Qual a importância da metodologia da pesquisa científica para vida acadêmica?

por ROSANE TOLENTINO MAIA

Especialista em Doc�ncia do Ensino Superior, graduada em Processamento de dados pela Universidade Federal do Par� e docente das Faculdades Integradas do Tapaj�s

A import�ncia da disciplina de metodologia cient�fica no desenvolvimento de produ��es acad�micas de qualidade no n�vel superior

Rosane Tolentino Maia

Resumo: Este trabalho aborda a import�ncia da disciplina de Metodologia Cient�fica como ferramenta fundamental na inicia��o cient�fica e no desenvolvimento de produ��es cient�ficas pelos alunos que ingressam nas universidades e ao longo do curso s�o estimulados a desenvolver trabalhos cient�ficos como parte dos requisitos de avalia��o. O Estudo de Caso teve como objeto de pesquisa os alunos do segundo e sexto semestres do Curso de Enfermagem das Faculdades Integradas do Tapaj�s.

Palavras-chave: Metodologia Cient�fica. Inicia��o Cient�fica. Produ��es Acad�micas.

Abstract: This research explain about the subject of Scientific Methodology as an important tool to scientific productions development by the college students. This Case Study had as researching object the students from the second and sixteenth semester of Tapajos Integrate University.

Key-words: Scientific Methodology. Scientific Initiation. Academic Productions.

1 Introdu��o

Nos �ltimos anos, tem sido um aparente consenso na comunidade acad�mica brasileira o de que institui��es de ensino universit�rio devem aliar �s pr�ticas de ensino tradicional, elementos que promovam o desenvolvimento do pensamento cr�tico-reflexivo dos alunos, permitindo, atrav�s de uma vis�o real do mundo, detectar os problemas que o assolam e ao mesmo tempo, dot�-los de ferramentas capazes de promover medidas que ajudem solucion�-los.

Este trabalho aborda a import�ncia da Metodologia Cient�fica como ferramenta fundamental no desenvolvimento de produ��es cient�ficas pelos alunos que ingressam nas universidades e ao longo do curso s�o estimulados a desenvolver trabalhos cient�ficos como parte dos requisitos de avalia��o.

Verifica-se que os alunos v�em-se diante de muitas dificuldades para cumprir essas exig�ncias, provavelmente, em decorr�ncia de uma forma��o deficiente na forma��o b�sica. Por vezes, verifica-se que alunos cursando o �ltimo ano dos cursos de gradua��o, desconhecem as mais elementares normas envolvidas na elabora��o de textos cient�ficos, tais como: desenvolvimento e estrutura do trabalho, padr�es de reda��o, procedimentos para se fazer pesquisas bibliogr�ficas, sele��o e organiza��o da leitura das obras, constru��o de cita��es diretas e indiretas, bem como sobre o prop�sito de inclu�-las no corpo do pr�prio texto. Essas dificuldades podem ser a causa de uma grande ansiedade nos alunos de gradua��o, na medida em que as exig�ncias mudam em profundidade a forma usual da escrita, incorporando diversos elementos, at� ent�o desconhecidos, podendo, no limite, levar ao des�nimo e, at� mesmo, a desist�ncia do curso.

Diante do exposto � de suma import�ncia questionar: de que forma a disciplina de Metodologia Cient�fica pode ajudar os alunos de n�vel superior a superar as suas dificuldades na hora de elaborar uma produ��o cient�fica?

A prepara��o, a reda��o e a apresenta��o de trabalhos cient�ficos envolvem um grande n�mero de quest�es de natureza t�cnica e est�tica, dentre as quais, pode-se destacar a disciplina, a criatividade na sele��o da bibliografia, a leitura de forma organizada, a ousadia e o rigor na abordagem do assunto, al�m da obedi�ncia a certas normas de reda��o e apresenta��o do texto final. A Metodologia Cient�fica ir� abordar as principais regras da produ��o cient�fica para alunos dos cursos de gradua��o, fornecendo uma melhor compreens�o sobre a sua natureza e objetivos, podendo auxiliar para melhorar a produtividade dos alunos e a qualidade das suas produ��es.

A relev�ncia desta pesquisa se d�, tendo em vista a pouca import�ncia que � dada pela maioria dos pesquisadores em forma��o aos detalhes da confec��o de um documento metodologicamente adequado. A necessidade do estudo em quest�o pode ser considerada na medida em que ele ir� abordar a import�ncia da disciplina de Metodologia Cient�fica no desenvolvimento t�cnico, ideol�gico e cient�fico do aluno de n�vel superior melhorando a sua produtividade e a qualidade das suas produ��es.

Objetiva-se com este estudo comprovar que a disciplina Metodologia Cient�fica � iminentemente pr�tica e apresenta instrumentos necess�rios para a realiza��o de trabalho de pesquisa, buscando a constru��o do conhecimento dos acad�micos de forma a favorecer-lhes uma leitura e escrita mais eficientes, atrav�s da pesquisa e reda��o com embasamento cient�fico elaborados segundo normas cient�ficas vigentes. Atrav�s da an�lise dos principais conceitos que comp�em a disciplina de Metodologia Cient�fica e posterior rela��o dos mesmos na produ��o e apresenta��o de trabalhos cient�ficos, buscou-se tra�ar uma analogia entre o saber cient�fico e sua influ�ncia no desenvolvimento da reflex�o, da compreens�o, da capacidade de interpreta��o e argumenta��o dos acad�micos dos cursos de gradua��o.

2 M�todo e Ci�ncia

A evolu��o da ci�ncia se deu com a evolu��o da intelig�ncia humana, que passou do medo do desconhecido ao misticismo, numa tentativa de explicar os fen�menos atrav�s do pensamento m�gico, das cren�as e das supersti��es e, finalmente, evoluiu para a busca de respostas atrav�s de caminhos que pudessem ser comprovados. Desta forma, nasceu a ci�ncia met�dica, que procura sempre uma aproxima��o com a l�gica. O ser humano � o �nico animal na natureza com capacidade de pensar. Esta caracter�stica permite que os seres humanos sejam capazes de refletir sobre o significado de suas pr�prias experi�ncias. Assim sendo, � capaz de novas descobertas e de transmiti-las a seus descendentes. O desenvolvimento do conhecimento humano est� intrinsecamente ligado � sua caracter�stica de viver em grupo, ou seja, o saber de um indiv�duo � transmitido a outro, que, por sua vez, aproveita-se deste saber para somar outro. Assim evolui a ci�ncia.

Segundo Oliveira (1999), a Ci�ncia num determinado per�odo da hist�ria acabou sendo mitificada, principalmente a partir do s�c.XVIII, e hoje ela � entendida como sendo qualquer assunto que possa ser estudado pelo homem, pela utiliza��o do M�todo Cient�fico e de outras regras especiais de pensamento.

O autor destaca ainda que [...] a Metodologia estuda os meios ou m�todos de investiga��o do pensamento concreto e do pensamento verdadeiro, e procura estabelecer a diferen�a entre o que � verdadeiro e o que n�o �, entre o que � real e o que � fic��o.

O aprofundamento em um conjunto de processos de estudos, de pesquisa e de reflex�o, passam a exigir do estudante uma nova postura de atividade did�tica mais cr�tica e rigorosa.

Para Gil (2002, p.17), o desenvolvimento de produ��es cient�ficas s� se d� de maneira efetiva �[...] mediante o concurso dos conhecimentos dispon�veis e a utiliza��o cuidadosa de m�todos, t�cnicas e outros procedimentos cient�ficos [...]

O m�todo cient�fico visa descobrir a realidade dos fatos que, uma vez descobertos, devem guiar o uso do m�todo. Cervo e Bervian (1983, p.125) destacam que [...] o m�todo n�o � apenas um meio de acesso: s� a intelig�ncia e a reflex�o descobrem o que os fatos realmente s�o. O m�todo cient�fico percorre os caminhos da d�vida sistem�tica, que n�o pode ser confundida com a d�vida universal dos c�ticos. Mesmo no caso das ci�ncias sociais, o m�todo deve ser positivo e n�o normativo. Em outras palavras, a pesquisa positiva deve se preocupar com o que � e n�o com o que se pensa que deve ser.

Severino (2000, p.18) define Metodologia como

[...] um instrumental extremamente �til e seguro para a gesta��o de uma postura amadurecida frente aos problemas cient�ficos, pol�ticos e filos�ficos que nossa educa��o universit�ria enfrenta.  [...] S�o instrumentos operacionais, sejam eles t�cnicos ou l�gicos, mediante os quais os estudantes podem conseguir maior aprofundamento na ci�ncia, nas artes ou na filosofia, o que, afinal, � o objetivo intr�nseco do ensino e da aprendizagem universit�ria.

No mundo acad�mico, fazer ci�ncia � importante para todos porque � por meio dela que se descobre e se inventa, e o m�todo representa, portanto, uma forma de pensar para se chegar � natureza de um determinado problema, quer seja para estud�-lo, quer seja para explic�-lo.

3 Inicia��o cient�fica: dificuldades de implementa��o da pesquisa nas universidades

A inicia��o cient�fica caracteriza-se como instrumento de apoio te�rico e metodol�gico � realiza��o de um projeto de pesquisa e constitui um canal adequado de aux�lio para a forma��o de uma nova mentalidade no aluno, que de simples repetidores, passam a criadores de novas atitudes e comportamento, atrav�s da constru��o do pr�prio conhecimento.

A situa��o atual do ensino m�dio encerra v�rias e complexas quest�es, como aspectos estruturais que ainda n�o foram resolvidos, a precariedade desse ensino p�blico no Brasil.O cen�rio educacional em que convivem velhos e novos problemas aponta para a expans�o do ensino m�dio com baixa qualidade, para a privatiza��o da sua gest�o e, simultaneamente, exibe um forte componente de exclus�o. A reforma pol�tico-educacional do ensino m�dio, em curso, vem afetando sensivelmente o trabalho do professor e a din�mica institucional da escola e, em muito menor grau, a realidade educacional do aluno. Tal fato, refletir� na sua atua��o enquanto discente de uma institui��o de n�vel superior.

Em recente pesquisa do Sistema Nacional de Avalia��o da Educa��o B�sica (Saeb), foi divulgado que apenas um por cento dos alunos brasileiros da terceira s�rie do ensino m�dio (ou seja, os que se preparam para ingressar na universidade) tem dom�nio adequado do idioma Portugu�s.

Observa-se no pa�s uma perigosa desvaloriza��o da cultura b�sica, da erudi��o e do conhecimento. A grande maioria dos cursos de ensino m�dio e os cursos preparat�rios para os vestibulares preparam o aluno apenas para realizar a prova, mas n�o desenvolvem nele o racioc�nio, o senso cr�tico e o conhecimento de base.

Obras liter�rias importantes s�o resumidas de forma pobre e descaracterizada, em poucos par�grafos. As apostilas s�o confeccionadas sem estudos pr�vios, ao contr�rio do que ocorre com os livros, que demandam anos de pesquisa por profissionais, especialistas, intelectuais, escritores e cientistas, contendo ilustra��es detalhadas e informa��es completas. J� sem cultura b�sica, nossos jovens tamb�m n�o s�o estimulados � leitura dos jornais e revistas, que tamb�m se constituem em fonte imprescind�vel de informa��o e forma��o.

Os estudantes sabem manipular com habilidade os microcomputadores, em casa, e, de forma crescente, tamb�m nas escolas, p�blicas ou privadas, mas s�o incapazes de interpretar um texto de teor mais rebuscado. N�o conseguem redigir um texto com princ�pio, meio e fim, estilo, forma e linguagem, e por conta dos modismos atentam contra o idioma, com seu pobre vocabul�rio. Apesar do acesso dos jovens a todos os canais da era da informa��o, eles verdadeiramente n�o t�m informa��o.

Segundo Balbachevsky (1999),

[...] ainda que vi�vel, a forma��o oferecida por estabelecimentos especializados no ensino, mesmo quando bem sucedida, vem sendo submetida � criticas importantes nos anos recentes. Boa parte dessas cr�ticas centra-se no fato de que o ensino, dissociado da atividade de pesquisa, deixa uma lacuna na forma��o do aluno numa das dimens�es mais fundamentais para o seu sucesso futuro: qual seja, a sua prepara��o para solucionar criativamente problemas, isto �, sua capacidade de reunir, selecionar e analisar dados relevantes para a solu��o de uma situa��o n�o usual.[...]

A inicia��o cient�fica � um dever da institui��o e n�o deve representar uma atividade eventual ou espor�dica. A atividade de pesquisa universit�ria, especialmente a pesquisa b�sica, sempre exigiu um conjunto de condi��es que est�o fora do alcance da realidade da maior parte dos estabelecimentos de ensino superior privados no Brasil.  No setor p�blico, a pesquisa universit�ria s� institucionalizou-se a partir do final da d�cada de sessenta, em fun��o da implementa��o da reforma de 1968. As v�rias propostas demandavam mudan�as estruturais para o ensino superior brasileiro, objetivando modernizar e democratizar o sistema.

Buarque (1994) destaca que a universidade tem um papel permanente: gerar saber de n�vel superior para viabilizar o funcionamento da sociedade. Esse papel se manifesta de forma diferente, conforme o tipo de sociedade que se deseja. [...] no Brasil, a universidade n�o disp�e de um projeto, nem de prioridades definidas pela sociedade. [...] Conclui dizendo que quando o sistema funciona eficientemente, cada universidade faz parte de uma bem-definida infra-estrutura tecnol�gica e cient�fica e que n�o h� raz�es especiais para se preocupar com a autonomia de cada universidade que [...] em momentos de crise, deve descobrir qual a melhor maneira de se lan�ar na aventura de encontrar novos caminhos para si e, como institui��o pensante, para o conjunto da sociedade.

6 Metodologia

Utilizou-se o m�todo indutivo como forma ordenada do racioc�nio, uma vez que passamos da an�lise de dados particulares e nos encaminhamos para no��es gerais conforme descrito a seguir. Ap�s uma leitura textual, com o objetivo de formar uma vis�o geral da obra, uma segunda leitura foi feita com o objetivo de aprofundamento e codifica��o dos principais conte�dos. Os textos foram ent�o codificados, resumidos, analisados e comentados e os diversos autores correlacionados, visando fundamentar as respostas fornecidas � quest�o de pesquisa. Ap�s a reda��o da primeira vers�o do texto, foram feitas revis�es em duas etapas para o aperfei�oamento da abordagem e verifica��o da correta incorpora��o dos aspectos formais.

Em uma segunda fase, foi feito um estudo de campo onde foram feitas entrevistas estruturadas com perguntas direcionadas � tem�tica proposta, a fim de se tra�ar um perfil do n�vel de conhecimento dos alunos antes e depois de se familiarizarem com os m�todos cient�ficos. Os conte�dos foram analisados sob um enfoque emp�rico-anal�tico e uma abordagem quantitativa, uma vez que a pesquisa aponta para o conceito de causa ou para uma rela��o causal quando busca comprovar que a metodologia cient�fica pode ajudar na supera��o das dificuldades na produ��o acad�mica no n�vel superior.

Foram selecionados sessenta alunos do Curso de Enfermagem das Faculdades Integradas do Tapaj�s, subdivididos em 4 grupos de quinze alunos compondo o segundo (duas turmas) e o sexto (duas turmas) semestres. A disciplina de Metodologia Cient�fica � ministrada, em duas horas semanais, no primeiro semestre do curso e no quinto semestre � ministrada a disciplina de Metodologia da Pesquisa onde efetivamente os alunos passam a implementar um Projeto de Pesquisa. Da� a prefer�ncia pelos semestres citados, uma vez que o os alunos do segundo semestre tiveram um contato recente com a disciplina e os alunos do sexto semestre j� tiveram a oportunidade de colocar em pr�tica as ferramentas metodol�gicas ao longo do curso. 

Foram utilizados sessenta question�rios estruturados, com perguntas fechadas sobre o n�vel de conhecimento dos alunos das principais produ��es acad�micas exigidas nos cursos de gradua��o e sobre a qualidade da produ��o desses trabalhos antes e depois de conhecerem as regras metodol�gicas cient�ficas. Optou-se por este tipo de instrumento, uma vez, que atrav�s dele, minimiza-se as distor��es das respostas registradas � medida que o pesquisador est� ausente e n�o exerce influ�ncia direta sobre o respondente e, ainda, permite que os dados sejam disponibilizados para an�lise em um per�odo relativamente curto. Os question�rios foram distribu�dos nas turmas e recolhidos ap�s sete dias para a an�lise posterior.

7 Discuss�o dos resultados

Dos sessenta instrumentos de pesquisa, foram devolvidos 48, a partir dos quais se fez a an�lise descrita � seguir.:

Com rela��o ao n�vel de conhecimento em rela��o aos objetivos da disciplina de Metodologia Cient�fica ao ingressar na gradua��o, 42 (87,5%) responderam que n�o tinham nenhum conhecimento e 6 (12,5%) responderam que tinham um n�vel regular de conhecimento.

Com rela��o ao n�vel de conhecimento sobre os objetivos da disciplina de Metodologia Cient�fica atualmente. 2 (4,2%) responderam que n�o tinham nenhum conhecimento, 14 (33,3%) responderam que tinham um n�vel regular de conhecimento, 30 (62,3%) responderam que tinham um n�vel bom de conhecimento e 2 (4,2%) responderam que tinham um n�vel excelente de conhecimento.

Com rela��o ao n�vel de conhecimento das regras, ferramentas e m�todos usados na produ��o de trabalhos cient�ficos ao ingressar na gradua��o, 45 (93,7%) responderam que n�o tinham nenhum conhecimento e 3 (6,3%) responderam que tinham um n�vel regular de conhecimento.

Como conseq��ncia desse desconhecimento, brota no acad�mico um sentimento de resist�ncia em rela��o � maioria das atividades propostas na educa��o superior que exijam deles um n�vel maior de comprometimento, disciplina, esfor�o e organiza��o, justificando as dificuldades enfrentadas pelo docente ao ministrar a disciplina. 

Quanto ao n�vel de conhecimento das regras, ferramentas e m�todos usados na produ��o de trabalhos cient�ficos atualmente, 2 (4,2%) responderam que n�o t�m nenhum conhecimento, 38 (79,2%) responderam que t�m um n�vel regular de conhecimento e 8 (16,6%) responderam que t�m um n�vel bom de conhecimento.

Fica evidente a necessidade de se repensar na inser��o da disciplina de Metodologia Cient�fica na matriz curricular do ensino m�dio, uma vez que promovida a sua integra��o com as demais disciplinas, viabilizaria o que deveria ser o objetivo de todas as institui��es de ensino: estimular a constru��o criativa de conhecimento pelo aluno. Lima (2004) deixa bem clara essa id�ia ao declarar que:

A pedagogia de ensino fundada na reprodu��o indefinida de conhecimentos acumulados, que prevalece no ensino fundamental e m�dio, freq�entemente n�o capacita t�cnica, conceptual, te�rica e metodologicamente jovens universit�rios para construir um pensamento cr�tico e reflexivo mais elaborado.

Com rela��o ao n�vel de conhecimento das principais produ��es cient�ficas ao ingressar na gradua��o foi obtido o seguinte resultado: 44 (91,6%) n�o tinham nenhum conhecimento e 4 (8,4%) tinham um conhecimento regular sobre como elaborar como elaborar um fichamento; 34 (70,8%) n�o tinham nenhum conhecimento, 14 (29,2%) tinham um n�vel de conhecimento regular sobre como elaborar um resumo; 42 (87,5%) n�o tinham nenhum conhecimento e 6 (12,5%) tinham um n�vel de conhecimento regular sobre como elaborar uma resenha; 45 (93,7%) n�o tinham nenhum conhecimento e 3 (6,25%) tinham um n�vel de conhecimento regular sobre como elaborar um projeto de pesquisa; 46 (95,8%) n�o tinham nenhum conhecimento e 2 (4,2%) tinham um n�vel de conhecimento regular sobre como elaborar um artigo cient�fico.

Com rela��o ao n�vel atual de conhecimento das principais produ��es cient�ficas foi obtido o seguinte resultado: 2 (4,2%) n�o t�m nenhum conhecimento, 31 (64,6%) t�m um conhecimento regular e 15 (31,2%) t�m um conhecimento bom de como elaborar um fichamento; 2 (4,2%) n�o t�m nenhum conhecimento, 31 (64,6%) t�m um n�vel de conhecimento regular e 15 (31,2%) t�m um n�vel bom de conhecimento sobre como elaborar um resumo; 2 (4,2%) n�o t�m nenhum conhecimento, 39 (81,2%) t�m um conhecimento regular e 7 (14,6%) t�m um conhecimento bom de como elaborar uma resenha; 2 (4,2%) n�o t�m nenhum conhecimento, 43 (89,6%) t�m um n�vel de conhecimento regular e 3 (6,2%) t�m um n�vel bom de conhecimento sobre como elaborar um projeto de pesquisa; 2 (4,2%) n�o t�m nenhum conhecimento e 46 (95,8%) t�m um n�vel de conhecimento regular sobre como elaborar um artigo cient�fico.

O n�mero ainda elevado de n�vel regular de conhecimento, pode ser justificado pela carga hor�ria de duas horas semanais da disciplina, que sem d�vida, n�o � suficiente para se trabalhar conceitos te�ricos e se fazer uma jornada pr�tica intensiva de produ��o.

Quando questionados se a disciplina de Metodologia Cient�fica ajudou a melhorar o n�vel de suas produ��es acad�micas ao longo do semestre foram obtidas as seguintes respostas: 2 (4,2%) responderam que n�o, 38 (79,2%) responderam que sim e 8 (16,6%) responderam que em alguns casos a disciplina os ajudou a melhorar o n�vel de suas produ��es.

Considerando as dificuldades enfrentadas pelo jovem que ingressa no n�vel superior, a metodologia cient�fica surge como instrumento de apoio t�cnico, te�rico e metodol�gico para as produ��es que ser�o desenvolvidas ao longo do seu curso, pois d� ao aluno diretrizes e caminhos mais simplificados e seguros e fornece a eles os instrumentos e t�cnicas operacionais mais indicados para a produ��o do conhecimento.

8 Conclus�o

A presen�a de tantas regras, detalhes, indica��es r�gidas para digita��o e formata��o do texto, que parecem cercear a liberdade do aluno em pensar e escrever sem nenhuma exig�ncia metodol�gica, faz com que o estudo de Metodologia Cient�fica nas universidades raramente seja bem aceito pelos alunos.

A metodologia, por�m, objetiva bem mais do que levar o aluno a elaborar projetos, a desenvolver um trabalho monogr�fico ou um artigo cient�fico como requisito final e conclusivo de um curso acad�mico. Ela almeja levar o aluno a comunicar-se de forma correta, intelig�vel, demonstrando um pensamento estruturado, plaus�vel e convincente, atrav�s de regras que facilitam e estimulam � pr�tica da leitura, da an�lise e interpreta��o de textos e conseq�entemente a forma��o de ju�zo de valor, cr�tica ou aprecia��o com argumenta��o plaus�vel e coerente.

O m�todo, quando incorporado a uma forma de trabalho ou de pensamento, leva o indiv�duo a adquirir h�bitos e posturas diante de si mesmo, do outro e do mundo, que s� t�m a beneficiar a sua vida tanto profissional quanto social, afetiva, econ�mica e cultural.

Com base em m�todos adequados e t�cnicas apropriadas, o estudante ter� condi��es, a partir da conscientiza��o de um problema, de ir em busca das respostas ou solu��es para o mesmo. A atividade cient�fica �, acima de tudo, o resultado de uma atitude do ser humano diante do mundo que o cerca, do qual ele mesmo � parte integrante, para entend�-lo, reconstru�-lo e, conseq�entemente, torn�-lo intelig�vel.

As regras e passos metodol�gicos que s�o ensinados na universidade, visam, portanto, a inser��o do estudante no mundo acad�mico-cient�fico desenvolvendo nele h�bitos que o acompanhar�o por toda a sua vida, como o gosto pela leitura e o esp�rito cr�tico maduro e respons�vel. A disciplina de Metodologia Cient�fica ajuda os alunos na experi�ncia de sentirem-se cidad�os, livres e respons�veis e os auxilia a administrar suas emo��es, a exercitar o bom senso e a enfrentar desafios na conquista de suas metas.

Qual a importância da metodologia e da pesquisa científica para vida acadêmica?

A disciplina de metodologia científica nas universidades é essencial para o processo de construção do conhecimento, pois é nesta hora que os acadêmicos precisam estimular a capacidade de interpretação, pois a realização de pesquisas proporciona algo muito além da mera cópia e do repasse de conhecimentos já existentes, ...

Qual a importância da metodologia para a vida acadêmica?

A Metodologia Científica irá abordar as principais regras da produção científica para alunos dos cursos de graduação, fornecendo uma melhor compreensão sobre a sua natureza e objetivos, podendo auxiliar para melhorar a produtividade dos alunos e a qualidade das suas produções.

Qual a importância da metodologia de pesquisa científica?

A metodologia científica tem como função fornecer aos universitários o conhecimento indispensável para se produzir um bom conteúdo e com as regras e métodos mais adequados. Essa disciplina é extremamente fundamental na vida de qualquer aluno, pois ela indica a direção mais acertada a ser seguida.

Qual a importância da pesquisa para sua vida acadêmica e profissional?

A Pesquisa permite a construção e reconstrução do conhecimento e possibilita a abertura de trincheiras no ramo da Ciência. Com a utilização do método científico a pesquisa é realizada, por meio do processo racional de forma organizada, com base na lógica, investigação planejada, reflexões, análises e sínteses.

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