Quais foram as adaptações que as briófitas sofrem para viver e meio terrestre?

BOTÂNICA OU FITOLOGIA: É o capítulo das ciências biológicas que estuda os Vegetais.

As primeiras plantas terrestres devem ter surgido de um grupo ancestral de algas verdes. Os longos períodos de seca ocorridos no Siluriano podem ter sido um fator de seleção natural que favoreceu as plantas com adaptações ao meio terrestre.

Para que as plantas pudessem sair da água e alcançar o ambiente terrestre, profundas modificações vegetativas e reprodutivas aconteceram. Assim, enquanto na água todas as células do organismo vegetal estão em contato com a própria água e, portanto, não há possibilidade de dessecamento, para viver no ambiente terrestre as plantas desenvolveram, através de mutações, um sistema radicular para retirar a água do solo, um sistema vascular para distribuir a água no corpo da planta e um sistema de revestimento para evitar a perda de água (epiderme com cutícula).

Em todos os grupos de plantas, observa-se a alternância de gerações. As briófitas apresentam como geração predominante, isto é, permanente, a geração gametofítica (haplóide). Em pteridófitas e nas plantas com semente – gimnospermas e angiospermas – a geração predominante é a geração produtora de esporos, isto é, a esporofítica (diplóide).

O Reino vegetal reúne as plantas ou vegetais, tais como, musgos, samambaias, pinheiros, árvores, arbustos etc.

São organismos eucariontes, multicelulares e autótrofos.

Nas classificações antigas este reino também incluía as algas, agora pertencentes ao reino Proctista. Tradicionalmente, as plantas têm sido divididas em dois grandes grupos:

Criptógamas (cripto = escondido; gamae = gametas): plantas que possuem as estruturas produtoras de gametas pouco evidentes. Exemplo: musgos e samambaias;

Fanerógamas (fanero = visível): plantas que possuem estruturas produtoras de gametas bem visíveis. Todas desenvolvem sementes e por isso são também denominadas espermatófitas (sperma = semente). Exemplos: pinheiros, mangueiras, roseiras e coqueiros.

Outras nomenclaturas utilizadas:

Assifonógamas: Vegetais que não apresentam o tubo polínico. Nessas plantas, os gametas masculinos necessitam de um meio líquido para alcançar o gameta feminino, sendo, portanto hidrodependentes (Briófitas e Pteridófitas).

Sifonógamas - São aquelas plantas que possuem independência da água para sua reprodução, pois nelas verifica-se a presença de um tubo polínico.

Avasculares ou atraqueófitas: Vegetais destituídos de tecido condutores de seivas (Briófitas).

Vasculares ou Traqueófitas - Compreende todas as plantas vasculares.

Espermátofitas- Plantas que produzem sementes.

Embriófitas: Vegetais que durante o seu ciclo reprodutor formam o embrião (Briófitas, Pteridófitas, Gimnospermas e Angiospermas).

Ø Alguns biólogos ainda consideram o sistema de classificação proposto em 1883, pelo botânico alemão August Wilhelm Eichler (1839-1887). Esse sistema considera o Reino Plantae com 4 Divisões (Filos):

Thalophyta (Algas);

Bryophyta (Musgos, hepáticas e antóceros);

Pterydophyta (samambais, licopódios, selaginelas, avencas, cavalinhas e psilotáceas);

Espermatophyta (Gymnospermas e Angyospermas).

De acordo com esse sistema temos ainda alguns conceitos propostos:

Vegetais inferiores (Antigo): Compreendem aqueles destituídos de órgãos característicos das plantas (raiz, caule, folhas, flor, semente e fruto);

Exemplo: Talófitas (Algas Clorofíceas, Algas Rodofíceas e Algas Feofíceas).

Vegetais intermediários: Compreendem aquelas plantas que já possuem alguns órgãos, ainda que lhes faltem outros.

Exemplo: Briófitas e Pteridófitas.

Vegetais superiores: São aqueles que apresentam raiz, caule, folha, flor, semente, podendo ou não ter frutos.

Exemplo: Espermatófitas.

ATENÇÃO: As Briófitas são consideradas plantas com organização intermediária entre talófitas* e cormófitas*; as hepáticas, por exemplo, exibem uma estrutura corpórea, mas próximas das talófitas, enquanto os musgos são considerados como vegetais mais próximos das cormófitas.

* Talófitos – Não apresentam tecidos vegetais. Seu corpo vegetativo é denominado de talo. Cormófitos – Apresentam tecidos vegetais.

I. CONSIDERAÇÕES: No Reino Plantae, reconhecem-se três tipos básicos de ciclos reprodutivos, que são classificados de acordo com a meiose em cada ciclo e considerando, ainda, o número de cromossomos presentes nas células do indivíduo adulto.

1. CICLO HAPLÔNTICO OU HAPLOBIONTE (N): O ciclo inicia-se com a fusão dos gametas masculino e feminino, formando um zigoto ou célula-ovo diplóide (2n). O zigoto, então, sofre meiose e origina quatro células haploides (n). Cada uma dessas células haplóides pode se desenvolver e, através de mitoses, formar um adulto haplóide, que por diferenciação celular. produzirá gametas, fechando o ciclo.

O ciclo haplôntico tem as seguintes características:

· Todas as células envolvidas são haplóides, com exceção do zigoto, que é diplóide;

· Presença de apenas uma fase adulta, que é haplóide;

· A meiose é chamada zigótica ou inicial, uma vez que ocorre no zigoto e, portanto, no início do ciclo reprodutivo.

· Ocorrência: Fungos e algumas Algas Verdes (Chlamydomonas, Ulothrix).

2. CICLO DIPLÔNTICO OU DIPLOBIONTE (2N): Após a fusão dos gametas masculino e feminino forma-se o zigoto, que sofre sucessivas mitoses e origina o indivíduo adulto diplóide. Esse novo organismo, então, produz gametas através de meiose, fechando o ciclo.

MEIOSE GAMÉTICA OU FINAL

O ciclo diplôntico tem as seguintes características:

· Todas as células envolvidas são diplóides, com exceção dos gametas, que são haplóides;

· Presença de apenas uma fase adulta, que diplóide;

· A meiose é chamada gamética ou final, porque após ser processada formam-se os gametas e também por ocorrer no final do ciclo reprodutivo.

Ocorrência: Animais, alguns Protistas, Algas Pardas (Fucus), Algas Verdes (Acetabularia e Codium).

3. CICLO HAPLÔNTICO-DIPLÔNTICO (N; 2N): O ciclo inicia-se com a fusão dos gametas masculino e feminino e a conseqüente formação do zigoto diplóide; este desenvolvem-se dando origem a um adulto. Neste novo organismo ocorrerá meiose, com a formação de células haploides denominadas esporos. Cada esporo poderá então germinar, originando um adulto haplóide, que formará gametas, fechando o ciclo.

METAGÊNESE OU ALTERNÂNCIA DE GERAÇÕES

O ciclo haplôntico-diplôntico tem as seguintes características:

· Presença de duas formas de indivíduos adultos, o gametófito (haplóide) e o esporófito (diplóide);

· Esporófito, produz esporos, permitindo a formação do gametófito;

· Gametófito, produz gametas, permitindo a formação do esporófito;

· A meiose é espórica ou intermediária, uma vez que ao ser processada forma-se esporos e porque ocorre no meio do ciclo.

Ocorrência: Plantas e muitas Algas.

Agora chegou a sua vez de colocar a mão na massa. Click na imagem e responda as questões sobre o conteúdo ministrado.

Quais foram as principais adaptações da planta que permitiram à vida terrestre?

Como as briófitas sobrevivem?

Quais são as adaptações das plantas?

Quais foram as adaptações que as plantas tiveram que desenvolver para conquistar e se estabelecer no ambiente terrestre?