Show Tudo bem? Nesta atividade você irá compreender e analisar as formas com que a população brasileira está distribuída no território brasileiro, considerando os fatores naturais, históricos e econômicos. ATIVIDADE O povoamento ou ocupação territorial do Brasil é irregular, ou seja, apresenta lugares densamente povoados (muitos habitantes por quilômetro quadrado) e vazios demográficos (poucos habitantes por quilômetro quadrado). Para medir a concentração de uma população de determinada área, calcula-se a sua densidade demográfica, por meio da divisão do total da população pela área em que está distribuída. O valor encontrado é expresso pelo número de habitantes por quilometro quadrado (hab./km2). O Brasil é um país populoso, pois sua população absoluta – isto é, a soma de todos habitantes, é elevada. No entanto é pouco povoado, isto porque, se considerarmos a relação entre número de habitantes e a sua área territorial, ou seja, a população relativa. A população brasileira, em sua maioria, concentra-se na faixa litorânea. Já as localidades no interior são pouco povoadas. Os nossos litorais, historicamente serviram de entrada para os imigrantes que chegavam por via marítima, além de serem utilizados para as trocas comerciais e concentrarem as maiores cidades brasileiras. Os Lugares que favorecem a presença humana são disputados, como proximidades de cursos d’água (córregos, rios e lagos), terrenos planos com solos férteis e climas amenos, as chamadas áreas de atração. Já, os lugares com grande densidade de vegetação (como as florestas tropicais), escassez de água potável e temperaturas extremas dificultam o povoamento, e em muitas regiões são verdadeiros vazios populacionais, as chamadas áreas de repulsão. (ADAS, Melhem. Expedições Geográficas – 3 ed. 2018, p. 44 e 45.) Assista ao vídeo abaixo, releia o texto acima e resolva as questões a seguir. POPULAÇÃO BRASILEIRA: Distribuição geográfica – Canal OLHAR GEOGRÁFICO – Youtube1. Conceitue: a) população absoluta; b) população relativa; c) densidade demografia; d) áreas de atração e) áreas de repulsão. 2. Fale o que você entendeu sobre os fatores históricos e econômicos que influenciam a distribuição espacial brasileira. 3. Faça um breve comentário relativo a distribuição espacial da população brasileira. Saiba Mais / Referências: https://www.ibge.gov.br/ Neste site você encontrará textos, mapas, gráficos e tabelas sobre diversos aspectos da população brasileira.
Ciclo da Adolescência – Turma H (7º ano) – Educação Ambiental e Saúde Ocupação humana e transformação das paisagens na Amazônia brasileira
Resumo
Abstract
Resumen
Palabras clave: Amazonía, paisaje, ocupación humana. Introdução
Figura 1 – Paisagem amazônica próxima à cidade de Santarém-PA, 2004. As populações pré-históricas tiveram um papel importante na formação de determinadas paisagens e seus efeitos passados contribuem para os padrões da paisagem atual (Denevan 1992, Forman 1997, Balée 1998, Turner et al. 2001, Hornborg 2005). De maneira geral, esses efeitos podem ser caracterizados pela mudança na abundância de plantas na comunidade florestal, extensão ou diminuição da abrangência de espécies, criação de oportunidades para a invasão de espécies daninhas, alteração dos nutrientes do solo e alteração do mosaico da paisagem (Delcourt 1987, Stahl 2008).
Figura 2 – Limites da Amazônia Legal Brasileira e a distribuição espacial do desmatamento, com destaque para o “Arco do Desmatamento” (adaptado de Brasil 2008). O presente artigo se propõe a caracterizar as diferentes dinâmicas de ocupação das paisagens amazônicas, desde a chegada do ser humano até os dias de hoje. Por meio da complementação e do confronto das perspectivas evolutivas, históricas e sociais, busca-se entender como o desenvolvimento da organização social e das tecnologias foi capaz de modificar os padrões da paisagem no passado, e como o faz atualmente. Para atingir tais objetivos, foi realizada uma extensa pesquisa bibliográfica em diversas linhas científicas que abordam o processo de ocupação humana na Amazônia, como a arqueologia, a antropologia, a história, a lingüística, a ecologia e a geografia humana. Com os dados obtidos através da pesquisa bibliográfica, buscou-se identificar e caracterizar os momentos nos quais os níveis de alteração da paisagem pelas populações humanas foram mais acentuados. As informações foram organizadas em função do estabelecimento de uma seqüência temporal categorizada a partir da identificação de indicadores comuns de transformação da paisagem. Estabelecimento de sociedades complexas na amazônia pré-colonialA baixa disponibilidade e espacialidade dos dados constituem-se nos principais entraves para as pesquisas que buscam esclarecer o passado pré-colonial da região amazônica. A carência de dados faz com que a delimitação de grupos humanos distintos, a partir de características culturais e sua respectiva correlação com o domínio de tecnologias e (ou) um determinado nível de organização social, ainda não seja clara, apesar do esforço acadêmico recente ter resultado em avanços significativos para algumas localidades. No entanto, o surgimento e adoção de novas tecnologias e novos padrões de organização social, mais complexos, parecem ter ocorrido com relativa simultaneidade em diversas regiões da Amazônia (Petersen et al. 2001, Neves 2006). Nesse sentido, o estabelecimento de uma seqüência temporal surge como a melhor forma de realizar uma descrição geral do desenvolvimento de sociedades humanas na Amazônia e suas respectivas alterações da paisagem.
A transição do Período Paleoindígena para o Período Arcaico é normalmente caracterizada em função do início da produção cerâmica (De Blasis 2001). É exatamente no Baixo Amazonas, próximo à cidade de Santarém-PA, que foram encontrados os vestígios cerâmicos mais antigos de todo o continente americano, datados em aproximadamente 8000 AP (Roosevelt et al. 1991). O Período Arcaico é marcado ainda por outros importantes indicadores, como a diversificação dos grupos de caçadores e coletores, com a formação de alguns dos principais agrupamentos etnolingüísticos que ocuparam a região amazônica (Arawak, Tupi, Karib e Jê) e a domesticação de espécies que se tornariam a base da dieta e dos sistemas agrícolas amazônicos, como a pupunha (Bactris gasipaes) e a mandioca (Manihot esculenta). Contudo, uma das principais características desse período para a Amazônia é a descontinuidade temporal de avanços sociais e tecnológicos importantes. Existe um intervalo de aproximadamente 5000 anos (cerca de 8000 a 3000 AP) entre o surgimento de inovações tecnológicas, como o início da produção cerâmica e a domesticação de espécies vegetais, até a adoção efetiva da cerâmica e da agricultura (Neves 2006). Duas hipóteses principais contribuem para a compreensão desse cenário: (1) a descontinuidade temporal de avanços sociais e tecnológicos seria reflexo da resposta dos grupos humanos às mudanças climáticas ocorridas no Holoceno médio, que teriam tornado o clima mais seco e diminuído a disponibilidade de recursos, levando a um modo de vida mais simples e causando um esvaziamento demográfico da floresta e (2) a descontinuidade temporal de avanços sociais e tecnológicos seria explicada pelo próprio problema de amostragem, recorrente na arqueologia amazônica, que ainda não seria capaz de esclarecer o desenvolvimento tecnológico e social ocorrido no Período Arcaico (Neves 2006).
Figura 3 - Representação de um bluff do rio Amazonas (destacado) a partir de uma imagem de radar, na qual se observa o encontro direto da terra firme com o canal principal do rio (adaptado de Klamer 1984). Partindo do pressuposto de que havia disponibilidade de circulação pelo território, seria pouco provável que as sociedades amazônicas não fizessem uso dos recursos de todos os ambientes que as circundavam, fossem eles a várzea, a terra firme ou qualquer outra classificação que se pretenda estabelecer atualmente. Após mais de 10.000 anos de convivência e aprendizado, as potencialidades e limites desses ambientes deviam ser muito bem conhecidos e seria muito pouco provável que as populações humanas não tirassem proveito das vantagens de todos eles, caso não houvesse nenhuma restrição. Tal restrição poderia se configurar a partir da ocorrência de conflitos e disputas territoriais que limitassem o acesso a um determinado ambiente ou em decorrência de alguma outra barreira cultural desconhecida. Contudo, a análise das limitações ecológicas gerais da várzea ou da terra firme parece já não se configurar como uma variável tão determinante para o desenvolvimento das sociedades amazônicas pré-coloniais. Conforme concluem Petersen e outros (2001), o suporte de grandes sociedades na Amazônia foi uma combinação de recursos da várzea com a terra firme, em graus relativos às condições ecológicas locais.
Colonização européia na amazôniaOs primeiros contatos europeus no Novo Mundo podem ser considerados como um dos acontecimentos mais revolucionários da história da humanidade. Não tanto pelo sucesso das perigosas e dispendiosas viagens transoceânicas, mas por colocar em contato novamente dois dos maiores contingentes de uma espécie que havia se separado há pelo menos 20 mil anos. E também, pelas trágicas conseqüências para os pelo menos 40 milhões de habitantes que ocupavam a América (Denevan 1992), que sucumbiram às novas doenças e assistiram à desarticulação de suas sofisticadas sociedades.
Intensificação da ocupação humana na amazôniaDepois do processo inicial de colonização pelos portugueses e a incorporação de boa parte da Amazônia ao território brasileiro nos séculos XVII e XVIII, a ocupação mais intensiva da região dependeria da descoberta e (ou) realização de alguma atividade com potencial lucratividade, já que a produção e acumulação de riquezas se apresentava como um dos maiores objetivos dos Estados e suas sociedades. Ao exemplo das atividades econômicas realizadas no litoral e centro-sul do Brasil, como o açúcar, a mineração e o café, a região amazônica precisaria também de um atrativo econômico para se integrar à economia nacional.
A distribuição espacial das estradas e dos programas de colonização também se coloca como uma variável determinante em relação aos processos de transformação das paisagens amazônicas. Além de permitirem o acesso e a colonização da floresta, as estradas possuem um papel fundamental ao permitirem também o escoamento da produção. A construção e a distribuição das estradas reduzem o custo do transporte, aumentam a rentabilidade e potencializam o próprio desenvolvimento atividade econômica. Considerando as principais atividades produtivas que foram incentivadas na região a partir da década de 1970, a opção por esse modelo de transporte se constituiu em uma das importantes variáveis que levaram ao avanço do desmatamento. Segundo os dados oficiais do Governo Federal, os estados da Amazônia Legal Brasileira possuem atualmente uma malha rodoviária de 251.760 km, sendo que 27.774 km estão pavimentados, enquanto outros 4.792 km estão em pavimentação (Brasil 2008). Figura 4 - Desmatamento acumulado na Amazônia Legal Brasileira, entre 1992 e 2007 (em km²), chegando a 15%, com base nos dados do INPE (2008). Como conseqüência de todo esse processo, sem entrar no mérito dos problemas sociais, cerca de 730.000 km² da vegetação original da Amazônia Legal Brasileira foram convertidos para outros usos até o ano de 2007 (Figura 4), com grande peso para atividade pecuária, que responde por cerca de 80% desse total (Margulis 2003, Alencar et al. 2004, INPE 2008). Além do desmatamento captado pelas imagens de satélite, que atingiu aproximadamente 15% da região em 2007, Barreto e outros (2006) estimam que outras áreas sejam perturbadas por atividades humanas esporádicas, como as queimadas e a extração madeireira, perfazendo um total de 47% do bioma amazônico sob algum grau de alteração antrópica. Em termos ecológicos, essa escala espaço-temporal de supressão da floresta e fragmentação da paisagem é responsável pela alteração no funcionamento do ciclo hidrológico e da ciclagem de nutrientes; aumento das emissões de gases e diminuição da capacidade de estocagem da biomassa; interferência nas condições climáticas regionais e de grande parte do país, além do deslocamento e extinção de espécies, diminuindo a biodiversidade.
Caracterização das dinâmicas de ocupação humana na amazôniaComo observado nos itens anteriores, o processo de ocupação humana ao longo dos últimos 11.000 anos foi caracterizado pela diversidade de relações estabelecidas com a floresta. Contudo, eventos históricos específicos, como a colonização européia e os programas institucionais de colonização causaram mudanças bruscas na motivação dos seres humanos em relação às transformações das paisagens amazônicas. Nesse sentido, três dinâmicas de ocupação distintas foram delimitadas em função das características dessas motivações e seus reflexos na transformação da paisagem, ao longo dos diferentes contextos históricos do período de estudo.
A Amazônia ainda aguarda o estabelecimento de uma quarta dinâmica – a dinâmica do equilíbrio, na qual as transformações da paisagem sejam caracterizadas pelo controle estatal para regular as atividades produtivas, pela capacidade técnica para exercer o manejo sustentável e pelo desejo coletivo de valorizar os recursos da floresta. Considerações FinaisA construção de um trabalho interdisciplinar apresenta algumas dificuldades inerentes, como a falta de sustentação teórica e metodológica para estabelecer correlações entre diferentes disciplinas e a dificuldade de manter o foco de análise, frente à variedade de assuntos abordados pelas diversas disciplinas revisadas. Apesar da discussão no presente artigo ter caminhado em alguns momentos para temas variados, como a metodologia antropológica, a justiça social e a postura política, o foco principal sempre foi a capacidade de transformação da paisagem, através da descrição dos grupos humanos e de suas relações com a natureza que de fato deixaram marcas e impactos na paisagem atual.
Agradecimentos Referências BibliográficasAb’Saber, A. N. 2004. Amazônia: do discurso à Práxis. 2. ed. São Paulo: EDUSP.
Barreto, P., C. Souza Jr., R. Noguerón, A. Anderson, R. Salomão. 2006. Human pressure on the Brazilian Amazon forests. Belém: IMAZON; Washington: World Resources Institute.
Thomsen, J. Binladen, T. F. G. Higham, R. M. Yohe II, R. Parr, L. S. Cummings, E. Willerslev. 2008. DNA from pre-Clovis human coprolites in Oregon, North America. Science 320:786-789.
_____. 1987. Amazônia: a ilusão de um paraíso. Tradução de M.Y. Linhares. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: EDUSP.
Porro, A. 1995. O povo das águas: ensaios de etno-história amazônica. Petrópolis: Vozes. Roosevelt, A. C. 1987. Chiefdoms of Amazon and Orinoco, in Chiefdoms in the Americas. Editado por R. Drennan & C. A. Uribe, pp. 153-185. Lanham: University Press of America.
Quais são os fatores que favorecem a ocupação humana?Os Lugares que favorecem a presença humana são disputados, como proximidades de cursos d'água (córregos, rios e lagos), terrenos planos com solos férteis e climas amenos, as chamadas áreas de atração.
Quais os fatores humanos da ocupação territorial?Dentre os fatores sociais que são relevantes na configuração de certos padrões de ocupação humana, destacamos o parentesco, a problemática da posse e da propriedade da terra, o sistema de produção econômica, a presença ou não do Estado.
O que é a ocupação humana?O termo atividade foi definido como instrumento da profissão ou relacionado à ação dos sujeitos. Já o termo ocupação foi definido como fundamental para a organização da vida humana, considerando que as atividades fazem parte das ocupações humanas.
Que fatores naturais limitam a ocupação humana?Resposta. Vegetação densa,climas secos,montanhas altas,região muito fria,desertos e também regiões que ocorram catástrofes naturais com frequencia como incêndios,tornados e vulcões.
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