Qual a estrutura que permitiu às pteridófitas que apresentam um tamanho maior que as briófitas?

As pteridófitas são um grupo de plantas vasculares e sem sementes que possuem como representantes principais as samambaias e avencas.

Qual a estrutura que permitiu às pteridófitas que apresentam um tamanho maior que as briófitas?
A avenca é um exemplo de pteridófita

As pteridófitas são um grupo de plantas que apresentam vasos condutores e não possuem sementes. Nesses vegetais, portanto, já é possível observar a presença de xilema e floema, duas estruturas responsáveis pelo transporte de substâncias no interior da planta. Graças a essa característica, as pteridófitas possuem um porte superior ao das briófitas.

As pteridófitas possuem tecidos especializados, apresentando sistema dérmico, vascular e o fundamental. Diferentemente das briófitas, as pteridófitas apresentam estruturas como raízes, caules e folhas.

As raízes são responsáveis pela absorção de água e sais minerais, além de promoverem a fixação da planta ao substrato. O caule é o órgão vegetal responsável pela sustentação das folhas e, nesse grupo de plantas, pode crescer no sentido oposto ao da raiz ou então paralelo à superfície do solo. As folhas, por sua vez, estão relacionadas principalmente com a fotossíntese.

Podemos classificar esse grupo de plantas em quatro filos com representantes vivos atualmente: Lycophyta, Psilotophyta, Sphenophyta e Pterophyta. Esse último grupo é o mais conhecido e usado para representar as pteridófitas. Nele estão incluídas as samambaias e avencas.

A reprodução nas pteridófitas pode ser tanto assexuada como sexuada. No primeiro caso, ela acontece normalmente por brotamento. Na reprodução sexuada, por sua vez, é possível observar alternância de gerações, com um esporófito diploide (2n) dominante e um gametófito haploide (n). Assim como as briófitas, as pteridófitas necessitam da água para que ocorra a reprodução.

Todas as plantas vasculares são oogâmicas, isto é, todas possuem oosferas imóveis e anterozoides que devem ser levados até ela. Existem espécies de pteridófitas que são homosporadas e aquelas que são heterosporadas. A grande maioria das espécies é homosporada, ou seja, produz apenas um tipo de esporo que pode originar um gametófito bissexuado. Já as heterosporadas produzem micrósporos e megásporos que são responsáveis por dar origem, respectivamente, aos gametófitos masculinos e femininos.

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A seguir explicaremos resumidamente o ciclo de vida de uma samambaia, um dos principais representantes das pteridófitas.

Qual a estrutura que permitiu às pteridófitas que apresentam um tamanho maior que as briófitas?

Observe o soro na face inferior de uma folha de samambaia

Na superfície abaxial (inferior) das folhas de samambaias, é possível observar pequenos pontos marrons (ver figura acima). Essas estruturas são chamadas de soros, local onde são produzidos os esporos (n). Esses esporos, quando maduros, são liberados e caem no solo.

No solo, se encontrar condições adequadas, o esporo germina e dá origem ao gametófito conhecido como prótalo (n). Este possui formato de coração e é monoico nas espécies homosporadas, sendo responsável, portanto, pela produção dos gametas femininos e masculinos.

Qual a estrutura que permitiu às pteridófitas que apresentam um tamanho maior que as briófitas?

Observe que o esporófito está ligado ao prótalo no início de seu desenvolvimento

Os anterozoides, quando liberados em água, nadam com a ajuda de seus flagelos até a entrada do arquegônio, local onde se encontra a oosfera. Há, então, a fecundação e o surgimento do zigoto, que sofrerá divisões e dará origem ao embrião.

Inicialmente o embrião será dependente do gametófito, porém rapidamente crescerão suas raízes, caules e folhas. Quando o esporófito (2n) jovem for capaz de nutrir-se sozinho, o gametófito degenerar-se-á. Esse esporófito crescerá e o ciclo terá início novamente.


Por Ma. Vanessa dos Santos

Por Vanessa Sardinha dos Santos

Uma dúvida muito comum entre os alunos do Ensino Médio e aqueles que se preparam para o vestibular é a diferença entre briófitas e pteridófitas. Na Biologia, a botânica pode parecer um bicho de sete cabeças, mas não é sempre assim, como vamos mostrar neste artigo.

  • O que são Briófitas e Pteridófitas?
  • Briófitas e Pteridófitas: diferenças
  • Briófitas e Pteridófitas: exemplos
  • Briófitas e Pteridófitas: caiu no vestibular
  • Veja também:

Primeiramente, vamos entender o que são as briófitas e pteridófitas. Junto das gimnospermas e angiospermas, elas compõem os grupos atualmente classificados no Reino Vegetal, isto é, entre todas as espécies de plantas conhecidas.

As briófitas e pteridófitas, especificamente, diferenciam-se das demais plantas por terem os seus órgãos reprodutores não expostos diretamente ao meio, sendo, por isso, chamadas de criptógamas (do grego cripto = escondido + gamae = gametas).

Por sua vez, gimnospermas e angiospermas são classificadas como fanerógamas e apresentam sementes (do grego fanero = visível + gamae = gametas).

Quais as diferenças entre Briófitas e Pteridófitas?

As Briófitas não possuem vasos condutores e sua fase de ciclo de vida predominante é a gametófita. As Pteridófitas possuem vasos condutores de seiva e sua fase predominante é a esporofítica.

Qual a estrutura que permitiu às pteridófitas que apresentam um tamanho maior que as briófitas?

Briófitas e Pteridófitas: diferenças

Mas, então, quais as diferenças entre briófitas e pteridófitas? Basicamente, há duas diferenças principais: a fase do ciclo de vida dominante em cada uma e a presença ou não de vasos condutores de seiva. Vamos explorar a seguir essas especificidades.

No caso do Reino Vegetal, diz-se que seus indivíduos têm ciclo de vida com alternância de gerações, ou seja, há duas fases com dois tipos de seres vivos diferentes, que alternam sua existência de geração em geração. Essas fases são chamadas de esporofítica e gametofítica.

A primeira é determinada pela planta denominada esporófito, que dará origem a um ser gametofítico ou gametófito através de reprodução assexuada, que, por sua vez, formará novamente um esporófito por meio de reprodução sexuada.

No caso das briófitas, a fase que predomina, tendo maior relevância e duração, é a gametofítica (produtora de gametas); já nas pteridófitas, quem predomina é a fase esporofítica (produtora de esporos).

A outra grande diferença entre os grupos se refere aos vasos condutores de seiva. Nas briófitas, eles estão ausentes, e o transporte de água e nutrientes é feito de célula em célula, por difusão – um processo muito lento.

Nas pteridófitas, por outro lado, a seiva corre por vasos condutores, são plantas vasculares, o que garante maior velocidade no seu transporte ao longo de todo o vegetal.

Uma implicação importante dessa característica é o tamanho que essas plantas podem alcançar – geralmente, pteridófitas são muito maiores do que as briófitas, uma vez que podem levar eficientemente recursos da raiz para outras partes do vegetal, não sendo a distância entre elas um impeditivo imediato para o seu crescimento.

Briófitas e Pteridófitas: exemplos

Agora que já ficou claro do que estamos falando, basta exemplificar quem são essas plantas. O clássico modelo de briófita é o musgo, enquanto as samambaias e as avencas são as pteridófitas mais conhecidas.

Qual a estrutura que permitiu às pteridófitas que apresentam um tamanho maior que as briófitas?
Musgo é um tipo de Briófita (Imagem: Shutterstock)

Qual a estrutura que permitiu às pteridófitas que apresentam um tamanho maior que as briófitas?
Samambaia é um tipo de Pteridófita (Imagem: Shutterstock)

Briófitas e Pteridófitas: caiu no vestibular

Unesp 2015

As espécies dos grupos vegetais A e B assemelham-se, pois: crescem preferencialmente em solos úmidos; possuem órgãos de reprodução pouco desenvolvidos; são destituídas de flores, sementes e frutos; dependem da água para a reprodução; reproduzem-se por alternância de gerações. Contudo, as espécies do grupo A são vasculares e as do grupo B, avasculares.

Nos grupos A e B, poderiam estar incluídas, respectivamente,

a) clorófitas e rodófitas.
b) samambaias e avencas.
c) musgos e hepáticas.
d) musgos e samambaias.
e) avencas e hepáticas.

Comentários

A e B correspondem, respectivamente, a pteridófitas e briófitas, sendo a única alternativa que compreende exemplos dessas plantas e na ordem correta a letra e: avencas e hepáticas. Clorófitas e rodófitas são algas. Samambaias e avencas são, ambas, pteridófitas. Musgos e hepáticas são, ambas, briófitas. E musgos e samambaias são briófitas e pteridófitas, nesta ordem. Portanto, as alternativas a, b, c e d estão incorretas.

Gabarito: E

Qual a estrutura que permitiu às pteridófitas que apresentam um tamanho maior que as briófitas?

Veja também:

  • Reino Plantae: classificação, evolução, reprodução e características 
  • Morfologia vegetal: o que é, partes das plantas e importância
  • Fotossíntese: o que é, como acontece e qual sua função na natureza
  • Angiospermas: características, estrutura, reprodução e importância
  • Gimnospermas: o que são, características, estrutura, reprodução e mais
  • Reprodução assexuada: resumo, exemplos e classificação
  • Reprodução sexuada: conceitos, características e exemplos
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Que estruturas possibilitam que as pteridófitas tenham um porte maior que as briófitas?

Nesses vegetais, portanto, já é possível observar a presença de xilema e floema, duas estruturas responsáveis pelo transporte de substâncias no interior da planta. Graças a essa característica, as pteridófitas possuem um porte superior ao das briófitas.

Quais as principais características que diferenciam as pteridófitas das briófitas?

As principais diferenças entre briófitas e pteridófitas são o ciclo de vida e a presença ou não de vasos condutores.

Que estrutura presente no corpo das pteridófitas permitiu as espécies do grupo atingirem em geral maiores alturas do que as briófitas?

A característica que impede que essas plantas atinjam um tamanho maior é: a ausência de vasos condutores de seiva. a presença de rizoides.

Qual é a estrutura das pteridófitas?

Possuem corpo organizado em caule, raiz e folhas. O caule é a estrutura que sustenta as folhas e faz o transporte da seiva através dos tecidos condutores pela planta. Em muitas samambaias ele cresce subterrâneo ou paralelo à superfície do solo, sendo chamado rizoma.