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ONU marca Dia Internacional de Reflexão sobre o Genocídio contra os Tutsis no RuandaEste 7 de abril é o Dia Internacional de Reflexão sobre o Genocídio contra os Tutsis no Ruanda. A data recorda o massacre que em 100 dias matou cerca de 1 milhão de pessoas por autoridades extremistas hutus em 1994. HumanidadeUma resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou a lembrança da data, em 2003. Refugiados ruandeses que fugiram do país durante o genocídio voltam para casa em 2005 Em mensagem, o secretário-geral ressaltou desafios como a guerra na Ucrânia, ao lado de situações de conflito no Oriente Médio, na África, e outras partes. O chefe da ONU convidou o mundo a refletir sobre os fracassos que levaram à situação ruandesa, que segundo ele não foi um acidente e poderia ter sido evitada. Guterres disse que o massacre foi deliberado, sistemático e realizado em plena luz do dia. Segundo ele, ninguém que acompanhasse os assuntos mundiais ou visse o noticiário poderia negar o que chamou de violência doentia que estava a ocorrer. Mas destaca que poucos se manifestaram e menos ainda tentaram intervir. Segundo Guterres, muito mais poderia ter e deveria ter sido feito. Reflexão sobre o Genocídio de 1994 contra os Tutsi em Ruanda Ele lembra que 28 anos depois dos acontecimentos a mancha da vergonha permanece. Para o secretário-geral, as escolhas diante da comunidade internacional estão entre a humanidade em vez do ódio, a compaixão em vez de crueldade, a coragem em vez de complacência e a reconciliação em vez da ira. CrimesO secretário-geral apontou ainda o princípio da responsabilidade de proteger que desencoraja a indiferença perante crimes atrozes. Na mensagem, Guterres elogia a atuação do Tribunal Penal Internacional para o Ruanda, que foi o pioneiro na condenação por genocídio. Ele ressaltou que a justiça é indispensável para uma paz sustentável. Cemitério em Nyanza, na zona rural de Kigali, em Ruanda. Durante o genocídio, 10 mil pessoas foram queimadas e mortas no vilarejo, enquanto tentavam escapar para o Burundi. Guterres observou que o Ruanda é atualmente um testemunho poderoso da capacidade do espírito humano de curar até as feridas mais profundas e de emergir das profundezas mais sombrias para reconstruir uma sociedade mais forte. Depois de terem sofrido violência de gênero, as mulheres hoje ocupam 60% dos assentos parlamentares no quarto maior país contribuinte para as operações de manutenção da paz da ONU. Guterres acredita que o genocídio contra os tutsis levantou questões que afetam toda a humanidade. UnescoEntre elas estão o papel do Conselho de Segurança, a eficácia da manutenção da paz, a necessidade de acabar com a impunidade por crimes internacionais ou de lidar com as raízes da violência e a fragilidade do civismo. Entre as cerimônias agendadas para marcar a data em nível global está um memorial na sede das Nações Unidas. A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, Unesco promove, ações educativas sobre genocídios para sensibilizar estudantes para as causas, dinâmicas e consequências de tais crimes. A cerimônia oficial em memória das vítimas está marcada para 21 de abril. Secretário-geral António Guterres (ao centro) no evento da Assembleia Geral em comemoração do Dia Internacional de Reflexão sobre o Genocídio de 1994 contra os Tutsis no Ruanda. O que pode ser feito para resolver o conflito de Ruanda?O envio de tropas pela ONU, as campanhas de pacificação e o diálogo entre representantes de movimentos podem ser usados para mediar tais conflitos.
O que a ONU poderia ter feito em Ruanda?Nairóbi - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou nesta segunda-feira que as Nações Unidas "poderiam" e "deveriam" ter feito "muito mais" em Ruanda para impedir as 800 mil mortes no genocídio de 1994.
Foi feita alguma reparação às vítimas do genocídio de Ruanda?A maioria dos historiadores concorda que um genocídio contra os tutsis havia sido planejado por pelo menos um ano. No entanto, o assassinato do presidente ruandês Juvénal Habyarimana em 6 de abril de 1994 criou um vácuo de poder e encerrou os acordos de paz.
Qual o principal motivo do conflito em Ruanda?Motivada pela disputa étnica entre hutus e tutsis, a Guerra Civil em Ruanda aconteceu entre 1990 e 1994 e ficou marcada pelo genocídio de 800 mil tutsis.
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