Qual o nome da força responsável por fazer navios flutuarem na água?

Qual o nome da força responsável por fazer navios flutuarem na água?

Um carro, um avião ou até mesmo uma pessoa que não sabe nadar afundam. Mas então por que o navio fica sob a superfície da água e não vai para o fundo do mar? Descobrir o funcionamento das coisas é uma de nossas paixões, assim como já desvendamos o funcionamento do helicóptero, hoje vamos desvendar o funcionamento de um navio.

Para nosso entendimento, podemos começar fazendo um experimento com uma bolinha de gude: se você colocá-la num recipiente com água vai ver que, mesmo sendo tão pequena, ela vai direto para o fundo. O mesmo acontece com uma bolota de massinha: vai direto para o fundo. Mas se a gente achatar a bolota de massinha e moldar igual a um barquinho ela flutua! E podemos até mesmo colocar a bolinha de gude dentro da massinha, ela vai afundar um pouquinho, mas continuar flutuando, mesmo com este peso a mais.

Por que isso acontece?

A bolinha de gude e a bolota de massinha afundam porque são mais pesadas que a água que está no mesmo lugar que elas ocupam. Mas ao fazer um barquinho de massinha ela se torna mais leve do que a água que estava naquele lugar, mesmo carregando a bolinha de gude. Ao ser colocado na água, o objeto desloca a água para o fundo e para os lados. A água deslocada exerce uma força sobre o corpo, empurrando-o para cima, tentando, desta forma, voltar ao lugar que ocupava. É esta força que impede que o navio afunde. Mas para isso, ele precisa afundar o suficiente para que a força da água deslocada permita que ele flutue.

Qual o nome da força responsável por fazer navios flutuarem na água?
Por que a bolinha afunda e o barquinho não? Imagem: novaescola.org.br

O formato do barco ajuda a manter o equilíbrio e a compensar a pressão. Quando ele está na água, vazio, boa parte do casco fica para fora da água. Conforme vai recebendo peso, o casco vai afundando. Assim, se tiver peso demais em cima do barco, o peso não ficará igual à pressão e vai acabar afundando. Por isso é preciso distribuir bem o peso e conhecer o limite do navio. 

O local onde acontece a flutuação também é importante, já que nem toda água é igual. A salgada, por exemplo, é mais densa e ajuda a flutuar mais que a água doce (como dos rios, lagos e até da piscina). Apesar de ser um diferença pequena, cerca de 3%, os sais dissolvidos na água ajudam o barco a flutuar. É o que chamamos de densidade da água: quanto mais densa, quanto mais salgada no caso do mar, maior sua flutuabilidade. 

Eureka!

O matemático grego Arquimedes foi a primeira pessoa que respondeu de maneira correta a esta pergunta sobre o navio. Ele foi o maior matemático da antiguidade e exercia muitas outras atividades, entre elas estava a curiosidade a respeito dos fenômenos da natureza.

Há uma lenda diz que ao tomar banho numa bacia, Arquimedes teve a inspiração para explicar a ação da água sobre os corpos nela colocados. Entusiasmado, levantou da bacia e saiu gritando pelas ruas “— Eureka!”, uma palavra grega que em português significa “Achei!”. 

Construir uma grande embarcação é uma tarefa complexa

Construir e projetar uma embarcação de grande porte é uma tarefa complexa. A WEG experimentou essa complexidade ao fornecer equipamentos, como geradores e motores elétricos para uma embarcação de dragagem marítima de 15.000 m³, Bonny River.

Além do formato do casco que vimos acima, um navio necessita de motores para que os propulsores de proa e popa funcionem e ele se movimente. Alguns dos maiores motores do mundo são responsáveis por moverem grandes embarcações. A WEG busca oferecer mais eficiência e sustentabilidade para esses projetos. Você pode ler mais sobre o assunto clicando aqui.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Qual o nome da força responsável por fazer navios flutuarem na água?

Segundo o Princípio de Arquimedes, as forças resultantes do deslocamento de um navio (FP) e de impulsão da água (FA) deverão ser iguais para o navio flutuar. O deslocamento será igual à massa de um volume de água igual ao volume imerso do navio (Vi).

O deslocamento de uma embarcação corresponde à massa de água por si deslocada quando a flutuar, sendo geralmente expresso em toneladas. Este valor obtém-se através da multiplicação do volume imerso da embarcação pela densidade da água onde navega. Na prática, o deslocamento representa a massa da própria embarcação num determinado momento.

Sendo uma medida de massa, o deslocamento não deve ser confundido com a tonelagem, a qual - apesar da designação dar a entender o contrário - não é uma medida de peso ou massa, mas sim de volume. O deslocamento também não deve ser confundido com o porte, uma vez que este - apesar de também ser uma medida de massa - representa apenas a capacidade de transporte do navio e não a sua massa total.

Quando se menciona simplesmente o deslocamento de um navio entende-se como estando a fazer-se referência ao seu deslocamento máximo.

Geral[editar | editar código-fonte]

Em mecânica dos fluidos, o termo "deslocamento" refere-se à massa de um fluido deslocada quando um objeto aí é imerso, ocupando o seu lugar. Quanto maior for a densidade do líquido, menor volume será deslocado por um objeto com a mesma massa.

Similarmente, no âmbito náutico, o deslocamento corresponde à massa de água deslocada por um navio enquanto ali flutua. Outro modo de pensar no deslocamento é considerá-lo como a quantidade de água que iria verter de um contentor completamente cheio, caso aí fosse colocado o navio. Um navio a flutuar desloca sempre uma quantidade de água cuja massa é a mesma que a massa do próprio navio.

A densidade (massa por unidade de volume) da água pode variar. Por exemplo, a densidade média da água do mar à superfície do oceano é de 1 025 kg/m³. Já a densidade média da água doce é de apenas 1 000 kg/m³. Considerando-se uma embarcação de 100 toneladas a passar da água salgada do mar para a água doce de um rio, ela continuaria a deslocar exatamente as mesmas 100 toneladas de água, mas esse deslocamento corresponderia a um maior volume de água doce do que de água salgada. Assim, a embarcação teria uma imersão no rio ligeiramente superior à que teria no mar.

Existem várias medidas de deslocamento, que correspondem às várias condições de carga do navio.

Cálculo[editar | editar código-fonte]

Qual o nome da força responsável por fazer navios flutuarem na água?

Marcas de calado na proa de um navio. Quando o navio está em deslocamento carregado, em água doce, a linha de água deverá estar na marca de calado máximo.

O método tradicional para determinar o real deslocamento de um navio é através do uso de marcas de calado. Um navio mercante tem, normalmente, seis conjuntos de marcas de calado, colocados avante, a meia nau e à ré, tanto a estibordo como a bombordo. Esses calados podem permitir determinar o deslocamento de um navio com uma precisão de 0,5%. Em primeiro lugar, é calculada a média dos vários calados, obtendo-se o calado médio. Então, introduz-se o valor do calado médio na tabela de curvas hidrostáticas do navio, obtendo-se o deslocamento correspondente.

Desde a década de 1950 que se têm usado os computadores para os cálculos hidrostáticos, incluindo os necessários para se determinar o deslocamento. Os primeiros eram computadores mecânicos semelhantes a réguas de cálculo que podiam converter níveis de carga, como o porte, o calado e o caimento. Desde a década de 1970, têm sido desenvolvidos programas informáticos para uso em computadores portáteis.

Deslocamento em condições especiais[editar | editar código-fonte]

Existem várias medidas de deslocamento correspondentes aos vários estados de carga do navio.

Deslocamento leve[editar | editar código-fonte]

O deslocamento leve ou deslocamento mínimo consiste na massa total do navio, excluindo a carga, o combustível, o lastro e a tripulação, mas com água nas caldeiras suficiente para manter a pressão.

Deslocamento carregado[editar | editar código-fonte]

O deslocamento carregado, deslocamento em plena carga ou deslocamento máximo correspondem praticamente ao mesmo conceito. Quando se menciona simplesmente o termo "deslocamento", normalmente entende-se como se referindo ao deslocamento carregado.

Curvas hidrostáticas de um navio. As linhas 4 e 5 são usadas para converter o calado médio de um navio no seu deslocamento correspondente.

O deslocamento em plena carga é definido como o deslocamento de uma embarcação quando a flutuar com o máximo calado estabelecido pelas sociedades de classificação. É equivalente ao deslocamento leve acrescido da massa total da capacidade máxima de transporte de um navio em termos de carga, passageiros, combustível, aguada, consumíveis, tripulação e todos os restantes itens necessários para uma viagem.

O deslocamento carregado dos navios de guerra corresponde a uma condição de carga arbitrariamente estabelecida e que é o deslocamento leve acrescido dos pesos da guarnição e de 95 % das capacidades de armazenamento de combustíveis, munições, carga e outros consumíveis.

Deslocamento padrão[editar | editar código-fonte]

O deslocamento padrão ou deslocamento standard é uma medida estabelecida pelo Tratado Naval de Washington de 1922, só sendo aplicado aos navios de guerra. Está definido como sendo o deslocamento com o navio completo, totalmente guarnecido, motorizado e equipado para partir para o mar, levando a bordo todo o armamento, munições, provisões, aguada, consumíveis vários e tudo o que é mais necessário para o navio entrar em combate, excepto combustível e água de reserva das caldeiras. Corresponde, portanto, ao deslocamento carregado sem a massa do combustível e da água de reserva das caldeiras.

Nos submarinos, o deslocamento padrão corresponde ao deslocamento carregado sem o peso do lastro embarcado em imersão.

Deslocamento normal[editar | editar código-fonte]

O deslocamento normal corresponde ao deslocamento carregado mas sem a massa correspondente a 2/3 das dotações de combustível e de água de reserva das caldeiras.

Referências[editar | editar código-fonte]

  • GEORGE, William E., Stability & Trim for the Ship's Officer, Centreville, Md: Cornell Maritime Press, 2005
  • HAYLER, William B., American Merchant Seaman's Manual, Cambridge, Md: Cornell Maritime Press, 2003
  • ESPARTEIRO, António M., Dicionário Ilustrado de Marinha (reimpressão), Lisboa: Clássica Editora, 2001
  • FONSECA, Maurílio M., Arte Naval (5ª edição), Rio de Janeiro: Serviço de Documentação Geral da Marinha, 1989

O que faz um navio flutuar na água?

1) Porque é oco e sua densidade média (considerando a parte de aço e a parte cheia de ar) é menor que a densidade da água. 2) Porque ele encontra-se em equilíbrio, parcialmente imerso e sujeito a ação de duas forças de mesmo módulo e contrárias, o peso P e o empuxo E, exercido pela água.

Qual o nome da força que sustenta barcos navios submarinos?

O QUE É EMPUXO? Empuxo, é uma força vertical, dirigida para cima, que qualquer líquido exerce sobre um corpo nele mergulhado.

O que é a força de empuxo?

O empuxo é uma força que atua na direção vertical e para cima. O empuxo surge quando algum corpo é inserido no interior de um fluido. O empuxo é a força que atua sobre objetos que são parcialmente ou completamente imersos em fluidos, como o ar e água.

Como um navio feito de aço tão pesado flutua?

Por quê? A densidade do ar é muito menor que a da água, a densidade média do conjunto “ar +lata” se torna menor que a densidade da água. O mesmo procedimento aplica-se aos navios. Embora sejam feitos de aço, eles comportam grandes quantidades de oxigênio em seus interiores (compartimentos ocos no casco).