Assim como outras práticas da educação, a avaliação na Educação Infantil também passa por diversos processos e deve ser realizada constantemente com os alunos.
O primeiro passo é definir um bom planejamento e, em seguida, mediar as experiências significativas.
Neste artigo, vamos explicar sobre a avaliação na Educação Infantil, a relação com as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e como ela deve ser realizada. Confira!
A avaliação é um dos instrumentos mais importantes para o professor acompanhar a aprendizagem dos estudantes. Afinal, além de apontar como a criança está se desenvolvendo, ela serve para examinar as falhas que ocorrem no aprendizado e o que pode ser feito para corrigi-las.
Esse é um processo que deve ser contínuo, a fim de garantir a real efetividade da aprendizagem e do desenvolvimento dos alunos em todos os aspectos.
Nesse sentido, é preciso compreender a dinamicidade do contexto infantil para estabelecer uma interação de qualidade entre os professores e os alunos. Isso é importante porque o conhecimento infantil é construído em um movimento constante em que os professores devem assumir o papel de mediadores.
Portanto, ao organizar o portfólio de cada criança, não basta apenas coletar os trabalhos como instrumento burocrático. É fundamental que ele apresente avanços, mudanças conceituais, novas formas de pensar, fazer e se expressar desenvolvidas pelo aluno.
Para que todo o processo de avaliação na Educação Infantil seja periodicamente avaliado, é necessário que professores e coordenadores pedagógicos analisem e discutam todas as possibilidades de ensino. Logo, é possível elaborar e, se for o caso, reelaborar o planejamento.
AVALIAÇÃO FORMATIVA:
O QUE É, CARACTERÍSTICAS E QUAIS SEUS INSTRUMENTOS AVALIATIVOS
Agora, acompanhe como a avaliação deve se relacionar com as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
BNCC e a avaliação na Educação Infantil
A recente aprovação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) trouxe algumas mudanças para toda a educação, inclusive a Infantil, impactando a maneira como as crianças são avaliadas.
Nesse contexto, entre as diretrizes da BNCC, estão a definição de seis direitos de aprendizagem, que são:
- conviver: com outras crianças e adultos, em pequenos e grandes grupos, utilizando diferentes linguagens, ampliando o conhecimento de si e do outro, o respeito em relação à cultura e às diferenças entre as pessoas;
- brincar: cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros (crianças e adultos), ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais;
- participar: ativamente, com adultos e outras crianças, tanto do planejamento da gestão da escola e das atividades propostas pelo educador quanto da realização das atividades da vida cotidiana, tais como a escolha das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes, desenvolvendo diferentes linguagens e elaborando conhecimentos, decidindo e se posicionando;
- explorar: movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções, transformações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliando seus saberes sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as artes, a escrita, a ciência e a tecnologia;
- expressar: como sujeito dialógico, criativo e sensível, suas necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões, questionamentos, por meio de diferentes linguagens;
- conhecer-se: e construir sua identidade pessoal, social e cultural, constituindo uma imagem positiva de si e de seus grupos de pertencimento, nas diversas experiências de cuidados, interações, brincadeiras e linguagens vivenciadas na instituição escolar e em seu contexto familiar e comunitário.
Além disso, há uma nova organização do currículo que coloca a criança como protagonista do processo educativo.
Antes da BNCC, eram utilizados o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI), de 1998, e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI), de 2009.
Com a implementação da BNCC, professores e coordenadores passaram a ter mais clareza sobre o papel da Educação Infantil, assim como os objetivos de aprendizagem e habilidades que as crianças devem desenvolver dos 0 aos 5 anos.
Desse modo, seguindo essas diretrizes, a avaliação na Educação Infantil deve contemplar a evolução individual dos pequenos ao longo de todo o período, de modo a identificar se os direitos estão sendo garantidos.
Vale ressaltar que a avaliação não serve para classificar a criança. Por isso, é essencial que os professores atuem como observadores do cotidiano, para planejar intervenções que levem em conta as orientações nacionais e as necessidades de cada escola e também de cada turma.
Mas como fazer a avaliação na Educação Infantil? Além da observação, individual e coletiva, é essencial que os docentes tenham registros do que acontece em sala de aula, podem ser escritos, fotográficos e filmagens.
Esses documentos servirão de base para que a escola planeje os momentos de formação e para que os docentes repensem suas práticas pedagógicas.
Como fazer a avaliação na Educação Infantil
Veja, abaixo, 5 formas de avaliar a aprendizagem dos alunos na Educação Infantil:
1. Planejamento
É preciso enxergar a avaliação na Educação Infantil como meio para novas aprendizagens, tanto do professor quanto das crianças.
2. Observação
A partir da observação e reflexão da própria prática, o professor deve pensar, avaliar suas ações e dar continuidade ou propor mudanças ao planejamento escolar.
3. Registro
Observar, ouvir e registrar cuidadosamente o desenvolvimento integral dos alunos pelas atividades propostas, brincadeiras e interações das crianças no seu cotidiano.
4. Reflexão
Como apontamos, é importante utilizar vários instrumentos de registros, como diários de bordo, cadernos de anotações, planejamento, fotos, vídeos, entre outros recursos que o professor tenha necessidade de utilizar para dar visibilidade às aprendizagens dos alunos.
5. Comunicação
O professor deve propor a criação coletiva da documentação pedagógica, permitindo que tanto a criança quanto as famílias reconheçam os processos de desenvolvimento e aprendizagens na Educação Infantil.
Esperamos que você tenha entendido melhor sobre a avaliação na Educação Infantil. Aproveite para conferir nosso artigo sobre o papel da tecnologia na educação!
Você sabe como utilizar a BNCC na área de linguagens? Entenda tudo sobre esse assunto neste modelo de planejamento pedagógico que preparamos para você!