Por que milhares de indígenas morreram com a chegada dos portugueses

Segundo a Funai, a população indígena em 1500 era de aproximadamente 3 milhões de habitantes. No último censo do IBGE, de 2010, o Brasil tinha 896,9 mil indígenas. E as violações de direitos contra esses povos têm crescido nos últimos anos

Por que milhares de indígenas morreram com a chegada dos portugueses
Foto: Agência Brasil

O genocídio dos povos indígenas no Brasil começou com a colonização portuguesa das Américas, quando Pedro Álvares Cabral chegou ao que é hoje o Brasil, em 1500.

O tratamento violento dos colonizadores e as doenças trazidas pelos europeus causaram a morte de muitos indígenas.

Segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai), a população indígena em 1500 era de aproximadamente 3 milhões de habitantes, sendo que aproximadamente 2 milhões estavam estabelecidos no litoral do país e 1 milhão no interior. Em 1650, esse número já havia caído para 700 mil indígenas e, em 1957, chegou a 70 mil, o número mais baixo registrado. De lá para cá, a população indígena começou a crescer.

De acordo com o último censo demográfico, realizado em 2010 pelo IBGE, o Brasil tem 896,9 mil indígenas. Isso significa que o número de indígenas no país em 2010 representava 29,9% do número estimado para 1500, quando começou a colonização.

Deste total, 817,9 mil se autodeclararam indígenas no quesito cor ou raça do Censo 2010 e 78,9 mil residiam em terras indígenas e, embora tenham se declarado de outra cor ou raça (principalmente parda, 67,5%), consideravam-se indígenas de acordo com aspectos como tradições, costumes, cultura e antepassados. Ao todo, ainda existem 305 etnias, que falam 274 línguas.

Direitos vieram só em 1988

A Constituição de 1988 pode ser considerada um marco na conquista e garantia de direitos para os indígenas no Brasil. Enquanto o Estatuto do Índio (Lei 6.001), promulgado em 1973, previa prioritariamente que as populações deveriam ser “integradas” ao restante da sociedade, a Constituição de 1988 passou a garantir o respeito e a proteção à cultura das populações originárias.

No texto constitucional, os direitos dos indígenas sobre suas terras são definidos como “direitos originários”, isto é, anteriores à criação do próprio Estado e que levam em conta o histórico de dominação da época da colonização.

Violações recentes contra indígenas

Mesmo com os direitos garantidos na Constituição, os indígenas brasileiros continuam sofrendo. Entre agosto de 2018 e julho de 2019, os territórios indígenas brasileiros tiveram 423,3 km² desmatados. Isso representa um crescimento de 74% em relação ao período de agosto de 2017 a julho de 2018, quando foram desmatados 242,5 km². A terra mais afetada fica no Pará e abriga um povo isolado.

A violência contra povos isolados, inclusive, foi destacada, recentemente, no relatório ‘Ameaças e violação de direitos humanos no Brasil: povos indígenas isolados’, elaborado pelo Instituto Socioambiental (ISA), a Comissão Arns e a Conectas Direitos Humanos, e direcionado para o Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações (UNHRC).

Essas organizações da sociedade civil alertam para o risco de etnocídio (extermínio da cultura) e genocídio (extermínio do povo) dos povos isolados.

Além disso, em 2019, o Brasil teve o maior número de assassinatos de lideranças indígenas em 11 anos.

Por que milhares de indígenas morreram com a chegada dos portugueses?

RESPOSTA:

Com a chegada dos portugueses, milhares de indígenas morreram porque não tinham imunidade às doenças que os europeus trouxeram, como a gripe, a varíola, a tuberculose, o sarampo e a lepra.

Quando ouvimos falar da colonização portuguesa na América, lembramos logo da “Descoberta do Brasil”. Pensamos: será que o Brasil foi realmente descoberto pelos portugueses? Antes da chegada dos portugueses não existiam povos e sociedades habitando a nossa terra?

Mas é lógico que existiam habitantes no “Novo Mundo”: eram os diferentes povos indígenas, considerados os povoadores da região. O processo que promoveu o primeiro contato entre portugueses e indígenas foi um encontro de culturas? Ou uma conquista, um “desencontro de culturas”?

A colonização portuguesa teve como principais características a submissão e o extermínio de milhões de indígenas. O processo de colonização portuguesa no Brasil teve um caráter semelhante a outras colonizações europeias, como a colonização espanhola, que conquistou e exterminou os povos indígenas.

A Coroa portuguesa, durante as Grandes Navegações (XV-XVI), tinha como principais objetivos a expansão comercial e a busca de produtos para comercializar na Europa (obtenção do lucro). Existiam outros motivos, porém focaremos esses dois.

Em 1500, os primeiros portugueses que desembarcaram no “Novo Mundo” (América) tomaram posse das terras, logo em seguida tiveram os primeiros contatos com os indígenas, designados pelos portugueses de “selvagens”. Alguns historiadores chamaram o primeiro contato entre portugueses e indígenas de “encontro de culturas” (como uma tentativa de amenizar e adocicar as péssimas relações que foram mantidas), mas percebemos que o início do processo de colonização portuguesa foi um “desencontro de culturas”, que mais correspondeu ao processo de extermínio e submissão dos indígenas – tanto por meio dos conflitos com os portugueses quanto pelas doenças trazidas por estes, como a gripe, a tuberculose e a sífilis. 

No século XVI, poucos empreendimentos foram efetivados no território colonial. As principais realizações portuguesas, utilizando a mão de obra indígena escravizada, foram: nomear algumas localidades no litoral, confirmar a existência do pau-brasil e construir algumas feitorias.

O “desencontro de culturas” promovido pelos primeiros contatos entre europeus e indígenas ganhou nova força a partir de 1516, quando Dom Emanuel I, rei de Portugal, enviou navios ao novo território para efetivar o povoamento e a exploração. Os indígenas resistiram à tentativa de submissão e extermínio, expulsando rapidamente os portugueses. Até o ano de 1530, a ocupação portuguesa ainda era bastante tímida – somente no ano de 1531, o monarca português Dom João III enviou Martin Afonso de Souza ao Brasil, nomeando-o capitão-mor da esquadra e das terras coloniais, visando efetivar a exploração mineral e vegetal da região e a distribuição das sesmarias (lotes de terras).

A submissão e o extermínio dos indígenas pelos europeus estavam apenas começando na história do Brasil, entretanto não devemos esquecer a resistência que os povos indígenas empreenderam.

Estima-se que dos 2,5 milhões de povos indígenas que viviam na região que hoje compreende o Brasil na época da chegada de Cabral, menos de 10% sobreviveram até os anos 1600. A principal razão para o despovoamento foram doenças como a varíola, que avançaram muito trazidas involuntariamente pelos europeus.

Porque muitos indígenas foram mortos pelos colonizadores?

O tratamento violento dos colonizadores e as doenças trazidas pelos europeus causaram a morte de muitos indígenas. ... Isso significa que o número de indígenas no país em 2010 representava 29,9% do número estimado para 1500, quando começou a colonização.

Quantos índios morreram na colonização?

Pelos cálculos usados no estudo, cerca de 56 milhões de índios morreram entre a chegada de Cristóvão Colombo à América, em 1492, e o ano de 1600, tanto em conflitos contra os colonizadores como por doenças trazidas da Europa.

Quais foram as causas das mortes e dominação dos nativos pelos europeus?

De acordo com a estimativa da população inicial, em 1900, pode-se dizer que a população indígena teria diminuído em mais de 80%, devido, principalmente, aos efeitos de doenças como a varíola, sarampo e cólera, mas também a violência e guerra pelos colonizadores contra os índios.

Por que os europeus chamaram todos os habitantes da América de índios?

Quando os europeus chegaram ao nosso continente, a América, eles chamaram as pessoas que viviam aqui de índios porque pensavam que tivessem chegado à Índia.

Quais foram as conquistas espanholas?

A Conquista da América Espanhola tem início a partir de 1492. ... Primeiramente, foram conquistadas as ilhas da América Central; em seguida, as terras firmes do continente, com as expedições de Cortés ao território asteca e de Pizarro ao Império Inca. Ao mesmo tempo que os portugueses se estabeleciam no Brasil atual.

Quais foram principais causas para o genocídio dos povos nativos da América?

A chegada dos Europeus foi a principal causa, pois eles queriam o território que pertencia aos indígenas e não se importavam em lutar por ele, além de levarem doenças, em certo momento propositalmente, para a região, que por não terem imunidade ou conhecimento, os nativos acabavam morrendo.

Quais fatores provocam o genocídio dos povos indígenas?

Provocam o genocídio dos povos indígenas que habitavam as terras que hoje compõem o Brasil as doenças trazidas pelos portugueses, o desrespeito dos colonizadores pelos nativos, a tentativa de escravizar os índios e a expulsão dos nativos de seus territórios.

Quais foram as formas de extermínio da população nativa da América?

Guerras de extermínio, arsenal bélico, expulsão de territórios tradicionais, violência e escravização, perpetradas pelos colonizadores europeus contra os povos nativos, além de desmatamento, queimadas, secas, desnutrição, fome, contaminação das águas, do solo e abatimento psicológico foram eventos que propiciaram parte ...

Como foram os primeiros contatos com os nativos aqui na América?

Verificado por especialistas. Os primeiros contatos do europeus e indígenas foi um choque de culturas, sendo que inicialmente foi um contato pacífico, principalmente da parte dos portugueses, sendo que os Espanhóis, ao chegarem, logo entraram em guerra com os indígenas.

Como foi a chegada de Cristóvão Colombo na América?

Assim, partiu em 13 de agosto de 1492, com apenas duas caravelas: Nina e Pinta e a nau Santa Maria. A tripulação estava composta de 90 homens que chegaram à América 61 dias depois, aportando nas Bahamas e, logo depois, em Cuba e Santo Domingo.

Como a administração espanhola controlava o vasto território de da América?

Divisão da América Espanhola O espaço americano foi dividido conforme os interesses econômicos e as realidades encontradas pelos espanhóis, foram divididos em vice-reinados e capitanias gerais. Os vice-reinados compreendiam áreas de exploração de metais preciosos ou áreas de intenso comércio.

Como estavam dispostos a administração e a sociedade colonial espanhola?

Resposta: Sobre a disposição da administração e a sociedade colonial espanhola, podemos dizer que a Coroa Espanhola mantinha uma forte centralização política e mantinha as rédeas sobre as colônias por meio da grande presença militar nas colônias da América.

Como os espanhóis dividiram as terras americanas para melhor promover sua exploração?

Resposta. Resposta: Os espanhóis, logo após empreenderem um sangrento processo de dominação das populações indígenas da América, efetivaram o seu projeto colonial nas terras a oeste do Tratado de Tordesilhas. ... Isso porque a ganância pelos metais preciosos motivava os espanhóis.

Como os espanhóis conseguiram mão de obra para explorar as minas de ouro e prata das Américas?

( ) O principal interesse espanhol ao invadir o império Asteca era o de encontrar riquezas minerais como ouro e prata. ( ) O ouro e a prata tinham grande valor para os astecas, sendo utilizados como moeda corrente dentro do império.

Onde os espanhóis encontraram ouro e prata na América?

Resposta. Resposta: A Espanha ficou com a quase totalidade do continente americano, Portugal recebeu, pelo tratado, apenas uma parcela do Brasil. Para felicidade dos espanhóis, logo encontraram ouro e prata, que estavam escassos na Europa.

Em quais continentes foram instaladas colônias espanholas?

Império Espanhol

Império Espanhol Império Colonial Espanhol Império
1492 — 1975
ContinenteEuropa Américas Ásia África Oceania
CapitaisToledo (1492–1561) Madri (1561–1601) Valhadolide (1601–1606) Madrid (1606-)
Países atuais27 países[Expandir]