As Grandes Navegações e o mercantilismo

Tópicos deste artigo

  • 1 - O que foi o mercantilismo?
  • 2 - Como surgiu o mercantilismo?
  • 3 - Características

O que foi o mercantilismo?

O mercantilismo foi o conjunto de práticas econômicas adotado pelas nações europeias entre o século XV e o século XVIII. Essas práticas econômicas são consideradas pelos historiadores como o estágio de transição do modo de produção feudal para o modo de produção capitalista. Nesse sentido, é incorreto afirmar que o mercantilismo foi um sistema econômico, uma vez que não consistiu em um modo de produção, como o feudalismo e o capitalismo.

Foi adotado pelas nações europeias durante o período das Grandes Navegações e da montagem do sistema colonial no continente americano. Por conta disso, muitas das práticas mercantilistas foram aplicadas pelos portugueses durante o período de colonização do Brasil. É importante considerar que o mercantilismo adotou características distintas de acordo com a realidade e a necessidade de cada país europeu.

Como surgiu o mercantilismo?

O surgimento do mercantilismo, enquanto conjunto de práticas econômicas, está diretamente ligado ao fim do feudalismo e à formação dos Estados Nacionais Modernos. Por Estado Nacional Moderno, entende-se o conjunto de nações surgidas durante o processo de centralização do poder na figura do rei.

Veja também: Absolutismo e Teóricos do Absolutismo

Alguns exemplos clássicos de Estados Nacionais Modernos foram Inglaterra, França, Espanha e Portugal, que surgiram com o poder centralizado na figura do rei. Junto do rei, surgiu todo um aparato burocrático responsável pela administração, em questões políticas, sociais, econômicas, da nação. O surgimento dos Estados Modernos apoiou-se diretamente no poder da burguesia na luta para pôr fim aos privilégios de parte da nobreza feudal.

O apoio à burguesia permitiu que essa classe investisse no desenvolvimento comercial e manufatureiro. Esse processo de desenvolvimento do comércio e da manufatura (embrião da indústria) apoiou-se também na intensa exploração colonial que aconteceu no continente americano. Por fim, o Estado Moderno que surgiu nesse período com o poder centralizado no rei assumiu o controle de questões relativas à economia como forma de garantir seus interesses e resolver entraves que impediam o fortalecimento do poder real.

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Foi nesse contexto de forte intervenção do Estado na economia, de expansão do comércio mediante a exploração colonial e de crescimento das manufaturas que se consolidou uma série de práticas econômicas que recebeu o nome de mercantilismo. Como essas práticas econômicas são consideradas embrionárias ao capitalismo, alguns historiadores chamam o mercantilismo de capitalismo comercial.

Características

O mercantilismo foi um conjunto de práticas aplicado pelas nações europeias de diferentes maneiras. Essa variação nas formas de se praticar o mercantilismo ocorreu de acordo com os interesses e com a realidade de cada país. De toda forma, as principais características que definiram o mercantilismo foram:

  • Metalismo: também conhecido como bulionismo, esse princípio consistia em defender a acumulação de metais preciosos como principal forma de obtenção de riquezas. Esse conceito foi utilizado principalmente na Espanha, durante o reinado dos reis católicos Fernando de Aragão e Isabel de Castela. Essa prática coincidiu exatamente com o período em que os espanhóis traziam enorme quantidade de metais preciosos de suas colônias da América.

  • Colbertismo: é visto, em partes, como o oposto do metalismo praticado pelos espanhóis. Essa prática foi adotada pelos franceses por influência de Jean-Baptiste Colbert e ficou caracterizada pelo incentivo ao desenvolvimento manufatureiro como forma de atrair moeda estrangeira e, consequentemente, riqueza. Defendia também uma política de limitação de gastos internos.

  • Balança comercial favorável: essa teoria defendia que a soma das transições comerciais de um Estado deveria ser positiva, ou seja, o volume de mercadorias vendidas deveria ser superior ao volume de mercadorias compradas.

  • Outros pontos importantes a serem considerados sobre o mercantilismo: incentivo ao desenvolvimento manufatureiro, incentivo à construção de embarcações (base para a expansão comercial na época), protecionismo alfandegário (imposição de impostos sobre mercadorias estrangeiras).


Por Daniel Neves
Graduado em História

Cinco séculos antes de explorar outros planetas, os seres humanos se lançavam no desconhecido Oceano Atlântico. Entenda as motivações para esta empreitada nesta aula de História para o Enem, vestibulares e ensino médio!

Antes de entendermos um pouco mais sobre as Grandes Navegações, se faz necessário um exercício de contextualização. A quem interessava navegar por mares temidos e, até então, desconhecidos? Quem eram os sujeitos destas viagens? Que propósitos estas incursões vislumbravam?

Quais os custos, condições e consequências de uma empreitada desta magnitude? Essas questões buscam entender quais as necessidades, interesses e mentalidades que moveram europeus a navegar pelo Mar Tenebroso (Oceano Atlântico).

As Grandes Navegações e o mercantilismo
Figura 1: Antes das grandes navegações inmaginava-se que o mar era habitado por criaturas monstruosas. Por isso, o Oceano Atlântico era chamado de “Mar Tenebroso”. Gravura de Sebastian Münster, século XVI.

Imaginemos uma Europa totalmente distinta da que conhecemos hoje, uma Europa de mais de cinco séculos atrás. As nações muçulmanas ocupavam a Península Ibérica e muitas divisas territoriais ainda eram baseadas no direito feudal.

A nobreza detinha privilégios políticos, a Igreja Católica era a religião soberana no Ocidente e nem sequer havia indústrias. Porém, este não era um cenário consolidado. Transformações políticas, econômicas e culturais vinham manifestando a passagem da Idade Média para a Modernidade.

Neste texto, nosso foco será sobre a Península Ibérica, pois ao falar sobre as Grandes Navegações estamos nos referindo a Portugal e Espanha. Esses dois países foram os pioneiros na exploração de novas terras através do Oceano Atlântico.

O pioneirismo de Portugal e da Espanha

Dois fatores básicos permitiram que as coroas portuguesa e espanhola se lançassem antes de qualquer outra nação às expedições ultramarinas. O primeiro foi sua localização geográfica e o segundo foi a constituição de governos absolutistas em seu território.

O fato de aquelas nações se localizarem justamente na “porta de entrada” do Oceano Atlântico facilitava o investimento na exploração náutica. Porém, foi com a consolidação do poder absoluto que esses reinos expulsaram a presença árabe da península e ampliaram seus domínios.

Portugal passou a dominar o oeste da península e, posteriormente, a Espanha surgiu da unificação dos reinos de Castela, Navarra e Aragão.

Mas o que fez com que estes governos, em aliança com suas respectivas burguesias, investissem em expedições náuticas no Atlântico? A resposta se baseia na mentalidade mercantilista. A competição pela acumulação de metais preciosos ascendia cada vez mais.

O renascimento urbano e comercial e a prática do escambo aumentavam a necessidade do uso de moedas feitas a partir de metais preciosos. Porém, estes estavam cada vez mais escassos na Europa.

Para agravar ainda mais o problema, as rotas comerciais do Oriente pelo Mar Mediterrâneo tornaram-se reduzidas devido à conquista de Constantinopla pelos Turcos Otomanos. Apenas os reinos da Península Itálica mantiveram o comércio com os muçulmanos, criando um monopólio das especiarias orientais.

Era necessário encontrar um outro caminho para as Índias, para o Oriente. Assim, o Atlântico surgia como uma nova oportunidade.

As Grandes Navegações e o mercantilismo
Figura 2: Noz moscada, especiaria oriental. Além de serem utilizadas como tempero, eram usadas na fabricação de remédios naquele período. Eram produtos muito caros por causa de sua difícil obtenção.

Os fundamentos da Expansão Marítima

Veja um resumo das principais características da Expansão Marítima com o professor Felipe Oliveira, do canal do Curso Enem Gratuito.

A experiência portuguesa nas grandes navegações

Portugal tem suas origens no século XII, em meio à Guerra de Reconquista contra os muçulmanos. Porém, o absolutismo só foi consolidado no século XIV com a Revolução de Avis.

A partir de então, os lusitanos passaram a reunir os pré-requisitos necessários para explorar novos território: a autoridade do rei e os recursos financeiros da burguesia. Ambos estavam interessados em encontrar novas rotas comerciais para o Oriente a fim de aumentar suas riquezas.

O imaginário português também foi afetado. Se antes o desconhecido oceano era habitado por terríveis monstros, agora passou a ser também sinônimo de oportunidades e riquezas.

Tendo sido o primeiro reino a expulsar os muçulmanos e consolidar um governo absolutista, Portugal iniciou as navegações pelo Atlântico no século XV. Esta vantagem lhe garantiu o privilégio de criar uma rota através da costa ocidental da África.

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Figura 3: Mapa das expedições portuguesas na costa da África.

Assim, os lusitanos dão início ao chamado Périplo Africano. Ao longo do caminho, os navegadores atracavam em diversos pontos do litoral e estabeleciam feitorias. Elas eram entrepostos comerciais para abastecer as embarcações que ali passavam.

Navegadores portugueses

Por mais que as caravelas necessitassem de diversas pessoas para navegar, apenas os nomes dos principais comandantes das grandes navegações são lembrados. Destacamos aqui, entre as expedições portuguesas, os nomes de Bartolomeu Dias, Vasco da Gama e Pedro Álvares Cabral (ou Gouveia).

Bartolomeu Dias entrou para a história após liderar sua tripulação na travessia do temido Cabo das Tormentas, no extremo sul do continente africano. A região, próxima de onde hoje se situa a Cidade do Cabo, era temida pelas tripulações das embarcações que ali passavam por causa da possibilidade de naufrágios.

Após conseguir superar uma tempestade naquela região, perceberam ter atravessado o cabo, mas a pedido dos tripulantes, a expedição retornou para Portugal. Lá, informando a proeza ao rei D. João II, a região foi rebatizada de Cabo da Boa Esperança.

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Figura 4: Cabo da Boa Esperança, África do Sul. Disponível em <encurtador.com.br/xBGPW>.

Dando continuidade à busca pelo caminho para o Oriente, Vasco da Gama liderou a chegada dos portugueses à Calicute, nas Índias. Lá, ele e seus subordinados deram início ao estabelecimento de relações comerciais com as lideranças nativas. Assim, romperam o monopólio comercial das cidades italianas no Mediterrâneo.

Completando a tríade dos mais reconhecidos navegadores portugueses, está Pedro Álvares Gouveia (o sobrenome Cabral teria sido adotado apenas após a morte de seu irmão mais velho, o que ocorreu após sua chegada à América).

Ele ficou conhecido por liderar a esquadra que atingiu Pindorama, que hoje chamamos de Brasil, no dia 22 de abril de 1500. Após estabelecer contato com os nativos na atual cidade de Porto Seguro, Pedro Álvares Gouveia teria seguido viagem para as Índias. Se o propósito de sua viagem era atingir um novo continente ou chegar às Índias ainda é uma controvérsia entre historiadores.

A experiência espanhola

O início das grandes navegações espanholas é posterior às expedições portuguesas. Foi com o casamento de Isabel de Castela e Fernando de Aragão que a unificação do território espanhol se completou. A partir desse momento,  e a expulsão muçulmana da Península Ibérica foi fortalecida.

O casal real, então, reuniu esforços para financiar a exploração do navegador genovês Cristóvão Colombo. Com base na crença da esfericidade da Terra, Colombo já tinha tido propostas de navegação recusadas pela coroa portuguesa.

As Grandes Navegações e o mercantilismo
Figura 5: Cristóvão Colombo se despedindo de Isabel e Fenando, reis da Espanha. Gravura “Cristóvão Colombo partindo para sua primeira viagem”, de Victor A. Searles, 1892.

Foi com o financiamento da coroa espanhola que ele partiu em busca de uma nova rota para as Índias navegando em direção ao Oeste. No dia 12 de Outubro de 1492, Colombo, liderando as naus Pinta, Maria e Nina, atingiu a região São Salvador, no Caribe.

Apesar do feito, Colombo acreditou ter cruzado o globo e atingido as Índias. É por esse motivo que os nativos deste continente passaram a ser chamados de índios. Colombo realizou quatro viagens entre a Europa e o novo continente, sempre acreditando ter chegado às Índias.

O Mercantilismo e o contexto das Grandes Navegações

Veja agora com o professor Felipe Oliveira como a economia mercantilista atuou fortemente no Ciclo das Grandes Navegações.

As dicas sobre o Mercantilismo:

  1. Pode-se pensar a nação como um grande mercado que é abastecido por produtores locais. Esse mercado mede sua riqueza em metais preciosos, sendo assim, todos os produtos são trocados por ouro e outros metais.
  2. Quando existe demanda por produtos que não produzidos pelos locais, o mercado é obrigado a gastar o ouro arrecadado em produtos de estrangeiros.
  3. A diferença entre o que se arrecada com a venda dos produtos locais em comparação com o que se gasta na compra de produtos estrangeiros determina se a balança comercial é favorável ou não.
  4. Caso o mercado venda mais produtos do que compra, temos o superávit, ou seja, balança comercial favorável. Se gastar mais com as compras do que arrecadar temos o déficit, ou balança comercial desfavorável.
  5. O exemplo simplório usado acima serve para entendermos o objetivo central das nações que adotaram a colonização mercantilista, que era basicamente fazer crescer as reservas de metais preciosos através do comércio internacional.

Novas expedições

Foi apenas com outro navegador italiano, Américo Vespúcio, que se oficializou a chegada em outro continente, que foi nomeado como “América” em sua homenagem.

Além de Colombo, Fernão de Magalhães entrou para a história das navegações espanholas. O navegador era português, mas trabalhava em favor da coroa espanhola. Ele foi o primeiro a liderar a travessia do Oceano Atlântico para o Pacífico pelo sul da atual Argentina.

A região onde foi realizada essa travessia ficou conhecida como Estreito de Magalhães. Em 1521, Fernão de Magalhães foi morto na região da atual Filipinas por nativos que lá habitavam. Juan Sebastian Elcano concluiu o retorno para a Espanha, completando a expedição de Magalhães e realizando a primeira circum-navegação do globo terrestre. Foi comprovada então, a esfericidade da Terra.

Exercícios sobre as grandes navegações:

1 – (FATEC SP)

O idioma árabe exerceu forte influência na língua portuguesa que, desse idioma, incorporou palavras como alambique, álcool, alface, açúcar, arroz, álgebra e azeitona, entre outras.

Assinale a alternativa correta sobre os contatos entre árabes e portugueses que possibilitaram essa influência.

a) No início do século XXI, a eclosão da Primavera Árabe possibilitou o estreitamento dos laços entre os países muçulmanos e Portugal que, ao receber refugiados desses países, sofreu forte influência em seu idioma e hábitos alimentares.

b) A partir do século XX, o advento das Grandes Navegações possibilitou o contato da Europa com regiões até então desconhecidas, como o Oriente Médio, cuja sofisticação cultural influenciou os hábitos e costumes da elite letrada de Portugal.

c) Em meados do século XVI, durante a Conferência de Berlim, as potências europeias partilharam os territórios do Oriente Médio e, ali, Portugal estabeleceu intercâmbios comerciais, culturais e linguísticos com as populações de origem árabe.

d) No final do século XII, fugindo da perseguição religiosa islâmica exercida pelo Império Turco, árabes cristãos migraram para Portugal e lá influenciaram a língua portuguesa com a introdução de cantigas tradicionais e histórias folclóricas.

e) A partir do século VIII, populações de língua árabe se estabeleceram na Península Ibérica como resultado da expansão e conquista islâmicas, e sua influência se tornou visível na arquitetura, na arte, na medicina e na ciência ibéricas, marcando, também, a formação da língua portuguesa.

2 – (Famerp SP)

A base comum das ideias mercantilistas consiste na atuação de dois novos fatores: os Estados modernos nacionais, ou seja, as monarquias absolutas, e os efeitos de toda ordem provocados pelas grandes navegações e descobrimentos sobre a vida das sociedades europeias.

(Francisco Falcon. Mercantilismo e transição, 1986. Adaptado.)

Os dois fatores mencionados no texto expressam-se, respectivamente,

a) no intervencionismo econômico dos Estados modernos e no aumento dos metais nobres entesourados.

b) na redução significativa do comércio interno europeu e na colonização da América e da África.

c) no desenvolvimento de teorias voltadas à defesa do livre comércio e na política de degredo de encarcerados.

d) na difusão das ideias sociais libertárias e no aperfeiçoamento dos instrumentos e das técnicas de navegação.

e) no controle político burguês dos Estados modernos e no surgimento de órgãos regradores do comércio internacional.

3 – (FGV)

Nas vésperas dos Descobrimentos e no próprio momento das viagens de Colombo, de Vasco da Gama e de Vespúcio, nenhuma das cinco representações da Terra descritas por Crates, Aristóteles, Parmênides (as zonas), Lactâncio e Ptolomeu parece prevalecer. Embora elas nos apareçam como absolutamente incompatíveis, as quatro primeiras tendem, com efeito, a conjugar-se para preservar o paradigma medieval de uma ecúmena plana, colocada sobre uma esfera “cosmográfica”.

RANDLES, RW.G.L Da Terra Plana ao Globo Terrestre. Uma rápida mutação epistemológica

(1450-1520). Lisboa: Gradiva, 1990, p. 35.

ecúmena: área da Terra habitada pelos seres humanos.

Acerca das concepções sobre a Terra e da expansão marítima Europeia afirma-se:

I. À época dos Descobrimentos, não havia nenhuma teoria acerca da esfericidade da Terra, o que reforçava a posição de setores religiosos que ainda sustentavam o mito bíblico da Terra Plana.

II. A viagem de circum-navegação realizada por Fernão de Magalhães, entre 1519 e 1522, tornou-se um marco na História mundial por ter comprovado a tese da esfericidade da Terra.

III. As lendas acerca da existência de monstros e de seres fantásticos que habitariam os mares e terras desconhecidos faziam parte do imaginário europeu à época dos Descobrimentos.

Está correto o que se afirma em

a) I e III, apenas.

b) I, II e III.

c) II, apenas.

d) II e III, apenas.

e) I e II, apenas.

1- Gab: E

2- Gab: A

3- Gab: D

Sobre o(a) autor(a):

Os textos acima foram preparados pelo professor Angelo Antônio de Aguiar. Angelo é graduado em história pela Universidade Federal de Santa Catarina, mestrando em ensino de história na mesma instituição e dá aulas de história na Grande Florianópolis desde 2016.

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O que as grandes navegações tem a ver com o mercantilismo?

As características do mercantilismo estão associadas ao poder do rei, já que o modelo político da época era o absolutismo. Nesse período muitas nações europeias queriam enriquecer a partir da exploração de riquezas em outros continentes e, para isso, utilizavam as navegações para obter ouro e prata.

Como era a economia das Grandes Navegações?

Com as explorações, a economia portuguesa buscava obter, principalmente, especiarias e ouro. Na questão geográfica, podemos mencionar que todo o litoral português era voltado para o oceano Atlântico e a posição geográfica do país colocava-o próximo de correntes marítimas importantes, tornando a navegação mais fácil.