Como os plasmídeos são transferidos para as bactérias?

Conjuga��o Bacteriana

Introdu��o

              A conjuga��o bacteriana, descoberta por Ledeberg e Tatum (1946), � o processo sexual de transfer�ncia de genes de uma bact�ria doadora para uma receptora.

            Para que uma linhagem bacteriana seja doadora ela deve conter um plasm�dio conjugativo (elemento extracromoss�mico). O processo de conjuga��o foi descoberto em Escherichia coli K12 e o elemento respons�vel foi chamado de fator F (tamb�m chamado de plasm�dio F). Este plasm�dio pode estar ou n�o integrado no cromossomo da bact�ria hospedeira. Quando integrado, a bact�ria � chamada de HFr (alta freq��ncia de recombina��o) devido � mobiliza��o de genes cromoss�micos no processo de conjuga��o desencadeado por produtos g�nicos do plasm�dio.

            A c�lula F+, durante o contato com um c�lula F-, transfere para esta �ltima uma c�pia do plasm�dio F, tornando-a F+. A linhagem HFr, onde o fator F encontra-se integrado no cromossomo, transfere essencialmente marcadores localizados no cromossomo, sendo que apenas muito raramente a totalidade do fator F � transferida (conjuntamente com todo o cromossomo da doadora). Portanto, nesse caso a c�lula receptora permanece F- ap�s a conjuga��o.

            Ap�s a descoberta do fator F, outros plasm�dios conjugativos foram descritos, como os plasm�dios ou fatores R. Esses plasm�dios t�m esse nome gen�rico por conterem marcadores de resist�ncia a drogas antibacterianas e em geral n�o se integram no cromossomo bacteriano.

            Neste experimento ser� usada a linhagem de E. coli portadora de plasm�dio R. Para uma revis�o sobre o assunto, consulte o DAVIS e col (1979), CHARTONE-SOUZA (1979), AZEVEDO (1977), HERSKOWITZ (1971) ou LEVINE (1977). 

Material: 

-        Escherichia coli BH100 (Lac+, resistente a ampicilina, canamicina, merc�rio, cloranfenicol e tetraciclina).

-        Escherichia coli K12 (Lac�-, resistente � estreptomicina).

-        Solu��es estoques de estreptomicina (300mg/ml), de tetraciclina (20�g/ml).

-        Agar BEM.

-        Caldo nutriente.

-        Tubos esterilizados.

-        Placas de petri esterilizadas.

-        Pipetas de 1 a 5 ml esterilizadas.

-        Al�as de n�quel cromo.

-        Espalhador de vidro (al�a de Drigalsky).

-        �lcool.

M�todo: 

1)     Inocular em caldo nutriente c�lulas de E.coli BH100 e E.coli K12 (culturas separadas). Incubar a 37�C, durante 18 a 24 horas.

2)     Colocar 0,2ml da cultura de E.coli BH 100 (doadora) e 0,8ml da cultura de E.coli K12 (receptora) em 4ml de caldo nutriente. Incubar a cultura mista a 37�C, sem agita��o durante 2 a 4 horas.

3)     Semear 0,1ml da cultura mista em uma placa de BEM contendo estreptomicina (300�g/ml) e tetraciclina (20�g/ml). Semear com al�a de n�quel cromo cada uma das culturas separadas nas placas controle:

EMB + estreptomicina, EMB + tetraciclina, EMB + estreptomicina + tetraciclina. Incubar a 37�C, por 24 horas.

4)     Analisar os resultados.

Resultados, Discuss�o e Conclus�o 

a)     Qual o n�mero de transcojugantes total resultantes do experimento de conjuga��o?

b)    Explique a finalidade de cada uma das placas controle. Compare os resultados obtidos com o que seria esperado.

c)     Se voc� transferisse alguns transconjugantes para uma placa contendo EMB + tetraciclina, o que voc� acha que iria acontecer?

d)    Que conclus�es voc� pode tirar deste experimento?

Bibliografia 

AZEVEDO, JL. 1997. T�picos de Gen�tica microbiana e molecular. Vol II. Gen�tica de Procariotos. Piracicaba, SP. 207pp.

CHARTONE-SOUZA,E.1979. Quimotaxia entre linhagens doadoras e receptoras de plasm�dio R em Escherichia coli. Tese de Doutoramento, ESALQ/USP � Piracicaba, SP. 112pp.

DAVIS,DG e DULBECCO,R. 1979. Microbiologia. Vol.1, 2� ed. Editora Harper e Row do Brasil, 421pp.

HERKOWITZ, IH. 1971. Princ�pios B�sicos de Gen�tica Molecular. Companhia Editora Nacional. 340pp.

LEDERBERG, J e TATUM, EL. 1946. Gene recombination in Escherichia coli. Journal of Bacteriology, 112: 315-326.

LEVINE, L. 1977. Biologia do Gene. Ed. Edgard Blucher. 405pp.

Como os plasmídeos são transferidos?

Uma das fitas do plasmídeo F é então clivada em uma região denominada origem de transferência (oriT) e carreada para a célula receptora através desse poro. Ao fim da transferência, a fita complementar é sintetizada em ambas as células e a célula receptora passa a ser F+.

Como os plasmídeos podem ser transmitidos de uma bactéria para outra?

Os plasmídeos são transmitidos de uma bactéria para outra (mesmo de outra espécie) principalmente por conjugação. Essa transferência de material genético de hospedeiro para hospedeiro é um mecanismo de transferência horizontal de genes, e os plasmídeos são considerados parte do mobiloma.

Como os plasmídeos tornam as bactérias resistentes aos antibióticos?

Por possuir o seu próprio DNA, o plasmídeo pode conter genes relacionados com a resistência aos antibióticos, garantindo a sobrevivência da bactéria. Essa condição torna algumas infecções por bactérias difíceis de serem controladas.

Qual o nome da troca de plasmídeos entre bactérias?

Conjugativos: Esses plasmídeos garantem o início da conjugação, um processo em que há a troca de material genético entre bactérias.