Com base no texto e nos conhecimentos sobre Aristóteles, é correto afirmar

1 – A felicidade é, portanto, a melhor, a mais nobre e a mais aprazível coisa do mundo, e esses atributos não devem estar separados como na inscrição existente em Delfos “das coisas, a mais nobre é a mais justa, e a melhor é a saúde; porém a mais doce é ter o que amamos”. Todos estes atributos estão presentes nas mais excelentes atividades, e entre essas a melhor, nós a identificamos como felicidade.

(ARISTÓTELES. A Política. São Paulo: Cia. das Letras, 2010).

Ao reconhecer na felicidade a reunião dos mais excelentes atributos, Aristóteles a identifica como:

(A) busca por bens materiais e títulos de nobreza.

(B) plenitude espiritual e ascese pessoal.

(C) finalidade das ações e condutas humanas.

(D) conhecimento de verdades imutáveis e perfeitas.

(E) expressão do sucesso individual e reconhecimento público.

Resposta: C

2 – (UEL 2005). “A busca da ética é a busca de um ‘fim’, a saber, o do homem. E o empreendimento humano como um todo, envolve a busca de um ‘fim’: ‘Toda arte e todo método, assim como toda ação e escolha, parece tender para um certo bem; por isto se tem dito, com acerto, que o bem é aquilo para que todas as coisas tendem’. Nesse passo inicial de a Ética a Nicômaco está delineado o pensamento fundamental da Ética. Toda atividade possui seu fim, ou em si mesma, ou em outra coisa, e o valor de cada atividade deriva da sua proximidade ou distância em relação ao seu próprio fim”.

(PAIXÃO, Márcio Petrocelli. O Problema da felicidade em Aristóteles: a passagem da ética à dianoética aristotélica no problema da felicidade. Rio de Janeiro: Pós-Moderno, 2002. p. 33-34.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a ética em Aristóteles, considere as afirmativas a seguir.

I – O “fim” último da ação humana consiste na felicidade alcançada mediante a aquisição de honrarias oriundas da vida política.

II – A ética é o estudo relativo à excelência ou à virtude própria do homem, isto é, do “fim” da vida humana.

III. Todas as coisas têm uma tendência para realizar algo, e nessa tendência encontramos seu valor, sua virtude, que é o “fim” de cada coisa.

IV – Uma ação virtuosa é aquela que está em acordo com o dever, independentemente dos seus “fins”.

Estão corretas apenas as afirmativas:

(A) I e IV.

(B) II e III.

(C) III e IV.

(D) I, II e III.

(E) I, II e IV.

Resposta: B

3 – Com base no texto e nos conhecimentos sobre a virtude em Aristóteles, assinale a alternativa correta:

(A) A virtude é o governo das paixões para cumprir uma tarefa ou função

(B) A virtude realiza-se no mundo das ideias.

(C) A virtude é a obediência aos preceitos divinos.

(D) A virtude é a justa medida de equilíbrio entre o excesso e a falta.

(E) A virtude tem como fundamento a utilidade da ação.

Resposta: D

4 – (ENEM 2016. 2ª. aplicação). Ninguém delibera sobre coisas que não podem ser de outro modo, nem sobre as que lhe é impossível fazer. Por conseguinte, como o conhecimento científico envolve demonstração, mas não há demonstração de coisas cujos primeiros princípios são variáveis (pois todas elas poderiam ser diferentemente), e como é impossível deliberar sobre coisas que são por necessidade, a sabedoria prática não pode ser ciência, nem arte; nem ciência, porque aquilo que se pode fazer é capaz de ser diferentemente, nem arte, porque o agir e o produzir são duas espécies diferentes de coisa. Resta, pois, a alternativa de ser ela uma capacidade verdadeira e raciocinada de agir com respeito às coisas que são boas ou más para o homem.

(ARISTÓTELES. Ética à Nicômaco. São Paulo: Abril Cultural, 1980).

Aristóteles considera a ética como pertencente ao campo do saber prático. Nesse sentido, ela difere-se dos outros saberes porque é caracterizada como

(A) conduta definida pela capacidade racional de escolha.

(B) capacidade de escolher de acordo com padrões científicos.

(C) conhecimento das coisas importantes para a vida do homem.

(D) técnica que tem como resultado a produção de boas ações.

(E) política estabelecida de acordo com padrões democráticos de deliberação.

Resposta: A

5 –  (UEL – 2004). “Uma vez que constituição significa o mesmo que governo, e o governo é o poder supremo em uma cidade, e o mando pode estar nas mãos de uma única pessoa, ou de poucas pessoas, ou da maioria, nos casos em que esta única pessoa, ou as poucas pessoas, ou a maioria, governam tendo em vista o bem comum, estas constituições devem ser forçosamente as corretas; ao contrário, constituem desvios os casos em que o governo é exercido com vistas ao próprio interesse da única pessoa, ou das poucas pessoas, ou da maioria, pois ou se deve dizer que os cidadãos não participam do governo da cidade, ou é necessário que eles realmente participem.”

(ARISTÓTELES. Política. Trad. de Mário da Gama Kury. 3.ed. Brasília: Editora UNB, 1997. p. 91.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre as formas de governo em Aristóteles, analise as afirmativas a seguir.

I. A democracia é uma forma de governo reta, ou seja, um governo que prioriza o exercício do poder em benefício do interesse comum.

II . A democracia faz parte das formas degeneradas de governo, entre as quais destacam-se a tirania e a oligarquia.

III. A democracia é uma forma de governo que desconsidera o bem de todos; antes, porém, visa a favorecer indevidamente os interesses dos mais pobres, reduzindo-se, desse modo, a uma acepção demagógica.

IV. A democracia é a forma de governo mais conveniente para as cidades gregas, justamente porque realiza o bem do Estado, que é o bem comum.

Estão corretas apenas as afirmativas:

(A)  I e III.

(B) I e IV.

(C) II e III.

(D) I, II e III.

(E) II, III e IV.

Resposta: C

6 – (UEL). “Toda cidade [polis], portanto, existe naturalmente, da mesma forma que as primeiras comunidades; aquela é o estágio final destas, pois a natureza de uma coisa é seu estágio final. (…) Estas considerações deixam claro que a cidade é uma criação natural, e que o homem é por natureza um animal social, e um homem que por natureza, e não por mero acidente, não fizesse parte de cidade alguma, seria desprezível ou estaria acima da humanidade.” 

(ARISTÓTELES. Política. 3. ed. Trad. De Mário da Gama Kuri. Brasília: Ed. Universidade de Brasília, 1997. p. 15.)

De acordo com o texto de Aristóteles, é correto afirmar que a polis:

(A)  É instituída por uma convenção entre os homens.

(B) Existe por natureza e é da natureza humana buscar a vida em sociedade.

(C) Passa a existir por um ato de vontade dos deuses, alheia à vontade humana.

(D) É estabelecida pela vontade arbitrária de um déspota.

(E) É fundada na razão, que estabelece as leis que a ordenam.

Resposta: B

7 – (UEM, 2016). “Portanto, quem possua a noção sem a experiência, e conheça o universal ignorando o particular nele contido, enganar-se-á muitas vezes no tratamento, porque o objeto da cura é, de preferência, o singular. No entanto, nós julgamos que há mais saber e conhecimento na arte do que na experiência, e consideramos os homens de arte mais sábios que os empíricos, visto a sabedoria acompanhar em todos, de preferência, o saber. Isto porque uns conhecem a causa, e os outros não. Com efeito, os empíricos sabem o ‘quê’, mas não o ‘porquê’; ao passo que os outros sabem o ‘porquê’ e a causa.

(ARISTÓTELES. Metafísica, livro I, cap. 1. Col. Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1979, p. 12).

A partir do texto citado, assinale o que for correto.

01) Segundo Aristóteles, o conhecimento do singular, adquirido pela experiência, não pode ser tomado como um conhecimento universal sobre algo determinado.
02) Segundo Aristóteles, o conhecimento do universal independe dos entes particulares ou singulares.
04) Segundo Aristóteles, conhecer algo é conhecer as suas causas e não apenas constatar “que” algo existe.
08) Segundo Aristóteles, os empíricos, ou pessoas que possuem um conhecimento calcado na experiência, conhecem o porquê e a causa das coisas.
16) Segundo Aristóteles, o conhecimento do sábio é superior ao do empírico porque engloba este, sem que isso signifique desprezo do conhecimento empírico ou das coisas particulares.

Resposta: 1 + 4 + 16 = 21.

8 – (UEM, 2016). “A noção de ‘voluntário’ não é tão clara como parece. Em sua Ética a Nicômaco, Aristóteles imagina o caso de um capitão de um navio que deve levar uma certa carga de um porto para outro. No meio da travessia despenca uma enorme tempestade. O capitão chega à conclusão de que só pode salvar o barco e a vida de seus tripulantes se jogar a carga pela borda para equilibrar a embarcação. De modo que ele a joga na água. Pois bem, ele a jogou porque quis? É evidente que sim, pois poderia não se ter livrado dela e arriscar-se a morrer. Mas é evidente que não, pois o que ele queria era levá-la até seu destino final, caso contrário teria ficado sossegado em casa, sem zarpar! De modo que a jogou querendo… mas sem querer. Não podemos dizer que a tenha jogado involuntariamente, nem que jogá-la fosse sua vontade. Às vezes poder-se-ia dizer que atuamos voluntariamente… contra a nossa vontade”.

(SAVATER, F. As perguntas da vida. In: ARANHA, M. L. de A. Filosofar com textos: temas e história da filosofia. São Paulo: Moderna, 2012, p. 206).

A partir do texto citado, assinale o que for correto.

01) Conforme o texto, podemos concluir que não existe ato involuntário, pois sempre fazemos o que desejamos.
02) Mesmo planejando bem uma ação, somos confrontados com situações em que a tomada de decisão exige algum critério maior, tal como, segundo o exemplo do texto, salvar vidas é mais importante do que levar a carga ao destino final.
04) O capitão do navio deve ser recriminado porque não fez um estudo prévio da ação que deveria empreender, sendo correto qualificá-lo como imprudente.
08) Conforme o texto, verifica-se que, mesmo diante de situações inesperadas, não devemos agir por impulso, mas ponderar qual a atitude mais razoável e adequada para a
circunstância.
16) Jogar a carga e a tripulação na água para salvar o navio foi uma atitude de desespero de alguém que se vê diante da morte.

Resposta: 2 + 8 = 10.

9 – Em tudo o que há de finalidade, é em vista disso que se executa o que vem antes e o que vem depois. Então, o modo como se produz algo é o mesmo em que surgem os seres naturais, e o modo como esses seres naturalmente vêm a ser é o mesmo em que se produz algo, se não houver impedimento. E se produz tendo uma finalidade; portanto, é também com uma finalidade que se dão os processos naturais. Por exemplo, se uma casa surgisse naturalmente, surgiria tal como agora é feita pela arte. Geralmente, a arte aperfeiçoa o que a natureza é incapaz de completar e a imita. Se, então, os produtos da arte têm finalidade, evidentemente também têm finalidade os seres naturais.”

(ARISTÓTELES, “Física”: in FIGUEIREDO, V. Filosofia: temas e percursos. São Paulo: Berlendiz & Vertecchia, 2013, p. 294).

A partir do texto acima, assinale o que for correto.

01) Para Aristóteles, o critério do bem agir é orientado pelo fim a que se deseja chegar.
02) As produções artísticas revelam o quanto a natureza é imperfeita.
04) Para Aristóteles, a natureza imita a arte.
08) Para Aristóteles, o agir conforme a natureza deve visar a alguma finalidade.
16) A produção dos entes naturais deve, necessariamente, obedecer aos processos naturais, sem intervenção de qualquer artifício.

Resposta: 01 + 08 + 16 = 25.

10 – (UEM, 2014). É pois com direito que a filosofia é também chamada a ciência da verdade: o fim da [ciência] especulativa é, com efeito, a verdade, e o da [ciência] prática, a ação; porque, se os práticos consideram o como, não consideram o eterno, mas o relativo e o presente. E nós não conhecemos o verdadeiro sem [conhecer] a causa.”

(ARISTÓTELES, Metafísica (L. II, cap. 1). Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1979, p. 39-40).

A partir do texto citado, assinale o que for correto.

01) Para Aristóteles, a verdade deve ser eterna e imutável.

02) Segundo Aristóteles, a filosofia é a única ciência verdadeira.

04) Conhecer a causa de uma ação é conhecer a sua verdade.

08) Para Aristóteles, a verdade de algo se conhece por meio das causas desse algo.

16) Para Aristóteles, a ciência prática volta suas atenções para como as coisas estão dispostas e não para as causas destas.

Resposta: 01 + 08 + 16 = 25.

11 – (UEM, 2015). “[…] quanto à excelência moral, ela é o produto do hábito. […] É evidente, portanto, que nenhuma das várias formas de excelência moral se constitui em nós por natureza, pois nada que existe por natureza pode ser alterado pelo hábito. […] Portanto, nem por natureza nem contrariamente à natureza a excelência moral é engendrada em nós, mas a natureza nos dá a capacidade de recebê-la, e esta capacidade se aperfeiçoa com o hábito”.

(ARISTÓTELES, Ética a Nicômaco in MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2007, p. 53).

A partir do texto citado, assinale o que for correto.

01) Segundo Aristóteles, alguém que nasce com falta de moralidade não poderá alterar essa condição de sua personalidade.

02) Segundo Aristóteles, o hábito significa a repetição de ações morais, com vista a seu aperfeiçoamento.

04) Segundo Aristóteles, as pessoas já nascem com excelências morais, isso é algo inato.

08) Segundo Aristóteles, a excelência moral é algo que os indivíduos podem ou não adquirir.

16) Segundo Aristóteles, todos os seres humanos possuem a capacidade de se aperfeiçoar moralmente.

Resposta: 02 + 08 + 16 = 26.

12 – (UEM, 2014). “É, pois, manifesto que a ciência a adquirir é a das causas primeiras (pois dizemos que conhecemos cada coisa somente quando julgamos conhecer a sua primeira causa); ora, causa diz-se em quatro sentidos: no primeiro, entendemos por causa a substância e a quididade (essência) (o ‘porquê’ reconduz-se pois a noção última, e o primeiro ‘porquê’ é causa e princípio); a segunda [causa] é a matéria e o sujeito; a terceira é a de onde [vem] o início do movimento; a quarta [causa], que se opõe à precedente, é o ‘fim para que’ e o bem (porque este é, com efeito, o fim de toda a geração e movimento).”

(ARISTÓTELES. Metafísica, livro I, cap. III. Coleção Os Pensadores, São Paulo: Abril Cultural, 1979, p. 16).

A partir do trecho citado e com base nos conhecimentos da filosofia de Aristóteles, assinale o que for correto.

01) As causas são os princípios dos seres.

02) Conforme o texto, só há uma única causa de todos os seres.

04) A terceira causa, também conhecida como gênese ou origem, opõe-se à quarta causa, que é a finalidade ou o fim de algo.

08) A matéria de algo é causa na medida em que não pode existir ser ou substância sem matéria.

16) O conhecimento verdadeiro de algo implica o conhecimento de suas causas.

Resposta: 01 + 04 + 08 + 16 = 29.

13 – (UEM, 2014). “A virtude é, pois, uma disposição de caráter relacionada com a escolha e consistente numa mediania, isto é, a mediania relativa a nós, a qual é determinada por um princípio racional próprio do homem dotado de sabedoria prática. E é um meio-termo entre dois vícios, um por excesso e outro por falta; pois que, enquanto os vícios ou vão muito longe ou ficam aquém do que é conveniente no tocante às ações e paixões, a virtude encontra e escolhe o meio-termo.”

(ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco, Livro II, cap. 6. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1979, p. 73).

A partir do trecho citado, assinale o que for correto.

01) A virtude é uma disposição decorrente de um raciocínio que busca um agir equilibrado ou moderado.

02) Os vícios são disposições que fogem à moderação, seja porque não atingem esse equilíbrio, seja porque o ultrapassam.

04) O meio-termo da ação virtuosa não é uma regra única e absoluta, mas deve ser considerada em relação ao indivíduo que age, por isso é uma mediania e não uma média.

08) A coragem é uma ação virtuosa que está a meio-termo entre os vícios da covardia e do destemor.

16) O meio-termo da ação virtuosa implica a concessão de algo e impede que o agente defenda, com contundência, seu ponto de vista.

Resposta: 01 + 02 + 04 + 08 = 15.

14 – (UEM, 2013).  “Pois bem, o que no passado e no presente foi sempre objeto de investigação e sempre objeto de dificuldades, o que é o ser, é isto: o que é a substância (quanto a isto, uns dizem que há uma única, outros que há mais do que uma e uns dizem que é em número limitado, outros que é em número ilimitado); por esta razão, nós devemos investigar, sobretudo, primeira e, por assim dizer, unicamente o que é o ser concebido deste modo”

(ARISTÓTELES. Metafísica, VII, 1028b2-7. In: FIGUEIREDO, V. Filósofos na sala de aula. V. 3, São Paulo: Berlendis & Vertecchia Editores, 2008, p. 14).

Com base no trecho citado e nos conhecimentos sobre o assunto, assinale o que for correto.

01) A investigação da noção de ser é um problema central para a reflexão filosófica.
02) A definição de substância de algo é, no limite, a definição do ser desse algo.
04) A substância não é alvo de estudos no presente, mas foi analisada pelos filósofos do passado.
08) O filósofo defende uma investigação da substância exclusivamente enquanto o ser de algo, aquilo que algo é.
16) A definição do que é algo, o seu ser, não se altera no tempo nem no espaço.

Resposta: 1 + 2 + 8 + 16 = 27.

15 – (UEL, 2017). 

Leia o texto a seguir.

Ao que parece, duas causas, e ambas naturais, geraram a poesia. O imitar é congênito no homem, e os homens se comprazem no imitado. Sinal disso é o que acontece na experiência: nós contemplamos com prazer as imagens mais exatas daquelas mesmas coisas que olhamos com repugnância, por exemplo, as representações de animais ferozes e de cadáveres. Causa é que o aprender não só muito apraz aos filósofos, mas também, igualmente, aos demais homens, se bem que menos participem dele. Efetivamente, tal é o motivo por que se deleitam perante as imagens: olhando-as aprendem e discorrem sobre o que seja cada uma delas, e dirão, por exemplo, “este é tal”. Porque, se suceder que alguém não tenha visto o original, nenhum prazer lhe advirá da imagem, como imitada, mas tão-somente da execução, da cor ou qualquer outra causa da mesma espécie.

(Adaptado de: ARISTÓTELES, Poética. Trad. Eudoro de Sousa. São Paulo: Abril Cultural, 1973. p.445. Os Pensadores.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a noção de imitação (mímesis) em Aristóteles, assinale a alternativa correta.

a) A pintura e a poesia retratam prazerosamente as coisas imitadas como mais belas do que são na realidade.

b) A pintura e a poesia são prazerosas quando retratam coisas agradáveis, já as imitações desagradáveis nenhum prazer causam nas pessoas.

c) Ao dizer “este é tal”, percebem-se a cor e as técnicas usadas pelo pintor, o que provoca uma sensação desagradável.

d) As imitações da poesia e da pintura causam prazer ao se reconhecer o retratado, mesmo que seja uma retratação de algo desagradável.

e) Diferentemente da pintura, a poesia surgiu via causas naturais, pois, nesta, a imitação é uma característica adquirida na experiência.

Resposta: D

16 – (UEL, 2015).

É pois manifesto que a ciência a adquirir é a das causas primeiras (pois dizemos que conhecemos cada coisa somente quando julgamos conhecer a sua primeira causa); ora, causa diz-se em quatro sentidos: no primeiro, entendemos por causa a substância e a essência (o “porquê” reconduz-se pois à noção última, e o primeiro “porquê” é causa e princípio); a segunda causa é a matéria e o sujeito; a terceira é a de onde vem o início do movimento; a quarta causa, que se opõe à precedente, é o “fim para que” e o bem (porque este é, com efeito, o fim de toda a geração e movimento).

(Adaptado de: ARISTÓTELES. Metafísica. Trad. de Vincenzo Cocco. São Paulo: Abril S. A. Cultural, 1984. p.16. (Coleção Os Pensadores.))

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, assinale a alternativa que indica, corretamente, a ordem em que Aristóteles apresentou as causas primeiras.

a) Causa final, causa eficiente, causa material e causa formal.

b) Causa formal, causa material, causa final e causa eficiente.

c) Causa formal, causa material, causa eficiente e causa final.

d) Causa material, causa formal, causa eficiente e causa final.

e) Causa material, causa formal, causa final e causa eficiente.

Resposta: C

17 – (ENEM, 2009).  Segundo Aristóteles, “na cidade com o melhor conjunto de normas e naquela dotada de homens absolutamente justos, os cidadãos não devem viver uma vida de trabalho trivial ou de negócios — esses tipos de vida são desprezíveis e incompatíveis com as qualidades morais —, tampouco devem ser agricultores os aspirantes à cidadania, pois o lazer é indispensável ao desenvolvimento das qualidades morais e à prática das atividades políticas”.

(VAN ACKER, T. Grécia. A vida cotidiana na cidade-Estado. São Paulo: Atual, 1994).

O trecho, retirado da obra Política, de Aristóteles, permite compreender que a cidadania:

a) possui uma dimensão histórica que deve ser criticada, pois é condenável que os políticos de qualquer época fiquem entregues à ociosidade, enquanto o resto dos cidadãos tem de trabalhar.

b) era entendida como uma dignidade própria dos grupos sociais superiores, fruto de uma concepção política profundamente hierarquizada da sociedade.

c)  estava vinculada, na Grécia Antiga, a uma percepção política democrática, que levava todos os habitantes da pólis a participarem da vida cívica.

d) tinha profundas conexões com a justiça, razão pela qual o tempo livre dos cidadãos deveria ser dedicado às atividades vinculadas aos tribunais.

e) vivida pelos atenienses era, de fato, restrita àqueles que se dedicavam à política e que tinham tempo para resolver os problemas da cidade.

Resposta: B

18 – (UNESP, 2017, segunda fase).  Sendo, pois, de duas espécies a virtude, intelectual e moral, a primeira gera-se e cresce graças ao ensino – por isso requer experiência e tempo –, enquanto a virtude moral é adquirida em resultado do hábito. Não é, pois, por natureza, que as virtudes se geram em nós. Adquirimo-las pelo exercício, como também sucede com as artes. As coisas que temos de aprender antes de poder fazê-las, aprendemo-las fazendo; por exemplo, os homens tornam-se arquitetos construindo e tocadores de lira tocando esse instrumento. Da mesma forma, tornamo-nos justos praticando atos justos, e assim com a temperança, a bravura etc.

(Aristóteles. Ética a Nicômaco, 1991. Adaptado.)

Responda como a concepção de Aristóteles sobre a origem das virtudes se diferencia de uma concepção inatista, para a qual as virtudes seriam anteriores à experiência pessoal. Explique a importância dessa concepção aristotélica no campo da educação.

Resposta (comentada pelo Uol Vestibular):

Sócrates foi o criador da ideia da autarquia moral do homem, postura que foi perpetuada por seu discípulo Platão e por grandes pensadores na história da filosofia, como Kant. A moral, para esses inatistas, seria uma estrutura constituinte da consciência humana, sendo necessário apenas despertá-la na criatura. Para Aristóteles, a moral é uma aquisição humana possível pela vivência e pelo exercício. É evidente que para os racionalistas (sinônimo de inatistas, nesse caso) a educação é fundamental para despertar a latente consciência moral do homem, mas para Aristóteles, a educação será a única via e possibilidade de formar a moralidade no indivíduo, pelo exercício da transmissão, via instituições como família e escola.

19 – (UEM, 2012).  Aristóteles, acerca do cidadão, afirma: “Em nada se define mais o cidadão, em sentido pleno, do que no participar das decisões judiciais e dos cargos de governo. Desses, uns são limitados no tempo, de modo a não ser possível jamais a um cidadão exercer duas vezes seguidas o mesmo cargo, mas apenas depois de um intervalo definido. […] Consideramos cidadão o que assim pode participar, como membro, (quer da assembleia quer da judicatura)”.

(ARISTÓTELES, Política. In: Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED-PR, 2009, p. 76).

Esse conceito clássico de cidadania ainda é aplicável aos nossos dias. Com base no texto, é correto afirmar que

01) nas ditaduras, quando a população não pode participar das decisões políticas, não há cidadania plena.
02) recusar-se a tomar parte nas decisões políticas não é um direito, mas uma afronta à cidadania.
04) a cidadania é uma concessão dos governantes ao povo.
08) não há cidadania plena quando a população não tem como acessar às instituições públicas, como participar delas.
16) a cidadania se resume à democracia, que é o direito de escolher os governantes.

Resposta: 1 + 2 + 8 = 11.

20 – (UEL, 2007). Todos os homens, por natureza, desejam conhecer. Sinal disso é o prazer que nos proporcionam os nossos sentidos; pois, ainda que não levemos em conta a sua utilidade, são estimados por si mesmos; e, acima de todos os outros, o sentido da visão”. Mais adiante, Aristóteles afirma: “Por outro lado, não identificamos nenhum dos sentidos com a Sabedoria, se bem que eles nos proporcionem o conhecimento mais fidedigno do particular. Não nos dizem, contudo, o porquê de coisa alguma”. 

Fonte: ARISTÓTELES, Metafísica. Tradução de Leonel Vallandro. Porto Alegre: Globo, 1969, p. 36 e 38. 

Com base nos textos acima e nos conhecimentos sobre a metafísica de Aristóteles, considere as afirmativas a seguir. 

I. Para Aristóteles, o desejo de conhecer é inato ao homem. 
II. O desejo de adquirir sabedoria em sentido pleno representa a busca do conhecimento em mais alto grau. 
III. O grau mais alto de conhecimento manifesta-se no prazer que sentimos em utilizar nossos sentidos. 
IV. Para Aristóteles, a sabedoria é a ciência das causas particulares que produzem os eventos. 

A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é: 

a) I e II 
b) II e IV 
c) I, II e III 
d) I, III e IV 
e) II, III e IV 

Resposta: A.

21 –  Na concepção de Aristóteles:

As ciências teoréticas investigam os princípios e as causas de seres ou coisas que existem independentemente da vontade e da ação humana e cujo curso se desenvolve naturalmente e por si mesmo, sem nenhuma participação dos homens.

Marilena Chauí. Introdução à história da filosofia: dos pré-socráticos a Aristóteles.

 Sendo assim, podemos afirmar:

a) O saber derivado das ciências teoréticas é um conhecimento parcial, pois oferece uma perspectiva que permite conhecer a finalidade de cada coisa sem conhecer a participação da parte no todo.

b) O saber derivado das ciências teoréticas é um conhecimento que decorre da relação dos princípios e as causas de seres ou coisas.

c) O saber derivado das ciências teoréticas é um conhecimento somente físico, pois investiga os princípios e as causas das coisas que existem no mundo da experiência.

d) O saber derivado das ciências teoréticas é um conhecimento superior, pois oferece uma perspectiva que permite conhecer a finalidade de cada coisa e como cada coisa em particular participa da estrutura do todo.

e) O saber derivado das ciências teoréticas é um conhecimento prático, pois permite conhecer a matéria da qual as coisas são feitas.

 Resposta: D.

22 – (ENEM, 2017).  Se, pois, para as coisas que fazemos existe um fim que desejamos por ele mesmo e tudo o mais é desejado no interesse desse fim; evidentemente tal fim será o bem, ou antes, o sumo bem. Mas não terá o conhecimento, porventura, grande influência sobre essa vida? Se assim é, esforcemo-nos por determinar, ainda que em linhas gerais apenas, o que seja ele e de qual das ciências ou faculdades constitui o objeto. Ninguém duvidará de que o seu estudo pertença à arte mais prestigiosa e que mais verdadeiramente se pode chamar a arte mestra. Ora, a política mostra ser dessa natureza, pois é ela que determina quais as ciências que devem ser estudadas num Estado, quais são as que cada cidadão deve aprender, e até que ponto; e vemos que até as faculdades tidas em maior apreço, como a estratégia, a economia e a retórica, estão sujeitas a ela. Ora, como a política utiliza as demais ciências e, por outro lado, legisla sobre o que devemos e o que não devemos fazer, a finalidade dessa ciência deve abranger as das outras, de modo que essa finalidade será o bem humano.

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. ln: Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1991 (adaptado).

Para Aristóteles, a relação entre o sumo bem e a organização da pólis pressupõe que

a) o bem dos indivíduos consiste em cada um perseguir seus interesses.

b) o sumo bem é dado pela fé de que os deuses são os portadores da verdade.

c) a política é a ciência que precede todas as demais na organização da cidade.

d) a educação visa formar a consciência de cada pessoa para agir corretamente.

e) a democracia protege as atividades políticas necessárias para o bem comum.

Resposta: C.

23 – Recusando a saída oferecida pelo seu antigo mestre Platão, [Aristóteles] estabelece uma nova forma de conceber a realidade. A antiga dualidade ontológica platônica é abandonada, e em seu lugar é colocada a realidade em que vivemos. Para Aristóteles, qualquer investigação filosófica deve ter o mundo da experiência como apoio para suas especulações, ou seja, não há separação objetiva entre um nível das ideias e um nível das coisas sensíveis.

Com base no texto afirma, assinale uma única alternativa correta:

a) Para Aristóteles a alma racional possui uma independência em relação ao corpo.

b) De acordo com a visão aristotélica matéria e forma são inseparáveis.

c) Segundo Aristóteles a noção de “ser” é diferente da ideia de “substância”.

d) Aristóteles afirma a superioridade do plano inteligível em relação à realidade sensível.

e) O ser não é múltiplo, mas sim uno.

Resposta:  B.

24 – (UEM, 2018). Na Ética a Nicômaco Aristóteles investiga o gênero ao qual poderíamos identificar as virtudes, se como paixões, ou como faculdades ou ainda como disposição de caráter.

A propósito dessa discussão sobre a virtude no pensamento de Aristóteles, assinale o que for correto.

01) Aristóteles entende as paixões como aqueles sentimentos acompanhados de prazer ou de dor.
02) As virtudes não podem ser entendidas como paixões, uma vez que são modalidade de escolhas ou envolvem a escolha, pois não escolhemos sentir, por exemplo, cólera ou medo.
04) Não somos bons ou maus por nossas paixões, mas por nossas virtudes ou vícios.
08) Como ocorre no âmbito das paixões, a virtude é movida para determinada ação.
16) Para Aristóteles, o estudo da virtude está vinculado com a vida do cidadão na polis (cidade), pois o homem virtuoso será bom cidadão.

Resposta: 1 + 2 + 4 + 16 = 23.

25 – (UEM, 2018). “O conhecimento científico, então, é a disposição graças à qual podemos fazer demonstrações […], o discernimento não pode ser conhecimento científico nem arte. Ele não pode ser ciência porque aquilo que se refere às ações admite variações, nem arte, porque agir e fazer são coisas de espécies diferentes.” (ARISTÓTELES, Ética a Nicômaco [1139b25–1140a20]. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1985).

Com base no fragmento transcrito, assinale o que for correto.

01) O objeto da ciência para Aristóteles necessariamente é.
02) A arte diz respeito aos aspectos contingentes do individual.
04) Uma pessoa tem discernimento quando é capaz de deliberar bem.
08) Para Aristóteles, a arte não pode ser considerada uma forma de conhecimento.
16) A arte é uma disposição relacionada com o fazer.

Resposta: 1 + 2 + 4 + 16 = 23.

26 – (UEM, 2017). “Por natureza, todos os homens desejam o conhecimento. […] a ciência que investiga causas é mais instrutiva do que uma que não o faz, pois é aquela que nos diz as causas de qualquer coisa particular que nos instrui. Ademais, o conhecimento e o entendimento desejáveis por si mesmos são mais alcançáveis no conhecimento daquilo que é mais cognoscível. Pois o homem que deseja o conhecimento por si mesmo vai desejar sobretudo o conhecimento mais perfeito, que é o conhecimento do mais cognoscível, e as coisas mais cognoscíveis são os princípios e causas primeiros; porque é através e a partir destas que outras coisas vêm a ser compreendidas.” (ARISTÓTELES, Metafísica – livro I. In: MARCONDES, D. Textos básicos de Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2012, p. 46-51).

A partir do texto citado, assinale o que for correto.

01) As coisas cognoscíveis não podem ser conhecidas pelo ser humano.
02) O homem deseja o conhecimento mais perfeito, e isso só é possível pela ciência que investiga as causas.
04) A ciência que investiga a causa das coisas e a ciência dos princípios das coisas são contraditórias.
08) O conhecimento não é natural nos seres humanos, mas um desejo que alguns têm, e outros, não.
16) O conhecimento científico fundamenta-se no conhecimento das causas e dos princípios das coisas.

Respostas: 2 + 16 = 18.

27 – “Devemos considerar agora o que é a virtude. Visto que na alma se encontram três espécies de coisas – paixões, faculdades e disposições de caráter –, a virtude deve pertencer a uma destas.” (ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Abril Cultural, p. 54, 1979).

A partir do fragmento acima e de conhecimentos sobre a ética aristotélica, assinale o que for correto.

01) Para Aristóteles, o homem virtuoso será o bom cidadão, ou seja, aquele que vive sob as normas da justiça.

02) A virtude, para Aristóteles, é a equidistância entre dois vícios, um por excesso, outro por falta.

04) Segundo Aristóteles, somos chamados bons e maus pelas nossas paixões, quando agimos, por exemplo, tomados pela ira.

08) A virtude é uma modalidade de escolha ou envolve algum tipo de escolha.

16) Segundo Aristóteles, somos virtuosos pelas nossas faculdades, entendidas como capacidades que temos de sentir emoções.

Resposta: 1 + 2 + 8 = 11.

28 – (UEL, 2018). Alguns julgam que a grandeza de uma cidade depende do número dos seus habitantes, quando o que importa é prestar atenção à capacidade, mais do que ao número de habitantes, visto que uma cidade tem uma obra a realizar. [. . . ] A cidade melhor é, necessariamente, aquela em que existe uma quantidade de população suficiente para viver bem numa comunidade política. […] resulta evidente, pois, que o limite populacional perfeito é aquele que não excede a quantidade necessária de indivíduos para realizar uma vida auto-suficiente comum a todos. Fica, assim, determinada a questão relativa à grandeza da cidade.

(ARISTÓTELES, Política, 1326b6-25. Edição bilíngue. Tradução e notas de António C. Amaral e Carlos C. Gomes. Lisboa: Vega, 1998. p. 495- 499.)

Com base no texto e considerando o papel da cidade estado (pólis) no pensamento ético-político de Aristóteles, assinale a alternativa correta.

a) As dimensões da pólis determinam a qualidade de seu governo: quanto mais cidadãos, maior e melhor será a sua participação política.

b) A pólis não é natural, por isso é importante organizá-la bem em tamanho e quantidade de cidadãos para que a sociedade seja autossuficiente.

c) O ser humano, por ser autossuficiente, pode prescindir da pólis, pois o bem viver depende mais do indivíduo que da sociedade.

d) A pólis realiza a própria obra quando possui um número suficiente de cidadãos que possibilite o bem viver.

e) O ser humano, como animal político, tende a realizar-se na pólis, mesmo que esta possua quantidade excessiva de cidadãos.

Resposta: D.

29 – Diante da indagação sobre o que é o ser, Aristóteles, inicialmente, examina as respostas oferecidas pelos filósofos anteriores. Para os filósofos da physis (os pré-socráticos), existem somente substâncias sensíveis. Para Platão, temos somente as substâncias inteligíveis.

Tomando como base o texto acima, e de acordo com os seus conhecimentos da metafísica de Aristóteles, assinale a alternativa INCORRETA:

a) Não há separação entre o nível das ideias e o nível das coisas sensíveis.

b) A substância também diz respeito à matéria de que se formam os corpos.

c) Sozinha, a matéria é potencialidade indeterminada.

d) A forma não pode ser concebida como algo fora deste mundo.

e) Quando Aristóteles fala das “formas” e “substâncias” das coisas, ele se refere somente a organismos vivos.

Resposta: E.

30 – (UEM, 2019). “Vemos que toda cidade é uma espécie de comunidade, e toda comunidade se forma com vistas a algum bem, pois todas as ações de todos os homens são praticadas com vistas ao que lhes parece um bem; se todas as comunidades visam a algum bem, é evidente que a mais importante de todas elas e que inclui todas as outras tem mais que todas este objetivo e visa ao mais importante de todos os bens; ela se chama cidade e é a comunidade política.” (ARISTÓTELES. Política. Livro I, cap. 1, 1252a. Trad. Mário da Gama Kury. Brasília: Editora da UNB, 1985). Com base no texto acima e no pensamento político de Aristóteles, assinale o que for correto.

01) O bem próprio almejado pela comunidade política é o bem soberano.

02) O homem é um animal político por natureza, isto é, é de sua natureza buscar a vida em comunidade.

04) A comunidade política se distingue da família e da aldeia (vida social) pelo tipo de poder próprio a cada uma delas.

08) Para Aristóteles, o tema da felicidade humana não faz parte da reflexão específica da comunidade política.

16) O Estado (politeia) está sujeito ao perecimento, à corrupção e, por isso, para cada regime político há o seu contrário.

Resposta: 1 + 2 + 4 + 16 = 23.

31 – (UEM, 2019). A lógica aristotélica está baseada nos princípios de identidade, de não contradição e do terceiro excluído. Esses princípios sustentam as relações possíveis entre proposições descritas no diagrama denominado “quadrado de oposições”. Acerca dos princípios da lógica aristotélica, assinale o que for correto.

01) As proposições “alguns seres humanos são corajosos” e “alguns seres humanos não são corajosos” podem ser ambas falsas ou verdadeiras.

02) Proposições que dizem respeito a estados de coisas futuros, como “se chover amanhã, eu levarei um guarda-chuva”, não podem ser nem verdadeiras nem falsas.

04) Se a proposição “algumas árvores não dão frutos” é verdadeira, a proposição “todas as árvores dão frutos” é falsa.

08) Juízos universais, como “todo triângulo tem três lados” e “nenhum mamífero põe ovos”, são necessariamente verdadeiros.

16) O raciocínio: “todas as leis são criadas pelo Estado; portanto, a lei da gravidade foi criada pelo Estado”, é uma falácia, pois viola o princípio de identidade.

Resposta: 4 + 16 = 20.

32 – (UEL, 2020).

Leia o texto a seguir.

[…] a arte imita a natureza [. . . ] Em geral a arte perfaz certas coisas que a natureza é incapaz de elaborar e a imita. Assim, se as coisas que são conforme a arte são em vistas de algo, evidentemente também o são as coisas conforme à natureza.

ARISTÓTELES, Física I e II. 194 a20; 199 a13-18. Tradução adaptada de Lucas Angioni. Campinas: IFCH/UNICAMP, 1999. p.47; 58.

Com base no texto e nos conhecimentos sobre mímesis (imitação) em Aristóteles, assinale a alternativa correta.

a) O artista deve copiar a natureza, retirando suas imperfeições ao imitá-la com base no modelo que nunca muda.

b) O procedimento do artista resulta em imitar a natureza de maneira realista, típica do naturalismo grego.

c) A arte, distinta da natureza, produz imitações desta, mas são criações sem finalidade ou utilidade.

d) A arte completa a natureza por ser a capacidade humana para criar e produzir o que a natureza não produz.

e) A arte produz o prazer em vista de um fim, e a natureza gera em vista do que é útil.

Resposta: D.

33 – (UEM, 2019). “O que chamamos aqui saber é conhecer por meio da demonstração. Por demonstração entendo o silogismo científico e chamo científico um silogismo cuja posse constitui para nós a ciência [….]; é necessário também que a ciência demonstrativa parta de premissas que sejam verdadeiras, primeiras, imediatas, mais conhecidas que a conclusão, anteriores a ela e causa dela. [….] Um silogismo pode seguramente existir sem essas condições, mas não será uma demonstração, não será produtor de ciência.”

(ARISTÓTELES. Segundos analíticos. In CHAUÍ, M. et alii. Primeira filosofia. Lições introdutórias. São Paulo: Brasiliense, 1987, p. 183 e 184).

Considerando o texto transcrito e conhecimentos da filosofia de Aristóteles, assinale o que for correto.

01) O que se caracteriza como teoria do conhecimento para Aristóteles está estritamente vinculado à lógica.

02) O silogismo se caracteriza pela extração de conhecimentos particulares de outros conhecimentos mais gerais e anteriores.

04) A dedução é a característica básica da concepção aristotélica de ciência.

08) O saber obtido através do raciocínio dedutivo não parte de um conhecimento preexistente.

16) Para Aristóteles silogismo científico é “mediato e necessário”.

Resposta: 1 + 2 + 4 + 16.

34 – (SEE-SP, 2013). 

A charge acima se refere com humor à estrutura do silogismo aristotélico, com um tipo de argumento

a) dedutivo válido e correto.

b)  indutivo correto.

c) dedutivo válido e incorreto.

d) indutivo inválido.

e) dedutivo inválido.

Resposta: E.

35 – (SEE-SP, 2013). Com relação às características do conceito de excelência moral, segundo o Livro II da Ética a Nicômaco, de Aristóteles, analise as afirmativas a seguir.

I. A excelência moral é adquirida como produto do hábito, que aperfeiçoa a capacidade natural humana de receber e desenvolver a virtude.

II. A excelência moral diz respeito a paixões e ações, acompanhadas de prazer ou dor, exigindo uma disposição de caráter para evitar os extremos.

III. A excelência moral é uma virtude dianoética, pois envolve o poder racional de decidir sobre o necessário e universal conforme a natureza.

Assinale:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.

(B) se somente as afirmativa II e III estiverem corretas.

(C) se somente a afirmativa II estiver correta.

(D) se somente as afirmativa I e II estiverem corretas.

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Resposta: D.

36 – (SEE-SP). Na gravura a seguir, lê-se, à esquerda, o “vício” com a inscrição respectiva: “superabundância ou muito”; ao centro, a “virtude” com a inscrição respectiva: “o meio está aqui”; à direita, sem identificação legível acima da figura, a inscrição respectiva: “carência ou pouco”.

 

(//publishing.cdlib.org/ucpressebooks/view?docId=ft4m3nb2n4;chunk.id=0;
doc.view=print)

O professor utiliza a imagem acima no contexto da explicação da noção aristotélica de meio termo, informando aos alunos que foi retirada da tradução manuscrita da Ética a Nicômaco, de Aristóteles. As alternativas a seguir identificam corretamente características da noção aristotélica de virtude como meio termo, à exceção de uma. Assinale-a.

(A) A ideia da virtude como meio termo é apresentada textualmente, pela inscrição característica, e visualmente, pela disposição espacial no ponto mediano da figura.

(B) A posição central, vertical e ereta da virtude mostra a função de estabilização entre excesso e carência que a ideia de meio termo desempenha.

(C) O tamanho proporcional das figuras mostra que a virtude é um valor mediano que decresce do vício mais danoso, um gigante, ao menos danoso, um anão.

(D) Texto e imagem transmitem a ideia de que os vícios ou vão muito longe, como “superabundância ou muito”, ou ficam aquém, como “carência ou pouco”.

(E) Os conceitos de virtude e de vício e a oposição que guardam entre si são expressos na imagem através da escala, da posição e dos gestos das figuras.

Resposta: C.

Qual é a afirmação de Aristóteles sobre o conhecimento?

Para Aristóteles, todo conhecimento principia com os sentidos ou as sensações (aisthesis), de maneira que não há “nada no intelecto que não estivesse antes nos sentidos”: a sensação, portanto, não é o engano ou a mentira, como dizia Platão.

Em que se baseia a filosofia de Aristóteles?

Segundo Aristóteles, a filosofia é essencialmente teorética: deve decifrar o enigma do universo, em face do qual a atitude inicial do espírito é o assombro do mistério. O seu problema fundamental é o problema do ser, não o problema da vida.

Quais são as principais ideias de Aristóteles Brainly?

Quais são as principais ideias de Aristóteles?.
Lógica;.
Metafísica;.
Ética;.
Política..

Quais os tipos de conhecimentos propostos por Aristóteles?

Aristóteles diz que existem seis formas ou grau de conhecimento: sensação, percepção, imaginação, memória, raciocínio e intuição.

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