Escreva em seu caderno um pequeno texto que explique as características da economia global

A globalização é um assunto que se encontra em destaque nos meios de comunicação e, principalmente, nos livros de Geografia. No entanto, muitas análises relacionadas ao tema são pouco esclarecedoras e acabam gerando certa dificuldade de compreensão acerca do assunto. O processo de globalização é um fenômeno do modelo econômico capitalista, o qual consiste na mundialização do espaço geográfico por meio da interligação econômica, política, social e cultural em âmbito planetário. Porém, esse processo ocorre em diferentes escalas e possui consequências distintas entre os países, sendo as nações ricas as principais beneficiadas pela globalização, pois, entre outros fatores, elas expandem seu mercado consumidor por intermédio de suas empresas transnacionais.

O desenvolvimento e a expansão dos sistemas de comunicação por satélites, informática, transportes e telefonia proporcionaram o aparato técnico e estrutural para a intensificação das relações socioeconômicas em âmbito mundial. Esse processo é uma consequência da Terceira Revolução Industrial, também conhecida como Revolução Técnico-Científico-Informacional, uma vez que, por meio dos avanços tecnológicos obtidos, foi possível promover maior integração econômica e cultural entre regiões e países de diferentes pontos do planeta.


Os sistemas de informação são essenciais à globalização

As principais beneficiadas pela globalização são as empresas transnacionais, haja vista que esse fenômeno faz com que elas continuem com suas matrizes em um país (desenvolvido), mas atuem com filiais em outros (em desenvolvimento), expandindo seu mercado consumidor. Elas se aproveitam da mão de obra barata, além de benefícios (isenção de imposto, doação de terreno, etc.) proporcionados pelos governos dos países em desenvolvimento, visando ao aumento da lucratividade.

Além de fatores econômicos e sociais, a globalização também interfere nos aspectos culturais de uma determinada população. O grande fluxo de informações obtidas por meio de programas televisivos e, principalmente, pela Internet, exerce influência em alguns hábitos humanos. A instalação de redes de fast food é outro elemento que pode promover uma mudança nos costumes locais. Entretanto, elementos da cultura local perduram em meio à população, promovendo, assim, a diferenciação entre as culturas existentes. 

ECONOMIA MUNDIAL APÓS A GLOBALIZAÇÃO

Nota-se que nos últimos anos do século XX, inúmeras foram às transações, acontecimento e manifestações ocorridas no âmbito global. Grandes corporações surgiram, milhares de dólares foram investidos, novas atividades econômicas e comerciais foram desenvolvidas, produtos e serviços foram criados e aprimorados, normas e leis foram necessárias, moedas foram criadas, fusões aconteceram, monopólios surgiram, dentre variados outros acontecimentos.

Estar no mercado atual pode representar estar frente a um arsenal diversificado de influencia propostas pela globalização.

A economia vive sob permanente avaliação que é conduzida por uma lógica financeira geral de lucratividade. As grandes corporações industriais e as organizações financeiras manejam uma massa de ativos financeiros e de moedas que compõem suas estratégias de valorização ao lado de seus ativos operacionais. Assim, além das taxas de retorno nos investimentos produtivos, as taxas de câmbio, as taxas de juros e os índices de valorização das ações são "parâmetros" considerados na rentabilidade financeira geral. Num mundo de livre movimento de capitais e de taxas de câmbio flexíveis, aqueles atores efetuam movimentos de "poupança financeira", em consonância com suas expectativas mutáveis, que impactam fortemente os mercados cambiais, acionários e de crédito em geral, mundo afora.

Após o fim da Segunda Guerra Mundial, a economia capitalista vive uma fase de expansão e enriquecimento. Na década de 70 e início dos anos 80, essa prosperidade é abalada pela crise do petróleo, que provoca recessão e inflação nos países do Primeiro Mundo. Também nos anos 70, desenvolvem-se novos métodos e técnicas na produção. O processo de automação, robotização e terceirização aumentam a produtividade e reduz a necessidade de mão-de-obra.

A informática, a biotecnologia e a química fina desenvolvem novas matérias-primas artificiais e novas tecnologias. Mas a contínua incorporação dessa tecnologia de ponta no processo produtivo exige investimentos pesados. E os equipamentos ficam obsoletos rapidamente.

O dinheiro dos investimentos começa a circular para além de fronteiras nacionais, buscando melhores condições financeiras e maiores mercados. Grandes corporações internacionais passam a liderar uma nova fase de integração dos mercados mundiais: é a chamada GLOBALIZAÇÃO DA ECONOMIA. A divisão política entre os blocos soviético e norte-americano modifica-se com o fim da Guerra Fria.

Uma nova ordem econômica estrutura-se em torno de outros centros de poder: os Estados Unidos, a Europa e o Japão. Em torno destes centros são organizados os principais blocos econômicos supranacionais, que facilitam a circulação de mercadorias e de capitais.

Em 1990, o intercâmbio comercial entre esses países era de aproximadamente 3 bilhões e meio de dólares. Em 95, já ultrapassa os dez bilhões. O MERCOSUL vive uma fase inicial de adequações e ajustes. Mas o comércio entre seus integrantes já demonstra seu potencial. Os contatos políticos, econômicos e culturais se intensificam. Hoje se negocia a adesão de outros países da América do Sul.

Visando ampliar suas atividades comerciais, já se iniciam contatos políticos com os países da União Européia para a formação de um superbloco econômico. A integração econômica entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai já é uma realidade.

A globalização já não é mais questão de opção; é inevitável para qualquer país que pretenda o pleno desenvolvimento econômico, e que queira fazer parte da integração mundial que está acontecendo para não sofrer prejuízo ou discriminação por não acompanhar os movimentos internacionais.

Sendo assim, com a crescente busca, por novos mercados e todos os demais diferentes parâmetros adotados mundialmente, diversos efeitos econômicos emergiram.

Globalização econômica de 1980 em diante: crescimento, pobreza e distribuição de renda.

Para avaliar como a globalização afetou o crescimento econômico, a pobreza e a distribuição de renda, reuniram dados de um grupo de mais de cem países. Eles foram divididos em três grupos: países ricos, países inseridos no processo de globalização e países não inseridos na globalização. O critério para diferenciar os países inseridos na globalização do resto dos países em desenvolvimento, de 1980 em diante, foi fixado em função de duas variáveis: cortes de tarifas e aumento do volume de comércio exterior.

Os países inseridos na globalização tiveram mudanças significativas no volume de comércio exterior em relação ao Produto Interno Bruto, passando de 16% para 32% nos últimos vinte anos. Como elemento de comparação, nos países ricos esse aumento foi de 29% para 50%. Ao mesmo tempo os países inseridos na globalização reduziram as suas tarifas em 22 pontos percentuais (de 57% para 35%). Os países inseridos na globalização representam metade da população mundial, ou seja, mais de três bilhões de pessoas. Dentre eles se encontram China, Índia, Brasil, México e Argentina.

As conclusões do estudo mostram que “enquanto as taxas de crescimento dos países ricos declinaram nas décadas passadas, as taxas de crescimento dos globalizadores têm seguido o caminho inverso, acelerando-se dos anos 70 para os 80 e 90. O resto do mundo em desenvolvimento, por outro lado, seguiu o mesmo caminho que os países ricos: desaceleração do crescimento dos anos 70 para os 80 e 90. Nos anos 90 os países inseridos na globalização tiveram um crescimento per capita de 5% ao ano; os países ricos cresceram a 2,2% per capita e os países não inseridos cresceram apenas 1,4%. Ou seja, a distância entre países ricos e em desenvolvimento declinou nas duas últimas décadas em relação aos países inseridos na globalização e aumentou para aqueles países não inseridos no processo.

O estudo sugere também que a taxa de inflação dos países com maior abertura para o exterior declinou nas últimas décadas.

Dos anos 80 para os anos 90, a inflação média desses países passou de 24% ao ano para 12%. A estabilização monetária deverá contribuir para que a renda dos pobres cresça em torno de 0,4%. Em função desses resultados, os autores do estudo comentam: “podemos esperar que uma maior abertura deverá melhorar a vida material dos pobres.Também sabemos que no curto prazo haverá alguns perdedores entre os pobres e que a efetiva proteção social pode facilitar a transição para uma economia mais aberta, de tal maneira que todos os pobres se beneficiem com o desenvolvimento”.

A globalização econômica – aumento de comércio exterior e redução de tarifas – favorece o crescimento e a diminuição da pobreza. O grande desafio da globalização, entretanto, continua a ser a distribuição de renda entre países e entre pessoas: “países que reduziram a inflação e expandiram o comércio e viram acelerar suas taxas de crescimento nos últimos 20 anos não tiveram mudanças significativas na distribuição de renda”.

Publicado por: luciane back

A globalização consiste em um processo onde ocorre a aproximação de diferentes nações do mundo todo. Essa aproximação pode estar relacionada a um contexto cultural, econômico, político e/ou social.

Um dos objetivos da globalização é o de estabelecer uma integração internacional entre os mercados de diferentes países.

De acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional), a globalização está dividida em quatro aspectos básicos: comércio e transações financeiras, movimentos de capital e de investimento, migração e movimento de pessoas e a disseminação de conhecimento.

Veja abaixo algumas características que ajudarão você a saber mais sobre a globalização.

1. Aculturação

A aproximação entre diferentes países do mundo possibilita a aculturação dessas nações.

A aculturação consiste em um processo de mudanças ocorridas em uma sociedade por meio do contato com culturas diferentes da sua. Trata-se de um fenômeno de interação social que não necessariamente implica a sobreposição de uma cultura sobre outra.

A aculturação também pode consistir na mistura de duas ou mais culturas que, juntas, acabam por formar uma cultura nova.

O Brasil é um exemplo de sociedade onde ocorreu a aculturação, pois foi formado através das culturas indígenas, europeia (especialmente portuguesa) e africanas.

A união de diferentes nações com o intuito estabelecer uma relação econômica fortalecida entre si deu origem à criação de blocos econômicos.

Um bloco econômico é um conjunto de países com afinidades culturais e comerciais geograficamente próximos, que buscam fortalecer a comercialização entre si.

Os principais blocos econômicos mundiais são:

  • APEC (Asia-Pacific Economic Cooperation - Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico): formada por Estados Unidos da América, Japão, China, Ilha Formosa (Taiwan), Coreia do Sul, Hong Kong (região administrativa da China), Cingapura, Malásia, Tailândia, Indonésia, Brunei, Filipinas, Austrália, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, Canadá, México, Rússia, Peru, Vietnã e Chile.
  • ASEAN (Association of Southeast Asian Nations - Associação de Nações do Sudeste Asiático): formada por Tailândia, Filipinas, Malásia, Singapura, Indonésia, Brunei, Vietnã, Mianmar, Laos e Camboja.
  • CEI (Comunidade dos Estados Independentes): formada por Armênia, Azerbaijão, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão, Moldávia, Rússia, Tajiquistão, Turcomenistão, Ucrânia e Uzbequistão.
  • Comunidade Andina de Nações: formada por Bolívia, Colômbia, Equador e Peru. Brasil, Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai interagem como países associados. México e Panamá são países observadores.
  • Mercosul: formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Peru, Suriname e Guiana são membros associados. Já o México e a Nova Zelândia são membros observadores.
  • SADC (Southern Africa Development Community - Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral): formada por África do Sul, Angola, Botswana, República Democrática do Congo, Lesoto, Madagascar, Malaui, Maurícia, Moçambique, Namíbia, Seychelles, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue.
  • União Europeia: São eles: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos (Holanda), Polônia e Portugal.
  • UMSCA (United States–Mexico–Canada Agreement – Acordo entre Estados Unidos, México e Canadá). Este bloco econômico substitui o NAFTA (North American Free Trade Agreement - Tratado Norte-Americano de Livre Comércio).
  • Benelux: formado por Bélgica, Holanda e Luxemburgo.

Saiba mais sobre blocos econômicos, Mercosul, União Europeia e NAFTA.

Algumas teorias estabelecem uma relação direta entre a expansão do capitalismo e a globalização.

Para o economista Paul Singer, por exemplo, a globalização foi uma das formas através da qual o capitalismo se desenvolveu.

O também economista Mário Murteira defende que a globalização esteja ligada a uma nova forma de capitalismo, onde o “mercado de conhecimento” determina a evolução da economia mundial.

A globalização de certa forma trouxe um estreitamento na relação comercial de alguns países e isso culminou no aumento da difusão do capitalismo. Um exemplo disso é o aumento em compras de artigos de tecnologias como smartphones, computadores, etc.

Veja o significado de capitalismo.

4. Presença de multinacionais

As multinacionais são empresas que possuem sua sede em um determinado país e filiais em outros.

A indústria de alguns produtos como, por exemplo, a de máquinas pesadas, é subdividida entre as filiais; por vezes, cada parte de um produto é feita em um país.

A globalização resultou em uma aproximação entre diferentes países e, com isso, estreitou as relações comerciais entre eles.

Por conta dessa aproximação, ocorreu uma expansão considerável das multinacionais e o comércio passou a contar com uma quantidade maior de empresas competindo umas com as outras.

Um dos benefícios trazido por essa competitividade foi o fato de as empresas conseguirem espaço em mercados onde antes não tinham vez devido ao monopólio de empresas estatais.

A globalização conquistou o fim do monopólio e a desestatização de vários setores.

No Brasil, um dos setores impactados foi o das telecomunicações. Os sistemas estatais foram privatizados através de leilões e todas as empresas que compraram o direito de fornecer seus serviços em determinadas regiões podem fazê-lo.

5. Maior propagação de conhecimentos

Além do reflexo nas relações comerciais entre os países, a globalização também tem influência direta na propagação de conhecimentos e de informações.

Com a tecnologia a serviço da humanidade, notícias sobre guerras, Copas do mundo e invasões territoriais rapidamente são de conhecimento do mundo todo.

Além disso, com o boom da Internet, os países passaram a ter uma integração dinâmica e a sociedade passou a adquirir dados e informações quase que de forma instantânea.

Essa espécie de globalização virtual também trouxe muitas vantagens para as empresas, que passaram a poder gerir funcionários remotamente e a organizar reuniões através de aplicativos e programas de comunicação online.

Apesar de todos os benefícios mencionados, a propagação do conhecimento pode causar destruição se aplicada com más intenções.

Exemplo disso é a disseminação de ideias terroristas, alavancada pela facilidade de acesso a dados respectivos em diversos tipos de plataformas de informação.

Veja os /pontos-positivos-pontos-negativos-da-globalizacao/pontos positivos e negativos da globalização.

Saiba mais sobre globalização , Internet e informação.

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