Quais as principais diferenças entre aterro sanitário e lixão?

Quais as principais diferenças entre aterro sanitário e lixão?

Sempre temos dúvidas quando falam em aterro controlado ou aterro sanitário, nossas dúvidas por vezes se passam pela mesma pergunta. Existe diferenças entre os dois?

E ainda temos o Lixão, bom esses já conhecemos bem, e também como é feita à disposição. Nesse artigo tentaremos sanar suas dúvidas sobre esses três processos de tratamento.

Começamos pelo Lixão, também conhecido por vazadouro a céu aberto, onde são depositados os resíduos sólidos, sem nenhum tratamento. Isso significa que é um depósito sem cobertura, onde se jogam resíduos de todo tipo de fonte. Por exemplo: Resíduos Domiciliares, Resíduos Industriais, Resíduos de Construção e Demolição e até mesmo Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde. Geralmente se localizam longe dos centros urbanos, alguns são até clandestinos. De certa forma representaram uma solução para população que não dava muita atenção para o processo de resíduos.

Aterro Controlado

O Aterro Controlado, é uma categoria intermediária entre o aterro sanitário e o Lixão. Não representa bem esse controle que está embutido em seu nome, mas pode ser considerado um tratamento menos nocivo ao meio ambiente local que o Lixão. Os Aterros Controlados não recebem impermeabilização do solo e também não possuem sistema de dispersão de gases, ou ainda de coleta e tratamento do chorume gerado. Ou seja, utilizam algumas técnicas de engenharia para isolar os resíduos descartados, cobrindo-os com argila, terra e grama, impedindo que o lixo fique exposto e favoreça a proliferação de doenças. Este tipo de tratamento também ameniza o cheiro do lixo e a consequente proliferação de insetos e animais que buscam alimentos nos lixões. Geralmente são localizados próximo aos Lixões, ou até mesmo podem ser um Lixão que foi remediado, e recebeu cobertura de grama e argila.

Por outro lado, os aterros sanitários, recebem principalmente o Resíduo Industrial e Domiciliar. Eles são depositados em solos que receberam tratamento e também foram impermeabilizados, o que inclui uma preparação com técnicas de nivelamento de terra, selagem da base com argila e mantas de PVC. Possuem um sistema de drenagem para o chorume (líquido preto e tóxico que resulta da decomposição do lixo). Que é levado para tratamento e uma Estação de Tratamento de Efluentes, sendo depois devolvido ao meio ambiente sem risco de contaminação. Fazem a captação dos gases liberados, como metano, seguida da sua queima, alguns já trabalham gerando energia.

Cotrole e manutenção

Além disso os aterros sanitários são cobertos com solo e compactados com tratores, dificultando o acesso de agentes vetores de doenças e de oxigênio, minimizando a proliferação de determinadas bactérias. As construções desses aterros são baseadas em normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Outra necessidade é o monitoramento do subsolo, onde são construídos poços de monitoramento próximo aos aterros, para a avaliação constante da qualidade da água e assim a verificação de eventuais contaminações.

Apesar de todo esses controles e aspectos positivos contra os outros dois processos, e de ser economicamente viável, os aterros sanitários têm vida curta (cerca de 20 anos) e, mesmo depois de desativados, continuam produzindo gases e chorume, sem contar o passivo ambiental que ficará ali para sempre depositado.

Dessa forma se não forem bem preparados, podem resultar nos mesmos problemas que os vazadouros a céu aberto. Além disso, é necessário haver um controle do resíduo que recebem, pois podem acabar recebendo tipos de resíduos perigosos, como resíduos hospitalares e até mesmo nucleares. Assim sendo, os aterros sanitários necessitam de muito controle e manutenção durante toda sua vida útil e também depois do seu desativamento, o que nem sempre é feito.

Fonte:

https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/diferenca-entre-lixao-aterro-controlado-aterro-sanitario.htm

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Aterro sanitário - EcoUrbis. Foto: Recicla Sampa

Segundo um relatório da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), dos 5.570 municípios brasileiros aproximadamente 3 mil ainda descartam seu lixo urbano em lixões e aterros irregulares.

Infelizmente, mais de uma década depois da promulgação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), o país ainda apresenta alto índice de destinação incorreta do lixo, apesar do crescimento das taxas de reciclagem, reflexo de investimentos dos governos em políticas públicas.

Lixões são nocivos para o meio ambiente e um perigo para a população. Os resíduos contaminam o solo e produzem gases tóxicos. No contexto de uma pandemia, eles aumentam os riscos de proliferação da nova doença, além das doenças já existentes como a leptospirose e a dengue.  

A PNRS tinha como objetivo zerar os aterros irregulares no Brasil até 2014, mas as metas acabaram continuamente descumprimas e prorrogadas. Para piorar, esses espaços passaram a receber ainda mais lixo. O último levantamento indica um salto de 25 para 29 milhões de toneladas entre 2010 e 2019. 

Aterros Sanitários X Lixões 

Aqui na capital de São Paulo, todo lixo comum produzido em nossas residências vai para os Aterros Sanitários, grandes áreas preparadas tecnicamente para receber diariamente o material não reciclável. 

“É uma obra de engenharia para a destinação ambientalmente correta dos resíduos. Você impermeabiliza o solo que vai receber o líquido, tem a captação de gases e a captação de chorume”, explica Edson José Stek, diretor de operações da Loga, uma das concessionárias de coleta de resíduos domiciliares e de saúde da cidade.  

O caminhão chega ao aterro, é pesado em uma balança e descarrega o lixo. Com o uso de máquinas (tratores) inicia-se o processo de espalhar e compactar o lixo em camadas no terreno, que posteriormente será coberto por terra. Isso evita mal cheiro, insetos e animais. 

Quando começa a se decompor, o lixo gera o chorume, um líquido escuro e produzido pela decomposição da matéria orgânica depositada, que será drenado e tratado para garantir a proteção ambiental, evitando a contaminação do solo e, principalmente, do lençol freático. 

O tratamento do chorume é feito pela Sabesp, que recebe o líquido para efetuar o processo de separação da água e do lodo. A água é tratada e reutilizada e o lodo é destinado aos aterros sanitários por caminhões contratados pela Sabesp. 

A Central de Tratamento de Resíduos Leste, um dos dois aterros sanitários de São Paulo, faz o encaminhamento do chorume através do que eles chamam de emissários (tubulações específicas para transporte do líquido) ligados diretamente às duas estações de tratamento da Sabesp – a Estação Barueri e a Estação de Tratamento de Esgoto Parque Novo Mundo. 

Já no segundo aterro, a Central de Tratamento e Valorização Ambiental, não há tubulações ligadas diretamente à Sabesp e o líquido é enviado através de caminhões pipa, coletados em plataformas de bombeamento. 

A decomposição do lixo também produz gases, entre eles o gás metano, um dos mais poluentes, que são coletados e queimados dentro da Estação de Queima de Biogás, localizada nos aterros, onde o gás metano é destruído para evitar a poluição do meio ambiente. 

Parte do biogás gerado nos aterros sanitários também é captado e destinado à usina termelétrica movida a biogás, onde o gás metano, decorrente da decomposição dos resíduos orgânicos, é utilizado como combustível para geração de energia elétrica. 

No caso de lixos hospitalares, industriais e de construção existem aterros sanitários específicos e de administração privada que recebem o que foi coletado. 

A Prefeitura estuda alternativas para diminuir a quantidade de lixo direcionada aos aterros sanitários, como a implantação de um EcoParque, que terá a capacidade de processar 1.200 toneladas por dia de resíduos, tanto na reciclagem, quanto na compostagem. 

“A ideia é que dessas 1.200 toneladas por dia se devolva para os aterros sanitários apenas 10%. Estamos reduzindo bastante o que vai ser o disposto nos aterros”, afirma Edson Tomaz, presidente da Amlurb. 

Aterros Sanitários em São Paulo 

Central de Tratamento de Resíduos Leste (CTL): Estrada do Sapopemba, 23325, em São Paulo.

Central de Tratamento e Valorização Ambiental (CTVA): Rodovia dos Bandeirantes, s/n Km 33, em Caieras. 

Texto produzido em 05/05/2021

Quais as diferenças entre aterro sanitário e lixão?

No lixão, os resíduos sólidos são depositados a céu aberto; no aterro controlado, o solo recebe uma cobertura; e no aterro sanitário, o solo é impermeabilizado.

Porque o aterro sanitário é melhor que o lixão?

O aterro sanitário é a solução mais adequada ambientalmente para a disposição dos resíduos sólidos urbanos. O local é preparado previamente com o nivelamento de terra e com o selamento da base com argila, mantas e geomembranas evitando que o lençol freático seja contaminado pelo chorume.

Quais são as principais características do lixão?

Lixão é uma forma inadequada de disposição final de resíduos sólidos, que se caracteriza pela simples descarga do lixo sobre o solo, sem medidas de proteção ao meio ambiente ou à saúde pública. O mesmo que descarga de resíduos a céu aberto (IPT, 1995).

Qual a diferença entre aterro sanitário e incineração?

Em relação à incineração, todos os materiais são oxidados e encaminhados junto a corrente gasosa, que segue para tratamento de gases, instalado juntamente com o incinerador. Os aterros sanitários geram poluentes gasosos, metano, emitidos através de flaire e efluentes líquidos, o chorume, com alto poder poluidor.