Sobre a utilização de agulhas e de escalpes em coleta de amostras de sangue, considere as informações a seguir: 1. vários tipos de agulhas podem ser utilizados para a coleta de amostras de sangue. elas podem ter o bisel bifacetado ou trifacetado e, ainda,

  • Fazer uma inspeção preliminar (não estéril) para identificar uma veia adequada: aplicar o torniquete, pedir que o paciente feche o punho e palpar usando o dedo indicador para localizar uma veia de grande calibre que não é móvel e tenha bom turgor.

  • Para ajudar a distender e localizar as veias, percutir um local potencial com as pontas dos dedos. Isso pode ajudar a suspender o braço, aumentando a pressão venosa. Utilizar um dispositivo localizador de veias se uma veia adequada não é prontamente vista ou palpada.

  • Após identificar um local de canulação adequado, remover o torniquete.

  • Aplicar anestésico tópico, se estiver sendo utilizado, e aguardar tempo suficiente para que tenha efeito (p. ex., 1 a 2 minutos para injetor de gás, 30 minutos para tópico).

  • Limpar a pele local com solução antisséptica, começando no local de inserção da agulha e fazendo vários círculos que se expandem para fora.

  • Esperar a solução antisséptica secar completamente. Se iodopovidona é aplicada, limpar com álcool e deixar secar.

    Se sangue é coletado para hemoculturas, limpar vigorosamente o local com álcool por 30 segundos, deixar o álcool secar e, em seguida, esfregar em círculos que se expandem para fora e sobrepõem-se usando clorexidina ou iodopovidona. Esperar o antisséptico ter efeito (1 minuto para clorexidina ou 1,5 a 2 minutos para iodo). Remover a iodopovidona com álcool e deixar o álcool secar. Para crianças, limpar o local 3 vezes usando apenas álcool. Depois disso, não tocar a pele local com qualquer item não estéril.

Tentar acessar a veia de forma eficiente e coletar a amostra de sangue em 30 segundos após a inserção do torniquete. Não deixar o torniquete no local por > 1 minuto.

  • Reaplicar o torniquete proximalmente ao local de inserção selecionado. Não pedir que o paciente feche o punho ou suspenda o braço durante a coleta de sangue, porque essas manobras podem causar vários valores laboratoriais errôneos (p. ex., aumento dos níveis de potássio, lactato, fosfato).

  • Palpar com o dedo enluvado para localizar o centro da veia alvo.

  • Aplicar uma leve tração à porção distal da veia usando o polegar da mão não dominante para impedir que a veia se mova. Pode não ser necessária tração para veias maiores do antebraço ou fossa cubital.

  • Informar ao paciente que a picada da agulha está prestes a acontecer.

  • Inserir a agulha proximalmente (i.e., na direção do fluxo sanguíneo venoso), com o bisel voltado para cima, ao longo da linha média da veia em um ângulo raso (cerca de 10 a 30 graus) em relação à pele.

  • O sangue irá aparecer no canhão da agulha (chamado jato de sangue ou flashback) quando a ponta da agulha entrar no lúmen da veia. Parar de avançar a agulha, abaixar a agulha para mais bem alinhá-la em relação à veia e avançar mais 1 a 4 mm para dentro da veia, de modo a garantir que permaneça na posição durante a coleta de sangue.

    Se nenhum jato aparecer no canhão da seringa após 1 a 2 cm de inserção, retirar a agulha lentamente. Se a agulha inicialmente atravessou completamente a veia, um jato pode aparecer ao retirar a ponta da agulha de volta ao lúmen. Se um jato ainda não aparecer, retire a agulha quase até a superfície da pele, mude a direção e tente avançar novamente a agulha na veia.

    Se ocorrer edema local rápido, o sangue está extravasando. Encerrar o procedimento: remover o torniquete e a agulha e aplicar pressão no local de punção com uma compressa de gaze (1 ou 2 minutos é geralmente adequado, a menos que o paciente tenha coagulopatia).

  • Começar a retirar a amostra de sangue e, quando o sangue começar a fluir, remover o torniquete.

    Ao usar tubos a vácuo, empurrar cada tubo totalmente no suporte de tubo, tendo cuidado para evitar deslocar a agulha da veia. Encher vários tubos de coleta na sequência adequada.* Após remover um tubo do suporte, inverter delicadamente o tubo de 6 a 8 vezes para misturar o conteúdo; não sacudir os tubos.

    Ao usar uma seringa, puxar o êmbolo delicadamente para evitar danos às células sanguíneas ou colapso da veia.

  • Após terminar a coleta de sangue, segurar delicadamente um quadrado de gaze dobrado no local da punção venosa com a mão não dominante e, com um só movimento, remover a agulha e aplicar imediatamente pressão ao local com a gaze. Remover o torniquete, se ainda não tiver sido removido.

  • Pedir que o paciente ou assistente continue a aplicar pressão ao local.

  • Se uma seringa tiver sido utilizada para coletar o sangue, transferir agora as amostras para tubos e frascos de coleta;* inserir a agulha diretamente na parte superior dos tubos a vácuo ou remover a agulha e anexar um suporte de tubo a vácuo à seringa. Não injetar sangue em tubos a vácuo de coleta; permitir que o vácuo puxe o sangue para dentro do tubo. Após o sangue ter sido adicionado a um tubo, inverter delicadamente o tubo 6 a 8 vezes para misturar o conteúdo; não sacudir os tubos.

  • Colocar a tampa de segurança sobre a agulha exposta. Colocar os dispositivos de coleta de sangue usados (com as agulhas) em um recipiente para objetos cortantes. Não tampar novamente as agulhas inseguras antes do descarte, a menos que um recipiente para objetos cortantes não esteja imediatamente disponível.

  • Aplicar ao local gaze e fita adesiva ou curativo.

* Quando são necessários vários exames de sangue, deve-se alocar o sangue aos tubos de coleta em uma sequência adequada; primeiro culturas, depois tubos com anticoagulante e então os demais.

Observar que as tampas de borracha dos frascos de hemocultura devem ser adequadamente desinfetadas antes da introdução da amostra de sangue (p. ex., limpar cada uma com álcool a 70% por 30 segundos e deixá-la secar ao ar livre).

Em princípio, qualquer veia dos membros superiores pode ser puncionada, desde que apresente boas condições como:

■      bom calibre;

■      flexibilidade;

■      integridade.

  • ■     bom calibre opção, pois na punção da veia cefálica existe maior risco de formação de hematomas.
  • As veias do dorso da mão também podem ser puncionadas. Nessa região, recomenda-se a veia do arco venoso dorsal, por possuir maior calibre.
  • Veia dorsal do metacarpo – também poderá ser puncionada, porém a coleta será mais dolorosa.
  • Veia cefálica acessória

Veia cefálica Veidas principais finalidades dos resultados dos exames laboratoriais é reduzir as dúvidas que a história clínica e o exame físico fazem surgir no raciocínio médico. Para que o laboratório clínico possa atender, adequadamente, a este propósito, é indispensável que o preparo do paciente, a coleta, o transporte e a manipulação dos materiais a serem examinados obedeçam a determinadas regras. Antes da coleta de sangue para a realização de exames laboratoriais, é importante conhecer, controlar e, se possível, evitar algumas variáveis, classicamente referidas como condições pré- analíticas, que podem interferir no desempenho da fase analítica e, conseqüentemente, na exatidão e precisão dos resultados dos exames, vitais para a conduta médica e, em última instância, para o bem-estar do paciente. A fase pré-analítica é responsável por 70% dos erros ocorridos no laboratório, ela engloba a indicação do exame, redação da solicitação, leitura e interpretação da solicitação, transmissão de eventuais instruções de preparo do paciente, avaliação do atendimento às instruções previamente transmitidas e procedimentos de coleta, acondicionamento, transporte e preservação da amostra biológica até o momento da efetiva realização do exame.

A tecnologia a favor do nosso bem estar

O presente trabalho apresenta a implementação de um visualizador de veias baseado no registro de imagens sob iluminação infravermelha através de câmeras digitais convencionais. Distribuições espectrais de comprimentos de onda infravermelhos próximas da faixa de luz visível possuem a característica de penetrar na epiderme humana, provocando reflexo~es de estruturas orgânicas normalmente não percebidas pelo sistema visual humano. Utilizando sensores compatíveis, e possível obter imagens de tais estruturas. Essa e a base do funcionamento dos visualizadores de veias. Através de dois sensores de led infravermelho, o visualizador é capaz de captar a hemoglobina do fluxo sanguíneo interior dos vasos e projeta na pele uma imagem com a localização exata das veias. O equipamento com tecnologia inovadora auxilia na identificação precisa de veias em qualquer parte do corpo e facilita qualquer procedimento que necessite de acesso venoso, proporcionando uma coleta mais tranquila. 

Tudo começa com a orientação correta e a coleta adequada das amostras

  • Os exames laboratoriais são realizados por solicitação médica, com o objetivo de diagnosticar, monitorar ou acompanhar o tratamento de uma doença.
  • O resultado de todo exame laboratorial deve ter qualidade e isso só será possível se houver padronização dos processos e controle de qualidade, desde a aquisição dos insumos e reagentes até a emissão do resultado.
  • O diagnóstico laboratorial envolve três etapas: a pré-analítica, a analítica e a pós-analítica. Qualquer falha nessas etapas afetará o resultado dos testes.
  • A etapa pré-analítica abrange a recepção, a identificação, a preparação do paciente, a coleta, o armazenamento e o transporte das amostras até o laboratório.
  • A etapa analítica abrange o processamento e a análise do material biológico do paciente.
  • A etapa pós analítica abrange a liberação do laudo e os questionamentos do médico, quando necessário.

Utilização do garrote no braço

Como utilizar corretamente o garrote

■      Posicione o garrote com o laço ou fecho para cima, cerca de 10 cm do local que será puncionado, a fim de evitar a contaminação da área de punção;

■      Não aperte intensamente o garrote, pois o fluxo arterial não deve ser interrompido. Lembre-se que o pulso do usuário deve permanecer palpável;

■      Não use o garrote por mais de 1 minuto. O resultado de alguns exames laboratoriais pode sofrer alterações, pois com o garroteamento ocorre aumento da pressão nas veias e artérias, facilitando a saída de líquido e de moléculas pequenas para o espaço intersticial – entre as células – gerando uma variação na concentração dos elementos do sangue.

Recomendações:

■      Utilize somente garrotes limpos;

■      Caso o garrote seja de látex, deve-se perguntar ao usuário se tem alergia a este componente. Se relatar alergia, forre com papel toalha a parte do braço que entrará em contato com o látex.

Normas e regulamentações para agulhas e tubos

Características das Agulhas

■ Quanto ao tipo: vários tipos de agulhas podem ser utilizados para a coleta de amostras de sangue. Elas podem ter o bisel bifacetado ou trifacetado e, ainda, serem tratadas com silicones.

■  Quanto à unidade de medida: no sistema brasileiro de medidas, os comprimentos e diâmetros das agulhas são expressos em milímetros (mm). Por exemplo, uma agulha de 32 x 0,8 mm corresponde a 32 mm de comprimento e 0,8 mm de diâmetro – ou de calibre.

Obs: nas embalagens os diâmetros são apresentados em milímetros e em Gauge (G), que é uma unidade inglesa.

Preparação da coleta

1.      Calce as luvas;

2.      Utilize seringas e agulhas descartáveis;

3.      Mostre ao usuário as embalagens lacradas da agulha e da seringa;

4.      Posicione o braço do usuário;

5.      Verifique se a manga está prendendo a circulação e atuando como um garrote. Caso isso aconteça desdobre a manga;

6.      Analise os possíveis locais para a punção venosa e escolha o calibre da agulha;

7.      Abra e retire a seringa do envelope. Empurre o êmbolo para garantir o seu deslizamento sem dificuldade;

8.      Abra a embalagem contendo a agulha e encaixe-a na seringa;

9.      Faça a antissepsia do local escolhido para a punção;

10.   Garroteie o braço do usuário e solicite que ele feche a mão.

Coleta

11.   Retire a capa da agulha e faça a punção imediatamente, com o bisel da agulha virado para cima;

12.   Quando o sangue começar a fluir, solte o garrote e peça ao usuário que abra a mão;

13.   Aspire o sangue em volume suficiente para as análises desejadas;

14.   Evite a formação de bolhas e espuma, aspirando lentamente o sangue da veia;

15.   Execute o procedimento com a maior agilidade possível, pois o processo de coagulação do sangue é ativado desde o início da punção e, se a coleta demorar, o sangue pode se coagular dentro da seringa.

Finalização da coleta

16.   Remova a agulha da veia e solicite que o usuário faça pressão sobre o local da punção com o auxílio de gaze ou algodão seco;

17.   Acione imediatamente o dispositivo de segurança da agulha;

18.   Oriente o usuário para que mantenha o local pressionado, sem esfregar por, no mínimo, três minutos;

19.   Descarte imediatamente a agulha em recipiente apropriado para materiais perfurocortantes, adotando todos os cuidados de biossegurança;

20.   Abra a tampa do tubo e transfira o sangue da seringa, tomando o cuidado de deixar o sangue escorrer lentamente pelas paredes do tubo, evitando a hemólise;

21.      Feche corretamente o tubo e homogeneíze o conteúdo suavemente por inversão entre 5 e 10 vezes;

22.      Coloque a amostra colhida em estante para tubos de modo que fique na posição vertical;

23.      Descarte a seringa em recipiente para materiais contaminados;

24.      Verifique se o local da punção parou de sangrar. Caso continue o sangramento troque o algodão ou a gaze e oriente para que o usuário continue pressionando o local da punção até parar o sangramento;

25.      Cubra o local da punção com curativo oclusivo e oriente ao usuário para mantê-lo por, no mínimo, 15 minutos;

26.      Retire as luvas e descarte em recipiente próprio;

27.      Quando o usuário estiver usando roupa de manga longa, verifique se a manga está prendendo a circulação e atuando como um garrote. Caso isto aconteça desdobre a manga.

Considerações finais

O presente trabalho apresentou a implementação de visualizadores de veias baseado no registro de imagens sob iluminação infravermelha através de câmeras digitais convencionais. Distribuições espectrais de comprimentos de onda infravermelhos próximas da faixa de luz visível possuem a característica de penetrar na epiderme humana, provocando reflexões de estruturas orgânicas normalmente não percebidas pelo sistema visual humano. Utilizando sensores compatíveis, e possível obter imagens de tais estruturas. Essa e a base do funcionamento dos visualizadores de veias. Através de dois sensores de led infravermelho, o easy vein (veia fácil, em tradução literal para o português) é capaz de captar a hemoglobina do fluxo sanguíneo interior dos vasos e projeta na pele uma imagem com a localização exata das veias. O equipamento com tecnologia inovadora auxilia na identificação precisa de veias em qualquer parte do corpo e facilita qualquer procedimento que necessite de acesso venoso proporcionando uma coleta mais tranquila. 

Eu sou a Zilda Ferreira, Biomédica habilitada em Patologia clínica(Analises clinicas) e Imagenologia(Diagnostico por imagem) estou contribuindo com as informações relevante da minha área de atuação.

Referências

Zilda Ferreira