Quais ações devem ser tomadas para reduzir a degradação do Rio São Francisco?

TRILHA: O Homem chega e já desfaz a natureza, tira gente, põe represa diz que tudo vai mudar...

A possibilidade de transposição trouxe à tona a necessidade de revitalização do Rio São Francisco. Afinal, ao longo de seus 2.700km, o rio banha 5 estados, recebendo o esgoto quase que in natura da maioria das cidades ribeirinhas. No rio também são despejados restos de agrotóxico e lixo industrial. O desmatamento da vegetação em volta do rio também é responsável pela degradação das águas. E a própria população se encarrega de sujar sua principal fonte. Um passeio pela praia do Peba, em Alagoas, ao lado da foz do Rio São Francisco, é revelador: centenas, milhares de garrafas plásticas espalhadas pelas dunas mostram o descaso do homem com um dos maiores rios do Brasil.

Na Câmara, já existe uma proposta de emenda à Constituição que vai garantir um fundo para revitalização da bacia do São Francisco. Serão cerca de 300 milhões de reais anuais, durante 20 anos. O relator da proposta, deputado Fernando Ferro, do PT de Pernambuco, explica que a razão do projeto, que começou a tramitar no Senado em 2002, não é a transposição. Fernando Ferro diz que a PEC soma-se a uma política de recursos hídricos.
"Reforça as políticas que têm que ser tomadas em relação à recuperação do rio, que está muito degradado por intervenções do homem na natureza. Problemas de agrotóxico, lixo urbano, lixo industrial, que foi, ao longo do tempo, jogado no rio e que precisa realmente ser evitado, e a proposta da revitalização é justamente para disciplinar essas questões e corrigir todas essas agressões contra o rio."

O ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, diz que a revitalização já está sendo traduzida em projetos executáveis. A linha central é o saneamento ambiental, que deve receber 85% dos recursos destinados à revitalização.

"cidades da ribeira do São Francisco hoje lançam seus efluentes sem tratamento na calha do rio. Esta é disparada a maior agressão de todas quantas muitas o rio tem sofrido ao longo de ações predatórias nos últimos 500 anos."

De acordo com o Ministério da Integração Nacional, já estão em andamento projetos de recuperação dos processos erosivos, monitoramento da qualidade da água e reflorestamento de nascentes e de margens nas áreas degradadas do São Francisco. O professor Demetrios Christofidis, do Centro de Desenvolvimento Sustentável da UnB, doutor em Recursos Hídricos, compara a transposição a uma transfusão de sangue: o doador tem que cuidar bem de sua fonte. Ele alerta que os receptores - que são os estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte - também não devem deixar a água deteriorar. A mistura de águas tem que ser de boa qualidade, diz Cristofidis.

"Aquelas terras que foram degradadas nas nascentes, que são de áreas de contribuição do São Francisco, elas teriam que ser revegetadas, de maneira a não permitir que haja erosão, assoreamento. E ao mesmo tempo tem que ter um cuidado com o lançamento de resíduos, tanto sólidos quanto líquidos, de indústrias, de áreas urbanas, como é o caso de Belo Horizonte, para que as águas sempre mantenham um padrão de qualidade elevado. Então é o caso de se repensar toda essa questão entre os doadores e receptores."

Demetrius Cristofidis comemora que a questão ambiental passou a ocupar o centro do debate sobre a transposição.

"É o momento de se repensar todo o planejamento urbano das cidades, com o projeto de revitalização. Claro, a revitalização é muito importante, porque não é revitalização só física, mas até do pensamento e do olhar de quem está administrando essas cidades. Mesmo os prefeitos, é necessário fazer planos diretores que possam estabelecer um padrão de uso do solo."

TRILHA:

O Ibama elaborou um relatório de Impacto Ambiental - RIMA - em que prevê alguns impactos negativos ao meio ambiente, como o risco de redução da biodiversidade nas bacias recepetoras. Para amenizar os impactos, o RIMA propõe 24 programas ambientais. As obras só podem começar depois que o Ibama fizer o licenciamento ambiental do projeto. Mas a questão foi contestada, e o Ibama está impedido judicialmente de concluir o trabalho. Mais um indício de que a polêmica em torno das obras de transposição do São Francisco está longe de acabar.

De Brasília, Adriana Magalhães.

06/06/2016 - 14:48

O rio São Francisco e seus afluentes estão vivendo uma situação triste.  A poluição já tem marcado negativamente esses cursos d’água e, em algumas cidades, a contaminação da água, erosões no solo e a morte de peixes em massa acontecem cada vez mais.
Em Junho, foi realizada pelo CBHSF uma campanha para divulgar o Dia Nacional em Defesa do Velho Chico, um movimento que tem como objetivo chamar a atenção da sociedade para a necessidade da revitalização do Velho Chico.  Para darmos continuidade a essa missão, separamos algumas formas de ajudar o(s) rio(s)  no seu dia a dia:
1- Denuncie vazamentos, lixo e poluição – Ações rápidas podem minimizar as consequências causadas à água e ajudar a achar quem cometeu o crime.
2- Economia de água – Quanto maior a economia de água, menor a quantidade de detritos de esgotos jogados no rio.
3- Preservar as matas ciliares – As margens dos rios possuem uma mata muito importante: as matas ciliares. São elas que garantem a qualidade da água, a vida selvagem, que evitam o assoreamento e que os restos de detritos de esgotos cheguem até o rio. Reduzem a erosão, filtram a poluição e proporcionam sombra e proteção aos peixes. Além disso, ainda deixam o rio mais bonito e arborizado.
5 – Evite a poluição dentro de casa – Nunca jogue algo nos ralos de casa ou da rua. Os sistemas de escoamento não fazem o tratamento dos materiais que não são biodegradáveis.
6 – Cuidado com os produtos químicos – Evite utilizar quantidades elevadas de produtos químicos, como óleo para motores, anticongelantes e detergentes de carros. Jamais use-os próximo ao rio.
7- Apresente o rio a um amigo – As pessoas tendem a se encantar com a natureza vendo de perto. Faça um ecoturismo e mostre um lugar lindo em que o rio percorre.
8 – Não jogue latas, garrafas pets e outros resíduos sólidos no rio – A decomposição desses materiais leva muito anos e durante esse tempo ele polui as águas e interfere na natureza.
9 – Não pesque com bombas – Esse tipo de pesca é ilegal e mata muitos peixes, podendo provocar acidentes até com outras pessoas que estejam próximas ao explosivo.
10 – Reutilize embalagens – Há muita coisa que pode ser feita com embalagens usadas, assim você evita que elas poluam a natureza.
Para que o Velho Chico continue vivo é preciso uma mudança de comportamento geral, pequenos atos já podem ajudar muito para a melhoria das condições de toda a bacia.
 

O que poderia ser feito para preservar o Rio São Francisco?

1- Denuncie vazamentos, lixo e poluição – Ações rápidas podem minimizar as consequências causadas à água e ajudar a achar quem cometeu o crime. 2- Economia de água – Quanto maior a economia de água, menor a quantidade de detritos de esgotos jogados no rio.

O que devemos fazer para preservar o rio?

Procure meios de economizar a água. 3- Preservar as matas ciliares – As margens dos rios possuem uma mata muito importante: as matas ciliares. São elas que garantem a qualidade da água, a vida selvagem, que evitam o assoreamento e que os restos de detritos de esgotos cheguem até o rio.

Quais as formas de degradação do Rio São Francisco?

No conjunto, o rio São Francisco está sofrendo com o assoreamento, o desmate das matas ciliares, a erosão, o sobre uso das águas, os represamentos, a poluição dos esgotos e dos efluentes industriais, a contaminação de metais pesados e os agrotóxicos.

O que podemos fazer para as águas e as florestas continuarem limpas?

Conheça quais são elas:.
evitar o desperdício de água ao tomar banho, lavar louça e escovar os dentes;.
ficar atento quanto aos vazamentos internos;.
trocar a mangueira pela vassoura para a limpeza de áreas externas;.
não jogar lixo em rios, lagos e praias;.
praticar e incentivar o consumo sustentável;.