O zero absoluto é o limite inferior de temperatura na natureza, que corresponde à menor temperatura possível a ser atingida e equivale a – 273,15 °C ou 0 K. Deve-se lembrar que não há um limite superior de temperatura, e a existência de temperaturas de valores extremamente elevados é totalmente possível. A temperatura do núcleo do Sol, por exemplo, é de aproximadamente 15 milhões de graus Celsius.
A definição do zero absoluto foi feita por William Thompson, conhecido como Lord Kelvin. O cientista percebeu que, quando um gás sofre um resfriamento isovolumétrico (com volume constante) de 0 °C para – 1 °C, a pressão era diminuída cerca de 1/273 do valor inicial. Portanto, Lord Kelvin entendeu que, ao levar a temperatura do gás até cerca de – 273 °C, a pressão deveria diminuir ao máximo e, por consequência, o movimento das partículas que compõem o gás cessaria. Para essa temperatura, o cientista determinou o valor 0 K, temperatura na qual a agitação molecular é interrompida.
Atingindo o zero absoluto
Durante muito tempo, a temperatura que corresponde ao zero absoluto foi considerada inatingível. Entretanto, cientistas da Universidade Ludwig Maximilian, na Alemanha, conseguiram provar que essa temperatura pode ser atingida e até ultrapassada. Isso pode ser realizado por meio de um gás superfrio feito com átomos de potássio. Além de desenvolver o estudo de materiais quânticos, esse gás comporta-se como energia escura e pode ajudar a ciência a compreender a origem e a evolução do universo.
Efeitos do superesfriamento
Quando objetos atingem temperaturas muito baixas, próximas do zero absoluto, ficam basicamente submetidos a três efeitos:
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Supercondutividade: O material passa a apresentar resistência elétrica praticamente nula.
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Superfluidez: Movimento livre de um fluido, que pode até subir pelas paredes de um recipiente, desafiando a força da gravidade.
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Condensação de Bose-Einstein: O condensado de Bose-Einstein é um estado físico da matéria em que um corpo formado por diversas partículas atuaria como um átomo único.
Por Joab Silas
Graduado em Física
O movimento das partículas que constituem a matéria não é ordenado, é caótico (aleatório) e é chamado de agitação molecular. A medida do grau de agitação das moléculas é determinada por uma grandeza denominada temperatura. Temos que quanto maior for o grau de agitação das moléculas maior será a temperatura do corpo.
Existem, oficialmente, três escalas termométricas:
A escala Absoluta O físico inglês Willian Thomson (1824-1907), mais conhecido pelo seu título de nobreza, Lord Kelvin, foi quem estabeleceu pela primeira vez a existência teórica de uma situação na qual as partículas da matéria estariam totalmente desprovidas de energia e, portanto, estariam paradas.A essa situação teórica, que se sabe atualmente ser inalcançável na prática, se deu o nome de zero absoluto e associou a ela a temperatura igual a zero. Por esse motivo, a escala kelvin é denominada de escala absoluta. O kelvin é a escala fundamental da temperatura termodinâmica, e seus instrumentos de medidas (termômetros) estão, normalmente, graduados com os pontos de fusão do gelo a 273 K e o ponto de ebulição da água a 373 K, considerando as condições normais de pressão.
As escalas relativas A escala Celsius, a mais utilizada na prática, tem unidade (tamanho de cada divisão da escala) igual ao kelvin, sendo denominada grau Celsius (ºC). Porém, nessa escala adota-se a temperatura de 0º C, como sendo a temperatura de fusão do gelo. Consequentemente, a temperatura de ebulição da água corresponde a 100º C, pois entre o ponto de fusão do gelo (273 K) e o ponto de ebulição da água (373 K), existem 100 kelvins e, portanto, 100 graus Celsius. Assim, a conversão entre as escalas kelvin e Celsius é dada pela equação: TK = Tc + 273 Ou seja, os valores entre as duas escalas estão separados por 273 unidades. Outra escala de uso comum, principalmente nos países de língua inglesa, é a escala Fahrenheit, na qual o valor 32 corresponde ao ponto de fusão do gelo e o valor 212, ao ponto de ebulição da água, sob condições normais de pressão. O intervalo entre as duas temperaturas é dividido em 180 partes, cada uma constitui uma unidade dessa escala, denominada grau Fahrenheit. A relação entre as escalas kelvin, Celsius e Fahrenheit é dada pela equação: Onde: TC é a temperatura na escala Celsius TF é a temperatura na escala FahrenheitTK é a temperatura na escala kelvin.
Publicado por Marina Cabral
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O Calor é a energia transferida de um corpo para o outro quando existe diferença de temperatura. Já temperatura é a medida de agitação das moléculas. Por exemplo: ao colocarmos gelo no suco, as moléculas do suco estão mais agitadas do que as do gelo. Por isso dizemos que a temperatura do suco é maior que a do gelo ou que o suco é mais quente que o gelo. Quando colocamos eles em contato ocorre transferência de energia. Consequentemente, o gelo esquenta e o suco esfria.
Como medir a temperatura
Quando dois ou mais corpos atingem a mesma temperatura dizemos que eles estão em equilíbrio térmico. Podemos então comparar estes objetos para fazer medidas. É assim que funciona o termômetro. O líquido dentro dele (geralmente mercúrio) entra em equilíbrio térmico com o que queremos medir e se dilata. Mas, quais serão as unidades de medida?
A Escala Celsius
A água é o elemento mais importante para a vida na terra. A escala Celsius possui o ponto zero na temperatura que a água congela e 100 na temperatura que a água ferve. As medidas então são feitas em graus Celsius (°C).
A Escala Fahrenheit
Daniel Gabriel Fahrenheit escolheu como ponto zero, a temperatura de congelamento de uma mistura de água e sal e o ponto máximo (96) a temperatura de um homem sadio. Desta forma o congelamento da água pura ocorre em 32° Fahrenheit (F) e a ebulição em 212°F.
A Escala Kelvin
William Tomson (conhecido como Lord Kelvin) estudando o comportamento do gases, descobriu a menor temperatura que um corpo poderia atingir, que seria equivalente a -273°C. A partir daí determinou o ponto zero de sua escala. Criou assim o que chamamos de escala absoluta, pois utiliza um fenômeno universal como referência. Nela a água congela em 273 Kelvin (K) e ferve a 373 K - repare que não utilizamos graus, pois esta é a escala absoluta e não uma comparação entre fenômenos como as outras escalas.
Escalas termométricas: Kelvin, Fahrenheit e Celsius. Ilustração: Designua / Shutterstock.com
Conversão de Escalas termonétricas
Veja abaixo quais são os procedimentos para converter uma temperatura de qualquer escala para outra.
A diferença entre as escalas Celsius (C) e Kelvin (K) é simplesmente o ponto 0. Assim para fazermos a conversão basta somar 273:
Ex: Converta 37°C para a escala Kelvin.
K = C + 273 C = 37°C K = 37 + 273
K = 310K
Ex: Converta 250K para Celsius.
K = C + 273 250 = C + 273 -C = 273-250 -C = 23ºC
C = -23ºC
Celsius para Fahrenheit, Fahrenheit para Celsius
Observando a figura vemos que a diferença entre os pontos de fusão e de ebulição da água representam a mesma variação de temperatura. Logo:
Simplificando, temos:
ou
Ex: Converta 37°C para a escala Farenheit.
Ex.: Converta 95°F para a escala Celsius:
Kelvin para Fahrenheit, Fahrenheit para Kelvin
Para converter da escala Kelvin para Fahrenheit, podemos converter de Celsius para Kelvin e então para Farenheit ou usar a fórmula:
Conclusão
Para convertermos valores de temperaturas de uma escala para outra, basta colocarmos na fórmula o valor conhecido e calcularmos a incógnita sabendo que:
C = Temperatura em Graus Celsius (°C) F = Temperatura em Graus Fahrenheit (°F)
K = Temperatura em Kelvin (K)
Leia mais:
Fontes: Apresentação sobre Escalas Termométricas (PUC - SP)
//www.slideboom.com/presentations/83791/Escalas-Termom%C3%A9tricas-apresenta%C3%A7%C3%A3o
Site da Universidade Federal do Rio Grande do Sul: //cref.if.ufrgs.br/
Bibliografia:
Ramalho, Francisco; Ferraro, Nicolau Gilberto; Toledo, Paulo Antônio de. Os Fundamentos da Física Vol. 2. Editora Moderna.