Quando sera a estreia de messi no psg

Quando sera a estreia de messi no psg

Venda de camisetas e aumento no número de seguidores no Instagram; o anúncio do astro resultou em sucesso imediato para o time

Quando sera a estreia de messi no psg

(PSG/Divulgação)

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Ivan Padilla

Publicado em 29/08/2021 às 08:36.

Última atualização em 29/08/2021 às 16:03.

Chegou o dia de Lionel Messi mostrar que não é só um jogador do Barcelona, como chegou a provocar o rival Cristiano Ronaldo. O craque argentino estreia hoje no campeonato francês com a camisa do Paris Saint-Germain às 15h45 no horário de Brasília, no Stade Auguste-Delune, em Reims, capital da famosa região de Champagne.

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Quem deve estar espocando garrafas de espumante, no entanto, é o próprio PSG. Desde o anúncio da chegada do jogador, o clube já sentiu um impacto significativo no aumento das receitas e quantidade de seguidores nas redes sociais. Vamos aos números.

Até o dia 10 de agosto, data que marcou a oficialização da contratação do argentino, o PSG possuía 38,8 milhões de seguidores no Instagram. Hoje o número é de 48,8 milhões, o que representa um crescimento de 25,77% de pessoas que acompanham as publicações da conta no dia a dia.

No perfil pessoal de Messi, o post que anunciou o acerto com o PSG alcançou 21,6 milhões curtidas, a segunda relacionada ao esporte na rede social com mais likes da história da ferramenta. E por que isso importa, para além da vaidade alcançada pela fama?

Na visão de Rene Salviano, executivo de marketing que lançou neste ano a HeatMap, agência de marketing esportivo focada em captação de patrocínios, as redes sociais de grandes jogadores têm se tornado uma fonte de captação bastante rentável para as agremiações.

“Não só na venda de camisas, mas com a exposição da imagem em regiões estratégicas”, afirma Salviano. “Alguns atletas, como o Messi, possuem a capacidade de mobilizar milhares de fãs do esporte e os times usam desse ativo para criar uma gama ainda maior e rentabilizar produtos e serviços.”

832 mil camisas vendidas

De acordo com a imprensa francesa, o estoque de camisas com o número 30 e o nome do jogador esgotaram em menos de 24 horas. O custo de cada produto gira em torno de 115 e 165 euros. A jornalista Veronica Brunati, bem conhecida na Argentina, com experiência em duas Copas do Mundo e cinco Copas Américas, publicou no Twitter que mais de 832 mil camisas de Messi foram vendidas nos três primeiros dias.

Para Marcelo Palaia, professor e especialista em marketing esportivo, todas as ações que envolvem celebridades do esporte atingem um alcance maior e marcam o consumidor. “A conexão com os ídolos globais feita pelo PSG causa um baque considerável no mercado. A estratégia é perfeita para o negócio e enxergo o clube no caminho certo para expandir cada vez mais a sua marca ao redor do mundo”, afirma.

A equipe francesa conta com nomes renomados no plantel e de grande alcance midiático, como o atacante Neymar Júnior, o francês Kylian Mbappé e o zagueiro Sérgio Ramos, contratado nesta janela de transferência. Segundo especialistas, a contratação de Messi segue uma tendência que o PSG já vinha trabalhando.

“É a estratégia de uma internacionalização de grandes jogadores com capacidade de comunicação global”, diz Bruno Maia, especialista em inovação e novos negócios na indústria do esporte. “O PSG se tornou uma franquia que se posiciona no mundo todo. O Messi é um caso que estoura essa curva, porque vai além de tudo, mas dá continuidade a essa tendência a despeito da capacidade esportiva e incluindo o viés de marketing e negócio.”

Fair play financeiro

Com tantos astros no plantel e de salários elevadíssimos, a discussão sobre o fair play financeiro esteve novamente em pauta por conta da contratação de Messi. Apesar disso, Maia aborda que a questão de ser o time mais caro ou não é relativa. “Isso tem relação com outras questões, como momento de carreira, projeção, estimativa de valor, multas contratuais.”

Segundo o especialista, o tamanho do clube segue uma métrica imprecisa quando falamos desse nível de jogadores. “Fica claro que o PSG e o Manchester City não são dependentes financeiramente das ligas em que jogam, e sim de marcas e parcerias globais”, aponta.

Advogado especializado em direito desportivo e transferências, Eduardo Carlezzo explica que, mesmo para times da elite financeira do futebol europeu, a transferência de Messi poderia ser um problema. “No ano passado se ventilou que o City Football Group, proprietário do Manchester City e do New York City, era um forte concorrente para ter o jogador, pois teria a possibilidade de distribuir os gastos entre os dois clubes. Isso facilitaria a ida do jogador para a Inglaterra, e em um segundo momento a Nova York”.

A pandemia contaminou a finança dos clubes. Sem bilheteria, sem torcedores comprando seus produtos, com acordos de transmissão e patrocínios reduzidos, o prejuízo no futebol europeu foi de 9 bilhões de euros, segundo a Uefa. Somente o PSG teve um prejuízo na última temporada de 126 milhões de euros, segundo o balanço publicado pela Liga de Futebol Profissional da França.

A queda de receita explica em parte a janela de transferência mais explosiva de todos os tempos. Depois do caso de Messi e da ida de Cristiano Ronaldo para o Manchester United, MBappé pode estar de malas prontas para o Real Madrid. O craque francês estará em campo hoje com Messi e Neymar pelo PSG.

O clube parisiense também tem as contas do clube investigadas pela Uefa por conta de patrocínios supostamente inflados. Na opinião de Pedro Trengrouse, professor em gestão esportiva na Fundação Getúlio Vargas, no entanto, o time não deve ter problemas com o fair play financeiro.

“O PSG tem recursos de sobra à disposição. O desafio é enquadrar no fair play financeiro. Comparando com o Brasil, enquanto aqui o problema é falta de recursos, lá o caso é o contrário, sobra tanto dinheiro que é preciso limitar os gastos”, afirma.

O dinheiro, claro, é mais farto no caso de clubes financiados por famílias reais de países árabes, como o Manchester City e o PSG. “Mas imagino que o PSG tenha estruturado o time dentro dos limites impostos pela regulação e não deve ter problemas fiscais”, diz Trengrouse.

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