A energia utilizada no déficit de oxigênio é proveniente das vias aeróbias.

Qualquer atividade física exige contração muscular; para isso há necessidade de energia que é proveniente da molécula de adenosina trifosfatada, o ATP. Esta molécula pode ser sintetizada a partir da oxidação de carboidratos, gorduras e proteínas que fornecem a energia necessária para manter as funções corporais no esforço, contribuindo com a manutenção do trabalho muscular nas atividades físicas.
Existem dois processos distintos e integrados que operam para satisfazer a demanda energética do músculo a partir destes substratos: o sistema anaeróbio, onde não há a utilização de oxigênio; e o sistema aeróbio que se refere à combustão completa dos carboidratos (glicose e glicogênio), gorduras e proteínas na presença do oxigênio.
Os carboidratos estocados na forma de glicogênio muscular e hepático e a glicose sanguínea são utilizados pelos músculos como fonte primária de combustível, ou seja, logo quando o indivíduo passa de um estágio de repouso e dá início ao exercício. Isto porque, como a produção de energia a partir do glicogênio pode ocorrer na ausência de oxigênio, o glicogênio muscular constitui o principal fornecedor de energia nos primeiros minutos do exercício, quando a utilização de oxigênio não satisfaz as demandas metabólicas. Esta energia é proporcionada pelos fosfatos de alta energia (ATP e CP) armazenados dentro dos músculos específicos em atividade, portanto a sua liberação acontece mais prontamente, estando presente atividades como provas de curta duração e alta intensidade, corrida de 100 metros, provas de natação de 25 metros, levantamento de peso, sprints no futebol ou uma cortada no vôlei.
A medida que o exercício continua, a liberação de energia a partir dos carboidratos é ativada. Neste momento, há a decomposição de glicose para duas moléculas de ácido pirúvico e este é convertido em ácido lático. Estas reações ainda não necessitam de oxigênio e ocorrem durante exercícios de alta intensidade e média duração (alguns minutos) como lutas, musculação, resistência localizada e de velocidade.
Se o indivíduo mantém a intensidade do exercício moderada ou baixa, o ácido pirúvico é convertido num componente chamado acetil-CoA, que entrará no ciclo de Krebs, iniciando o sistema de fornecimento de energia aeróbia, como em atividades de resistência, maratonas, ciclismo, caminhadas e natação. O retardo de tempo (1-2 min), até que o sistema aeróbio seja capaz de atender ou se aproximar da demanda energética, é devido ao aumento gradual do fluxo sanguíneo (oferta de oxigênio) e da ativação das suas várias reações enzimáticas.
Neste momento, a gordura também contribuirá para as necessidades energéticas do músculo. O ácido graxo livre entra na célula muscular sofre uma transformação enzimática chamada ß oxidação, e é transformado em Acetil-CoA, que entrará no ciclo de Krebs. Este processo é denominado lipólise.
Os carboidratos e gorduras serão os combustíveis preferenciais. Porém, as proteínas (formadas por aminoácidos), são transformadas nos intermediários do metabolismo como piruvato ou Acetol-CoA para entrar no processo de fornecimento de energia. A energia total proveniente deste metabolismo proteico pode variar de 5 a 10%. Em casos de déficit de carboidratos, a demanda de proteína para atender as necessidades do músculo aumenta.
Não há dúvidas de que cada sistema seja mais capacitado para proporcionar energia para um diferente tipo de evento ou atividade, no entanto, isto não quer dizer que ocorra alguma exclusividade, isto é, a ausência total de qualquer um dos sistemas energéticos. Assim, os sistemas energéticos contribuem sequencialmente sem o “desligamento” de qualquer um deles, mas em uma característica de superposição para atender à demanda energética do exercício.

Referências bibliográficas
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O indivíduo ao realizar uma atividade de intensidade muito baixa, como por exemplo, levantar uma colher até a boca, recruta unidades motoras que têm um menor número de fibras musculares, as fibras que compõem as unidades motoras menores mais usadas nesse tipo de movimento são:

  • A Tipo 2B: contração rápida glicolítica.

  • B Tipo 1: contração lenta oxidativa.

  • C Tipo 2A: contração rápida oxidativa.

  • D Tipo 1A: contração rápida glicolítica.

O aquecimento nas aulas de educação física serve, também, para que ocorra a transição do repouso para o exercício. As adaptações fisiológicas ao exercício são necessárias para que o corpo entre e se mantenha em movimento.
Sendo assim, o termo déficit de oxigênio compreende

  • A o retardo na captação e consumo do oxigênio durante a fase de estado estável, depois que as fontes aeróbicas de produção de energia tenham sido ativadas.

  • B a diferença entre o consumo de oxigênio nos primeiros minutos de exercício (até 4 minutos) e o consumo de oxigênio alcançado após a entrada no estado estável.

  • C a ativação das vias de glicólise para a transição bioenergética responsável pela manutenção do exercício que compreendam tempos de até 20 minutos de exercício moderado.

  • D a demanda causada pelo exercício intenso, nas fases de desenvolvimento e produção de energia, que gera a necessidade de aumento da frequência respiratória indeterminada.

O conhecimento de diferentes conceitos de fisiologia do exercício são importantes para a organização de uma aula de educação física.
A dor muscular de início tardio (24h a 48h) após o exercício pode ser explicada

  • A pelo acúmulo de ácido lático.

  • B pela lesão tecidual.

  • C por laceração das terminações nervosas.

  • D pela acumulação do cálcio circulante.

Em fisiologia do exercício, sabe-se que, durante as atividades de baixa intensidade (<30% do VO2 máximo), as gorduras são a principal fonte de substrato e, em atividades de alta intensidade (>70% do VO2 máximo), os carboidratos são utilizados predominantemente.
Durante o exercício, a taxa de trabalho relacionada à transição entre o consumo de gorduras e carboidratos é denominada ponto de:

  • A inflexão.

  • B transição.

  • C ATP (adenosina trifosfato).

  • D cruzamento.

O dispêndio energético depende de vários fatores, entre os quais se pode fazer referência ao tipo de exercício, à sua frequência, duração, intensidade, às condições climáticas, à condição física geral e específica do indivíduo, à relação da composição corporal e muscular em termos de fibras musculares do tipo I, IIa e IIb, assim como os aspectos nutricionais. Com relação ao conceito de mobilidades cíclicas e acíclicas e às demandas energéticas e / ou modalidades do movimento durante o exercício, assinale a alternativa incorreta.

  • A A fisiologia do exercício é o conjunto de transformações que têm início na conversão e na liberação de energia, para a realização das atividades musculares, que resultam na contração muscular e nas mudanças nos mecanismos reguladores dos órgãos e tecidos visando garantir a manutenção da capacidade vital do organismo humano.

  • B As modalidades cíclicas são aquelas que não têm repetição contínua do movimento, e em que a naturalidade e a espontaneidade dos gestos técnicos são marcantes; esportes de equipe como futebol, voleibol, basquetebol e handebol estão entre as modalidades mais populares dessa caracterização.

  • C O substrato proveniente da alta produção de energia pela via fosfato está presente em práticas esportivas que envolvem atividades de alta velocidade e curta duração, como estímulos curtos de corrida e natação, lançamento de dardo e arremesso de peso, cabeceio ou mesmo a rápida mudança de direção durante um drible no futebol.

  • D Os carboidratos são a principal fonte de energia extraída dos alimentos, mas parte da ingestão desses nutrientes, quando o corpo se encontra em repouso, é convertida diretamente em moléculas de glicogênio, que são armazenadas no fígado e nos músculos para sua conversão em moléculas de energia utilizável.

O que é o déficit de oxigênio?

É a quantidade de O2 que falta para o suprimento do metabolismo durante o período em que o organismo ajusta-se para a atividade física durante as transições. Déficit de oxigênio É o tempo que o organismo leva, para entrar em equilíbrio e dar início ao sistema de transporte (Respiração e circulação).

Qual a principal fonte de energia para o exercício aeróbico?

O exercício aeróbico utiliza oxigênio para produzir energia nos músculos.

Como funciona o sistema aeróbico?

O exercício aeróbico utiliza o oxigênio, por serem exercícios de um maior impacto e e que necessitem de uma maior quantidade de oxigênio no nosso corpo ele estimula os pulmões e o coração a trabalharem mais rápidos para levar este oxigênio para os músculos.

Qual fonte de energia primária predomina na via anaeróbica aeróbia?

Carboidrato: Sua função primária é fornecer energia para o trabalho celular , segundo McARDLE et alii (1983) . Ele é o único nutriente cuja energia armazenada pode ser usada para gerar ATP anaerobicamente,ou melhor ,são utilizadas nos exercícios vigorosos que requerem a liberação de energia rápida (anaeróbicos).