Como desaparecimento das abelhas pode interferir na produção de alimento para os seres humanos e outros animais?

Vital para a vida no Planeta, a polinização é o ato da transferência de células reprodutivas entre flores da mesma espécie. Este processo é fundamental para que as flores das plantas continuem a produzir sementes e frutos de qualidade.

Poucas plantas têm a capacidade de autopolinização, a grande maioria depende de agentes abióticos, como o vento e a chuva, ou agentes bióticos, como as abelhas e outros seres vivos que visitam flores como fonte de alimento ou por proximidade ao habitat natural.

Abelhas e outros agentes polinizadores

Além dos insetos, como as abelhas, que procuram néctar das flores, também outros animais podem ser agentes polarizadores ao transportarem as células reprodutivas entre flores. Entre os quais, estão seres vivos como as aves, alguns mamíferos e répteis.  

Na Europa, os polinizadores mais comuns são abelhas, borboletas, traças, vespas e alguns besouros. A espécie mais conhecida é a abelha ocidental doméstica, associada à produção de mel através da apicultura. No entanto, a Europa tem cerca de 2 mil espécies selvagens, cujo papel é complementado, mas não substituído, por estes polinizadores domesticados. A Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO) estima que 75% das espécies agrícolas cultivadas para alimentação global estão dependentes da polinização com a ajuda da abelha para a reprodução e manutenção da variabilidade genética.

Como desaparecimento das abelhas pode interferir na produção de alimento para os seres humanos e outros animais?

Nas últimas décadas, tem-se verificado um declínio na abundância e variedade dos insetos polinizadores selvagens na UE. O Parlamento Europeu alerta para o facto de cerca de um terço das populações de abelhas e borboletas estarem a desaparecer. Entre as ameaças mais frequentes estão as associadas à atividade humana:

Poluição ambiental: as alterações climáticas, que estão a provocar o aumento das temperaturas e eventos meteorológicos extremos, também contribuem para esta problemática.

Exploração agrícola intensiva: torna as paisagens homogéneas e pode levar ao desaparecimento da flora, reduzindo o número de alimentos ou os locais onde os pássaros podem fazer os seus ninhos. Os pesticidas e outros poluentes podem também afetar os polinizadores, diretamente (inseticidas e fungicidas) e indiretamente (herbicidas).

Espécies invasoras e doenças: espécies invasoras, como a vespa asiática e algumas doenças são particularmente perigosas para as abelhas.

Mudança na utilização dos solos: alterações na utilização dos solos para a agricultura ou para a construção de edifícios que resultam muitas vezes na perda ou degradação de habitats.

A diminuição de agentes polinizadores impacta o desenvolvimento de várias espécies de plantas que poderão mesmo desaparecer por dependerem destes animais, direta ou indiretamente. Esta alteração nas populações de polinizadores tem ainda impacto direto na segurança alimentar com perturbações nas pastagens agrícolas dependentes deste tipo de polinização. A preocupação com a proteção de animais polinizadores, como as abelhas, motivou a União Europeia a criar a EU Bee Partnership Prototype Platform que monitoriza a saúde destes seres vivos.

Como proteger as abelhas?

O apelo de proteção das abelhas insere-se no respeito pela biodiversidade do planeta Terra. Ainda assim, às dicas para proteger a biodiversidade, acrescentamos algumas ideias que promovem o bem-estar desta espécie polinizadora, em específico:

Não magoe as abelhas: proteja-se de ser picado, evitando interferir com a vida deste animal. Se tiver uma colmeia demasiado perto da sua casa, procure uma solução junto de um apicultor, antes de contactar um exterminador.

Prefira produtos de origem de agricultura sustentável: fique atento às práticas utilizadas para produzir os alimentos que compra e proteja o ambiente com uma alimentação sustentável.

Mantenha a harmonia (sem químicos): se tiver espaço, plante flores na varanda ou quintal e não use pesticidas ou herbicidas.

Tome nota! 

Sem agentes polinizadores como as abelhas, dificilmente iria encontrar na sua cozinha alimentos como feijão, maçãs, laranjas, nozes, entre outros. A proteção da espécie é fundamental para o futuro da humanidade e da biodiversidade. Conheça as iniciativas Missão Continente que apoiam a proteção do ambiente e da comunidade.

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Como o desaparecimento das abelhas pode prejudicar a produção de alimentos para os seres humanos e outros animais?

Como consequência, o desaparecimento das abelhas pode impedir ou reduzir drasticamente a reprodução de muitas espécies de plantas, levando ao desequilíbrio dos ecossistemas e a perda da biodiversidade. A produtividade agrícola também está em risco, podendo ocasionar forte impacto à economia global.

O que pode acontecer se as abelhas desaparecerem?

Por serem organismos sensíveis, elas sofrem com agricultura intensiva, defensivos agrícolas, poluição, introdução de espécies invasoras e alterações climáticas. Uma hipotética extinção das abelhas poderia levar o mundo a um colapso dos ecossistemas, com a agricultura e a cadeia alimentar inviabilizadas.

O que aconteceria ao ser humano se as abelhas fossem extintas do mundo?

Como alertava Einstein “se as abelhas desaparecerem da face da Terra, a humanidade terá apenas mais quatro anos de existência. Sem abelhas não há polinização, não há reprodução da flora, sem flora não há animais, sem animais, não haverá raça humana.”

Por que a morte de abelhas coloca em risco a produção de alimentos?

"A falta de abelhas provocaria um efeito em cascata: se não temos sementes, não temos pasto, flores, frutas, nem animais que se alimentam de frutas.