Quais as três ações que ajudar de forma direta a reduzir a produção de resíduos na terra?

A coleta seletiva contribui para a preservação do meio ambiente e nos dá a opção de adotar práticas cotidianas mais sustentáveis. Além disso, em casa, podemos criar alternativas eficazes para diminuir a geração de resíduos. Para ajudar nessa missão, fizemos uma lista com sete dicas simples para adotar no dia a dia. Topa experimentar?

1. EVITE O DESPERDÍCIO DE ALIMENTOS

Antes das compras, é importante se planejar e saber exatamente do que se precisa. Já na hora de cozinhar, devemos levar à panela apenas o necessário. É importantíssimo ficar ligado no aproveitamento máximo das frutas, verduras e dos legumes. Cascas, folhas e talos são ricos em vitamina e não devem ser jogados fora, por exemplo.

Foto: Chico Castro

2. FIQUE ATENTO AO PLÁSTICO

O plástico é hoje um problema mundial e boa parte dele acaba nos rios e oceanos. Por isso, fique muito atento ao descarte desse material. Evite as sacolas plásticas e tenha sacolas reutilizáveis para as compras. Jamais jogue garrafas e sacos no chão da rua nem descarte o plástico no lixo comum: destine-o à coleta seletiva ou aos PEVs (Pontos de entrega Voluntária de recicláveis) da cidade de São Paulo.

3. CRIE NOVOS USOS PARA OS UTENSÍLIOS

Sabe a xícara quebrada? E a garrafa de vinho vazia? Esses são dois bons exemplos de objetos que você pode transformar em vasos criativos e exclusivos para deixar a sua casa mais bonita. Reutilizar quase sempre significa dedicar um novo olhar a tudo o que vamos descartar, afinal, há muita matéria-prima que, com um pouquinho de criatividade, ganha vida nova e não precisa ir para a lixeira. Tente.

4. MENOS DESCARTÁVEIS E EMBALAGENS

Em casa, esqueça de vez copos, pratos e talheres descartáveis e sempre dê preferência a itens com maior vida útil. Outra dica é estar sempre atento ao volume de embalagens que acompanha certos produtos: toda embalagem vira lixo muito rápido e deve ser evitada. Prefira comprar alimentos a granel, abasteça-se com frutas e verduras das feiras livres e adote materiais de limpeza e cosméticos que possam ser reabastecidos com refil.

Foto: Chico Castro

5. MANTENHA O GUARDA-ROUPA SUSTENTÁVEL

Abra o armário e seja extremamente crítico: quantas roupas e sapatos estão guardados ali há muito tempo sem que você os use? Chegou a hora de partir para uma mudança radical. Troque, venda, doe ou repasse tudo o que você não quer mais. Tudo mesmo! O que não serve para a gente, sempre serve para alguém. O inverso também vale: na hora de renovar o vestuário, uma alternativa descolada e econômica é comprar roupas usadas, à venda em brechós.

Foto: Chico Castro

6. VIDA LONGA AOS BRINQUEDOS

Ensine os pequenos a conservar os brinquedos desde cedo, estimulando a valorização deles e explicando que têm vida longa e sempre podem servir para outras crianças. Quando o brinquedo já não agradar tanto assim, é hora de passar para alguém mais novo. Quebrou? Conserte. Ou até mesmo invente novos brinquedos reunindo as partes quebradas.

7. COMPOSTE OS RESÍDUOS ORGÂNICOS

Que tal criar sua própria horta em casa? É saudável e sustentável. Aproveite e adote uma composteira (sistema para armazenar matéria orgânica como restos de frutas e verduras e cascas de ovos que, decompostos por bactérias e fungos, transformam-se em fertilizante)para aproveitar os resíduos orgânicos gerando adubo para nutrir a terra de vasinho e canteiros.

YouTube SP Cidade Gentil

Fontes: Programa de Sustentabilidade do Sesc SP, Morada da Floresta e Associação de Agricultura Orgânica.

4 R’s da Sustentabilidade: Repensar, Reduzir, Reutilizar e Reciclar, por Lauro Charlet Pereira e Marco Antônio Ferreira Gomes

Quais as três ações que ajudar de forma direta a reduzir a produção de resíduos na terra?

4 R’s DA SUSTENTABILIDADE: REPENSAR, REDUZIR, REUTILIZAR E RECICLAR

Lauro Charlet Pereira1

Marco Antônio Ferreira Gomes1

1Pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente

E-mail: ;

[EcoDebate] A necessidade contínua de revisar a interrelação “homem-ambiente”, engloba o envolvimento de governantes, setor privado, mídia, comunidade científica e a sociedade civil, como um todo.

Nessa perspectiva, tem surgido inúmeras ações frente à crise ambiental, como o jornalismo ambiental e a educação ambiental, por exemplo, que visam principalmente desenvolver nas pessoas conhecimentos, habilidades e atitudes voltadas para a conservação dos recursos naturais e melhoria do meio ambiente.

A partir da Conferência das Nações Unidas sobre o meio Ambiente e Desenvolvimento (também conhecida como RIO 92), foi escolhida três palavras para incentivar atitudes mais sustentáveis: Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Pouco tempo depois surgiu o quarto “R” (Repensar), com o objetivo de reforçar a importância de analisar hábitos de consumo (Walmart Brasil, 2016).

A expressão sustentabilidade vem sempre associada a uma maior conscientização sobre as diferentes formas de preservar o meio ambiente, estabelecendo-se, assim, um vínculo direto com a política dos 4R’s.

4R’s – Esta abreviação corresponde às quatro (04) medidas práticas a serem adotadas pelas pessoas, com vistas à melhoria do meio ambiente e promoção da sustentabilidade.

1- Repensar: corresponde à atitude que tomamos e que tem consequência direta em nossas vidas e ao meio ambiente. Assim, deve-se sempre reavaliar e mudar a postura. Nesse sentido, cabem indagações, como: os gastos com a energia são compatíveis com as suas necessidades, ou há exageros? Você consome só o que precisa? Ou também compra por impulso? Você abre mão de usar o carro por alguns dias? Na verdade, não se trata de deixar de fazer as coisas, mas sim de fazer de uma maneira que melhore a qualidade de vida e respeite o meio ambiente.

2- Reduzir: refere-se ao ato de diminuir o lixo e também a emissão de poluentes, a partir de um consumo mais consciente e poupador de recursos naturais. Se atentarmos para as compras que realizamos no cotidiano e nos serviços que contratamos, poderemos perceber que muitas vezes adquirimos coisas que não precisamos ou que usamos poucas vezes.

Como ações práticas, estas podem ser resumidas essencialmente em:

a) uso econômico da água – uso sem desperdício, não usar água para lavar calçadas ou ruas (evitar o uso condenável de “vassouras hidráulicas”), fechar a torneira quando estiver escovando os dentes ou ensaboando as mãos, e ficar atento a qualquer vazamento na rede de água, interna e/ou externa;

b) economia de energia– usar energia limpa (solar e/ou eólica) no aquecimento interno das casas, instalando sensores para evitar desperdícios. Também, dar preferência para as lâmpadas LED, que oferecem grandes vantagens principalmente em termos de durabilidade e economia, além de que não possuem metais pesados (chumbo e mercúrio) em sua composição, causando assim, menor risco ambiental.

c) economia de combustíveis– fazer percursos a pé ou de bicicleta, o que gera economia financeira e de recursos naturais, com ganhos para a saúde e redução de poluição do ar;

d) criar soluções inteligentes e poupadoras, como: produzir seus próprios temperos, cultivando hortas caseiras; usar embalagens recicláveis (papel ou papelão); exercitar a compra a granel, o que vai reduzir as embalagens descartadas.

3- Reutilizar: descartamos muitas coisas que poderiam ser reutilizadas para outros fins. Reutilizar contribui não só para a economia doméstica, mas também para o desenvolvimento sustentável do planeta. Sabe-se que tudo que é fabricado necessita do uso de energia e matéria-prima, assim, ao jogarmos algo no lixo, estamos desperdiçando também a energia que foi usada na fabricação (combustível usado no transporte e matéria prima empregada). Deve-se considerar, ainda, que objetos descartados de forma incorreta, poderá poluir o meio ambiente. A doação também pode ser boa alternativa, tanto a quem precisa quanto à proteção ambiental.

Como ações práticas, resumidamente, cita-se:

a) potes e garrafas pet podem ser usadas como vasos de plantas;

b) usar a impressão dos dois lados do papel e só imprima se for realmente indispensável;

c) móveis (armário, guarda-roupa, sofá, estante, mesa e cadeira) quebrados não precisam ir parar no lixo. Podem ser consertados ou doados;

d) computadores, impressoras e visores podem ser doados para uso em entidades sociais, pessoas carentes;

e) aproveite cascas, frutas e legumes danificados para incorporá-los ao solo;

f) aumente a vida útil de livros, jornais e revistas, trocando-os com amigos.

4- Reciclar: esta ação transforma um objeto usado em um novo produto, que pode ser igual ou diferente. Esta prática resulta em economia de matéria-prima, que é retirada da natureza, isto é, procedimento poupador de recursos naturais. O primeiro passo é proceder a coleta seletiva em sua casa, separando o lixo orgânico do reciclável (plástico, metais, vidro, papel), além de resíduos perigosos (pilhas, lâmpadas, medicamentos, material de limpeza, tinta de cabelos e outros produtos químicos, igualmente danosos ao meio ambiente e à saúde humana).

Cerca de um terço do lixo produzido corresponde aos materiais que podem ser reutilizados, gerando ganhos financeiros e novos empregos, além de que a prática de reciclagem contribui positivamente para a redução do volume de lixo que vai para os aterros sanitários. Processo que pode ser considerado como “ganha-ganha”, isto é, tanto a população quanto o meio ambiente são fortemente beneficiados.

Como considerações finais, pode-se dizer: é preciso inverter a pirâmide, ou seja, colocar em prática a desejável política dos “4 Rs” (Repensar, Reduzir, Reusar e Reciclar) e não continuar produzindo e gerando mais resíduos, deixando que “alguém” assuma a responsabilidade de tratar e dispor adequadamente.

Todas essas práticas não só reduzirão o volume de resíduos gerados diariamente, mas também permitirão o exercício de reuso e reciclagem, culminando em um gerenciamento mais eficiente dos resíduos. São atitudes simples e viáveis que podem ser incorporadas cada vez mais no dia a dia, a fim de proteger o ar, o solo e a água, bem como a preservação de grandes extensões de cobertura vegetal (ou florestas nativas), trazendo como consequência melhores condições de saúde humana, qualidade de vida e saúde ambiental.

Fontes

PENA, R. A. Sustentabilidade. (http://escolakids.uol.com.br/sustentabilidade.htm).

PEREIRA, L. C.; TOCCHETTO, M. R. L.   Resíduos: é preciso inverter a pirâmide – reduzir a geração!  Portal Gestão Ambiental, 17 de setembro de 2004.  (www.portalga.ea.ufgrs.br/arquivo).

CARTILHA PENSE BEM. Para ter atitudes verdes é preciso repensar, reduzir, reutilizar e reciclar. Meio Ambiente produzida pela IPAS – Iniciativa Pró-Alimento Sustentável. (http://www.blogiveco.com.br/para-ter-atitudes-verdes-e-preciso-repensar-reduzir-reutilizar-e-reciclar/?doing_wp_cron=1513037679.6203689575195312500000).

WALMART BRASIL. Saiba como colocar em prática os 4 Rs da sustentabilidade.

(https://www.walmartbrasil.com.br/noticias/saiba-como-colocar-em-pratica-os-4-rs-da-sustentabilidade/).

Nota da Redação: Sobre o tema Sustentabilidade/Desenvolvimento Sustentável, leia, também:

A sustentabilidade segundo Lester Brown, Parte 1 / 2, artigo de Roberto Naime

A sustentabilidade segundo Lester Brown, Parte 2 / 2 (Final), artigo de Roberto Naime

in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 19/12/2017

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Quais ações que podemos fazer para reduzir os resíduos?

Sete dicas para reduzir a geração de resíduos em casa.
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Como é possível reduzir o impacto dos resíduos?

Para evitar os impactos ambientais de resíduos é importante que o aterro cumpra os requisitos legais de funcionamento para abrigá-los. O aterro deve seguir princípios da engenharia para confinar os resíduos em uma menor área possível e reduzir o volume ao máximo possível.

O que podemos fazer para diminuir os impactos ambientais no planeta Terra?

O uso consciente dos recursos naturais, a conscientização das gerações futuras sobre a preservação ambiental e a criação de leis que garantam a preservação do meio ambiente são as principais medidas para diminuir o impacto ambiental.

O que é o princípio dos 3 R?

A redução é a primeira etapa do princípio dos 3R´s (Reduzir, Reutilizar e Reciclar), e consiste em ações que visem à diminuição da geração de resíduos, seja por meio da minimização na fonte ou por meio da redução do desperdício.