e a industrialização, que marcaram o mundo pelo desenvolvimento tecnológico e crescente urbanização .  A capacidade inventiva e laborativa do ser humano, presente, em maior ou menor grau,  em qualquer sistema político e econômico, seja numa monarquia, ou república parlamentarista,  ou numa nação socialista,  levou conforto e melhor qualidade de vida a bilhões de pessoas, de modo geral, e isso pode ser aferido pela crescente quantidade de seres humanos no mundo,  cujo número deverá alcançar a casa de 7 bilhões, ainda nesse ano de 2.011 .

       Para suprirem suas necessidades básicas de moradia e alimentação e também para alcançarem uma vida mais salubre e confortável, as sociedades humanas alteram o ambiente .  As conseqüências dessas alterações ambientais  estão sendo criteriosamente estudadas, pois a manutenção da qualidade de vida depende da utilização de recursos naturais e existem milhões de humanos que ainda não compartilham desses avanços   tecnológicos e infra-estruturais.  

      Esse é o desafio : compatibilizar o desenvolvimento sócio-econômico alcançado, conceder aos excluídos o acesso ao desenvolvimento socioeconômico e  garantir a sustentabilidade da biodiversidade para as gerações futuras  ( Newton Almeida, 2011 ) .

    Alterações do Clima

    A grande maioria dos cientistas alerta para o perigo do aumento do efeito  estufa provocado, principalmente,  pelo aumento dos níveis de CO2 na atmosfera, que já é  50% superior ao dos tempos pré-industriais (antes de 1750).

   O lançamento de  gases de efeito estufa (GEE) acompanha o nível de industrialização do país, em geral, mas também está relacionado com as queimadas de florestas, quer sejam incêndios florestais acidentais, ou devido às práticas rudimentares agrícolas (comum em países menos desenvolvidos), ou pelas alterações climáticas .  Tais incêndios  florestais que vem acontecendo repetidamente na Europa, e principalmente no sul do continente europeu.

  O efeito Estufa é um fenômeno natural,  e é um mecanismo de manutenção da temperatura atmosférica em níveis favoráveis à vida . Se o Efeito Estufa não existisse, a temperatura na Terra seria muito baixa, o que fatalmente impediria a vida no planeta.  

   Abaixo um desenho esquemático do Efeito Estufa :

Qual e o problema ambiental comum no verão em algumas regiões do continente?

Consequências  da ampliação do Efeito Estufa na Europa :  

     Os cientistas advertem para as prováveis e trágicas conseqüências do aumento do efeito estufa:   padrões climáticos alterados,  aumento do nível do mar, efeitos sobre a hidrologia, ameaças aos ecossistemas e degradação do solo.

    As previsões indicam uma duplicação das concentrações de CO² para o ano de 2030, produzindo um aumento de temperatura em 1,5 a 4°C . Nesse cenário, as previsões mais otimistas dos efeitos no sul da Europa indicam um aumento de temperatura ainda maior de 2° C no inverno a 3º C no verão.

    Abaixo  reportagens sobre alterações climáticas registradas na Europa, que retratam o quadro repetido de verões escaldantes e incêndios florestais  :

Altas temperaturas causam mortes na Europa      (05 de agosto de 2003)

(  http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI127845-EI314,00Altas+temperaturas+causam+mortes+na+Europa.html )

    As altas temperaturas registradas no verão europeu estão causando mortes e incêndios por todo continente. Na Espanha, a onda de calor fez mais quatro vítimas: um homem de 42 anos em Madri e três octogenários, dois em Córdoba e outro em Sevilha.

     O homem que morreu em Madri sofreu uma parada cardiorrespiratória provocada, segundo primeiras análises, por uma hipertermia - temperatura corporal acima de 41 graus. Os três octogenários hospitalizados em Córdoba e Sevilha também não resistiram ao calor e aumentaram para 10 o número de vítimas fatais somente na região da Andaluzia, em uma semana em que as temperaturas superam os 40 graus à sombra.

    Cerca de 30 pessoas estão internadas na mesma região, cinco delas em estado grave em Sevilha, Córdoba e Huelva. A Polícia investiga ainda a causa da morte de quatro pessoas em suas casas em Sevilha, que pode ser a alta temperatura.

Portugal
     O fogo que queima florestas em grande parte da Europa continuou a se espalhar hoje, elevando para 11 o número de mortos em Portugal. O fogo atingiu tais proporções que já pode ser visto nas fotos de satélite da região.

    A agência de notícias portuguesa Lusa disse que o corpo de um homem de 62 anos e o de uma mulher idosa foram encontrados perto de Oleiros (170 quilômetros a nordeste de Lisboa). O local fica próximo das áreas atingidas pelos incêndios. O homem apresentava sinais de contaminação por fumaça e a mulher estava queimada. Essas mortes elevam para 11 o número de vítimas fatais registradas no país desde que começaram, no início da semana passada, os incêndios no país.

    O governo português declarou estado de desastre nacional na segunda-feira em decorrência do fogo. Cerca de 3,4 mil bombeiros e soldados trabalharam durante a noite para aproveitar a queda de temperatura nesse período. Alguns focos de incêndio foram debelados, mas as temperaturas de 40ºC verificadas de dia e os ventos vindos do leste podem jogar por terra os ganhos obtidos na ausência do sol.

França, Polônia
    França e Polônia também estão ameaçadas pelo fogo que aproveita as condições propícias criadas pela onda de calor atualmente registrada no continente.

    Na França, onde as temperaturas atingem níveis recordes em várias regiões, centenas de bombeiros tentam conter um incêndio florestal nas proximidades de Gorges du Tarn (sul). "Estamos sentados sobre um vulcão, que pode se acender em qualquer lugar e a qualquer momento", disse Jean Schmidt, porta-voz do corpo de bombeiros da região de Lozere.  

Onda de calor atinge a Europa; são estimadas 500 mortes só na Hungria          24/07/2007

             (   http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u314769.shtml  )

         A onda de calor que atinge as regiões central e sudeste da Europa já deixou ao menos 500 mortos na Hungria na última semana, segundo estimativa do Instituto Nacional de Saúde Ambiental, divulgada nesta terça-feira.

       "De 15 a 22 de julho, a taxa de mortalidade subiu cerca de 30% no centro da Hungria, em comparação com a média de um dia de verão", afirmou um porta-voz do Instituto. "Isso indica que nessa região o calor contribuiu para a morte de 230 pessoas, o que extrapolado para nível nacional representa cerca de 500 mortes", estimou.

      As temperaturas recordes também mataram 12 romenos só nesta segunda-feira, elevando para 30 o saldo de mortos no país na última semana. Outros 19 mil romenos deram entrada em hospitais. Também morreram um homem na Macedônia e outro na ilha de Corfu, segundo autoridades.

     Bombeiros, soldados e voluntários tentavam controlar incêndios por todo o sudeste europeu. Florestas na Bósnia, Sérvia, Montenegro, Macedônia, Bulgária e Grécia foram devastadas pelas chamas nesta semana, provocadas supostamente pelas altas temperaturas após um inverno seco.

    A Sérvia enfrentou 50 incêndios em florestas no dia previsto para ser o mais quente do ano por meteorologistas, com temperaturas chegando a 43ºC. Só a Província de Kosovo registrou 18 focos de incêndio.

   No sul da Itália, milhares de turistas ficaram ilhados nas praias da região de Puglia. Um foco de incêndio se espalhou rapidamente, forçando pessoas de acampamentos e hotéis a correr. Ao menos duas pessoas morreram, segundo autoridades locais.

   Serviços de emergência usaram botes e helicópteros para resgatar cerca de 4.000 turistas e moradores para áreas seguras, segundo a mídia local. Muitos correram para a praia em trajes de banho, deixando todos seus pertences para trás. O fogo se espalhou rapidamente, ameaçando hotéis e acampamentos, afirmou a polícia portuária.

   Na Grécia, turistas visitam a Acrópole, em Atenas, com temperaturas chegando a 43ºC . Gregos e turistas andavam nas ruas com guarda-chuvas e jornais cobrindo a cabeça. Muitos foram para praias próximas. "É como ter uma sauna sem ter de pagar, uma sauna grátis de Deus", disse uma mulher fazendo compras em Atenas à Reuters TV.    Na Macedônia, as temperatura atingiram um recorde de 45ºC, deixando muitas regiões do país sem energia. Na Bósnia, a cidade de Citluk, o porto adriático de Neum e a cidade de Visegrad declararam estado de emergência.

   Já o Reino Unido enfrenta as piores enchentes dos últimos 60 anos, que deixaram milhares de casas sem água potável e eletricidade, chegando a ameaçar a cidade de Oxford em plena temporada turística. Equipes de emergência tentam conter rios que transbordam, inundando vilas e cidades, principalmente no centro da Inglaterra.


   Destruição da Camada de Ozônio 

    O ozônio é um gás atmosférico azul-escuro, que se concentra na chamada estratosfera, uma região situada entre 20 e 40 km de altitude. A diferença entre o ozônio e o oxigênio dá a impressão de ser muito pequena, pois se resume a um átomo: enquanto uma molécula de oxigênio possui dois átomos, uma molécula de ozônio possui três.

    Essa pequena diferença, no entanto, é fundamental para a manutenção de todas as formas de vida na Terra, pois o ozônio tem a função de proteger o planeta da radiação ultravioleta do Sol (raios UV-B) . Sem essa proteção, a vida na Terra seria quase que completamente extinta.

    O ozônio sempre foi mais concentrado nos pólos do que no equador, e nos pólos ele também se situa numa altitude mais baixa. Por essa razão, as regiões dos pólos são consideradas mais propícias para a monitoração da densidade da camada de ozônio.

   A incidência dos raios UV-B provoca queimaduras  e pode causar câncer de pele, inclusive o melanoma maligno, freqüentemente fatal. A Agência Norte-Americana de Proteção Ambiental estima que 1% de redução da camada de ozônio provocaria um aumento de 5% no número de pessoas que contraem câncer de pele. Em setembro de 1994 foi divulgado um estudo realizado por médicos brasileiros e norte-americanos, onde se demonstrava que cada 1% de redução da camada de ozônio, desencadeava um crescimento específico de 2,5% na incidência de melanomas. A incidência de melanoma, aliás, já está aumentando de forma bastante acelerada. Entre 1980 e 1989, o número de novos casos anuais nos Estados Unidos praticamente dobrou; segundo a Fundação de Câncer de Pele, enquanto que em 1930 a probabilidade de as crianças americanas terem melanoma era de uma para 1.500, em 1988 essa chance era de uma para 135.

     O   problema da destruição da camada de Ozônio  é causada pela liberação de substâncias químicas conhecidas como cloro- fluorcarbonos  e bromofluorocarbonos (os chamdos gases CFC’s) , usados nos sistemas frigoríficos, na limpeza industrial,  em sprays aerosaóis,  na produção de espuma e nos extintores de incêndio.

     As suas consequências incluem alterações possíveis na circulação atmosférica e um aumento da radiação de UV-B sobre a superfície da Terra, que pode conduzir a níveis mais elevados de cancro da pele, cataratas nos olhos e efeitos sobre os ecossistemas .
   Estima-se que a camada de ozônio está  degradando-se a uma taxa de 5%, a cada 10 anos,  sobre a Europa do Norte, com essa degradação a estender-se ao sul, em direção  ao Mediterrâneo . 

Qual e o problema ambiental comum no verão em algumas regiões do continente?

       


 

   

 Em Portugal

    Quanto à situação da camada de ozônio em Portugal, a diminuição da espessura da camada também foi sentida. Há medições da espessura da camada de ozônio desde 1951. Os dados recolhidos permitem concluir que a quantidade total de ozônio, no período 1968-1997, apresenta uma tendência estatisticamente significativa de redução da espessura da camada de 3.3 % por década, o que é perfeitamente consistente com a redução que se tem observado noutras estações da Europa (por exemplo na  Itália).

    De acordo com a Quercus   (Associação Nacional de Conservação da Natureza, é uma ONG portuguesa fundada a 31 de Outubro de 1985 na cidade de Braga) , Portugal é um dos países da União Européia que mais contribui para a destruição da camada do ozônio. Em 2004, Portugal recuperou cerca de 0,5% dos CFC’s existentes nos equipamentos em fim de vida, como frigoríficos , geladeiras  e aparelhos de ar condicionado. A não-remoção e tratamento dos CFC’s ainda presentes nos equipamentos mais antigos, conduz à liberação para a atmosfera de 500 toneladas anuais desses gases, segundo a Quercus. 

Medidas tomadas mundialmente, e na Europa,  para evitar a degradação da camada de ozônio

     Cerca de dois anos após a descoberta do buraco do ozônio sobre a atmosfera da Antártida, os governos de diversos países, entre os quais a maioria dos países da União Européia, assinaram em 1987 um acordo, chamado Protocolo de Montreal, com o objetivo de reconstituir a concentração de ozônio na alta atmosfera. O único método conhecido de proteção da camada do ozônio é limitar a emissão dos produtos que o danificam e substituí-los por outros mais amigos do ambiente, como os clorohidrofluorcarbonetos .

     Assim sendo, mais de 60 países comprometeram-se a reduzir em 50% o uso de CFC ‘s  até finais de 1999, de acordo com o Protocolo de Montreal, tendo como objetivo de reconstituir a concentração de ozônio na alta atmosfera. Este acordo entrou em vigor em 1989 e visa reduzir, progressivamente, as emissões dos gases que provocam a degradação do ozônio.

    Na Conferência de Londres (Europa) , em 1990, concordou-se em acelerar os processos de eliminação dos CFC ‘s , impondo a paralisação  total da produção até ao ano de 2000, tendo sido criado um fundo de ajuda aos países em desenvolvimento para esse fim. Os Estados Unidos, Canadá, Suécia e Japão anteciparam essa data para 1995 e a União Européia  decidiu parar com a produção até janeiro de 1996.

     Segundo a Organização Meteorológica Mundial, o Protocolo de Montreal tem dado bons resultados, uma vez que foi registrada uma lenta diminuição da concentração de CFC ‘s  na baixa atmosfera após um máximo registrado no período de 1992/1994. Em Fevereiro de 2003, cientistas neozelandeses anunciaram que o buraco na camada de ozônio sobre a Antártida poderá estar fechado em 2050, como resultado das restrições internacionais impostas contra a emissão de gases prejudiciais.       

     As concentrações de ozônio diminuíram nas latitudes médias sobre a Europa em 6 a 7% durante a última década . A Europa contribui com cerca de um terço das emissões mundiais de substâncias que destroem a camada de ozônio. As previsões indicam que as mortes por cancro da pele, provocadas pelo aumento da radição UV-B, atinjam dois habitantes a cada milhão no ano de 2030. 

 A Perda de Biodiversidade

    Como os papéis, ou funções,  ecológicos de muitas espécies são em grande medida desconhecidos , o mais sensato é adotar o princípio da precaução, evitando quaisquer  ações que reduzam inutilmente a biodiversidade.

     A biodiversidade engloba a variedade de genes, espécies e ecossistemas que constituem a vida no planeta.    Os ecossistemas europeus incluem mais de 2.500 tipos de habitats e cerca de 215.000 espécies, 90% das quais são invertebradas. Quase todos os países europeus têm espécies endêmicas (que não se encontram em qualquer outro lugar). Os centros europeus  de biodiversidade incluem a Bacia do Mediterrâneo e as Montanhas do Cáucaso na orla sudeste da Europa.

    Assistimos atualmente a uma perda constante da biodiversidade com profundas consequências para o mundo natural e o bem-estar humano. As principais causas são as alterações nos habitats naturais, resultantes dos sistemas intensivos de produção agrícola, da construção, da exploração de pedreiras, expansão das cidades (urbanização) , da exploração das florestas, oceanos, rios, lagos e solos, da introdução espécies exóticas, da poluição e, cada vez mais, das alterações climáticas globais.

   A Europa estabeleceu um objetivo para conter a perda de biodiversidade. Vários estudos recentes da Agência Européia do Ambiente ( AEA ) mostram que se não forem feitos  mais esforços políticos significativos, é improvável que esse objetivo seja atingido.

  A humanidade é ela própria parte da biodiversidade e a nossa existência seria impossível sem ela. Qualidade de vida, competitividade econômica, emprego e segurança, tudo depende deste capital natural. Biodiversidade é fundamental para os "serviços ambientais ", ou seja, os serviços que a natureza fornece: regulação do clima, da água e do ar,  o controle das enchentes e das secas ,  a decomposição e limpeza dos dejetos , a produção e renovação de solo fértil ,  a polinização da vegetação , o controle de pestes comuns à agricultura , a dispersão de sementes e transferência de nutrientes , a manutenção da biodiversidade.  A biodiversidade é essencial para manter a viabilidade da agricultura e das pescas a longo prazo e é a base de muitos processos industriais e da produção de novos medicamentos.

   Na Europa, a atividade humana tem moldado a biodiversidade desde a expansão da agricultura e da produção animal, há mais de 5000 anos. As revoluções agrícola e industrial deram origem a profundas e rápidas mudanças na utilização dos solos, na intensificação da agricultura, na urbanização e no abandono das terras que, por seu turno, resultaram no desaparecimento de muitas práticas (por exemplo, métodos agrícolas tradicionais) que ajudavam a preservar a riqueza das paisagens em biodiversidade.

   O elevado consumo , que aumenta  a geração  de resíduos sólidos (lixo)  por pessoa na Europa, significa que o nosso impacto nos ecossistemas se estende muito para além do nosso continente. Os estilos de vida europeus dependem significativamente da importação de recursos e bens de todos os cantos do mundo, encorajando muitas vezes a exploração dos recursos naturais. Esta situação leva à perda de biodiversidade que, por seu turno, reduz o estoque  de recursos naturais no qual se baseia o desenvolvimento econômico e social .

  Em complemento aos estudos da Agência Européia do Ambiente, o Programa das Nações Unidas para o Ambiente confirmou que em alguns países europeus a extinção de espécies de borboletas, aves e mamíferos atinge agora a nível  de 24%. Dois terços das  árvores da Europa  sofrem os efeitos da poluição e, nos países  do sul, a erosão do solo e a invasão do deserto são ameaças complementares para a biodiversidade.

   Como a União Européia se expande para leste, e estima-se que a população aumente em  170 milhões de habitantes, o que representa um aumento de 58% de ocupação de terra e de grandes superfícies de paisagens não degradadas. Por conseguinte, é essencial desenvolver a nível pan-europeu uma abordagem comum para preservar e reconciliar a biodiversidade.  

 Chuva Ácida na Europa

      O uso de combustíveis fósseis, sobretudo o carvão, contribui para a emissão e formação de gases na atmosfera, principalmente o dióxido de enxofre e nitrogênio . Em contato com o ar e o vapor d’água presentes na atmosfera, esses compostos formam soluções ácidas que, com as chuvas, podem provocar muitos problemas, como morte de plâncton e peixes nos lagos e  a erosão de peças de arte (estátuas) expostas ao ar livre. 

     No sul da Escandinávia vem ocorrendo uma forte acidificação da água doce em grandes áreas, provocando a morte de peixes.

    Na República Checa, na Alemanha, na Polônia e na República Eslovaca , as florestas de coníferas  estão sendo degradadas, também em conseqüência da acidificação pelo nitrogênio e dióxido de enxofre no ar.  

    Abaixo a imagem dos efeitos da precipitação ácida sobre uma floresta temperada (Jizera, República Checa) . 

   Problemas Ambientais na Europa :   Recursos Hídricos

   A  poluição e a deterioração de habitats aquáticos dificultam gravemente a utilização da água para consumo humano e para a fauna selvagem . Os órgãos responsáveis estimam que seja desperdiçada  muita água no sistema de distribuição e, apesar de se calcularem 25 a 30% de perdas na França, no Reino Unido e na Espanha, este número pode atingir os  50%.

   A distribuição regional de problemas relativos às reservas de água européias (tais como o desequilíbrio entre a oferta de água disponível e o consumo, a destruição de habitats aquáticos e a poluição da água) é destacada e discutida, relacionando-a com as pressões originadas pela atividade humana nas bacias hidrográficas. Foi proposta uma série de objetivos sustentáveis para a gestão dos recursos aquáticos, e bem assim os meios para os atingir. Dedica-se particular atenção à necessidade de cooperação internacional para a gestão dos rios internacionais (rios que passam por mais de um país )  .

 Degradação das Florestas na Europa

    As duas causas mais importantes da degradação das florestas em toda a Europa são : 1 - a poluição do ar, que ameaça gravemente a sustentabilidade dos recursos florestais na Europa Central, na Europa do Leste e, em menor extensão, na Europa do Norte, e   2 -  os incêndios, uma preocupação importante no sul da Europa.

    A análise dos danos é feita a partir de observações e de levantamentos realizados à escala européia. Contudo, estes não permitem que se identifiquem de imediato relações de causa-efeito. Um acompanhamento  minucioso poderia melhorar a sua compreensão.

    No que diz respeito aos incêndios, as causas estão muitas vezes relacionadas com fatores sócio-econômicos que dificultam o seu controle, pois  frequentemente  acontecem  conflitos e tensões no sistema de ordenamento do território.

    Um estudo de 1992 sobre 113 espécies de árvores em 34 países europeus mostrou que 24% das árvores estavam danificadas, na medida em que o desfolhamento era 25% superior ao normal, e outros 10% sofriam de descoloração. Cerca de 54% das árvores da República Checa podem ter já sofrido danos irreversíveis.

  Todos os anos são queimados 700.000 hectares de florestas , num total de 60.000 focos de incêndios florestais anuais na Europa.

Qual é o problema ambiental comum no verão em algumas regiões do continente?

As altas temperaturas registradas no verão europeu estão causando mortes e incêndios por todo continente.

Quais são os principais problemas ambientais que comprometem a qualidade de vida no continente?

Poluição do ar, desmatamento, extinção de espécies, degradação do solo e superpopulação representam grandes ameaças, que devem ser resolvidas para que o planeta continue sendo um lar para todas as espécies.

Quais são os principais problemas ambientais enfrentados pelo continente europeu?

As áreas urbanas da Europa revelam sinais crescentes de stress ambiental, nomeadamente sob a forma de má qualidade do ar, ruído excessivo e congestionamento do tráfego automóvel. Por outro lado, as cidades absorvem quantidades cada vez maiores de recursos e produzem quantidades crescentes de emissões e de resíduos.

Quais são as principais causas desse problema ambiental?

Resposta. Resposta: As maiores causas de problemas ambientais são: crescimento populacional, uso insustentável e ineficiente de recursos, a pobreza e a não inclusão dos custos ambientais da utilização dos recursos nos preços de mercado de bens e serviços.