Qual a frequência máxima de um motor?

Já falamos sobre freqüência, porém, agora vamos tratar não da freqüência de chaveamento e sim da freqüência fundamental, a que realmente é enxergada pelo motor.

Por exemplo, no modo de controle V/F, a tensão e a freqüência são variadas para se conseguir variar a velocidade do motor, a variação de tensão, ou seja, o V/, já vimos anteriormente com o estudo do PWM.

Agora vamos tratar da variação de freqüência, ou seja, o /F, que normalmente varia de 0 até 120Hz para a maioria das aplicações.

Os termos abaixo serão utilizados para detalhar o assunto:

  • Semi-Ciclo Positivo – Tempo em que a tenção AC tem polaridade positiva;
  • Semi-Ciclo Negativo – Tempo em que a tenção AC tem polaridade negativa;
  • Angulo de Defasagem – Angulo de defasagem de 120° gerado para simulação do sistema trifásico.

Assim como havia sido citado anteriormente, se aplicarmos 190V 30Hz em um motor de 1750rpm 380V, a rotação obtida é de 50% da nominal, ou seja, 875rpm.

Se então aplicarmos uma freqüência maior que a nominal, o motor terá uma rotação maior que a nominal, por exemplo, se aplicarmos 380V 80Hz, o motor terá uma rotação de 2333rpm.

Em nenhum caso o inversor aplica uma tensão maior que a nominal do motor, sendo necessário para se obter uma rotação maior que a nominal, a variação somente da freqüência.

Também é importante saber que quando o motor ultrapassa a rotação nominal, o mesmo começa a perder torque, ou seja, quanto maior a rotação acima da velocidade nominal, menor será o torque do motor.

2.1 – FORMA DE ONDA DE SAÍDA DE UM INVERSOR DE FREUÊNCIA

Na figura abaixo temos a forma de onda de um sistema trifásico normal e a forma de onda de saída de um inversor de freqüência.

Fig. 3 – Forma de onda de um sistema trifásico comum

Na figura acima pode-se observar que cada fase esta defasada 120° em relação a outra, e a tensão é puramente senoidal, sem qualquer ruído ou deformação.

Já na figura abaixo, se pode observar a forma de onda de tensão gerada por um inversor de freqüência. Nota-se que a tensão gerada é uma tensão CC pulsada através da modulação PWM que já estudamos, possuindo semi-ciclo positivo e negativo.

Como vimos no estudo do PWM, é possível calcularmos a Tensão Média de um sinal PWM, o que na figura a baixo é demostrado através da linha tracejada, que é similar a um sinal de tensão senoidal.

A tensão gerada pelo inversor de freqüência é pulsante, mas o resultado, ou seja, a tensão que o motor realmente enxerga é uma tensão média similar a um sinal senoidal.

Fig. 4 – Forma de onda gerada por um inversor de freqüência

Outra coisa interessante, é que se você conseguir medir o sinal de corrente no motor através de um TC de efeito Hall ou garra de corrente para osciloscópio, você obterá um sinal senoidal, comprovando assim o que acabou de ser dito. Veja abaixo o gráfico de uma leitura de corrente em um motor controlado por inversor.

Fig. 5 – Sinal PWM e corrente resultante no motor.

Fig. 6 – Sinal obtido através de um osciloscópio.

A figura abaixo demonstra o sinal gerado nas três fases de saída de um inversor de freqüência, com a defasagem de 120° entre cada fase, gerando um sistema trifásico.

Fig. 7 – Forma de onda das três fase do inversor de freqüência, com defasagem de 120°.

Basicamente, a variação de freqüência e realizada através do controle dos ciclos de cada fase, ou seja, a duração de cada ciclo para se ter a frequência desejada.

Se deseja-se uma freqüência de 30Hz, o ciclo deve possuir um período de 33,3ms, cada semi-ciclo, positivo e negativo, teve ter um tempo de 16,67ms.

Fig. 8 – Simulação de um sinal de 30Hz realizado por um inversor.

O mesmo ocorrido acima é utilizado para gerar outras freqüências, que quando combinado com a variação de tensão temos o modo de controle V/F.

Abaixo temos um gráfico do controle V/F e alguns parâmetros utilizados nesse modo de controle.

Fig. 9 – Modo de controle V/F.

Os demais modos de controle são similares ao V/F, com a diferença de acrescentar uma correção da tensão e freqüência em função de uma malha de controle de velocidade, que pode ser fechada por encoder ou com velocidade deduzida a partir de medições de variáveis do motor, como: Tensão, corrente, freqüência, torque e etc.

Essa malha fechada tem a finalidade de melhorar a precisão do controle de velocidade do motor como já havia sido comentado no início desse módulo.

Qual a frequência de um motor?

Como sabemos, no Brasil, as concessionárias de energia elétrica fornecem energia alternada com uma frequência de 60Hz e por outro lado, a maior parte dos motores elétricos encontrados nas indústrias e que consomem esta energia possuem rotação nominal de 3600 RPM.

Qual a frequência mínima de um motor?

A faixa de frequência recomendada num inversor de frequência é entre 0,5 a 400 HZ. Dentro desta modulação é preciso saber como dimensionar um inversor de frequência para um motor. Quando a velocidade de um motor é alterada pela variação de frequência, o torque também se altera.

Quantos RPM tem um motor de alta?

Já os de alta rotação são motores a combustão (gasolina, álcool e GNV) que operam em regime de rotação acima de 5000 RPM, e motores a explosão (diesel) que operam em regimes de rotação acima de 3000 RPM.

Como calcular frequência do motor?

Cálculo da Frequência Para realizar o cálculo através deste método utilizamos a seguinte fórmula: f = 1 / T. Outra maneira muito comum que utilizarmos, é o cálculo através da frequência angular de geração da onda.

Toplist

Última postagem

Tag