Durante o Governo Provisório da República no Brasil, foi criado o Hospital Nacional

História da EEAP

 ESCOLA PROFISSIONAL DE ENFERMEIROS E ENFERMEIRAS, ATUAL 
ESCOLA DE ENFERMAGEM ALFREDO PINTO (1890-1921)

Em 1889, a separação entre o Estado e a Igreja, ocorrida com a proclamação da República, facilitou a ampliação da intervenção governamental no campo da saúde. A esse respeito, um acontecimento emblemático foi a reforma técnicoadministrativa do Hospital Nacional dos Alienados. Tal reforma ensejou a exclusão das Irmãs da Caridade de algumas secções do hospital,levando a diretoria do mesmo a criar a primeira Escola Profissional de Enfermeiros no Brasil, a Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras da Assistência a Alienados.

Mesmo com a criação da escola, o Hospital Nacional de Alienados ainda carecia de enfermeiras para a assistência aos alienados, sendo necessária à contratação de enfermeiras para dar continuidade aos cuidados dos internos no hospital. Neste sentido, a direção do hospital contratou enfermeiras francesas, que permaneceram na instituição de 1891 a 1894.
Essa providência foi divulgada na imprensa escrita
da época.

                                                                             
                                                Hospício Nacional de Alienados 

Cabe ressaltar que, a contratação de enfermeiras francesas decorreu da influência do modelo francês, adotado pelos psiquiatras brasileiros na assistência aos doentes. Esse modelo baseava-se nas experiências do Dr Pinel, no Asilo de Bicêtre e no Hospital da Salpétriére, e nas ideias Dr Esquirol, relativas a ordenação do espaço e a vigilância arquitetônica.
No período compreendido entre 1895 e 1896 os estudos sobre a escola em apreço, anexa ao hospital, apontam lacunas. Em 1o de abril de 1897, sabe-se que a Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras foi
reinaugurada, por ocasião da nomeação do médico, Dr Márcio Nery, novo diretor do hospital, em substituição ao Dr Teixeira Brandão. Na ocasião, foram admitidas na escola, como alunas, três órfãs oriundas da Pretoria do Rio de Janeiro. Eram moças analfabetas, que não conseguiram se adaptar ao curso e a escola, retornando a
instituição de origem em 1899
, sem concluir o curso. O Hospital Nacional de Alienados, no período de 1899 a 1902, passou por momentos difíceis: com desvios de verbas e precariedade da assistência, relacionada ao fato de conviverem juntos crianças e adultos. Tanto assim que, em 1902, foi deflagrado um inquérito sobre essa situação.
O ano de 1905 foi marcado na instituição pelo término das obras de reforma da planta física do hospital, para melhor atendimento das crianças e adultos. Nesse mesmo ano, ocorreu mais uma reinauguração da Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras da Assistência a Alienados, agora sob a direção do Dr Fernandes de Figueiras, demarcando pela primeira vez, um diretor específico para a escola
. Nesse mesmo ano, foram abertas inscrições para admissão de candidatos para essa escola, que ao final do curso apenas seis dos trinta e seis matriculados concluíram o curso, em 1906.Estudos relativos ao período compreendido ente 1911 e 1920, com base nas páginas do Jornal do Comercio, destacam que não houve registros referentes à escola, apesar de, nesse período ocorrer à reorganização da Assistência a Alienados e criação da Colônia de Alienadas do Engenho de Dentro, em 1911 (Decreto número 8.834) e ainda, mais uma reinauguração da Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras da Assistência a Alienados, em 1913. Diante da atuação das enfermeiras francesas no Hospital Nacional dos Alienados; de três reinaugurações (1897, 1905 e 1913) da Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras; da formação de apenas seis enfermeiros em 1906. Em 1918,  durante a epidemia da gripe espanhola, no período do pós-guerra ( I Guerra Mundial - 1914-1918), evidenciou a vulnerabilidade do Estado em dar conta da saúde da população. Gustavo Riedel da Colônia de Alienadas do Engenho de Dentro, diante da percepção da precariedade do atendimento prestado às vítimas da gripe espanhola, envidou esforços no sentido de melhorar a qualidade da assistência prestada na Colônia sob seu comando, elaborando propostas para reformar a Instituição.

Riedel, reformou a planta física de um dos pavilhões da Colônia, criando consultórios de clínicas para o tratamento da pele, sífilis, olhos, nariz, garganta, além de salas para pequenas cirurgias. A instituição foi reformada com o parco recurso financeiro da própria Colônia, através de donativos de políticos.Apesar do atendimento nos consultórios da Colônia já estarem funcionando, desde 1919, a inauguração ocorreu em 1920. Por ocasião da solenidade de inauguração do conjunto de consultórios reformados, o mesmo recebeu a denominação “Ambulatório Rivadávia Corrêa”, em homenagem ao Ministro da Justiça e Negócios Interiores de 1911, que na voz corrente, a instalação era conhecida como “Policlínica do Subúrbio”.Na época da inauguração do Ambulatório Rivadávia Corrêa, o Dr Gustavo Riedel já vislumbrava a possibilidade do funcionamento de uma Escola de Enfermeiras, pois ao assumir a direção da Colônia de Alienadas do Engenho de Dentro, tomou para si o encargo de instalar na própria Colônia a seção feminina  da referida escola.      

                        Escola  Profissional de Enfermeiras Alfredo Pinto (1921)

                   O diretor da Colônia ao criar a escola de enfermeiras tinha a sua frente o obstáculo do aspecto legal para regulamentação do ensino da enfermagem. Para sanar o problema, Riedel lançou mão do Decreto 791/1890, que regulamentava o funcionamento da Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras da Assistência a Alienados. Riedel também conseguiu apoio político para regulamentar a seção feminina, por meio da Portaria de número um intitulada “Regimento Interno da Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras da Assistência a Alienados”, que criava três seções: a mista, a masculina e a feminina. O problema, assim foi resolvido através dessa Portaria, a qual foi assinada pelo Ministro da Justiça e Negócios Interiores, Dr Alfredo Pinto Vieira de Mello, em 22 de dezembro de 1920, com publicação desta em Diário Oficial de 1 de setembro de 1921. legalmente, a escola, em 1921, Riedel denominou a seção feminina como Escola Profissional de Enfermeiras Alfredo Pinto. Essa escola recebeu este nome, porque foi ele (Dr Alfredo Pinto Vieira de Melo) quem aprovou o Regimento Interno da Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras da Assistência a Alienados.
   Atualmente a instituição é denominada ESCOLA DE ENFERMAGEM ALFREDO
PINTO e inserida desde a Reforma Universitária na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).

                         PATRONO DA ESCOLA DE ENFERMAGEM ALFREDO PINTO

                                              
   ALFREDO PINTO VIEIRA DE MELLO, filho do Coronel João Vieira de Mello e Silva e D. Maria Pinto Vieira de Mello, nasceu em 20 de junho de 1863, na cidade do Recife, Pernambuco.
Formado em Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito da referida cidade, onde recebeu o grau de Bacharel, em 1886. Faleceu em 8 de julho de 1923, na cidade do Rio de Janeiro, sendo sepultado no Cemitério de São João Batista.

                            GALERIA DOS DIRETORES(AS) DA ESCOLA


                                           CARLOS  TEIXEIRA BRANDÃO
yes">   (gestão 1890 - 1900[?])

.1º diretor, 1890, foi o maior incentivador para
criação da escola.
.Reforma do Hospício de Pedro II - Hospital Nacional de Alienados.
.Mudança na Administração - saida das Irmãs de Caridade.
.Decreto nº 791 de 27/ 09 1890,cria a ESCOLA PROFISSIONAL DE ENFERMEIROS E ENFERMEIRAS, sendo uma unidade do Ministério da Justiça e Negócios interiores.

                            ANTÔNIO  FERNANDESFIGUEIRA( gestão 1905 - 1900[?])
                                            

                                      JOÃO  DEMELLO  MATTOS
PT-BR; mso-fareast-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA"> (gestão 1923-1943)

                                   
Gestão Paralela:GUSTAVO KÖLER RIEDEL, Médico - Gestão:1920 a 1933 Diretor da Seção Feminina, na Colônia de Psicopatas de Engenho de Dentro, a Escola Profissional de Enfermeiras Alfredo Pinto.


                                            GUSTAVO   KÖHLERRIEDEL
Roman; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: PT-BR; FONT-: Times New Roman">(gestão 1921 - 1933)


                        Maria de Castro Pamphiro (gestão 1943-1956)-(Enfermeira)

                                                
                  .Primeira diretora enfermeira
                  .Dirigiu até 1956
                  .Procurou adequar as exigências legais

Lygia das Dores Matta(gestão 1957-1960)

   .Formada pela Escola de Enfermagem da USP

   .Reformulou o regulamento  da escola

   .Dirigiu a EEAP até 1960

   .Funcionamento o curso de Auxiliar de Enfermagem

                                   Clelea de Pontes ( gestão 1961-1969)

                                  
.Criou o currículo  experimental de auxiliar de enfermagem

.Inaugurou o prédio atual da EEAP, em 25 de abril de 1966

                             Anna Grijó (gestão 1969-1971 e 1989-1990)                                                                                

.Diplomada pela EEAN; Mestre em obstetrícia

.Dirigida com mãos de ferro a EEAP, porém com dedicação exclusiva as causas da enfermagem.

                   
                Leda dos Santos  Pires (gestão 1971-1976)

.Criou o curso de Licenciatura em Enfermagem, em 1972

.Ativou a capacitação docente

.Criou as Habilitações em Enfermagem Médico-Cirúrgica , Obstetrícia e em saúde pública em obediencia ao Parecer 163/72 e a Resolução 4.

            Zelia Senna Costa (gestão 1976-1988)

.Ajustou a EEAP a Reforma Universitária Criou os Curso
.Especialização em  Metodologia do Ensino, da Pesquisa e da Assistência de Enfermagem.
Mestrado em Ciéncias da Enfermagem,Especialização em Enfermagem Psiquiátrica,Enfermagem em terapia intensiva.


                    Luci Mobilio Pinto (gestão 1989 - 1992)

.Diplomada pela EEAP

.Primeira ex-aluna a dirigir a EEAP

.Organizou o concurso de Livre Docência

.Implementou enfaticamente o centenário da Escola.


Terezinha Pereira dos Santos (gestão 1992-1994)

        .Iniciou o projeto de Reestruturação do arquivo EEAP

       Iara de Moraes Xavier (gestão 1994-1996)

.Graduada pela EEAP

.Segunda  ex-aluna a dirigir EEAP

.Movimentou Politicamente o EEAP.

.Criou o curso de Especialização nos moldes de Residência em parceria com o Ministério da Saúde, Secretaria Estadual e Municipal de Saúde e Ministério da Marinha.

.Estimulou a capacitação docente

.Projeção à escola na comunidade acadêmica e da enfermagem brasileira

       Joanir Pereira Passos (gestão 1996-2000)
                       

.Graduada pela EEAN,

.Eleita por consulta a comunidade acadêmica

.Iniciou o processo de implantação do currículo novo, em cumprimento a Portaria n°1721 de 15/12/1994

.Apoiou e incentivou o Projeto da Fabrica de Cuidados, que deu projeção à escola na comunidade e na universidade como uma de suas funções a extensão.

 Therezinha de Jesus Espírito Santo da Silva (2000-2004)

                       

.Graduada pela EEAP

.Terceira ex-aluna à dirigir a escola

.Eleita por consulta à comunidade acadêmica

.Implementando a avaliação do currículo novo

.Dando total apoio a capacitação docente

.Desenvolvimento de pesquisas

.Criação do Laboratório de Pesquisa de História da Enfermagem.

  Beatriz Gerbassi Costa Aguiar (2004-2009)

.Graduada pela EEAN

.Eleita por consulta à comunidade acadêmica

.Viabilizou os Convênios internacionais

.Implementou o curso de gestão e segurança dos estabelecimentos assistenciais de saúde em convênio com o Consórcio Brasileiro de Acreditação -CBA

.Incentivou e promoveu oficinas para reformulação do Projeto Político Pedagógico.

     NÉBIA MARIA ALMEIDA DE FIGUEIREDO(2009 A 2011)

.Graduada pela EEAN,Incentiva a produção cientifíca  dos docentes e discentes

.Criou o curso de Doutorado em Enfermagem e Biociência

              Fernando Rocha Porto(2011-2012)                         

.Dirigiu interinamente a escola.
.Viabilizou o processo eleitoral para a nova gestão

                   Almerinda Moreira(2013-...)

.Aprovou e Implementou  o novo curriculo com 10 periodos do curso de graduação em Enfermagem
.Criou o Laboratório de Informatica
.Submeteu a escola a avaliação do Mercosul e foi acreditada sendo a unica Escola de Enfermagem Federal com essa titulação no Brasil.                        
.
Implementou a Mobilidade Acadêmica Internacional para a graduação

Foi criado o Hospital Nacional de Alienados do Rio de Janeiro em 1890?

O Hospício constituía, juntamente com as colônias de alienados de São Bento e de Conde de Mesquita, na Ilha do Governador, a Assistência Médica e Legal de Alienados, criada pelo decreto nº 206-A de 15 de fevereiro de 1890, e regulamentada pelo decreto nº 508 de 21 de junho de 1890 como Assistência Médico-Legal de ...

O que foi o Hospital Nacional de Alienados e qual sua importância para a Enfermagem?

1º: Instituiu no Hospício Nacional de Alienados uma Escola destinada a preparar profissionais de enfermagem para atuar nos hospícios e hospitais civis e militares. Colocando assim, sob a responsabilidade do Estado, a formação de mão-de-obra qualificada para a assistência de enfermos de diferentes instituições. - Art.

Qual foi o nome dado a primeira escola de enfermagem no Brasil em 1890?

Esta escola, que é de fato a primeira escola de Enfermagem brasileira, foi criada pelo Decreto Federal nº 791, de 27 de setembro de 1890, e denomina-se hoje Escola de Enfermagem Alfredo Pinto, pertencendo à Universidade do Rio de Janeiro – UNI-RIO.

Qual a primeira escola profissional de enfermagem no Brasil?

A Escola de Enfermagem Anna Nery/EEAN da Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ, primeira Escola de Enfermagem no Brasil, surgiu no contexto do movimento sanitarista brasileiro do início do século XX, sendo criada pelo Decreto n0 16.300 de 31 de dezembro de 1923, como Escola de Enfermeiras do Departamento Nacional ...