Recursos do assunto O pico da maior parte das funções biológicas relacionadas com a idade ocorre antes dos 30 anos e declinam gradual e linearmente (ver tabela
Alterações fisiológicas selecionadas relacionadas à idade
Alterações fisiológicas selecionadas relacionadas à idade Em muitos casos, o declínio relacionado com a idade pode ser decorrente de estilo de vida, comportamento, alimentação e meio ambiente, e, portanto, pode ser modificado. Por exemplo, o exercício aeróbico pode prevenir ou reverter
parcialmente o declínio na capacidade máxima de exercício (oxigênio consumido por unidade de tempo, ou VO2 máx), força muscular e tolerância à glicose em indivíduos idosos saudáveis, mas sedentários. Apenas cerca de 10% dos indivíduos idosos praticam atividades físicas regulares por > 30 minutos, 5 vezes/semana (uma recomendação comum). Cerca de 35 a 45% praticam atividades mínimas. Os indivíduos idosos tendem a se exercitar menos que outros grupos etários por muitas
razões, mais comumente pelos distúrbios que limitam a sua atividade física. Os benefícios da atividade física para idosos são muitos e muito superiores aos riscos (p. ex., quedas, rompimento ligamentar, estiramento muscular). Os benefícios incluem Redução da taxa de mortalidade, mesmo para fumantes e obesos Preservação da força muscular esquelética, capacidade
aeróbica e da densidade mineral óssea que contribui para maior mobilidade e independência Redução do risco de obesidade Prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares (incluindo reabilitação após infarto do miocárdio), diabetes, osteoporose, câncer de cólon e transtornos psiquiátricos (principalmente transtornos de humor) Melhora da capacidade funcional Oportunidades de interação social Melhora do senso de bem-estar
Possivelmente melhora da qualidade do sono
A atividade física é uma das poucas intervenções que podem restaurar a capacidade fisiológica depois de ter sido perdida.
Os efeitos não modificáveis do envelhecimento podem ser menos dramáticos do que se pensa, e o envelhecimento mais saudável e vigoroso torna-se possível para muitas pessoas. Atualmente, as pessoas com > 65 anos são mais saudáveis que seus antecessores e permanecem saudáveis por mais tempo.
Em geral, entende-se exercício como o movimento que gera débito aeróbico e aumenta a frequência cardíaca. Para muitas pessoas, o exercício é uma atividade importante com muitos desfechos positivos. No entanto, atividade física simples (p. ex., caminhadas, jardinagem) tem muitos dos mesmos benefícios para idosos; assim, recomenda-se atividade física, sem débito aeróbico ou cardioaceleração, mesmo para aqueles com limitações de mobilidade.
Programas de exercícios mais extenuantes que a caminhada podem incluir qualquer combinação de 4 tipos de exercícios:
Resistência
Fortalecimento muscular
Treino de equilíbrio (p. ex., tai chi)
Flexibilidade
A combinação de exercícios recomendados depende da condição médica e do nível de aptidão física do indivíduo. Por exemplo, um programa de exercícios sentado que usa pesos alternativos para o treinamento de força e movimentos repetitivos para treinamento de endurance pode ser útil para indivíduos com dificuldade em ficar em pé e andar. Um programa de hidroginástica pode ser sugerido para indivíduos com artrite. Os indivíduos devem ser capazes de escolher as atividades que gostam, mas devem ser encorajados a incluir os 4 tipos de exercício. De todos os tipos de exercícios, os de endurance (p. ex., caminhada, ciclismo, dança, natação e exercícios aeróbicos de baixo impacto) têm a maioria dos benefícios bem documentados para a saúde dos idosos.
Alguns pacientes, principalmente aqueles com doença cardíaca (p. ex., angina e ≥ 2 infartos do miocárdio), requerem supervisão médica durante o exercício.
É necessário ajustar as doses de insulina e de hipoglicemiantes orais em indivíduos com diabetes de acordo com a quantidade de exercício para evitar eventos de hipoglicemia durante o exercício.
Pode ser necessário reduzir as doses de fármacos que podem causar hipotensão ortostática (p. ex., antidepressivos, anti-hipertensivos, hipnóticos, ansiolíticos e diuréticos) para evitar exacerbação da ortostase por perda de líquido durante o exercício. Para os indivíduos que tomam tais fármacos, a ingestão adequada de líquidos é essencial durante o exercício.
Alguns hipnóticos sedativos podem reduzir o desempenho físico, reduzindo os níveis de atividade ou inibindo músculos e nervos. Estes e outros fármacos psicoativos aumentam o risco de quedas. A interrupção de tais fármacos ou a redução da dose pode ser necessária para a execução segura de modo a auxiliar os indivíduos a aderirem ao regime de exercício.
1. de Souto Barreto P, Rolland Y, Vellas B, et al: Association of long-term exercise training with risk of falls, fractures, hospitalizations, and mortality in older adults: A systematic review and meta-analysis. JAMA Intern Med 179(3):394-405, 2018. doi: 10.1001/jamainternmed.2018.5406
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