Marcos 8:34-35 ARCE, chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me. Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida perdê-la-á, mas, qualquer que perder a sua vida, por amor de mim e do evangelho, esse a salvará. Show ARC: Almeida Revista e Corrigida (Portugal) Partilhar Ler todo o capítulo
O que significa a exigência de Jesus apresentada aos que aspiravam a ser seus discípulos? Quando ele disse a si mesmo se negue, o que, exatamente, isso queria dizer? Desde o início da história humana, o grande conflito que nós, humanos, temos com Deus é uma guerra de vontades. O Senhor disse ao primeiro casal que não era da vontade dele que comessem da árvore do conhecimento do bem e do mal; mas eles escolheram sua própria vontade e comeram. A obediência é um requisito definido pelo criador para regrar o seu relacionamento com a humanidade desde o início; e o perigo de comprometer isso tudo sempre residiu na vontade e no poder de escolha dos homens, que tendem a diferir da vontade e das ordenanças divinas. Essa foi a razão pela qual Deus advertiu a Caim, antes de ele pecar:
Nossos desejos carnais trabalham contrários ao propósito divino, portanto, são contra nós! Nosso Senhor Jesus Cristo não veio apenas remover a culpa e a condenação do pecado; ele veio para restaurar o propósito inicial, comprometido pela desobediência do homem e suas trágicas consequências. Mas é ridículo acharmos que pode haver a restauração plena de tudo o que o homem tinha antes da queda sem que a mesma dimensão de obediência a Deus (e plena sujeição ao seu senhorio) seja restabelecida, como no princípio. O evangelho de Cristo é uma mensagem de obediência. Temos tentado proclamar uma mensagem de fé desacompanhada da obediência, e isso não se harmoniza com a revelação bíblica. Aliás, por duas vezes, Paulo relaciona, em sua carta aos Romanos, a obediência com a fé.
Na verdade, há uma inquestionável conexão nas Escrituras entre crer e obedecer. Cristo nos mandou pregar o evangelho a toda criatura e disse que os que cressem seriam salvos (Mc 16.15,16). Portanto, o evangelho requer do homem uma resposta de fé. Mas o mesmo Jesus também ordenou que fizéssemos discípulos das nações e os ensinássemos a guardar (obedecer, cumprir, atender) tudo o que ele havia ensinado (Mt 28.19,20). Fé e obediência andam juntas! Em seu precioso livro Coração ardente: acendendo o amor por Deus, John Bevere diz o seguinte sobre isso:
Com isso em mente, é necessário reconhecer que a ordem de Cristo sobre negar a si mesmo não é uma mera tentativa de nos privar de algo supostamente bom. Trata-se do princípio da obediência sendo cultivado através do exercício da única coisa que pode barrar nossa inclinação ao pecado: o domínio próprio. Paulo definiu a autonegação nas seguintes palavras:
Em outra epístola, o apóstolo descreveu a maneira como podemos nos manter crucificados com Cristo:
O que é a autonegação? Ela não deve ser confundida com autoflagelo. A linguagem de Paulo sobre “esmurrar o corpo” deve ser vista como figurada, o que percebemos, especialmente, quando ele fala sobre “reduzir o corpo à escravidão”. Aliás, para entender a não literalidade da afirmação do apóstolo, basta nos questionar: “De que forma essa segunda frase poderia ser literal?” Quando José, no Egito, disse não à sua vontade carnal de aceitar a proposta indecente da mulher de Potifar e adulterar com ela, ele estava “esmurrando seu corpo” e “reduzindo-o à escravidão”. Quando Jesus, no Getsêmani, orou para que a vontade do Pai celeste fosse feita, e não a sua, ele estava fazendo o mesmo. Richard Baxter declarou: “A morte perde metade de suas armas quando negamos em primeiro lugar os prazeres e interesses da carne”. Quem já entregou sua vida e tudo de si a Cristo, não tem mais nada a perder. Nāo há ameaças que possam intimidá-lo. É por isso que vemos, no livro de Atos, uma igreja “imparável”. Não havia prisões, ameaças, perseguições ou martírios que pudessem parar aquela primeira geração de cristãos. Que nível de rendição e entrega você já alcançou? Você já se dispôs ao mais profundo nível de doação a Deus? Ou sua vida ainda é valiosa demais aos seus próprios olhos? Essas são perguntas que precisamos fazer Alcançar essa dimensão de entrega e rendição em que nada mais importa, nem mesmo a nossa própria vida, não apenas fortalecerá nossa intimidade e comunhão com o Senhor, como também nos tornará “imparáveis” e invencíveis diante de nosso Adversário. Que o Senhor nos dê graça e nos ajude tanto a entender mais profundamente como a praticar esse princípio inegociável do seu reino! – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – O que a Bíblia diz sobre negar a si mesmo?Negar-se a si mesmo quer dizer “não” às exigências do eu, isto é, fazer desaparecer o eu, destruir o eu, para que se possa ver Cristo em nós. Negar-se a si mesmo é o mesmo também que “renunciar-se a si mesmo” e às exigências do eu.
O que significa renunciar a si mesmo na Bíblia?Precisamos ter disposição para seguir o Senhor; e para ter disposição para segui-Lo é necessário renunciar a si mesmo. A palavra “renúncia” já diz muita coisa. E renunciar é isto mesmo: é deixar algo para abraçar outra coisa, não dá para abraçar as duas coisas ao mesmo tempo.
O que Marcos 8 34 nos ensina?Nesta passagem do Evangelho Jesus indica o caminho para nossa felicidade terrena e eterna. Se alguém me quer seguir, tome sua cruz, renuncie a si mesmo e me siga. Com esse ensinamento podemos perceber que o sofrimento nem sempre causa a infelicidade.
O que significa tomar sua cruz e SigaTomar a cruz é percorrer com a mesma obediência ao Pai, o caminho de Jesus. É percorrer o caminho d'Aquele que aceitou “perde-se” para que nós tivéssemos vida. Só no seguimento a Jesus é que podemos encontrar vida.
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