1. Introdu��o Show O diabetes mellitus se destaca como importante causa de morbidade e mortalidade entre as doen�as cr�nicas n�o transmiss�veis, especialmente entre os idosos. Causada pelo acelerado ritmo do processo de envelhecimento da popula��o, junto com uma maior tend�ncia ao sedentarismo e inadequados h�bitos alimentares, al�m de uma s�rie de outras mudan�as sociais e comportamentais, que contribuem para os crescentes n�veis de incid�ncia e preval�ncia do diabetes, bem como de mortalidade pela doen�a.1 Segundo a Organiza��o Pan-Americana de Sa�de, cerca de 177 milh�es de pessoas sofrem desse agravo, n�mero que dever� duplicar at� 2030. Os sintomas caracter�sticos s�o: polidipsia, poli�ria, borramento da vis�o e perda de peso.2 O diabetes mellitus � uma enfermidade metab�lica frequentemente caracterizada por hiperglicemia e altera��es no metabolismo de gorduras e prote�nas. Este dist�rbio � causado pela defici�ncia relativa ou absoluta de insulina associados ou n�o � resist�ncia perif�rica e � a��o deste horm�nio.3 O diabetes se divide em diabetes tipo I e diabetes tipo II. A diabetes tipo II� provocada por uma combina��o de fatores como a secre��o diminu�da da insulina e a menor sensibilidade � mesma. A fase inicial da diabetes tipo II caracteriza-se pela resist�ncia � insulina, provocando hiperglicemia p�s prandial. Onde segue-se uma primeira fase de deteriora��o da resposta da insulina devida a um aumento da concentra��o da glicose no sangue. 4 Associado com a diabetes tipo II surgem v�rias complica��es secund�rias micro (retinopatia, nefropatia e neuropatia) e macrovasculares (acidente vascular encef�lico, infarto de miocardio e doen�a vascular perif�rica). Provocada por exposi��o prolongada � hiperglicemia, al�m de altera��es bioqu�micas e metab�licas causadas por esta doen�a. No Brasil os dados s�o preocupantes, pois, no ano de 2005, foram registrados 40.317 �bitos por complica��es decorrentes do diabetes mellitus em todo o pa�s. Entre estas complica��es est�o: As doen�as cardiovasculares que s�o respons�veis por at� 80% das mortes, sendo que os diab�ticos tem o risco relativamente, tr�s vezes maior que o da popula��o em geral.6 A hipertens�o arterial sist�mica que est� presente em cerca de 50% dos indiv�duos portadores dessa forma de diabetes.7 Tamb�m as neuropatias, sendo a mais conhecidas � o �p� diab�tico�, os pacientes diab�ticos possuem um risco 15 vezes maior de sofrer amputa��es que a popula��o em geral.8 O acometimento renal, que acomete at� 40% destes pacientes.9 E a retinopatia diab�tica � a mais grave das v�rias complica��es oculares do diabetes mellitus, causada por um conjunto de les�es.10 Diante do exposto est� a relev�ncia da abordagem da diabetes associado com outras doen�as secund�rias e que existem poucas publica��es sobre o assunto, visto que trata-se de um grave problema de sa�de p�blica. Este trabalho teve como principal objetivoidentificar as doen�as secund�rias nos pacientes diab�ticos do tipo II em um munic�pio do norte de Minas, bem como sugerir a elabora��o de programas de sa�de voltados para preven��o, diagn�stico, orienta��o e tratamento dos pacientes e por fim promover encontros de educa��o em sa�de para popula��o avaliada. Metodologia O estudo realizado tratou-se uma pesquisa de car�ter descritivo, quantitativo. O cen�rio para realiza��o deste trabalho foi a cidade de Campo Azul que segundo IBGE (2009), possui uma popula��o estimada de 4020 habitantes, em uma unidade territorial de 506 km2, (IBGE,2009).Est� situada na regi�o norte de Minas Gerais e faz parte da microrregi�o de Montes Claros.11 A fonte de dados para este estudo foram os 26 prontu�rios dos pacientes diab�ticos, do centro de sa�de da cidade de Campo Azul no per�odo de janeiro de 2009 � dezembro de 2009. Este Centro de sa�de � o �nico do munic�pio avaliado.Foram avaliados dados de todos os pacientes diagnosticados com diabetes no per�odo avaliado. Foram analisados dados como: Idade, sexo doen�as secund�rias associadas ao diabetes que o paciente possui. Quanto aos preceitos �ticos, este estudo, obedeceu �s normas �ticas da Resolu��o 196 de 1996. Sendo aprovado pelo Comit� de �tica em Pesquisa das Faculdades Unidas do Norte de Minas, protocolo n�mero 01318/10. Resultados Os resultados demonstraram que dos 26 pacientes acometidos com diabetes mellitus tipo II, (96,15 %) destes pacientes possu�am alguma doen�a secund�ria, e que (3,85%) dos pacientes diab�ticos n�o possu�am nenhuma das doen�as pesquisadas. Dados mostrados na Tabela 1. Tabela 1. Freq��ncia e percentual de pacientes que possuem algum tipo de doen�a secund�ria ligada ao diabetes mellitus tipo II Observamos que nenhum dos paciente apresentou doen�a cardiovascular, j� hipertens�o � encontrada em (92,31%) dos pacientes diab�ticos; (19,23%) apresentaram retinopatia; (11,54%) dos pacientes apresentaram alguma doen�a renal e (11,54%) destes pacientes apresentaram retinopatia diab�tica. Dados que podem ser visualizados na Tabela 2. Tabela 2. Distribui��o das vari�veis de estudo, doen�as secund�rias em pacientes com diabetes mellitus tipo II, em Campo Azul interior de Minas Gerais Quanto ao sexo dos pacientes estudados notasse que (76,92%) s�o do sexo feminino, e (23,08%) do sexo masculino. A Tabela 3 demonstra estes dados. Tabela 3. Percentual do sexo da amostra pesquisada. A idade dos pacientes esta na faixa de 45 anos a 94 anos, sendo que (15,38%) destes esta entre 45-49 anos, (7,69%) esta entre 50-54 anos; (30,77%) esta entre 55-59 anos, (11,54%) esta entre 60-64 anos; (3,85%) esta entre 65-69 anos; (7,69%) esta entre 70-74 anos; (19,23%) esta entre 75-79 anos e de 90-94 anos (3,85%) dos pacientes. Na Tabela 4 pode-se visualizar estes dados. Tabela 4. Doen�as secund�rias em pacientes com diabetes mellitus tipo II de acordo com faixa et�ria Entre os pacientes da amostra nota-se que nenhum tem doen�a cardiovascular, j� os 5 pacientes com retinopatia apresentam simultaneamente hipertens�o. Dos 3 pacientes com doen�as renais 2 tem tamb�m a hipertens�o e os 3 pacientes com neuropatias apresentam concomitantemente hipertens�o. A Tabela 5 mostra estes dados. Tabela 5. Cruzamento pacientes que possuem hipertens�o e outras doen�as secund�rias ao diabetes mellitus tipo II Discuss�o No presente estudo foi detectado que em uma amostra de 26 pacientes pode se verificar que (96,15 %) destes pacientes possu�am alguma doen�a alguma doen�a secund�ria ao diabetes mellitus tipo II.. No Brasil os dados s�o preocupantes, pois, no ano de 2005, foram registrados 40.317 �bitos por complica��es decorrentes do diabetes mellitus em todo o pa�s. Al�m de que tais complica��es comprometem a produtividade, a qualidade de vida e a sobrevida dos pa�cientes. E tamb�m acarreta altos custos para seu controle metab�lico e tratamento de suas complica��es.5 Observamos que nenhum paciente no per�odo estudado apresentou doen�a cardiovascular, no estudo Fatores de risco para doen�as cardiovasculares em idosos com diabetes mellitus tipo 2, cita-se que o diabetes mellitus tipo 2 se destaca como importante fator de risco cardiovascular. Sendo estas respons�veis por 80% dos �bitos.12 J� a hipertens�o atinge um percentual de (92, 31 %), sendo que o �ndice foi maior que no estudo Fatores de risco para doen�as cardiovasculares em idosos com diabetes mellitus tipo 2. Em que (74, 0%) dos pacientes diab�ticos tamb�m apresentavam hipertens�o.12 Sendo que a hipertens�o � um fator de risco para as doen�as cardiovasculares.6 Pacientes que apresentavam retinopatia secund�ria ao diabetes tipo II atingiu o percentual (19,23%) �ndice menor que o relatado por Lisboa que cita uma varia��o na literatura nacional e internacional. Em Estudo tailand�s encontrou preval�ncia de 31,4% de retinopatia diab�tica em 6707 diab�ticos do tipo 2.3 As doen�as renais e neuropatias apresentaram o mesmo percentual em nossa amostra o de (11,54%), sendo que as nefropatias est�o abaixo do que referiu o estudo, An�lise dos crit�rios de defini��o da s�ndrome metab�lica em pacientes com diabetes melito tipo 2, que mostra o percentual de 37,0% de pacientes com nefropatia diab�tica.13 J� o percentual de neuropatias, �p� diab�tico� no presente estudo esta acima do encontrado na literatura, em que h� uma varia��o entre 4% e 10%.5 Quanto ao sexo dos pacientes estudados notasse que (76,92%) s�o do sexo feminino, e (23,08%) do sexo masculino. J� a idade variou de 45 a 94 anos. Alguns pacientes apresentaram simultaneamente hipertens�o e outras doen�as secund�ria, do 26 pacientes, 5 apresentam retinopatia simultaneamente hipertens�o. Destes 3 pacientes com doen�as renais, 2 tem tamb�m a hipertens�o e os 3 pacientes com neuropatias apresentam concomitantemente hipertens�o. Conclus�o Com este estudo foi poss�vel observar, a exist�ncia de altos �ndices de doen�as secund�rias relacionadas ao diabetes mellitus tipo II, na amostra analisada. O que demonstra a import�ncia da melhoria dos servi�os de sa�de voltados para essa popula��o, visando a preven��o e orienta��o destes pacientes. Bem como a preven��o e diagnostico de novos casos. Este estudo ser� encaminhado � secretaria da cidade de Campo Azul, com intuito de fornecer dados sobre o acometimento do diabetes mellitus, bem como as doen�as secund�rias que atingem estes pacientes a fim de auxiliar a implementa��o dos programas de sa�de j� existentes voltados para os pacientes diab�ticos. Refer�ncias
Outros artigos em Portugu�s
Quais as principais alterações metabólicas podem ser observadas em um paciente diabético?O diabetes mellitus caracteriza-se pela alteração da secreção de insulina e graus variáveis de resistência periférica à insulina, causando hiperglicemia. Os sintomas iniciais são relacionados à hiperglicemia e incluem polidipsia, polifagia, poliúria e visão ofuscada.
Quais as alterações fisiológicas que ocorrem no DM tipo 2?No DM tipo 2, há resistência à insulina nas células, que gera um aumento da demanda de síntese da insulina na tentativa de compensar o déficit em sua ação. Inicialmente, por conta disso, há um hiperinsulinismo, sendo representada clinicamente pela acantose.
Quais consequências metabólicas do diabetes?A glicemia alta reduz a capacidade de eliminar radicais livres e compromete o metabolismo de várias células, principalmente as dos neurônios. Pessoas com diabetes podem apresentar feridas com difícil cicatrização devido aos níveis elevados de açúcar no sangue e/ou circulação sanguínea deficiente.
Por que pessoas com síndrome metabólica pode desenvolver diabetes tipo 2?Vários estudos comprovaram que a grande maioria dos pacientes diabéticos não possuem alimentação adequada ou hábitos de vida saudáveis, possuindo muitas vezes, uma obesidade já instituída atrelada a dislipidemias e sedentarismo, contribuindo, assim, para o diagnóstico da síndrome metabólica e tornando o DM2 uma ...
|