Nariz inchado por dentro o que pode ser


Nariz inchado por dentro o que pode ser

Sinusite aguda é uma inflamação da mucosa dos seios perinasais. Quem já sofreu episódios de sinusite aguda sabe que este é, geralmente, o capítulo seguinte de uma história que muitas vezes começa com uma constipação ou uma gripe. Surgem em seguida as queixas mais localizadas: congestão nasal, cefaleia que se agudiza ao longo do dia e corrimento nasal, que se torna mais abundante de dia para dia, ganha uma cor amarelada ou esverdeada e quando não é expelido pelo nariz acaba por escorrer para a garganta. A estes sintomas  juntam-se ainda os espirros. E quando a sinusite tem origem alérgica, acentua-se ainda uma intensa comichão, sobretudo no nariz, que também pode afetar os olhos. O incómodo é, naturalmente, generalizado, podendo dar mesmo a sensação de que todo o corpo está debilitado.


Uma doença progressiva

As situações mais frequentes têm origem num quadro infecioso que começa com a inflamação dos seios perinasais, impedindo uma correta drenagem dos mesmos. “É um quadro progressivo. A inflamação dos seios perinasais provoca um edema da mucosa, que causa a obstrução dos orifícios que habitualmente permitem a drenagem dos seios. Esse edema tende a acentuar-se, chegando mesmo a instalar-se uma sensação de nariz inchado”, relata Lacerda e Mello, médico otorrinolaringologista.

A sinusite de origem infeciosa pode ser provocada por vírus, bactérias ou fungos, explica também o especialista, e dessa distinção dependerá a escolha do melhor antibiótico para debelar a infeção e proporcionar a cura. No entanto, a infeção de origem viral é a mais comum entre aqueles que entram nos consultórios médicos com sintomas de sinusite aguda. “Está geralmente muito associada a casos de imunidade deprimida face a doenças respiratórias e ocorre também com mais frequência em pessoas que estão diariamente muito perto de outras já infetadas, como acontece nos hospitais e nas escolas. As pessoas que sofrem de doenças respiratórias crónicas, como a asma, por exemplo, também estão naturalmente mais expostas ao risco de sofrerem um episódio de sinusite aguda”, observa o otorrinolaringologista. No entanto, há outras explicações para episódios de sinusite aguda, que podem passar, por exemplo, pelo mergulho repentino na água sem tapar o nariz. Nestes casos, o aumento da pressão pode proporcionar a passagem de água das fossas nasais para os seios perinasais, desencadeando um quadro de inflamação e posterior infeção. Estão também mais predispostas à sinusite as pessoas sujeitas à inalação frequente de substâncias irritantes, que acabam por reduzir as defesas da mucosa nasal e dos próprios seios perinasais. Também as pessoas com desvio do septo nasal ou com pólipos nasais estão igualmente mais sujeitas a episódios de dificuldade de drenagem de algum dos seios, provocando o edema da mucosa e a consequente infeção. É a partir da adolescência que os episódios de sinusite aguda tendem a ocorrer durante as estações mais húmidas do ano.

As crianças são, em geral, menos propensas a sofrer este tipo de infeção. Já os adultos ocupam o grupo de maior risco, sobretudo aqueles que habitam em casas mais húmidas ou trabalham em locais com um baixo índice de salubridade. E quase sempre a vida ativa acaba por ser seriamente prejudicada nos dias em que o corpo cede aos sintomas que no início eram apenas um simples “nariz tapado”.
Durante um episódio de sinusite aguda evite alguns comportamentos que podem agravar o seu estado de saúde e atrasar a recuperação, tais como:

  • Evite submeter-se a grandes variações de temperatura.
  • Evite bebidas frias.
  • Não frequente meios aquáticos.

Prevenção e tratamento

Além da administração de um antibiótico capaz de combater o vírus que provocou o episódio de sinusite, os sintomas podem ser aliviados através da aplicação de vasoconstritores em gotas ou nebulizações para ajudar a descongestionar o nariz. Inicialmente o efeito destes medicamentos é de curta duração, embora de grande alívio para quem sente a obstrução nasal. Podem também ser prescritos analgésicos ou anti-inflamatórios, sobretudo para aliviar as cefaleias e a sensação de inchaço no nariz. Já os anti-histamínicos são indicados para as situações de sinusite de origem alérgica e aliviam a sensação persistente de comichão. Altamente recomendável, em todos os casos, é a lavagem das fossas nasais com soro fisiológico ou água do mar, que ajudam a eliminar as secreções acumuladas.
Curar uma sinusite demora, geralmente, 10 a 15 dias. Na maior parte dos casos parece uma eternidade a quem está constantemente com dificuldade em respirar pelo nariz e sente um mal-estar generalizado.

Quando os episódios se tornam recorrentes, pode ser adequado um tratamento preventivo, que minimiza as hipóteses de reincidência da sinusite. “A prevenção passa geralmente pela imunoterapia, que é concretizada através de vacinas. Aqui há que analisar caso a caso, para se perceber se a prevenção mais adequada passa por vacinas orais (toma diária) ou injetáveis (toma anual) “, explica Lacerda e Mello.
“Em alguns casos a vacina anual da gripe já constitui um tratamento preventivo para a sinusite”, acrescenta o otorrinolaringologista.


Sinusite crónica

Mais complexos são os casos de sinusite crónica, que carecem de um estudo muito cuidado por parte de um médico da especialidade. Nestes casos, os sintomas são geralmente persistentes ao longo de todo o ano, embora menos agudos, mas tendem sempre a intensificar-se nas estações do ano mais frias e húmidas. Por estarem regularmente sujeitos a um quadro infecioso estes doentes devem ser acompanhados, tendo em conta um vasto número de complicações que podem ser desencadeadas a partir deste estado irreversível.

Existem vários fatores que podem desencadear uma crise de sinusite por isso, previne-se! Se tem alguns destes fatores, trate-se da melhor forma e procure o seu médico de família para este lhe receitar a medicação adequada.

Os pólipos nasais são formações carnosas da membrana mucosa nasal.

  • Existe maior probabilidade de desenvolvimento de pólipos nasais em pessoas que têm alergia ou asma.

  • Alguns dos sintomas causados por pólipos são congestão e obstrução nasal.

  • Os médicos normalmente diagnosticam pólipos nasais baseados em suas características aparentes.

  • Os corticosteroides podem reduzir ou eliminar pólipos, mas, por vezes, os pólipos devem ser removidos cirurgicamente.

Os pólipos normalmente são excrescências em forma de lágrimas, que se formam ao redor das entradas das cavidades dos seios paranasais. Um pólipo maduro é parecido com uma uva sem casca e sem semente. Ao contrário dos pólipos no cólon ou na bexiga, os pólipos no nariz não são tumores e não sugerem o risco de câncer. São apenas um reflexo da inflamação, embora possa haver um histórico familiar do problema.

Os pólipos podem se desenvolver durante infecções nasais e dos seios paranasais e desaparecer depois que a infecção for debelada, ou podem começar lentamente e persistir. Também podem se formar pólipos nasais se houver um corpo estranho no nariz. Algumas pessoas que são alérgicas a aspirina e outros medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs Medicamentos anti-inflamatórios não esteroides Em alguns casos, o tratamento da doença de base elimina ou minimiza a dor. Por exemplo, a imobilização de uma fratura ou o tratamento antibiótico para uma articulação infectada reduzem a dor... leia mais ) têm uma combinação de asma, congestão nasal e sinusal crônicas e pólipos nasais. Não está claro como os pólipos nasais estão relacionados com alergia e outros sintomas do trato respiratório. Pessoas com pólipos nasais podem desenvolver infecções dos seios paranasais se sua drenagem for bloqueada pelos pólipos. Raramente, as pessoas desenvolvem rinosporidiose (uma infecção do nariz caracterizada por pólipos sangrantes), o que pode causar rinitecrônica Rinite crônica A rinite é inflamação e inchaço da membrana mucosa do nariz, caracterizada por corrimento nasal e entupimento, geralmente causados pelo resfriado comum ou uma alergia sazonal... leia mais

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Sintomas de pólipos nasais

Muitas pessoas não estão cientes dos seus pólipos nasais, embora possam tê-los

  • Espirros

  • Congestão nasal

  • Obstrução

  • Drenagem de líquido pela garganta (gotejamento pós-nasal)

  • Dores faciais

  • Secreção nasal excessiva

  • Perda do olfato (anosmia)

  • Habilidade olfativa reduzida (hiposmia)

  • Coceira ao redor dos olhos

  • Infecções crônicas dos seios paranasais

Diagnóstico de pólipos nasais

  • Avaliação de um médico

  • Algumas vezes, biópsia

Os médicos normalmente diagnosticam pólipos nasais baseados em suas características aparentes.

O médico deve fazer uma biópsia do pólipo para excluir a presença de câncer.

Tratamento de pólipos nasais

  • Corticosteroides

  • Às vezes, cirurgia

Os corticosteroides sob a forma de sprays nasais ou comprimidos orais podem reduzir ou eliminar os pólipos. É necessária uma remoção cirúrgica dos pólipos quando os mesmos obstruem as vias respiratórias ou causam infecções frequentes nos seios paranasais.

Os pólipos voltam a crescer, a não ser que se controle a irritação, alergia ou infecção subjacente. Usando-se um spray aerossol à base de corticosteroides, pode-se retardar as reincidências. Os médicos podem ter de periodicamente realizar uma endoscopia nasal (olhando o nariz com um pequeno tubo de visualização, rígido ou flexível) para avaliar e tratar pessoas com problemas persistentes ou recorrentes. Pessoas que apresentarem sintomas graves causados pelos pólipos recorrentes podem vir a ter parte de seus seios paranasais removidos ou corrigidos. A maioria dos procedimentos cirúrgicos é realizada com um endoscópio (um tubo flexível de visualização).

Se pólipos causam episódios repetidos de sinusite, esses episódios podem ser diminuídos com dupilumabe, um anticorpo monoclonal (um anticorpo que é produzido em laboratório a partir de células vivas). Dupilumabe pode ajudar retraindo os pólipos.