Onde ocorrem tsunamis com mais frequência

Os tsunamis são ondas de grande energia geradas por abalos sísmicos. Têm sua origem em maremotos, erupções vulcânicas, explosões causadas por gases acumulados no subsolo do oceano e nos diversos tipos de movimentos das placas do fundo submarino. Podemos dizer que o tsunami seria uma onda sísmica que se propaga no oceano. A palavra tsunami é de origem japonesa e significa "onda do porto" – tsu (porto, ancoradouro) e nami (onda, mar). Historicamente, é no Oceano Pacífico onde ocorreram a maioria dos tsunamis, por ser uma área cercada por atividades vulcânicas e frequentes abalos sísmicos. Ao norte do Oceano Pacífico, desde o Japão até o Alasca, existe uma faixa de maior incidência de maremotos e erupções vulcânicas que originariam as tsunamis mais frequentes do nosso planeta. Verificando a probabilidade e os registros históricos de erupções e/ou abalos sísmicos em ilhas do Oceano Atlântico, que são mínimos, veremos que as chances de ocorrer um acidente ambiental de grandes proporções são baixas.

Devido a frequência da ocorrência de tsunamis no Pacífico, existe uma rede internacional de sismógrafos ao longo do cinturão de fogo que altera para a formação de qualquer onda catastrófica. Como resultado dessa iniciativa nenhuma morte foi contabilizada com a passagem de uma tsunami no Havaí em 1957. Já a tsunami de 1946, com altura inferior à de 1957, causou inúmeras vítimas fatais pela ausência de um sistema de alerta.

Os tsunamis, ao se propagarem no oceano possuem comprimento da ordem de 150 a 200 km de extensão e apenas 1 metro de altura. Em alto mar eles são quase imperceptíveis. Quando se aproximam de zonas costeiras mais rasas, perdem velocidade devido ao atrito com fundo e isso faz com que haja também uma redução do seu comprimento, porém a energia continua a mesma. Consequentemente, a altura da onda aumenta bastante em pouco tempo. Neste ponto, ela pode atingir 10, 20 e até 30 metros de altura, em função de sua energia e da distância do epicentro do tsunami. O processo se assemelha ao de uma parada brusca, que projeta a água para a frente. A ação do tsunami é rápida e destruidora.

Assim, quanto maior for a distância entre a origem (epicentro) e o litoral de impacto, maior será a perda de sua intensidade por espalhamento e mesmo dissipação de sua energia.

Talvez o tsunami mais famosa tenha sido a provocada pela explosão vulcânica da Ilha de Krakatoa no Oceano Pacífico em 26 e 27 de agosto de 1883. O tsunami resultante atingiu as ilhas da Indonésia com ondas de até 35 metros de altura.

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Os tsunamis são ondas gigantes que se formam nos oceanos em decorrência de abalos sísmicos, e outros fatores associados ao tectonismo, bem como por causas externas, como queda de meteoritos. Essas ondas se deslocam em alta velocidade e têm comprimento entre 100 km e 500 km. À medida que se aproximam da costa, perdem velocidade e ganham altura, que fica de 30 m a 40 m. Os tsunamis possuem elevado potencial de destruição, como observado na Indonésia, em 2004, e no Japão, em 2011.

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O que é um tsunami?

Tsunami, palavra de origem japonesa que significa “onda de porto” (tsu = porto; nami = onda), é uma onda gigante que se forma no oceano por meio de grandes perturbações nas águas, que podem ter origens diversas, desde movimentos tectônicos no assoalho oceânico até mesmo o impacto de um meteorito. Os tsunamis têm elevado potencial destrutivo e podem trazer consequências avassaladoras para as áreas atingidas.

Onde ocorrem tsunamis com mais frequência
Tsunamis são ondas gigantes que se formam no oceano por causas diversas, como movimentos de placas tectônicas.

Causas de um tsunami

Os tsunamis se formam por meio de distúrbios causados nos oceanos (ou no fundo dos oceanos), que liberam grande quantidade de energia, suscitando o deslocamento de grandes volumes de água. Esses eventos podem estar associados a fatores geológicos da área ou a fatores exógenos, a exemplo da queda de meteoritos.

Os fenômenos de ordem tectônicas são as principais causas das ondas gigantes características dos tsunamis, principalmente abalos sísmicos que se originam no assoalho oceânico. Sua ocorrência é mais comum em áreas de instabilidade tectônica, em que há o encontro de diferentes placas, o que caracteriza, assim, uma zona de falha.

Onde ocorrem tsunamis com mais frequência
Diferentes fatores que dão origem aos tsunamis.

O vulcanismo é também outro fator gerador de tsunamis, embora ocorra com menor frequência. A atividade vulcânica nesse caso pode se dar tanto no fundo dos oceanos quanto nas zonas costeiras, como a destruição da caldeira vulcânica durante o processo de erupção e o consequente deslizamento de grandes quantidades de detritos para o mar, ou, ainda, o fluxo propriamente dito de lava e outros materiais.

Deslizamentos de terra (ou avalanches) que acontecem em profundidade, nas áreas mais íngremes do assoalho oceânico, podem provocar também a propagação de energia para a formação dos tsunamis. Outros eventos que acarretam a entrada de grandes volumes de materiais no oceano e deslocam enormes quantidades de água têm, da mesma forma, potencial para gerar ondas gigantes.

Os tsunamis têm comprimentos de onda que variam de 100 km a 500 km, enquanto as ondas comuns chegam a algumas centenas de metros. A sua amplitude (medida da onda acima da água parada, que corresponde à posição de equilíbrio) é pequena e variável na escala de metros.

Outra característica importante dos tsunamis é a sua elevada velocidade em mar aberto. Nessas áreas, as ondas se deslocam em até 890 km/h. À medida que se aproximam da costa, isto é, avançam sobre áreas mais rasas, os tsunamis perdem velocidade e ganham altitude, atingindo de 30 m a 40 m. Há, no entanto, registros de ondas que chegaram a 50 metros de altura.

Esse fenômeno possui altíssimo poder de destruição, uma vez que as ondas se quebram violentamente quando chegam no litoral e suas águas conseguem avançar, ainda, centenas de quilômetros sobre as áreas atingidas.

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10 piores tsunamis da história

O Círculo de Fogo, no oceano Pacífico, é a região do planeta mais suscetível à ocorrência de tsunamis, uma vez que consiste na área de maior instabilidade tectônica da Terra. No entanto, o fenômeno não se restringe somente a essa área. Conheça os 10 piores tsunamis já registrados.

  • Sumatra (Indonésia), 2004: causado por um terremoto de magnitude 9.1, que gerou ondas de 50 metros de altura. Um total de 230 mil pessoas perderam suas vidas.

  • Fukushima (Japão), 2011: gerado pelo pior terremoto da história do Japão, de magnitude 9.1. As ondas que atingiram a costa japonesa chegaram a 10 metros de altura. Algumas fontes mencionam ondas de até 15 metros. Entre suas consequências estão o acidente nuclear de Fukushima e 18.000 vítimas entre mortos e desaparecidos.

  • Lisboa (Portugal), 1755: causado por um terremoto que gerou ondas de 30 metros. Cerca de 60 mil pessoas morreram no país e também na Espanha e no Marrocos.

  • Krakatoa (Indonésia), 1883: ocasionado pela explosão da caldeira vulcânica do Anak Krakatoa, formando ondas de 37 metros. Considerando a erupção e a ação violenta das águas, 40 mil pessoas morreram.

  • Enshunada Sea (Japão), 1498: gerado por um terremoto, fez um total de 31 mil vítimas.

  • Nankaido (Japão), 1707: gerado por um terremoto, seguiram-se ondas de 25 metros. O número de vítimas foi 30 mil.

  • Sanriku (Japão), 1896: formado por um terremoto, as ondas chegaram a 38 metros. Um total de 22 mil pessoas foram vítimas no Japão, e outras quatro mil na costa leste chinesa.

  • Arica, 1868: na época a província pertencia ao Peru, mas hoje integra o território chileno. O tsunami, com ondas de 21 metros, foi causado por terremotos. Fez 21 mil vítimas e reverberou por outros países, como a Austrália.

  • Ilhas Ryukyu (Japão), 1771: gerado por terremoto e vitimou cerca de 12 mil pessoas. As ondas ultrapassaram 10 metros.

  • Baía de Ise (Japão), 1586: terremoto seguido por ondas de seis metros. Fez oito mil vítimas.

Onde ocorrem tsunamis com mais frequência
O pior tsunami da história aconteceu na Indonésia, em dezembro de 2004. [1]

Diferenças entre tsunami e maremoto

Os maremotos são abalos sísmicos que ocorrem no assoalho oceânico, gerando a movimentação anômala das águas e podendo dar origem a grandes ondas, que se propagam pelo oceano. A depender da quantidade de energia liberada, as ondas podem atingir proporções gigantescas e se deslocarem a altíssimas velocidades em mar aberto, o que caracteriza os tsunamis. Os tsunamis são, portanto, uma das possíveis consequências dos maremotos.

Exercícios resolvidos

Questão 1 – (UECE) Tsunamis ou grandes marés oceânicas são decorrentes de:

A) pequena profundidade oceânica nos locais em que elas se originam, provocando o deslocamento súbito das águas oceânicas para o talude continental.

B) abalos sísmicos em que o epicentro se localiza em distantes áreas continentais.

C) sismos em áreas oceânicas, motivando o deslocamento das ondas na direção da costa, onde menor é a profundidade, e aumentando o atrito das águas com o fundo do mar.

D) erupções vulcânicas continentais, cujo deslocamento do material magmático se orienta na direção do litoral.

Resolução

Alternativa C. Os abalos sísmicos no fundo dos oceanos são as causas mais comuns de tsunamis.

Questão 2 – Os tsunamis que atingiram a ilha de Sumatra, na Indonésia, em 2004, e a costa leste do Japão, sete anos mais tarde, são os dois mais destrutivos já registrados. Juntos, somam quase 250 mil vítimas e estragos que ultrapassam as centenas de bilhões de dólares.

A respeito do fenômeno dos tsunamis, é correto afirmar:

A) Ocorrem exclusivamente no Círculo de Fogo, por ser uma área de grande instabilidade tectônica.

B) São caracterizados por comprimentos de onda que podem chegar a 500 km.

C) As ondas se deslocam em altas velocidades, que aumentam à medida que se aproximam da costa.

D) Os tsunamis são causados apenas por terremotos e atividades vulcânicas no fundo dos oceanos.

E) Tsunamis e maremotos são termos que descrevem os mesmos fenômenos.

Resolução

Alternativa B. Os tsunamis são caracterizados por ondas longas que variam entre 100 km e 500 km. Isso os diferencia das ondas comuns, cujo comprimento é da ordem de metros.

Crédito da imagem

[1] Frans Delian / Shutterstock

Por Paloma Guitarrara
Professora de Geografia