O Mar Mediterrâneo (do latim, Mediterraneus, que significa “entre as terras”) é um mar interior que está localizado no Oceano Atlântico Oriental entre a Europa (ao sul), Ásia (a oeste) e África (ao norte). Suas águas são mais quentes uma vez que recebe o calor do deserto africano. Show Ocupa uma área total de aproximadamente 2.5 milhões de Km2, sendo considerado o maior mar interior do mundo em extensão e volume de água. Cerca de 70 rios deságuam no Mar Mediterrâneo dos quais se destacam: Nilo, Pó, Ebro, Ródano, dentre outros. Possui vasta biodiversidade abrigando cerca de 5% das espécies do planeta, dentre vegetais e animais. Faz ligações com o Mar Negro (pelo estreito de Bósforo e de Dardelos) e o Mar Vermelho (pelo Canal de Suez) agrupando diversas ilhas sendo as maiores a de Sardenha e Sicília, ambas na Itália. Além delas outras ilhas fazem parte do mediterrâneo, a saber: Chipre, Córsega, Creta, Maiorca, Minorca, Ibiza, Lesbos, Rodes, Miconos, Malta, dentre outras. O Mar Mediterrâneo é banhado pelas quatro penínsulas:
Apresenta profundidade média de 1.400 m e máxima de 5.200 m, por exemplo, na Fossa de Matapan (Grécia). Alguns mares que compõem o Mediterrâneo são:
Países Banhados pelo Mar MediterrâneoOs países que são banhados pelo Mar Mediterrâneo na Europa são: Espanha, França, Mônaco, Itália, Malta, Eslovênia, Croácia, Bósnia, Herzegóvina, Montenegro, Albânia, Grécia e Turquia. No continente asiático é a Síria, Líbano, Israel e Palestina; e, por fim, na África, os países banhados pelo Mediterrâneo são: Egito, Líbia, Tunísia, Argélia e Marrocos. Saiba também sobre o tema nos artigos:
Principais CaracterísticasAs principais características do mar mediterrâneo são:
Veja também: Mapa da Europa HistóriaA história do mar mediterrâneo remonta tempos muito antigos, de forma que diversas civilizações da Antiguidade se desenvolveram próximas ao Mediterrâneo, tal qual fenícios, macedônios, cartagineses, egípcios, gregos e romanos. O Mediterrâneo foi muito importante para a navegação, relações comerciais e contato entre os povos (trocas comerciais, culturais, etc) uma vez ele possui uma posição estratégica. Os romanos o chamavam de “Mare Nostrum” (Nosso mar) e árabes o chamavam de “Al-Bahr al-al-Abyad Mutawassiṭ” (Mar Branco do Meio). Foi também muito importante para a rota marítima comercial dos séculos XV e XVI, pelos genoveses e venezianos com o transporte de especiarias. Atualmente, o mar Mediterrâneo vem sofrendo com as mudanças climáticas, resultado sobretudo da intervenção humana no local, por exemplo: a expansão do turismo e da pesca predatória. Aproximadamente 40 espécies estão ameaçadas de extinção. Em 29 de maio de 1453, a cidade de Constantinopla, capital do Império Bizantino desde o ano de 395, cai nas mãos do sultão otomano Mehmet II, após um sítio de diversas semanas. Desde o século XIV, que os turcos otomanos haviam se apoderado de grande parte da península balcânica. Esta vitória corta o Ocidente de suas raízes greco-romanas e orientais. A cidade seria rebatizada de Istambul e atingiria seu apogeu sob o reinado de Solimão I, o Magníico (1520-1566).
Constantinopla era, até o momento de sua queda, uma das cidades mais importantes no mundo. Localizada no estreito do Bósforo entre o mar Negro e o mar de Mármara, funcionava como uma ponte para as rotas comerciais que ligavam a Europa à Ásia por terra. Também era o principal porto nas rotas que iam e vinham entre o mar Negro e o mar Mediterrâneo. Para explicar como uma cidade deste porte caiu em mãos estrangeiras, é preciso uma explicação histórica. A partir do século III, o centro administrativo do Império Romano tendia a voltar-se mais para o Oriente, por múltiplas razões. Primeiro pela necessidade de defesa das fronteiras orientais; depois porque o oriente havia se tornado a parte econômica mais vital do domínio romano; por fim Roma era uma cidade rica de vestígios pagãos, o que era inconveniente num império cristão. Desse modo Constantino decretou a construção de uma nova capital, onde ficava a antiga fortaleza grega de Bizâncio, ponto de grande importância estratégica. A nova cidade recebeu o nome de Constantinopla, "cidade de Constantino" e foi concebida como uma "nova Roma". Rapidamente se tornou o centro político e econômico do Império. Sua criação teve repercussões também no plano eclesiástico: enquanto em Roma a Igreja Católica adquiriu mais autoridade, em Constantinopla o poder civil controlou a Igreja.
O declínio do Império Bizantino decorre principalmente da expansão dos turcos seljúcidas e dos conflitos com os húngaros. Porém, a primeira vez que Constantinopla foi saqueada o foi pelos cristãos ocidentais, e não por seus inimigos tradicionais. A capital do Império Romano do Oriente foi tomada pela Quarta Cruzada em 1204. O ataque foi feito pelo mar, e a cidade foi saqueada e incendiada por três dias, e nem tesouros da Igreja Ortodoxa e supostas relíquias cristãs, riquezas acumuladas por quase 1000 anos, foram poupados. Em 1190, a Terceira Cruzada, formada por contingentes das potências ocidentais, não recebera dos bizantinos o apoio esperado quando se dirigia à Terra Santa. Tal fato se deu porque os bizantinos, acreditando que o líder dos turcos, Saladino, principal inimigo dos cruzados instalados na Terra Santa, fosse invencível, preferiram manter a maior neutralidade possível. Outro fator era o cisma religioso existente, não aplacado pelos esforços da Igreja Católica Romana e da Igreja Católica Ortodoxa Grega. Também deve ser considerado o costume de se distribuir entre os generais e seus soldados o butim de guerra, formado pelos lendários tesouros e famosas relíquias.
Além disso, existia uma crise sucessória no trono bizantino, que facilitou a investida cruzada. Depois de uma revolta bizantina, em 1204 os cruzados novamente tomaram a cidade. Inaugurou-se assim o chamado Império Latino (1204-1261) com o reinado de Balduíno I (Balduíno IX, Conde da Flandres) . Parte dos territórios bizantinos foram divididos entre os chefes da cruzada, formando-se os reinos independentes católicos na região de Tessalônica, Trebizonda, Épiro e Nicéia. Os bizantinos reuniram forças, e em 1261 retomaram Constantinopla e restabeleceram seu domínio sobre a Península Balcânica. Mas agora governavam um império depauperado economicamente e sem o apoio da Igreja Católica, que perdurou até 1453. Mesmo antes da Quarta Cruzada, o Império Bizantino vinha, havia muitos séculos, perdendo territórios para muçulmanos no Oriente Médio e na África. No início do século XI, uma tribo turca vinda da Ásia Central, os seljúcidas, começaram a atacar e ganhar territórios bizantinos na Anatólia. No final do século XIII, os seljúcidas já haviam tomado quase todas as cidades gregas da Anatólia. Nesta época, um clã semi-nômade turco teria migrado do norte da Pérsia para o oeste. O líder desse clã chamava-se Osman I ou Othman, daí porque esses turcos passaram a ser conhecidos como "otomanos". A queda de Constantinopla teve grande impacto no Ocidente. Os cronistas da época confiavam na resistência das muralhas e achavam impossível que os turcos pudessem superá-las. Chegou-se a iniciar conversações para uma nova cruzada para liberar Constantinopla do jugo turco, mas nenhuma nação quis ceder tropas naquele momento. Para os historiadores em geral a Queda de Constantinopla marcou o fim da Idade Média.
Com Constantinopla sob domínio muçulmano, o comércio entre Europa e Ásia declinara subitamente. Nem por terra nem por mar os mercadores cristãos conseguiriam passagem para as rotas que levavam à Índia e à China, de onde provinham as especiarias e artigos de luxo. As nações européias iniciaram projetos para o estabelecimento de rotas comerciais alternativas. Portugueses e espanhóis aproveitaram sua posição geográfica junto ao Oceano Atlântico e à África para tentar um caminho ao redor deste continente para chegar à Índia. Já Cristóvão Colombo via uma possibilidade de chegar à Ásia pelo oeste, através do Oceano. Com as Grandes Navegações, Portugal e Espanha, países outrora sem muita expressão, se tornaram no século XVI os mais poderosos do mundo, estabelecendo uma nova ordem mundial. *Com informações do site forumnow Você que chegou até aqui e que acredita em uma mídia autônoma e comprometida com a verdade: precisamos da sua contribuição. A informação deve ser livre e acessível para todos, mas produzi-la com qualidade tem um custo, que é bancado essencialmente por nossos assinantes solidários. Escolha a melhor forma de você contribuir com nosso projeto jornalístico, que olha ao mundo a partir da América Latina e do Brasil. Contra as fake news, o jornalismo de qualidade é a melhor vacina! Faça uma Faça uma Faça uma Opera Mundi foi criado em 2008. É mais de uma década de cobertura do cenário político internacional, numa perspectiva brasileira e única. Só o apoio dos internautas nos permite sobreviver e expandir o projeto. Obrigado. Qual a importância do estreito de Bósforo para o Comércio europeu e para o Oriente Médio?A importância Econômica e Política do Estreito de Bósforo.
É um canal onde os navios passam entre dois continentes e, onde, diariamente, os turcos atravessam para trabalhar, de um lado para o outro. O Estreito de Bósforo é usado para a passagem de navios russos de petróleo, da Europa para o mundo.
Qual a importância do estreito de Bósforo e Dardanelos?Os estreitos de Bósforo e de Dardanelos foram o principal foco das potências mundiais por cerca de três séculos. As duas passagens marítimas separam a Europa da Ásia, ligam o mar Negro ao Mediterrâneo e, dali, aos oceanos.
Qual a importância de um estreito?Resposta: Por definição, o estreito é um acidente geográfico, que separa duas massas de terra por meio de um pequeno canal e conecta as duas massas oceânicas.
Qual a importância do estreito de Dardanelos?O estreito teve um papel importante ao longo da História, como, por exemplo, na guerra de Troia - representando o local estratégico onde Troia se situava - e, mais tarde, na Primeira Guerra Mundial, quando a sua passagem foi forçada pela expedição franco-britânica para atacar a Turquia.
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