A teofilina e o teobromina são alcalóides da mesma família que a cafeína

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Xantina é um composto orgânico encontrado na urina e em tecidos do corpo humano, encontrada também em algumas plantas. O termo Xantina vem do grego Xanthos - que quer dizer de cor amarela.

Os derivados da xantina são utilizados como estimulantes cerebrais, ou estimulantes psicomotores.  Eles estimulam o córtex cerebral e os centros medulares. As metilxantinas mais utilizadas na medicina são as cafeínaspresentes no café, teofilinas presentes em chás e teobromina encontradas no cacau. A teofilina e teobromina mesmo possuindo amina em suas estruturas não tem caráter básico e sim ácido, já a cafeína forma sais ácidos .

Esses derivados das xantinas são administrados em forma de chás, infusão de café, cola, guaraná entre outros. Sua função é de aumentar a vivacidade mental, reduzir a fadiga, mas em altas doses pode causar insônia e outros distúrbios do sono.

Ao contrário das anfetaminas as metilxantinas estimulam menos o sistema locomotor e não causa euforia, porém seus efeitos sobre o cansaço são semelhantes.

Cafeína: pó branco e brilhante. Pouco solúvel em água. Dosagem máxima 60 a 200 mg. A cafeína e a teofilina tem efeito sobre o sistema nervoso central muito parecido, pois reduz o cansaço, melhora a concentração. Estudos provam que a cafeína reduz o tempo de raciocínio em cálculos simples, obtendo resultados precisos. Também o desempenho em atividades motoras é melhorado em pessoas cansadas. A cafeína está presente na formulação da aspirina, atuando no tratamento de dores de cabeça ou cefaleias.

Teofilina: pó branco, inodoro, possui sabor amargo, pouco solúvel em água fria, porém muito solúvel em água quente. Possui efeitos diuréticos isolados ou em associações com diuréticos organomercurais, mas o seu principal uso é como bronco dilatador. A teofilina inibe a fosfodiesterase, que é a responsável pelo metabolismo intracelular AMPc (3,5 adenosina-monofosfato-cíclico).

Dentre os três derivados da xantina o que mais estimula o cérebro é a cafeína, pois produz menos diurese que a teobromina e a teofilina. As xantinas também podem ser usadas como diuréticos são elas: o ácido 7-teofilinacético e seus sais como a acefilina, piperazina, ambufilina, teosalicina, teofilina, 7- morfolinometilteofilina.

A aminofilina também é utilizada como bronco dilatador e antiasmático.

Administração:

As xantinas são administradas por via oral através da infusão de café, chás ou injeções.

REFERÊNCIAS:
KOROLKOVAS, Andrejus. BURCKHALTER, Joseph H. Química farmacêutica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogans S.A. 1988.
RANG, P. H.; DALE, M. M.; et.al. Farmacologia. Rio de janeiro: Elsevier, 2007

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/compostos-quimicos/xantinas/

Apresenta��o

Os tr�s alcal�ides principais das xantinas s�o: a cafe�na (no caf�), a teofilina (no ch�) e a teobromina (no cacau). � poss�vel encontr�-los em bebidas, como o caf�, ch�, cacau, colas e em medicamentos analg�sicos, anti-histam�nicos, etc. Estas subst�ncias s�o obtidas das plantas do g�nero coffea L. (caf�), camellia sinensis ou thea sinensis (ch�) e theobroma cacau (cacau).

A cafe�na � o estimulante mais utilizado. Tem a capacidade de inibir a enzima fosfodiesterase, a qual decomp�e o AMP, que � um mensageiro para sistemas de transmiss�o neural, incluindo o sistema da noradrenalina.

As xantinas s�o subst�ncias que potenciam diferentes ac��es do Sistema Nervoso Central devido � sua ac��o estimulante, que produz um estado de alerta de curta dura��o.

O caf� pode ser preparado a partir de infus�es de gr�os previamente tostados e mo�dos, coac��o dos mesmos (caf� em saco) ou passando vapor de �gua � press�o atrav�s do caf� mo�do para extrair as subst�ncias sol�veis (m�todo expresso). Existem caf�s sol�veis ou instant�neos.

A ingest�o das xantinas faz-se por via oral.

Origem

O caf� � produzido a partir da planta Coffea L., da qual existem mais de 60 esp�cies (a mais popular � a coffea arabica L.). Cr�-se que a cafe�na tem sido utilizada desde o per�odo paleol�tico; os chineses j� a consumiam no s�culo IV a.C. O caf�, tal como � conhecido hoje, tem origem no I�men ou na Eti�pia e foi descoberto quando um pastor observou a excita��o das suas cabras ap�s terem comido frutos de uma planta coffea.

Espalhou-se pelo mundo isl�mico nos s�culos XIV e XV e s� mais tarde, no s�culo XVI, � que vem para a Europa devido ao com�rcio com o imp�rio turco. Come�a a expandir-se a partir dos pa�ses da Europa central com fronteira com a Turquia e dos do mediterr�neo. A Inglaterra, R�ssia e Europa do norte davam prefer�ncia ao ch�. O cultivo da coffea nas col�nias americanas permitiu a generaliza��o do consumo do caf�, que � actualmente universal.

O rei Charles II de Inglaterra, em 1676, n�o conseguiu proibir as casas que serviam caf�. Em Fran�a, os caf�s tornaram-se locais de reuni�o de intelectuais, com frequentadores como Robespierre, Victor Hugo, Voltaire, Napole�o e Rousseau.

Actualmente, a cafe�na � consumida por bilh�es de pessoas, constituindo-se mesmo como um produto vital para algumas economias. Os maiores produtores de caf� s�o o Brasil e Cuba e os maiores consumidores s�o a Gr�-Bretanha, a It�lia, a Escandin�via e os Estados Unidos.

Por sua vez, o ch� surge de uma pequena �rvore de folha perene da fam�lia das te�ceas, a camellia sinensis ou thea sinensis. O seu cultivo iniciou-se na China, passando depois tamb�m para a �ndia, sob a influ�ncia do imp�rio brit�nico.

Por fim, o cacau � obtido das sementes secas do theobroma cacau, com as quais se produz o chocolate.

As bebidas com algum tipo de xantina s�o muito populares devido � cren�a de que inibem o sono e a fadiga.

Efeitos

As xantinas podem facilitar o trabalho intelectual, produzir algum bem-estar, melhorar as rela��es interpessoais, acentuar a capacidade de descrimina��o das sensa��es, acelerar o tempo de reac��o e reduzir a sonol�ncia e a fadiga. A n�vel f�sico pode ocorrer a estimula��o do sistema nervoso e aparelhos circulat�rio, digestivo, respirat�rio e renal. Os seus efeitos podem durar entre 3 a 10 horas e o pico atinge-se entre os 30 e os 60 minutos ap�s a ingest�o.

A intoxica��o aguda em indiv�duos n�o habituados pode produzir inquieta��o, nervosismo, excita��o, ins�nia, rapidez no pensamento, rubor facial, diureses, altera��es digestivas, contrac��es musculares, logorreia, taquicardia ou arritmia card�aca.

A cafe�na pode ainda ter efeitos ben�ficos a n�vel das dores de cabe�a, na melhoria da aten��o, na apn�ia do rec�m-nascido (utilizada apenas em alguns pa�ses) e no rendimento f�sico (altas doses de cafe�na no sangue s�o motivo para desclassifica��o pelo Comit� Ol�mpico Internacional).

Riscos

Toler�ncia e Depend�ncia

N�o existem estudos conclusivos.

S�ndrome de Abstin�ncia

Pode ocorrer ligeiro mal-estar, dores de cabe�a, irritabilidade, fadiga, sonol�ncia, depress�o, ansiedade, n�useas ou v�mitos.

O que é teobromina e teofilina?

Teobromina, teofilina e cafeína são alcalóides da família das metilxantinas, um dos principais grupos constituintes das folhas de chá. A cafeína (1,3,7trimetilxantina) é o mais comum dentre os três, sendo encontrada principalmente em chás, cafés, produtos de cacau e bebidas à base de cola.

Qual o tipo de isomeria existente entre a teofilina e teobromina?

O tipo de isomeria existente entre a teofilina e a teobromina é a isomeria óptica. Elas tem a mesma fórmula molecular ( ), mas que se diferem pelo tipo de desvio do plano de luz polarizada. Obs.: fórmulas estruturais da teofilina e da teobromina em anexo.

Para que serve a teobromina?

Para que serve a teobromina Portanto, sua função principal no organismo é dar energia. Ou seja, ela ajuda a tirar o sono, por exemplo, e aumenta a capacidade de concentração e foco do cérebro. Não só, ela é vasodilatadora. Assim, alarga os vasos sanguíneos.

Onde é encontrada a teobromina?

Teobromina é um alcalóide da família das metilxantinas, da qual também fazem parte a teofilina e a cafeína. É uma substância normalmente encontrada no fruto do Theobroma cacao, e por isso este composto é normalmente encontrado no chocolate. Está presente também na semente do guaraná.