Quais os impactos ambientais que o vazamento de petróleo no Golfo do México trouxe para os países limítrofes?

O pior vazamento de petróleo da história completa cinco anos. As consequências de quase 5 milhões de barris de petróleo derramados no mar ainda são vistas hoje

Quais os impactos ambientais que o vazamento de petróleo no Golfo do México trouxe para os países limítrofes?

Plataforma Deepwater Horizon, da British Petroleum, explodiu e causou o vazamento de bilhões de barris de petróleo.

Há cinco anos, o pior vazamento de petróleo acontecia no Golfo do México. A plataforma Deepwater Horizon, da petrolífera inglesa British Petroleum (BP), explodiu e provocou a morte de sete trabalhadores e o vazamento de cerca de 5 milhões de barris de petróleo no mar. Para se ter uma ideia do tamanho do vazamento, esse número representa quase o dobro da produção diária brasileira. Infelizmente, este desastre não foi o suficiente para que a exploração de petróleo em alto mar passasse a ser encarada como perigosa e nada segura.

“Trata-se de uma atividade perigosa e arriscada que pode tirar vidas e causar danos irreversíveis ao meio ambiente. E o Brasil não está imune a esse tipo de acidente”, diz Thiago Almeida, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil. “Em fevereiro, tivemos a explosão de um navio-plataforma da Petrobras que causou a morte de nove trabalhadores. Perdemos vidas para explorar uma fonte fóssil e altamente poluente quando poderíamos investir em fontes renováveis como energia solar e eólica.”

No acidente da BP, o petróleo vazou no Golfo do México durante 87 dias, se espalhou por mais de 1.500 km no litoral norte-americano, contaminou e matou milhares de animais. Os efeitos do vazamento ainda estão presentes até hoje e compostos químicos do petróleo são encontrados em animais, inclusive, em ovos de pássaros que se alimentam na região. Há também impactos socioeconômicos como a perda de dezenas de bilhões de dólares das indústrias da pesca e do turismo na costa sul dos Estados Unidos.

Após o acidente, a BP se responsabilizou apenas por metade do vazamento – não indicando quem seria o culpado pelos outros tantos bilhões de litros de petróleo que foram parar no mar. A limpeza começou pouco depois do acidente e de acordo com a petrolífera, mais de US$14 bilhões já foram gastos para mitigar os efeitos do vazamento. Em setembro de 2014, a empresa recebeu uma multa por “grave negligência ao desastre”.

No Brasil, falta transparência e conhecimento das autoridades públicas sobre o que acontece com a exploração de petróleo na costa brasileira. Segundo um relatório do TCU, apenas 4% de todas as ocorrências em plataformas de petróleo entre 2009 e 2011 foram verificadas pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. “Precisamos reduzir nossa dependência e o consumo de petróleo. Uma solução é implementar medidas de eficiência energética veicular e investir em mobilidade urbana”, conclui Almeida.

São Paulo - Em 20 de abril de 2010, a explosão da plataforma Deepwater Horizon, operada pela empresa petrolífera BP, provocou a morte de 11 trabalhadores e derramou milhões de barris de petróleo no Golfo do México, causando danos ambientaisde grande alcance.

Sete anos após o pior desastre de petróleo em mar da história dos Estados Unidos, uma equipe de cientistas lançou a avaliação mais abrangente do valor financeiro dos danos causados sobre os recursos naturais da região: nada menos do que US$ 17,2 bilhões.

Os resultados do estudo, coordenado pela Universidade Virginia Tech, nos EUA, foram publicados neste mês na revista Science.

Na esteira do desastre, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) encomendou a um grupo de 18 pesquisadores que estimassem o valor sobre os recursos naturais danificados.

Para "colocar um valor" em dólares sobre os recursos ambientais afetados pela maré negra, os pesquisadores criaram um cenário no qual as pessoas poderiam ter um papel na mitigação de danos futuros pagando efetivamente por um programa de prevenção.

Ao longo de seis anos, os cientistas avaliaram a disposição das famílias de pagar por medidas que evitariam danos semelhantes se um derramamento eventual de mesma magnitude acontecesse no futuro, com prejuízo a praias, pântanos, animais, peixes e corais.

A análise final mostrou que, em média, uma família estava disposta a pagar US$ 153 para um programa de prevenção. Esta taxa foi então multiplicada pelo número de famílias da amostra para obter a avaliação final de US$ 17,2 bilhões.

Segundo os cientistas, os resultados foram "reveladores" na medida em que mostram o quanto as pessoas realmente valorizam os recursos marinhos e ecossistemas.

Eles esperam que a pesquisa ajude a orientar os formuladores de políticas e a indústria de petróleo na determinação não só de quanto deve ser gasto em esforços de restauração no caso de vazamentos em águas profundas, mas também quanto deve ser investido para proteger os recursos naturais contra danos potenciais de um acidente.

Quais foram as consequências do desastre do Golfo do México?

O desastre no golfo do México trouxe como consequências: a) ameaças ao ecossistema; b) prejuízos à indústria pesqueira e ao turismo; c) desgaste político do presidente Barack Obama; d) revisão dos incentivos à indústria petroleira; e) maior regulamentação do setor petrolífero; f) incentivo à discussão sobre energias ...

Qual foi a causa do vazamento de petróleo no Golfo do México?

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Qual foi o impacto gerado pelo derramamento de petróleo?

Formação de uma barreira que impede a passagem de luz e a consequente realização de fotossíntese. Animais podem intoxicar-se, morrer por asfixia, ter seu equilíbrio térmico alterado ou ficarem presos no óleo.

Qual o impacto do derramamento de petróleo para as comunidades litorâneas?

Por todo o litoral, há relatos de animais marinhos mortos por contaminação pelo petróleo. Todo o ecossistema marinho foi afetado de forma direta, incluindo peixes, tartarugas, baleias, frutos do mar, corais, aves e mamíferos aquáticos.