Por que todos pecaram e destituidos

Por que todos pecaram e destituidos

Todos estão afastados de Deus, todos estão distantes de Deus por não serem capazes de cumprir a lei de Deus, não se submetem a Sua vontade.

O ser humano em seu próprio senso de justiça, acredita ser bom o suficiente para que Deus faça alguma coisa por ele.

Todo o seu senso de justiça do homem está corrompido,  assim como todo o seu caráter está desmoralizado.

A Bíblia diz que todos pecaram e estão afastados de Deus (Romanos 3.23), que não existe um justo se quer (Romanos 3.10), e todos são considerados pecadores por existir um representante em comum, Adão (primeiro homem criado por Deus). Por ser o primeiro homem criado e sua esposa (Eva), ser criada de Adão, a humanidade descende deles.

Adão e Eva se rebelaram contra Deus, desobedecendo as ordenanças do Criador, sendo assim todos os seus descendente herdam essa mesma rebelião natural.  

“Adão era o cabeça federal de toda humanidade e sua queda atingiu a todos” (Hernandes Dias Lopes). O homem é descendente de Adão, o primeiro a ser criado, e sendo o primeiro, todos os seus dessedentes herdaram a sua natureza pecaminosa.

Como relatado em Gênesis, tudo o que Deus criou era bom, mas Adão e sua companheira Eva foram induzidos, houve uma manipulação para se rebelarem contra seu Criador.

Deus é Bom e Misericordioso (Deus se compadece), mas Ele também é Santo,Puro, Justo e Reto, ele abomina o pecado, por isso Adão e todos os seus descendentes estão afastados de Deus.

O que iremos ver neste artigo

  • Todos pecaram e destituídos estão da Glória de Deus
  • Todos pecaram
  • Destituídos da Glória de Deus
  • Romanos 3:23
  • Não há um justo
  • Pecado de Adão
  • Qual o Propósito do que Paulo escreveu?
  • Cristo e o pecador

Todos pecaram e destituídos estão da Glória de Deus

É maravilhosa a maneira como o Apostolo Paulo desenvolve o ensino sobre a Salvação do homem nas Escrituras Sagradas). A forma como descreve o plano glorioso da redenção, leva o leitor a reconhecer a perfeição de Deus no modo como lida com a humanidade que se rebelou contra seu Criador.

Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, fala como homem se afastou de Deus e como o Senhor agiu em favor do homem.  Isto mostra  somente uma fagulha diante de um Deus infinito em misericórdia, que ao invés de exercer sua pura justiça sobre sua criatura, Ele decide salvar e justificar a humanidade através do um único justo, o Seu Filho, Jesus Cristo.

Paulo demonstra que todos pecaram, porque para a humanidade caída era impossível satisfazer a vontade de Deus no cumprimento da lei e na prática da moralidade.

Paulo não está em sua carta aos romanos dando ênfase ao estado de degradação humana, mas utiliza dessa realidade para apontar o plano de Deus, a justificação que provém d’Ele e não da lei, que alcança os crentes fieis do passado, do presente e do futuro. 

Todos pecaram e necessitam da justificação que provém de Deus.

Todos pecaram

Gênesis 6, relata o quanto Deus ficou entristecido com o rumo que a humanidade seguia, seus pensamentos e seu coração sempre inclinado para o mal. Deus não compactua com o mal, tanto que se Ele desejou exterminar tudo o que criou, porém Noé e sua família foi poupada do dilúvio que Deus derramou sobre a terra.

A maioria das pessoas sentem repulsa por algum tipo de maldade, essas pessoas procuram manter distancia de tais atos maldosos, sendo Deus infinitamente Santo, não suporta o mal existente, por isso a humanidade está afastada d’Ele.

Destituídos da Glória de Deus

Estar destituído é estar afastado de algo, neste caso todos estão afastados da glória de Deus.

A glória de Deus está em todo lugar, e para desfrutar dessa glória é preciso se submeter à Sua vontade.

Qual é o fim principal do homem? O fim principal do homem é glorificar a Deus, e gozá-lo para sempre”. Esse foi o propósito de Deus ao criar o homem, receber glorificação de sua criação e assim a criatura deleitar-se no Criador.

Quando Deus Pai criou o homem, não havia no Criador a necessidade de alguém, pois Ele é suficiente em si mesmo e tudo o que fez, o fez para sua glória. Deus não depende de alguém para ser Deus, Ele é antes da existência de qualquer coisa criada. Mas ainda que suficiente em si, Deus em seus decretos eternos, colocou em ação a criação de todas as coisas.

Na grandiosidade de todo o universo criado, Deus decidiu refletir Sua gloria no homem, um ser com alma vivente (espirito) e corpo físico (feito do pó da terra), porém a semelhança na qual Deus se refere em Gênesis 1.26-27 está no imaterial, sentir, pensar, agir. Deus refletiu sua glória em Adão, dando-lhe uma personalidade.

De Adão surgiu nações, sua descendência, estes também teriam que carregar a glória de Deus. Aquele que recebeu de primeira mão a incumbência de carregar a glória de seu Criador, perdeu esse privilégio ao experimentar do fruto proibido. Todos então, estão destituídos da glória de Deus porque o primeiro falhou, sua descendência desde então não alcança o padrão da gloria de Deus.

Estar destituído da glória de Deus, é estar privado de desfrutar de tudo o que era bom no princípio, pois todas as coisas que Deus criou eram boas, até o dia em que houve rebelião (desobediência), de Adão e Eva.

Jesus Cristo veio trazer redenção para o ser humano, para que n’Ele o homem possa ter o privilégio de se deleitar em Deus novamente.

Romanos 3:23

A humanidade pecou por não haver a possibilidade de satisfazer  o padrão moral de Deus. Adão o primeiro homem criado, não possuía natureza pecaminosa, ao se rebelar contra o mandamento de Deus, trouxe à sua natureza o pecado e aos seus descendentes (humanidade).

Com a exoneração (destituição) de Adão do privilégio de refletir a glória de Deus, seus descendentes também foram destituídos.

Todos pecaram e todos estão destituídos, porque todos são incapazes de cumprir o mandamento (Adão no Éden), seus descendentes a Lei de Deus [tanto a Escrita, judeu, quanto a da consciência, gentil (não judeu)].

A Lei de Deus tem o papel de apontar o pecado no homem. Essa Lei demonstra o padrão de moralidade que Deus deseja que o homem viva. Porém ela é tão exigente que, se houver falha em um mandamento, toda a Lei é descumprida (Tiago 2.10). A lei faz com que todos estejam sob o juízo de Deus, e a justiça de Deus exige que todos sejam condenados.

A graça de Deus, um favor da qual o pecador não merece, mas está disponível em Jesus Cristo, mediante a fé no sacrifício do Filho de Deus (Jesus Cristo).Por meio d’Ele se obtém a justificação de seus pecados, ou seja, todo aquele que crer em Jesus Cristo, é declarado justo perante Deus. Os que por natureza eram filhos da ira de Deus, em Jesus são adotados como filhos, para a redenção eterna. Todos os que creem recebem um  novo nascimento, são ressuscitados de sua morte espiritual e ganham nova vida.

Aquela comunhão que havia sido perdida no Éden, agora é restabelecida por Deus em seu Filho Unigênito, Jesus.

Agora o homem justificado em Cristo Jesus viverá mediante a fé (Romanos 1.17)

Não há um justo

Não há um justo sequer porque não há quem deseje a Deus espontaneamente. Não existe sequer alguém na humanidade que deseje buscar ou compreender a Deus deliberadamente.

A Lei de Deus aponta para o pecado no ser humano e a criação trona o homem indesculpável diante do Deus Criador.

Para o homem ser considerado justo é necessário ter fé em quem é justo por natureza, Jesus Cristo. Jesus cumpriu com toda a exigência da Lei e isso só aponta para o seu caráter que é justiça.

Não é somente Jesus Cristo que é Justo, Deus o Pai é Justo, Deus Espírito Santo também é, um único Deus age harmoniosamente em três Pessoas distintas para que a justiça seja exercida na rebelião contra Santíssima Trindade Criadora do mundo e da origem humana (Gênesis 1.1-2,26, João 1.1-3).

O padrão da justiça de Deus é santidade, retidão, pureza. Sua justiça julga a causa, e a causa a ser julgada por ela é o pecado.

O homem por ser um herdeiro do pecado de Adão, é declarado digno de justiça Divina, mas havendo arrependimento de sua natureza pecaminosa e depositada sua esperança em Jesus Cristo, recebe a declaração de justificação diante do Deus justo.

O homem não deve achar que pode tentar viver como justo na prática da lei, pois a Lei sempre apontará para o pecado dentro de si. Somente por Cristo Jesus é possível viver livre da Lei que condena, pois a graça torna o homem justo mediante a fé em Jesus.   

A justiça divina exige condenação ao pecado, mas ela não seria justiça perfeita se não oferecesse ao pecador arrependido regeneração, uma nova vida liberta da escravidão do pecado.

Pecado de Adão

Adão (heb. “Âdâm”, homem, ser humano, vermelho), é semelhante também a palavra “solo”, no hebraico “adamah”, referência a origem do primeiro homem, do que ele foi feito, criado por Deus do pó da terra sendo o primeiro da família humana. Criado na pureza, sem malícia, nele não havia pecado.

Adão tinha a liberdade de escolher continuar na pureza ou comer do fruto de uma árvore, plantada no jardim do Éden onde morava, árvore do conhecimento do bem e do mal que uma vez experimentada traria a morte, morte para si e seus descendentes (Gênesis 2.15-17).

Por causa  do pecado de Adão, todos nascem eticamente, moralmente e espiritualmente corrompidos, depravados, imperfeitos, impuros, etc.  

O pecado original, a herança deixada por ele; sua desobediência causou a todos os seus descendentes o efeito da separação.

Romanos 5.12 diz que o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte também ingressou no mundo, e assim atingindo todos os homens. Essa é a razão de Paulo dizer que judeus e gentios (qualquer pessoa que não seja judeu), estão no mesmo barco, descendem do mesmo representante humanidade.

Todos pecaram porque descendem da natureza de Adão, todos os homens participam com ele da queda. Moralistas e éticos, assassinos e prostitutas, todos estão no mesmo estado decaído.

O primeiro homem tinha o privilégio de carregar a glória de Deus, ao se rebelar foi afastado da glória de Deus, só restou a humanidade carregar, refletir, transparecer a imagem de Adão. Todos pecaram porque estão ligados a rebelião inicial contra o Criador. Todos são parceiros de Adão no comer do fruto, quando Adão errou, todos errou com ele.

Qual o Propósito do que Paulo escreveu?

O maior tratado teológico, assim é considerada a carta aos Romanos. O apóstolo Paulo escreve aos romanos o mais detalhado conteúdo teológico sobre a Doutrina da Salvação. Para explicar o porque do ser humano necessitar da salvação, ele começa do primeiro capítulo da carta expondo o homem caído, o fracasso da humanidade em dar a devida glória ao Deus Criador.

Tanto judeus quanto gentios (outros povos, não judeus), todos falharam, todos trocaram a existência de um Deus criador e  imortal por deuses criados por si mesmos, passaram a adorar as coisas criadas ao invés do Criador (Romanos 1.23). Se afundaram em desejos pecaminosos de seu coração e se entregaram a degradação de seus corpos. Trocaram a verdade pela mentira e passaram a adorar as coisas criadas ao invés do Criador  (Romanos 1.24-25).

Do capítulo 1 ao 3, é notória a exposição do apóstolo Paulo no assunto que vai culminar na destituição de toda a humanidade da glória de Deus.

Em sua teologia, o apóstolo traz detalhes do declínio da humanidade.

Mesmo obtendo conhecimento do Deus Criador, pois o que pode ser conhecido de Deus, seus atributos invisíveis (qualidades, características), seu eterno poder e sua natureza divina, foram revelados por meio da natureza, e mesmo assim o homem não se voltou para Deus.

Deus se mostra tão decepcionado com o nível de depravação da humanidade, que os entregou à sua própria vontade, própria impureza, própria injustiça.

A partir desta exposição sobre o declínio do ser humano, Paulo então ressalta a necessidade do homem caído de uma grandiosa redenção em Jesus Cristo. Deixando evidente o porque de Deus em sua justiça, irar-se com a atitude da humanidade, que trocou a verdade de um Deus Criador pela mentira de satanás, e mostra sua misericórdia para com o plano de salvação para os que passariam a crer em Jesus Cristo.

Cristo e o pecador

Por que todos pecaram e destituidos

Na carta de Paulo aos cristãos  em Roma, é citado por ele que Deus manifestou uma justiça que não depende da Lei (Romanos 3.21), essa justiça é testemunhada pelos profetas e pela própria Lei.

A justiça de Deus foi manifestada, o Messias (hebraico, Ungido) encarnado, onde o Novo Testamento demonstra historicamente e teologicamente, a vida do Filho de Deus, pronto para cumprir a justiça exigida para a salvação do pecador.

O apóstolo Paulo faz uma afirmação e a defende, baseado na vida e obra de Jesus, no entendimento da Lei e nas profecias relacionadas ao Cristo (Em grego, Ungido), que a justiça que faz o homem justo é por meio da fé em Jesus Cristo (Romanos 3.22).

Por meio da fé todos os que creem em Cristo Jesus, recebem de Deus a justificação de maneira gratuita.

A exige condenação ao pecado (espiritual, físico e eterno), e somente um substituto perfeito, o Filho Deus (Deus-Homem), para substituir o pagamento exigido pela Lei, derramamento de sangue em sacrifício (Romanos 3.25).

A Lei exige obediência integral em todo o tempo, e como o homem é incapaz de cumprir integralmente (Tiago 2.10), Deus sacrificou seu Filho para que todo o que n’Ele crer, possa viver independentemente da Lei, mas pela graça, independente da tentativa de obediência (obras humanas), mas pela obra redentora de Jesus Cristo:

 Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie. (Efésios 2.8-9)

 Jesus Cristo trouxe novamente a restituição do relacionamento entre Deus e o homem (Romanos 5.1; Filipenses  4.7).

Conclusão

Em virtude destas argumentações, percebemos que todos pecaram por não satisfazerem o padrão moral de Deus, pois herdaram do primeiro representante da raça humana (Adão), o pecado da rebelião.

A Lei de Deus dada ao seu povo através de Moisés, não pedia que eles à cumprissem, somente mostrava o quanto eram pecadores e necessitavam d’Aquele que era capaz de cumpri-la.

O apóstolo Paulo defende que mediante a fé no Filho de Deus (Jesus Cristo), e somente por ela, o homem que passa crer recebe de Deus perdão por causa de sua natureza pecaminosa e o faz justificado perante a exigência da Lei.

A solução para a humanidade corrompida é Jesus Cristo, aqueles que passam a olhar para o sacrifício na cruz do Calvário e se arrependem de seu pecado, são afastados de sua condição como filhos da ira de Deus e são adotados em Jesus Cristo como filhos de Deus Pai.