Adesão ao tratamento Ministério da Saúde

Voc� j� ouviu falar sobre �ades�o�? Sabe qual a real representatividade deste termo no resultado do seu tratamento?

Segundo a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), ades�o ao tratamento significa "a medida com que o comportamento de uma pessoa corresponde �s recomenda��es de um profissional da sa�de�.

Voc� pode estar agora pensando que fazendo uso correto dos medicamentos prescritos por seu oncologista cl�nico, nas doses e hor�rios determinados, est� aderindo ao tratamento de forma correta.

Em partes isso é verdade. Porém a estrita ades�o ao tratamento de uma doen�a cr�nica (como neoplasias, diabetes, doen�as neurol�gicas e respirat�rias, por exemplo), inclui ampla gama de vari�veis, que vai muito além do tomar ou n�o os medicamentos indicados.

Est� ligada � mudan�a de rotina e � incorpora��o de novos comportamentos, que se fazem necess�rios para o real controle da doen�a e que, consequentemente, permitem ao paciente viver o dia a dia em normalidade.

Uso permanente dos medicamentos recomendados (com combina��es, em hor�rios e por per�odo determinados), dieta alimentar balanceada, pr�tica de atividades f�sicas, reconhecimento dos efeitos adversos e seu relato � equipe médica para o posterior manejo (...).

Idealmente, para que se alcance tal conflu�ncia de fatores, é importante que o paciente aja de forma ativa e respons�vel com rela��o � sua doen�a, e que o centro onde realiza o tratamento ofere�a todo o suporte humano e aux�lio para tal seguimento.

Neste contexto, o farmac�utico, por exemplo, é mais que fundamental. É este profissional quem fica a cargo de assegurar o controle do tratamento oncol�gico, quem avalia os protocolos e prescri��es médicas no que se refere �s doses medicamentosas e quem manipula as drogas antineopl�sicas conforme técnica padronizada pelos �rg�os competentes, entre outros.

No Centro Paulista de Oncologia (CPO), de S�o Paulo, refer�ncia nacional do tratamento do c�ncer, equipe multiprofissional alinhada e ferramentas de controle da ades�o permitem ao paciente ser acompanhado de perto. Como explica a farmac�utica cl�nica, Lilian Martins, "o paciente tem todo o suporte que precisa. Oncologistas, farmac�uticos, nutricionistas, psic�logos. Todos os profissionais compartilham as informa��es sobre aquele paciente e, com isso, temos elementos para auxili�-los no processo de ades�o�, explica.

Ainda assim, pontua a farmac�utica, h� fatores que interferem na ades�o do paciente ao tratamento.

Baixa ades�o

A baixa ades�o ao tratamento de doen�as cr�nicas é um problema de ordem mundial. Segundo a OMS, em pa�ses desenvolvidos, a ades�o a longo prazo gira em torno de 50% apenas, n�mero que tende a ser menor em na��es em desenvolvimento, como o Brasil. Para Lilian, o principal problema da n�o ades�o ou baixa ades�o a tratamentos oncol�gicos s�o os efeitos colaterais. "Se os efeitos adversos n�o s�o controlados, o paciente acaba por suspender o medicamento inapropriadamente. Por isso a import�ncia ao paciente relat�-los. Para que possamos manejar os inconvenientes.�

Além do c�ncer - A farmac�utica alerta para o fato de que a ades�o ao tratamento n�o se restringe ao seguimento das recomenda��es do oncologista, mas, também, dos cuidados a doen�as pré-existentes. "Muitas vezes o paciente cessa, equivocadamente, o tratamento de outra doen�a cr�nica (como diabetes, por exemplo), entendendo que deva priorizar o tratamento do c�ncer. Isso n�o deve ser feito. É a equipe médica que determinar� qual a maneira correta de realizar ambas as terapias�.

Além de efeitos adversos, outras raz�es podem interferir na n�o ades�o ou baixa ades�o ao tratamento. A presidente do Instituto Oncoguia e psico-oncologista, Luciana Holtz, aponta para os fatores de ordem emocional.

"O paciente pode estar no seu limite. Extenuado, deprimido com os baixos resultados do tratamento. Neste sentido, refor�a-se a fundamental import�ncia da equipe multidisciplinar. Compartilhando informa��es, oncologista, psic�logo, farmac�utico cl�nico (...) podem discutir e planejar medidas para trazer o paciente de volta�.

Lilian, também, cita o problema da baixa ades�o a tratamentos de longo termo, como a hormonioterapia. "Durante este tratamento, diferente do per�odo da qu�mio ou radioterapia, em que é acompanhado pela equipe no dia a dia, o paciente est� s�. Percebendo melhora, pode, por conta pr�pria, abandonar o tratamento�.

O abandono do tratamento, a administra��o de medicamentos de forma inapropriada, possivelmente ocasiona algo que nenhum paciente quer. A baixa efetividade do tratamento ou a progress�o da doen�a.

"A fun��o do farmac�utico na equipe é otimizar a utiliza��o da droga. O medicamento tem melhor efetividade pela manh�? O profissional orientar� para isso. Interagindo com determinado alimento surtir� melhor resultado? Essa ser� a sugest�o do farmac�utico�, discorre Lilian.

A farmac�utica acrescenta que a regularidade ainda ajuda o paciente a manter uma rotina de tratamento.

Quimio oral - Converse com a equipe e adira ao tratamento corretamente

É incontest�vel o ganho em qualidade de vida que t�m os pacientes em uso de quimioter�picos orais. No entanto, enquanto durante a infus�o da qu�mio eles s�o acompanhados de perto pela equipe, utilizam-se sozinhos dos quimioter�picos orais. Isso exige ainda mais responsabilidade do paciente, que deve informar-se sobre o uso correto do medicamento e seguir � risca as determina��es. Aumenta também a responsabilidade da equipe médica, que deve ser ainda mais criteriosa para orientar os pacientes sobre o seguimento do tratamento. Pense sobre isso e converse com seu médico e equipe!


Voc� est� aderindo corretamente ao tratamento?

6 perguntas para se fazer e responder!

O Instituto Oncoguia agora convida voc�, paciente ativo e respons�vel, a questionar-se sobre a forma como est� aderindo ao tratamento. Est� preparado? Caso tenha d�vidas, converse com seu médico. Além disso, entre em contato conosco no Programa de Atendimento ao Paciente com C�ncer � 0800.773 1666.

  1. Por que voc� est� tomando o medicamento?
  2. Onde voc� deve armazenar o medicamento?
  3. Quando voc� deve tomar o medicamento?
  4. Como voc� deve tomar o medicamento?
  5. Por que voc� deve esperar efeitos adversos?
  6. Quem voc� deve contatar se perceber um efeito adverso?

O que significa adesão ao tratamento?

A adesão ao tratamento se dá quando o comportamento do paciente coincide com as orientações para controlar ou curar a sua doença.

Como fazer o paciente aderir ao tratamento?

O que pode ser feito para aumentar a adesão ao tratamento.
Divulgue sua importância. ... .
Administração conforme a rotina do paciente. ... .
Adote os recursos tecnológicos. ... .
Verifique a melhor forma farmacêutica. ... .
Tenha uma boa relação com os pacientes. ... .
Acompanhe e aconselhe conforme o caso..

Quais os fatores que influenciam o processo de adesão ao tratamento?

Vários fatores podem influenciar na adesão ao tratamento e podem estar relacionados ao paciente (sexo, idade, etnia, estado civil, escolaridade e nível socioeconômico); à doença (cronicidade, ausência de sintomas e conseqüências tardias); às crenças de saúde, hábitos de vida e culturais (percepção da seriedade do ...

Qual a importância da adesão ao tratamento?

Segundo o Ministério da Saúde, a adesão é compreendida como a utilização de pelo menos 80% dos tratamentos prescritos, observando horários, doses e tempo de tratamento. Assim, os pacientes são beneficiados, pois controlam a condição e conseguem, na maioria das vezes, manter a qualidade de vida.