A palavra que em português pode ser:
Nesse caso, será acentuado e seguido de ponto de exclamação. Usa-se também a variação "o quê"! A palavra que não exerce função sintática quando funciona como interjeição. Quê! Você ainda não está pronto?
Nesse caso, virá sempre antecedido de artigo ou outro determinante e receberá acento por ser monossílabo tônico terminado em e. Como substantivo, designa também a 16ª letra de nosso alfabeto. Quando a palavra que for substantivo, exercerá as funções sintáticas próprias dessa classe de palavra (sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo etc.) Ele tem certo quê misterioso. (substantivo na função de núcleo do objeto direto)
Tenho que sair agora.
Quase que não consigo chegar a tempo.
Que lindas flores!
⇒ Pronome relativo: retoma um termo da oração antecedente, projetando-o na oração consequente. Equivale a o qual e flexões. Não encontramos as pessoas que saíram. ⇒ Pronome indefinido: nesse caso, pode funcionar como pronome substantivo ou pronome adjetivo: ⇒ Pronome substantivo: equivale a que coisa. Quando for pronome substantivo, a palavra que exercerá as funções próprias do substantivo (sujeito, objeto direto, objeto indireto, etc.) Que aconteceu com você? ⇒ Pronome adjetivo: determina um substantivo. Nesse caso, exerce a função sintática de adjunto adnominal. Que vida é essa?
Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) Venha logo, que é tarde. (conjunção coordenativa explicativa) Falou tanto que ficou rouco. (conjunção subordinativa consecutiva)
Desejo que você venha logo. Palavra "se" Pode ser:
⇒ Conjunção subordinativa integrante: inicia uma oração subordinada substantiva. Perguntei se ele estava feliz. ⇒ Conjunção subordinativa condicional: inicia uma oração adverbial condicional (equivale a caso). Se todos tivessem estudado, as notas seriam boas.
Passavam-se os dias e nada acontecia.
Ele arrependeu-se do que fez.
Vendem-se casas. Aluga-se carro. Compram-se joias.
Trabalha-se de dia. Precisa-se de vendedores.
⇒ Objeto direto ⇒ Objeto indireto ⇒ Sujeito de um infinitivo Por Marina Cabral A palavra que pode ser, entre outras coisas, pronome relativo e conjunção integrante. Vejamos como estabelecer a diferença entre essas duas classes: O pronome relativo inicia oração subordinada adjetiva, e a conjunção integrante, oração subordinada substantiva. O pronome relativo sempre estará entre um verbo e um substantivo – ou palavra substantivada – que mantêm relação sintática entre si. O verbo fica depois do pronome relativo, e o substantivo, antes. Com a conjunção integrante não ocorre essa relação entre o verbo posterior e o substantivo anterior, e sim ela inicia uma oração que exerce uma dentre seis funções sintáticas concernentemente à oração principal: sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo ou aposto. Observemos as seguintes frases: Os livros que os jovens leem moldam seu modo de pensar. Nessa frase, há uma oração iniciada pela palavra que: que os jovens leem. O verbo posterior ao que – ler – mantém relação sintática com o substantivo anterior a ele – os livros: os jovens leem os livros. O que é, portanto, pronome relativo, e a oração que os jovens leem é subordinada adjetiva. Os livros, que sempre trazem algo de sabedoria, deveriam ser mais manuseados pelos jovens. Nessa frase, há uma oração iniciada pela palavra que: que sempre trazem algo de sabedoria. O verbo posterior ao que – trazer – mantém relação sintática com o substantivo anterior a ele –os livros: os livros sempre trazem algo de sabedoria. O que é, portanto, pronome relativo, e a oração que sempre trazem algo de sabedoria é subordinada adjetiva. Observe, porém, que, no primeiro período, a oração adjetiva não está isolada por vírgula(s) e que, no segundo, está. Por quê? Se a oração subordinada adjetiva indicar que todos os elementos representados pelo substantivo praticam ou sofrem a ação ou possuem a qualidade, ela será chamada de oração subordinada adjetiva explicativa e será isolada por vírgula(s). É o que acontece no segundo período: todos os livros deveriam ser mais manuseados pelos jovens; todos os livros sempre trazem algo de sabedoria. Se, porém, a oração subordinada adjetiva indicar que há referência a, ao menos, dois tipos de elementos e que somente o representado pela oração pratica ou sofre a ação ou possui a qualidade, ela será chamada de oração subordinada adjetiva restritiva e não será isolada por vírgula(s). É o que acontece no primeiro período: somente os livros que os jovens leem moldam seu modo de pensar. A conjunção integrante, como vimos acima, não estabelece a relação entre o verbo posterior e o substantivo anterior. Veja estes exemplos: Sabemos que os livros educam e divertem. Observe que não há substantivo anterior ao que. Ele, portanto, não é pronome relativo. Analisemos, então, o período: Quem é que sabe? Resposta: nós – sujeito do verbo saber; Tipo de verbo: Quem sabe, sabe algo – Verbo transitivo direto Nós sabemos o quê? Resposta: que os livros educam e divertem – oração que funciona como objeto direto: oração subordinada substantiva objetiva direta. O que é, então, conjunção integrante. É preciso que os livros eduquem e divirtam. Não há substantivo anterior ao que. Ele, portanto, não é pronome relativo. Analisemos, então, o período: Que é que é preciso? Resposta: que os livros eduquem e divirtam – oração que funciona como sujeito: oração subordinada substantiva subjetiva. O que é, então, conjunção integrante. |