O que é falta de ar

Situações distintas podem provocar sintomas parecidos. Nos últimos tempos, por conta da pandemia, muita gente tem ficado apavorada ao sentir o menor sinal de falta de ar (manifesta como dificuldade para inspirar ou expirar). Mas como saber o que está por trás do desconforto ou dificuldade para respirar?

Para ajudar, resolvemos mostrar quando o problema pode ser ocasionado pela ansiedade, pela insuficiência cardíaca e pela Covid-19. Confira!

O que é considerado falta de ar?

A dispneia (termo médico para definir a falta de ar) se caracteriza pela respiração curta, sensação de aperto no peito e, por vezes, impressão de não ter ar suficiente. Apesar de desconfortável e assustador, o sintoma por si só não provoca danos aos pulmões. Porém, merece ser investigado por um especialista, pois pode estar associado a condições prejudiciais à saúde.

O que pode provocar o sintoma?

Diversos fatores podem ser responsáveis pela falta de ar ao fazer atividades normais, consideradas esforços mínimos. Por exemplo:

  • condicionamento físico ruim (quando se está “fora de forma”);

  • obstrução das vias aéreas;

  • gravidez (principalmente no último trimestre);

  • anemia (por conta das hemácias “defeituosas”);

  • baixo nível de oxigênio no ar (como ocorre em altas altitudes).

Além disso, a falta de ar também pode estar relacionada a episódios de ansiedade, assim como a doenças cardíacas e pulmonares. Entenda como o sintoma se manifesta em cada uma dessas situações a seguir.

Falta de ar e ansiedade

A falta de ar gerada nas crises de ansiedade (quando considerada um distúrbio psiquiátrico) é intermitente, aparecendo e desaparecendo ao longo de algumas horas. Além disso, ela surge de forma súbita e intensa. Ao mesmo tempo, costuma vir acompanhada de sintomas como insônia e alterações alimentares.

Falta de ar e insuficiência cardíaca

Insuficiência cardíaca é quando o músculo do coração não bombeia o sangue adequadamente. Em certos casos, a dispneia pode ser sintoma de uma fraqueza no órgão, assim como pode estar ligada a obstruções que impedem o sangue oxigenado de chegar aos tecidos.

Nesses quadros, a falta de ar progride lentamente e em decorrência de esforços cada vez menores. O sintoma concomitante mais frequente é o inchaço nas pernas.

Falta de ar e Covid-19

As infecções pulmonares e doenças respiratórias são uma das principais responsáveis pela falta de ar contínua. No caso da Covid-19, os principais sintomas são febre, tosse, coriza, obstrução nasal, perda do paladar e dispneia, que aparece entre o 5º e o 8º dia da doença e piora rapidamente.

Aliás, quando há suspeita de infecção pelo novo coronavírus e falta de ar, o paciente deve procurar atendimento médico imediatamente. Isso porque o sintoma indica comprometimento pulmonar.

Quando procurar ajuda médica?

Em casos de falta de ar sem doenças associadas, deve-se aguardar 30 minutos. Se o sintoma não melhorar, procure um médico.

Mas seja qual for a causa, a orientação especializada é essencial para investigar e tratar o problema. Isso vale em qualquer situação, desde a dispneia eventual, causada por um episódio isolado, à falta de ar com doenças associadas.

Para chegar ao diagnóstico, o médico irá analisar o histórico do paciente, pedir detalhes sobre o sintoma (frequência, gatilho, o que melhora, se apresenta febre ou se está com expectoração etc), realizar alguns exames físicos e solicitar exames pneumológicos e/ou cardiorrespiratórios complementares. Os principais são:

Quanto a falta de ar está ligada à ansiedade, o tratamento pode ser pela mudança no estilo de vida, por meio da adoção de hábitos saudáveis (como fazer atividades físicas regularmente, comer de maneira saudável, dormir bem, evitar o estresse e fazer terapia).

Se houver suspeita que a falta de ar está ligada à infecção respiratória causada pela Covid-19, é preciso procurar atendimento médico com urgência. O problema pode ser tratado com medicação, técnicas respiratórias e, quando necessário, oxigênio suplementar, intubação e uso de ventilador mecânico. Até que as causas da falta de ar sejam resolvidas, o importante é manter as saturações de oxigênio adequadas.

Como é o prognóstico após o tratamento?

Após a remissão de infecções respiratórias graves, pode ser preciso aderir a um programa de reabilitação pulmonar. Tratam-se de exercícios monitorados e sessões educativas, para aprender a lidar com as limitações respiratórias com o mínimo prejuízo à qualidade de vida.

Por fim, também pode ser necessário criar um plano de ação para futuros episódios de falta de ar. O objetivo é que o paciente saiba como se cuidar nesses eventos, conseguindo avaliar se é preciso, ou não, se dirigir a um pronto-atendimento de emergência.

Agora que você sabe a diferença entre a falta de ar gerada pela ansiedade, pela insuficiência cardíaca e pela Covid-19, não minimize o quadro. Afinal, seja qual for a origem da dificuldade para respirar, sempre vale a pena tratar o problema. Sua saúde, bem-estar e qualidade de vida só têm a ganhar!

Se você ainda não tem um diagnóstico definido, procure um especialista e, se necessário, realize os exames solicitados. Para facilitar, agende seus exames para avaliação individual agora mesmo, pelo nosso site!

Você respira fundo, mas parece que a quantidade de ar nos pulmões é insuficiente. De fato, a falta de ar constante é desesperadora — ainda mais em tempos de Covid-19. O sintoma costuma andar junto com o cansaço (mas não necessariamente) e prejudica as funções mais elementares do dia a dia. Sem falar que inviabiliza a realização de qualquer prática esportiva que exija o mínimo de esforço. Ou seja, é um convite ao sedentarismo e problemas associados.

Neste artigo, mostramos quais exames permitem identificar o que está provocando a dificuldade para respirar e o que fazer quando se está com falta de ar. Continue a leitura e entenda porque diagnosticar o problema corretamente é o primeiro passo para iniciar um tratamento eficaz, recuperar sua qualidade de vida e prevenir sequelas futuras.

O que pode levar à falta de ar?

A falta de ar manifesta-se por meio do aumento da frequência e da intensidade da respiração. Essa dificuldade para respirar pode ser “apenas” uma sensação passageira, como ocorre nas crises de ansiedade, por exemplo.

Já a falta de ar constante pode ser devido a uma real dificuldade para oxigenar o sangue. A má oxigenação dos tecidos pode ser decorrente de diversos fatores, tais como:

  • baixo nível de oxigênio disponível nas células;
  • obstrução das vias aéreas (como ocorre no desvio de septo);
  • fraqueza no músculo cardíaco;
  • algo que esteja causando a obstrução do fluxo sanguíneo, ou seja, impedindo que o sangue oxigenado chegue aos tecidos;
  • um problema pulmonar que impeça a troca do gás carbônico e do oxigênio;
  • um distúrbio nas hemácias que não permite o transporte adequado do oxigênio (como no caso de uma anemia grave).

Quais são as possíveis razões da falta de ar constante?

Quando a falta de ar é fruto de uma crise de ansiedade ou outro distúrbio psicológico, o exame de gasometria arterial pode comprovar. Isso porque, nesse caso o nível de oxigênio no sangue não se encontra baixo.

Porém, diversas doenças podem afetar o grau de oxigenação no sangue (o qual é medido pelo oxímetro de pulso). Na dispneia real, a oxigenação sempre cai.

A seguir, veja alguns dos principais problemas de saúde relacionados à falta de ar constante e real. Confira:

  • asma;
  • doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), como bronquite crônica e enfisema pulmonar;
  • Covid-19, pneumonia, tuberculose e outras infecções pulmonares;
  • derrame pleural;
  • embolia pulmonar;
  • hemorragia pulmonar;
  • hipertensão pulmonar;
  • câncer de pulmão;
  • insuficiência cardíaca;
  • infarto do miocárdio;
  • arritmia cardíaca;
  • tamponamento cardíaco;
  • obesidade mórbida;
  • asbestose (doença pulmonar devido à respiração de pó de amianto);
  • defeitos na estrutura da coluna vertebral ou do tórax;
  • anemia, entre outros problemas.

O que fazer quando se está com falta de ar constante?

Os distúrbios pulmonares são a principal causa da falta de ar constante. Por isso, quem apresenta o sintoma deve procurar um pneumologista.

Após analisar o histórico clínico e fazer alguns exames físicos, o especialista pode solicitar exames pneumológicos, os quais servem para identificar a falta de ar e complementar o diagnóstico. São eles:

  • radiografia do tórax, que serve para mostrar a capacidade dos pulmões de movimentar o ar;
  • teste de função pulmonar, usado para determinar o tipo de distúrbio e seu grau de acometimento;
  • tomografia computadorizada do tórax; entre outros exames que também ajudam a identificar o tipo de distúrbio.

Outros exames importantes, indicados quando há suspeita de que a falta de ar constante, decorrente de um distúrbio pulmonar, possa desencadear problemas cardiorrespiratórios, são:

Como saber se a dificuldade para respirar pode ser Covid-19?

A maioria dos sintomas da Covid-19 é semelhante aos causados por gripes comuns. São eles: febre, tosse, cansaço, dores musculares, dor de cabeça, perda do olfato (anosmia), coriza e/ou obstrução nasal.

O “diferencial”, por assim dizer, é a perda do paladar (disgeusia) e a dificuldade para respirar (dispneia real). Essa costuma aparecer entre o 5º e o 8º dia após a infecção pelo coronavírus (SARS-CoV-2).

Para saber se a dificuldade para respirar se deve à Covid-19, o primeiro passo é fazer a testagem para confirmar se já teve contato com o coronavírus. Isso é feito por meio do teste de anticorpo IGM e IGG (ou sorologia para o coronavírus) e pelo PCR.

Se confirmada, deve-se avaliar sua gravidade. Para isso, costuma-se medir a oxigenação no sangue. Uma saturação abaixo de 90% já é considerada um quadro de insuficiência respiratória.

Além disso, observa-se os achados radiográficos ou tomográficos do tórax, bem como alguns achados laboratoriais. O agravamento da linfopenia (queda no número de linfócitos) e a elevação dos D-dímeros (um marcador de coagulação sanguínea), por exemplo, são indicativos de um curso mais grave.

A partir de então, o quadro pode evoluir para uma síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Outras consequências, manifestadas a médio e longo prazo, são o risco aumentado para lesões cardíacas, lesão renal aguda, tromboses, acidente vascular cerebral (AVC), inclusive, em pacientes jovens.

Quando procurar um pronto-atendimento médico?

Ainda que a maioria das pessoas infectadas pelo coronavírus seja assintomática ou apresente apenas sintomas leves, o tempo vem mostrando que muitas podem ficar gravemente doentes, ter sequelas e até perder a vida. Por isso, a orientação dos órgãos de saúde é clara: quem porventura começar a apresentar dificuldade para respirar deve procurar um pronto-atendimento médico imediatamente. Isso porque, em pacientes com Covid-19, o sintoma indica que houve comprometimento pulmonar — e o risco de piora no quadro é alto.

Para concluir, a falta de ar constante pode ser ligada a diversos distúrbios pulmonares, alguns mais leves, outros mais graves, mas também pode ser gerada por doenças cardíacas e outros problemas de saúde. Assim, agora que você conhece as possíveis origens do sintoma, caso apresente dificuldade para respirar, não perca tempo. Procure um especialista para realizar o diagnóstico e dar início ao tratamento adequado o mais rápido possível. Assim, muito em breve você poderá ter o prazer de respirar fundo e se encher de energia para aproveitar seu dia a dia!

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