Qual a vantagem para as plantas que habitam o ambiente terrestre?

Qual a vantagem para as plantas que habitam o ambiente terrestre?
As plantas , como todo ser vivo, tem um habitat preferencial , onde se adaptam melhor e tem condições de crescer de forma saudável.

Assim, existem três grandes ambientes em que as plantas se distribuem: na água – as chamadas plantas aquáticas , as que vivem fixas na terra – são as terrestres e as que, apesar de estar em ambiente terrestre, ficam suspensas , por isso são chamadas de aéreas.

Como cada grupo tem suas peculiaridades, vamos conhecer cada um deles…

As plantas aquáticas formam um grupo que, há milhões de anos atrás eram plantas terrestres e seguindo o processo evolutivo, passaram por adaptações para viver na água. Assim é um grupo diversificado e podem ser encontradas desde brejos até o fundo dos oceanos, adaptando-se com facilidade em ambientes aos diferentes ambientes aquáticos.

São facilmente identificadas pelas suas raízes finas e estendidas, com talos e folhas flutuantes.

Elas são essenciais aos ecossistemas fazendo a interligação entre o ambiente aquático e terrestre, produzem grande quantidade de oxigênio, além de fazer parte da cadeia alimentar como produtores primários, servindo de alimento para os peixes e outros organismos aquáticos.

Mas não para por aí… Elas fornecem abrigo para peixes recém-nascidos e de outros pequenos animais, ajudam a evitar a erosão do solo com suas raízes firmes e algumas espécies estão sendo estudadas como fonte de medicamentos naturais.

Há plantas aquáticas flutuantes , ou seja, as que ficam na superfície e necessitam de sol constante. São excelente para despoluir a água e os principais exemplos são: aguapé, alface-d’água, salvínia, lentilha. Também temos as submersas , ou seja, as que não são facilmente visíveis em lagos, mas muito utilizadas em aquários. São fundamentais para oxigenação da água, mantendo algas e microrganismo nocivos afastados. Seguem os exemplos: elódea, valisnéria e cabomba.

As plantas terrestres são aquelas que têm raiz fixa no solo, também com grande diversidade de ambientes. Aqui encontramos desde árvores rasteiras até aquelas de grande porte, com tronco, raiz, folhas e frutos.

Algumas plantas nascem naturalmente, pois suas sementes são levadas para outros lugares pelo vento, pela água das chuvas, ou mesmo junto com alguns animais, outras nascem porque o ser humano planta, seja em jardins, hortas ou em grandes áreas. Nesses casos, falamos que elas são cultivadas.

Alguns exemplos de plantas terrestres: musgos, samambaias, arbustos, mangueiras, etc.

As plantas aéreas também são chamadas de “ epífitas ” que significa “sobre plantas” e aplica-se a plantas cujas raízes crescem ou se apoiam fisicamente sobre plantas ou objetos.

Em geral, as epífitas vivem sobre o tronco das árvores e dispõem de raízes superficiais que se espalham pela casca e absorvem a matéria orgânica em decomposição disponível. Necessitam de umidade e de luz. Retiram o seu alimento da chuva e das partículas em suspensão no ar.

É importante lembrar que essas plantas não buscam alimento nos organismos sobre os quais crescem suas raízes superficiais não absorvem a seiva da planta hospedeira, não há qualquer relação de parasitismo, ou seja, a presença de epífitas não prejudica a árvore ou arbusto onde se instalam.

Alguns exemplos de epífitas: Epipremnum pinnatum, conhecida como “jibóia”, Philodendron sp, conhecida como “filodendro”, Monstera deliciosa, conhecida como “costela de adão” e as belas orquídeas, com várias espécies.

Curiosidade

Você já deve ter ouvido falar em plantas carnívoras, não é mesmo?

Bem, na verdade elas não são realmente “carnívoras”, só levam esse nome porque capturam, matam e digerem insetos ou outros animais pequenos.

Estas espécies de plantas tem que complementar sua alimentação porque vivem em solos pobres e encharcados, como brejos, por exemplo, com pouca quantidade de nitratos que são fundamentais para síntese de clorofila.

Acredita-se que as primeiras plantas carnívoras surgiram há cerca de 65 milhões de anos, na época dos dinossauros!

Algumas plantas conseguem viver sobre outras sem retirar delas nenhum nutriente e, consequentemente, não lhe causar nenhum dano. Essas plantas, conhecidas como epífitas (epi = em cima; fito = planta), destacam-se por utilizar outro vegetal como suporte em pelo menos um estágio de sua vida sem retirar dele nenhuma substância.

Existem diversas espécies de plantas epífitas no planeta. Elas são encontradas, em sua grande maioria, em florestas tropicais úmidas, em especial as Florestas Neotropicais, sendo raras em ambientes com temperaturas baixas. Alguns autores estimam que 29000 espécies, cerca de 10% do total de plantas vasculares, apresentam esse hábito de vida, e grande parte delas são angiospermas.

O grupo de angiospermas que mais apresenta plantas epífitas é o das monocotiledôneas, com destaque para a família Orchidaceae (orquídeas) e Bromeliaceae (bromélias). Além das angiospermas, as pteridófitas também possuem grande número de representantes com hábito epífito, como é o caso das samambaias.

Apesar de não retirar nenhum nutriente da planta na qual se fixa (forófito), uma espécie epífita beneficia-se dessa relação. Essa relação ecológica, conhecida como comensalismo, permite que a planta tenha mais acesso à luminosidade ao utilizar a outra como apoio, o que aumenta sua taxa fotossintética. Em um ambiente de floresta, por exemplo, as plantas próximas ao solo possuem pouco acesso à luz, daí a importância do epifitismo.

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Para se fixar em outro vegetal, as plantas epífitas apresentam algumas importantes adaptações morfológicas, fisiológicas, anatômicas e até mesmo ecológicas. Entre as principais adaptações, podemos citar raízes aéreas que absorvem água e nutrientes, órgãos, além da folha, capazes de realizar fotossíntese, presença de tecidos que acumulam água (tecidos aquíferos), tricomas que ajudam na captação de água e associação com formigas – quando a planta fornece abrigo, e os animais, nutrientes provenientes das excretas e dejetos dos formigueiros.

As plantas epífitas também apresentam papel ecológico, sendo essenciais no fornecimento de alimento e água para espécies que vivem nas partes altas da floresta, além de proporcionarem material para a confecção dos ninhos. Essas espécies também atuam na ciclagem de minerais e na produtividade primária.

É importante frisar que as epífitas, por possuírem dependência mecânica das árvores, são diretamente afetadas pela destruição das áreas de floresta. Isso acontece porque, ao destruir essas áreas, as plantas ficam submetidas a uma maior radiação e temperatura, além da redução da umidade. Diante dessas características, muitos autores consideram as plantas epífitas como bioindicadores da destruição das florestas.

Atenção: Muitos autores consideram a relação entre as plantas epífitas e o forófito um exemplo de inquilinismo. Outros autores, no entanto, consideram o inquilinismo um tipo de comensalismo.


Por Ma. Vanessa dos Santos

Qual a principal vantagem do ambiente terrestre para as plantas?

Este ambiente oferece às plantas vantagens como: maior facilidade na captação da luz, já que ela não chega às grandes profundidades da água, e facilidade da troca de gases, devido à maior concentração de gás carbônico e gás oxigênio na atmosfera.

Que tipos de vantagens as plantas reuniram para se adaptar ao ambiente terrestre?

Para a sua adaptação ao meio terrestre, as plantas desenvolveram algumas estratégias como a presença de cutículas, estômatos e raízes.

Por que as plantas conseguem sobreviver em todos os ambientes terrestres?

As plantas precisam de oxigênio e gás carbônico para a sua respiração e fotossíntese, que é o processo pelo qual as plantas produzem energia para sobreviver. Só que elas precisam desses dois elementos de maneiras opostas para esses dois processos.

Qual a importância das plantas terrestres?

Elas geram oxigênio, alimentos, fibras, combustíveis e remédios que permitem aos humanos e outras formas de vida existir. Elas também são essenciais para o controle da temperatura da Terra e o equilíbrio e dinâmica da água no planeta.