De que forma o aquecimento global atua no derretimento dos glaciares

Grátis

290 pág.

De que forma o aquecimento global atua no derretimento dos glaciares

De que forma o aquecimento global atua no derretimento dos glaciares

  • Denunciar


Pré-visualização | Página 31 de 50

acumulada 
no inverno não derrete com a chegada do verão. Essa pla-
ca de gelo vai se tornando mais resistente com os anos.
A história do clima no planeta Terra está guardada num 
arquivo de gelo gigantesco – o solo glacial da Antártica. São 
quase 1 milhão de anos literalmente congelados no tempo, 
que cientistas do Projeto Europeu para Núcleos de Gelo da 
Antártica (Epica, na sigla em inglês) estão escavando. O 
processo é muito parecido com o da arqueologia, mas trata-
-se de uma ciência com nome próprio: a paleoclimatologia. 
[…] os pesquisadores retiraram da região uma coluna 
glacial com 3,19 quilômetros de profundidade. O estudo 
dela pode fornecer dados bastante precisos das condições 
atmosféricas no mundo nos últimos 740 mil anos. E pode 
ajudar os cientistas a conhecer mais sobre as eras glaciais.
Há 2 milhões de anos, a Terra vem atravessando fases 
de aquecimento e resfriamento constantes. Os períodos 
gelados (chamados de eras glaciais) duram em média 
100 mil anos e são intercalados por eras temperadas (cha-
madas de interglaciais), como a que vivemos atualmen-
te. Sabe-se muito pouco sobre cada um desses períodos e 
muitas das respostas que procuramos podem estar no 
bloco retirado pelo Epica.
Os períodos interglaciais costumam durar 10 mil 
anos, embora o atual já se estenda por 12 mil. Mas não é 
preciso tirar os casacos do armário. Segundo pesquisa-
dores do Epica, essa fase tem características parecidas 
com as de outro período temperado, que aconteceu há 
três glaciações, e que foi bem mais longo: 28 mil anos de 
clima hospitaleiro.
Cilindro de gelo extraído pelo 
Projeto Europeu para Núcleos de 
Gelo da Antártica, cujos resultados 
foram assunto de capa da revista 
científica Science em 2005.
1. Identifique a duração de uma era interglacial como a que vivemos atualmente. 
2. Responda quanto tempo dura uma era glacial e quanto tempo passou desde a última era glacial.
3. Explique como os paleocientistas obtêm informações de como era a Terra ao longo do último milhão de 
anos por meio de amostras de gelo da Antártica. Justifique a importância de analisar um cilindro de gelo de 
10 cm de diâmetro e mais de 3 m de comprimento. 
4. O texto faz menção a cientistas “menos otimistas”, que acreditam que o bom clima vai acabar bem antes 
da idade do gelo. Você concorda com essa afirmação? Justifique.
 Compreender e relacionar 
Bortoloti, Marcelo. Em busca da era glacial. Superinteressante, n. 203, ago. 2004. 
Disponível em: <http://super.abril.com.br/comportamento/em-busca-da-era-glacial>. Acesso em: 13 jan. 2016.
A
A
A
S
/A
rq
ui
vo
 d
a 
ed
ito
ra
53
Para incluir esta página 
no sumário, clicar + shift + 
command na caixa com texto 
transparente abaixo 
SP_FIS2_PNLD18_LA_U1_C04_050A055.indd 53 5/17/16 2:04 PM
 Ciência, tecnologia e sociedade
Não escreva no livro.
54
1. Explique o que está acontecendo com os glaciares, nas montanhas ao redor do mundo.
2. De que forma o aquecimento global atua no derretimento dos glaciares?
3. O texto afirma que o motivo do degelo é o aquecimento global. Reflita se isso está relacionado com 
equilíbrio térmico.
4. Faça uma pesquisa sobre o que está acontecendo com a calota polar do hemisfério Sul, ou Antártica.
5. Opine sobre a dificuldade dos pesquisadores em obter financiamento para pesquisas científicas dessa 
natureza, que não geram um retorno financeiro de curto prazo aos seus investidores.
 para disCutir 
D
e 
A
go
st
in
i/G
et
ty
 Im
ag
es
por que cientistas querem 
enviar gelo para a antártica?
Com o intuito de preservar, para pesquisas futuras, amostras de glaciares de mon-
tanha ameaçados pelo aquecimento global, cientistas estão planejando enviar um 
navio repleto de gelo para a Antártica.
O objetivo é manter ali, um dos locais mais frios da Terra, um novo depósito de 
exemplares dessas geleiras.[… ]
O novo depósito será construído em uma caverna de gelo na estação de pesquisa 
Concordia, uma base na Antártica operada em conjunto por cientistas italianos e 
franceses.
Armazenadas dentro de um fosso congelado, as amostras poderão simplesmente 
ficar guardadas em bolsas seladas a cerca de 10 metros abaixo da superfície, onde as 
temperaturas médias são da ordem de 50 ºC negativos.[…]
O gelo glacial se forma na terra e é composto por camadas de neve sobrepostas 
ao longo de milhares de anos. “Entre os cristais de neve, há bolhas de ar que fica-
ram presas. Essas bolhas contêm amostras atmosféricas de quando o gelo se for-
mou”, afirma o oceanógrafo polar Mark Brandon, da Open University, no 
Reino Unido. Por isso, as amostras permitirão aos cientistas viajar de volta no 
tempo. As bolhas vão mostrar como era o clima em diferentes períodos da 
história da Terra.
“Sabemos que, hoje, a taxa de dióxido de carbono ( CO 2 ) na atmosfera é mais 
alta do que nos últimos 3 milhões de anos”, explica Brandon. “O gelo contém 
um registro absolutamente único de nosso clima.” A coleta do gelo de glaciares 
permitirá que cientistas criem um modelo computacional para demonstrar como 
o clima mudou no passado e ter uma noção melhor das alterações que ocorrerão no 
futuro.[… ]
O gelo polar têm centenas de milhares de anos de idade, enquanto o gelo de 
montanha mais antigo foi encontrado há 18 mil anos, porque os glaciares 
de montanhas se encontram mais próximos de áreas mais habitadas, sendo uma 
fonte valiosa de informação para rastrear a origem de poluentes desde a Revo-
lução Industrial.
Comparar o gelo das montanhas com o dos polos permitirá aos cientistas deter-
minar quais mudanças climáticas foram geradas por influência humana e quais são 
alterações naturais.
No entanto, isso só ocorrerá se os dados coletados forem confiáveis.[… ]
O maior problema é, no entanto, o dinheiro necessário para a empreitada. Normal-
mente, as agências de pesquisa financiam projetos porque buscam retorno científico a 
curto prazo. Mas investir em missões caras para coletar o gelo pode não gerar resultados 
por décadas, o que torna a proposta menos atraente.
BBC Brasil, 31 maio 2015. Disponível em: <http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/05/150526_
antartica_gelo_rb>. Acesso em: 7 maio 2016.
Nos últimos anos a 
frequência de notícias do 
desprendimento de 
grossas camadas de gelo 
na Antártica vem 
aumentando muito. 
Antártica. Foto de 2016.
Para incluir esta página 
no sumário, clicar + shift + 
command na caixa com texto 
transparente abaixo 
SP_FIS2_PNLD18_LA_U1_C04_050A055.indd 54 5/16/16 2:05 PM
laboratório
Objetivo:
Medição experimental da curva de fusão do gelo, isto 
é, a temperatura em função do tempo.
Material: 
 • água da torneira 
 • 1 xícara de gelo picado 
 • 6 colheres de sopa de sal 
 • recipiente com capacidade de meio litro, que será 
chamado de recipiente maior 
 • tubo de ensaio ou um recipiente menor e estreito que 
caiba dentro do maior 
 • termômetro de laboratório 
 • cronômetro 
 • papel quadriculado
procedimento
1. Curva de resfriamentos
a) Coloque 3 mL (1 colher de chá) de água no tubo 
de ensaio e o termômetro dentro deste. Após o 
equilíbrio térmico ser atingido, anote a tempera-
tura da água.
b) Coloque meia xícara de água no recipiente maior 
e adicione 6 colheres de sopa de sal ao mesmo 
recipiente. Misture bem até dissolver todo o sal. 
Então acrescente o gelo (1 xícara).
c) Introduza o tubo de ensaio 
dentro do recipiente com água 
e gelo. Certifique-se de que 
a parte com água do tubo de 
ensaio esteja completamente 
imersa na mistura água-gelo do 
recipiente. 
Medida das curvas de fusão e de solidificação do gelo
1. Descreva como se comporta a temperatura durante o processo de formação do gelo e do seu derretimento.
2. Identifique os intervalos de tempo em que a temperatura permanece constante. Explique por que isso ocorre. 
3. Identifique a temperatura de fusão do gelo e a temperatura de solidificação da água.
4. Determine a precisão da sua medida de temperatura. Caso o valor da temperatura não seja exatamente 
0 °C, analise as contribuições da diferença

Como o aquecimento global afeta as geleiras?

Aumento do nível do mar O derretimento das geleiras contribuiu para o aumento do nível dos oceanos em 2,7 centímetros desde 1961. Além disso, as geleiras do mundo têm gelo suficiente — cerca de 170.000 quilômetros cúbicos — para aumentar o nível do mar em quase meio metro.

Quais são as causas e as consequências do derretimento das geleiras?

Dentre as consequências ligadas ao derretimento das geleiras, as principais são o aumento do nível da água dos oceanos, o avanço do mar sobre ilhas e cidades litorâneas, podendo ocasionar na sua submersão, e a extinção de várias espécies animais e vegetais em decorrência do desaparecimento de determinados ecossistemas.

Quais as consequências do aquecimento global para as regiões polares?

As regiões polares são as mais atingidas pelo degelo, pois o derretimento dessas áreas está ocorrendo de forma muito rápida. Conforme cientistas ambientais, o degelo agrava ainda mais o aquecimento da Terra, haja vista que durante esse processo ocorre a liberação de gases prejudiciais ao meio ambiente.

O que ocorre com o aquecimento global?

Então, como acontece o aquecimento global? O aumento na concentração dos gases de efeito estufa provoca alteração nas trocas de calor, ficando a maior parte retida na atmosfera. Em consequência, ocorre o aumento da temperatura, o que causa o aquecimento global.